1/28/08

SAÚDE EM PORTUGAL - RÉGUA: Morreu Manuel Pinto, o idoso que o hospital de Vila Real mandou para casa NU !...

Mil e uma desculpas ou justificativas virão por aí...
Os arautos do governo e seus simpatizantes fanáticos lançarão ao ar que é tudo campanha orquestrada da oposição contra a "iluminada" reestruturação das urgências...
Só que, esses seres "iluminados", fecharam as urgências sem a tal reestruturação estar providenciada...
Ninguém se responsabilizará pelo caos, pela anarquia, pela desorganização, pela vergonha e pela tragédia que imperam no sistema de saúde português. Nem pela morte do pobre Manuel Pinto lá da pacata Godim na cidade da Régua onde fecharam a urgência hospitalar.
E acabarão por concluir que o único culpado foi o pobre do Manuel Pinto...teve a culpa de adoecer aos 79 anos de idade...aí, mandaram-no para casa em Godim na Régua, para morrer depois de lhe darem alta NU, numa maca...no hospital de Vila Real, o tal hospital onde também deram alta no passado dia 4 de Janeiro, a uma Mãe que não é a digníssima Mãe do Sr. Sócrates nem de nenhum ministro, depois de sete horas internada numa outra maca, num corredor qualquer desse tal hospital.
Resumindo, É UMA VERGONHA...para não dizer UMA TRAGÉDIA ! Mas melhor que qualquer linha que eu escreva, falarão as linhas que abaixo transcrevo retiradas da imprensa portuguesa de algumas horas atrás:
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Correio da Manhã/27.01.08 - Manuel Pinto, residente em Godim (Peso da Régua), tinha 79 anos. Sem um historial clínico de doenças, foi assistido no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, e teve alta às O9h00 de anteontem. Às 14h00 voltou a dar entrada nas Urgências de Vila Real e duas horas depois estava morto.
A família quer apurar responsabilidades, perceber como é que os médicos não verificaram a gravidade do seu estado de saúde. “É incrível o que aconteceu. Como é possível deixarem sair um homem de aspecto cadavérico e sem roupa? E ainda mais deixá-lo ficar nas Urgências mais de quatro horas?”, interroga-se José Carvalho, o taxista que o transportou até casa ainda durante a manhã.O caso volta a colocar fortes dúvidas na qualidade da assistência a doentes. As acusações de negligência repetem-se e os familiares da vítima não escondem a indignação.Maria Julieta, viúva de Manuel Pinto, recorda os últimos dias de sofrimento, em que a saúde do marido parecia deteriorar-se. “Ele nunca tinha ido a um médico, mas nos últimos dias começou a queixar-se de dores de barriga”, lembra. As queixas agravaram-se na madrugada de sexta-feira. “Por volta das O2h15, chamei os Bombeiros da Régua, que o levaram para o Hospital de Vila Real. Passado quatro horas, uma médica disse-me que o meu marido não tinha nada de assustador. Tinha açúcar no sangue, tensão baixa e sintomas de princípio de pneumonia. Deu-lhe alta e passou algumas receitas”, continua.Maria Julieta ficou depois à espera de ser conduzida a casa. Visto que os bombeiros não consideraram que se tratava de uma situação urgente, foi necessário recorrer a transporte particular. Esperaram duas horas para serem conduzidos por um taxista amigo, possibilitando uma viagem acessível para os seus parcos recursos.Manuel Pinto chegou a casa ao princípio do dia. Aí ficou até às 14h00, altura em que piorou. “Como já não comia nada, chamei novamente os bombeiros”, recorda ainda a viúva da vítima, que o acompanhou na nova viagem às Urgências do Centro Hospitalar.Duas horas depois Manuel Pinho estava morto. Desconhece-se a causa da morte, que só será revelada com a autópsia. “Estou revoltada. Primeiro, se ele tem ficado no hospital da primeira vez, se calhar estava vivo. Depois mandarem o meu homem nu, para casa, sem uma peça de roupa. Nem uma bata lhe vestiram, é o desprezo completo”, lamenta Maria Julieta.A possibilidade de uma queixa junto do hospital não está posta de parte. O Centro Hospitalar vai amanhã averiguar o que sucedeu.
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ACUSAÇÕES AO HOSPITAL
Vizinho taxista que transportou Manuel Pinto para casa diz que o idoso estava nu quando teve alta em Vila Real.
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AINDA SEM EXPLICAÇÃOO
Centro Hospitalar promete amanhã averiguar o sucedido. Para já não tem explicação para morte do idoso.
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"CASOS IDÊNTICOS REPETIR-SE-ÃO"
“Era evidente quando o dissemos, há um ano, que o encerramento dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) sem estar finalizada a reestruturação das Urgências era um crime.” Foi desta forma que o bastonário da Ordem dos Médicos reagiu ontem aos mais recentes casos divulgados pelo CM. Pedro Nunes diz que, “mais cedo ou mais tarde, estes casos teriam de acontecer”. O bastonário entende que “casos idênticos repetir-se-ão se não for rapidamente repensado o sistema”.
- A reportagem integral aqui!
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Portugal Diário - 26.01.08 - Hospital enviou idoso para casa nu: Homem tinha 79 anos e recorreu ao hospital de Vila Real com dores de barriga, gripe e fraqueza. Deram-lhe alta de madrugada. Taxista encontrou-o numa maca sem roupa. No dia seguinte voltou ao hospital, onde faleceu.
Vizinhos de um septuagenário falecido sexta-feira no Hospital de Vila Real acusam a unidade hospitalar de «falta de humanidade», depois de terem encontrado o idoso «numa maca completamente nu», disse à Agência Lusa o taxista e vizinho que o transportou.
O vizinho e taxista José Carvalho contou que Manuel Pinto, de 79 anos, entrou na urgência do Hospital de Vila Real ao início da noite de quinta-feira, queixando-se de dores, gripe e fraqueza. Depois de ter sido avaliado pelos médicos, teve alta às 02:00 da madrugada de sexta-feira.
José Carvalho contou ainda que recebeu um telefonema de uma vizinha para ir buscar o idoso ao Hospital de Vila Real, onde o encontrou numa maca, completamente nu e num estado que considerou muito debilitado.
«Tive que gritar por ajuda, para que alguém me auxiliasse a levantá-lo, sentá-lo numa cadeira de rodas e transportá-lo até ao carro. E isto depois de ter sido eu também a procurar um casaco para o tapar, porque estava sem roupas», descreveu. À SIC, o mesmo taxista precisou que pediu à esposa para esta dar o seu casaco ao marido e que colocou o xaile dela a «tapar os genitais».
Também à SIC, a viúva explicou que o marido não conseguia controlar as necessidades fisiológicas, pelo que, quando chegaram ao hospital «despiram o meu homem todo e deixaram-no em pelota».
Depois de ter recebido alta e com um diagnóstico de que não era nada de grave, o idoso regressou a casa, em Godim, Peso da Régua, onde vivia com a mulher, de 80 anos. Só que durante a manhã começou a sentir-se cada vez pior. Regressou à urgência do Hospital de Vila Real ao início da tarde de sexta-feira, transportado pelos bombeiros do Peso da Régua, onde faleceu a meio da tarde.
Em declarações à TVI, a viúva do idoso, explicou que ainda não sabe o que vai fazer. Primeiro tem de falar com as filhas que estão emigradas na Bélgica.
O Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, no qual está inserido o Hospital de Vila Real, já anunciou que vai avaliar a ocorrência e pronunciar-se no início da próxima semana.
- A reportagem integral aqui !

Post's anteriores relativos ao assunto:

  • SAÚDE em Portugal - Como não é a digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares... - Parte 1 !
  • SAÚDE em Portugal - Como não é a digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares... - Parte 2 !
  • SAÚDE em Portugal - Como não é a digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares... - Parte 3 !
  • SAÚDE em Portugal - Como não é a digníssima Mãe deles que precisa do serviço de urgências hospitalares... - Parte 4 !

2 comentários:

  1. Dizes bem : VERGONHOSO e TRÁGICO.
    Querem extinguir os idosos em Portugal. Nivelam-se, em tortura psicológica e cuidados com os idosos em nosso Portugal, quase que ao tratamento que os nazistas ofereciam aos judeus no tempo do Hitler.
    Está a ficar díficil continuar a suportar certas figuras da nossa política e a arrogância desse m. da saúde.

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  2. Eu acho que nem estou muito interessado em saber ao certo o que se passa com a saúde em Portugal! Verdadeiramente desastroso...

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