6/23/08

Ronda pela net - Com fogo na cabine de comando entre Pemba e Maputo avião da LAM aterra de emergência...

Um Boeing das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que ontem fazia o voo Pemba-Joanesburgo com escala em Maputo foi forçada a efectuar uma aterragem de emergência no Aeroporto de Nampula com fogo a bordo. O incêndio deflagrou na cabine de comando cerca de (50) cinquenta minutos depois da aeronave ter descolado da capital de Cabo Delgado. Vinte (20) minutos depois de declarada a emergência o comandante Francisco Miranda conseguiu aterrar com segurança o Boing 737-200, com a matrícula C9-BAO, baptizado com o nome de “Quirimbas” que fazia o voo TM-315. “Havia muito fumo a bordo”, reportou ao «Canal de Moçambique» um dos passageiros que preferiu não ser identificado. O mesmo disse-nos que o “incêndio” deflagrou no «cock-pit» e o comandante informou do facto os passageiros a quem pediu calma ao mesmo tempo que os da classe Executiva – área próxima da zona de onde provinha o fumo, eram evacuados para a classe Económica, na retaguarda da cabine onde na circunstância estava a ser servida uma refeição ligeira. “Houve pânico a bordo, muitos passageiros a chorar e a gritar mas as pessoas acabaram por se conter”, confidenciou-nos a fonte que nos deu a conhecer o sucedida a partir da sala de trânsito do Aeroporto de Nampula. Quando o incêndio foi declarado o comandante pediu extintores que foram prontamente levados para o «cock-pit», referiu o passageiro que nos descrevia a emergência. Estando a ser servida uma refeição ligeira aos passageiros as hospedeiras interromperam imediatamente o serviço e foram soltas as máscaras de oxigénio, contou-nos a fonte. O voo (TM 315) era directo de Pemba para Maputo, e quando foi declarado o incêndio na cabine de comando, o C9-BAO já tinha passado o paralelo de Nampula. A aeronave levou cerca de meia hora até aterrar no aeroporto de Nampula, a alternativa mais próxima. “O voo estava cheio. Muitos chineses, japoneses e sul-africanos Alguns passageiros escalaram Pemba provenientes da Tanzânia para tomarem o voo para Joanesburgo”. A aeronave encontrava-se retida em Nampula à hora do fecho desta edição. Alguns passageiros foram embarcados no voo efectuado por um outro Boing (C9-BAI) comandado por Elísio Banze, que fazia normalmente o percurso Pemba-Nampula-Beira-Maputo. Outros passageiros aguardaram em Nampula por outras alternativas. Os passageiros para a Beira e da Beira para Maputo, ficaram retidos porque o voo que serviu para evacuar passageiros do voo sinistrado não escalou a capital de Sofala. No voo que o avião sinistrado efectuara para Pemba viajou o governador de Cabo Delgado. No voo em que se deu o incidente e que partira de Pemba às 12h30 viajava uma delegação da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de que faziam parte Ezequiel Guizai, Zauria Amisse, Leonardo Massango e Alípio Siquice. Ao aterrar no aeroporto de Nampula o comandante Francisco Miranda e sua tripulação foram saudados com palmas pelos passageiros. O serviço de emergência em terra funcionou deficientemente. “Levou muito tempo a colocarem as escadas”, disse-nos um passageiro para quem os serviços de emergência em terra foram muito deficientes.

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