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1/05/10

Ecos da Imprensa: ÁFRICA 21 - Corrupção, clientelismo e irresponsabilidade

O calote, outrora visto como um crime e motivo de desonra, é hoje praticado por muitos empresários e políticos, ou ambas as coisas, com o à-vontade de quem muda de camisa.

O desenvolvimento dos países emergentes e também daqueles que enfrentam a classificação de pertencerem ao “terceiro mundo”, pelos fracos índices de desenvolvimento económico e social, passa mais pelo empenhamento nacional em políticas públicas de crescimento que pela generosidade das nações ricas, ainda que esta seja importante, necessária e, em muitos casos, quase vital para a subsistência de muitas comunidades.

Nos últimos anos, os líderes de diversos países africanos têm manifestado o propósito de criarem as condições para políticas sustentáveis que possibilitem uma real melhoria das condições de vida dos seus povos. Mas é também público que muitos desses discursos não vão além de exercícios de retórica de ocasião. Muitos desses líderes estão amarrados pelas próprias teias que criaram para se manter no poder.

O clientelismo político, a corrupção e a irresponsabilidade constituem ainda alguns dos maiores males com que se confrontam os países do “terceiro mundo”. E estas são doenças sociais que não são exclusivas deste ou daquele país, deste ou daquele continente.

Muitos personagens das elites políticas e económicas não abdicam da prática de confundir a gestão do interesse público com negócios privados; outros, ou os mesmos, ignoram compromissos, acordos ou parcerias. A ética não existe. A vampiragem tornou-se prática comum. O calote, outrora visto como um crime e motivo de desonra, é hoje praticado por muitos empresários e políticos, ou ambas as coisas, com o à-vontade de quem muda de camisa.

Clientelismo, corrupção e irresponsabilidade andam de mãos dadas na África, na América Latina, na Ásia. E também, ainda que sob formas aparentemente mais sofisticadas, mas não menos perniciosas, nos países ricos do Hemisfério Norte.

Nas últimas semanas, assistimos a compromissos públicos de combate à corrupção, e à falta de transparência das máquinas do poder, por parte de vários dirigentes e líderes de países lusófonos.

Cabo Verde, Angola e Moçambique fazem parte dos países africanos cujos dirigentes se comprometeram em levar por diante programas que visam a moralização da actividade pública e a gestão criteriosa e transparente dos dinheiros públicos.

Cabo Verde, conhecido como um dos países africanos com menor índice de corrupção - o que lhe tem valido, aliás, a captação de importantes recursos financeiros da cooperação internacional – vai lançar um programa destinado a esclarecer a população sobre corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes de colarinho branco.

Em Moçambique, altos funcionários do governo, incluindo um ex-ministro, sentam-se no banco dos réus, acusados de usarem e abusarem do erário público em benefício próprio.

Em Angola, foi o próprio Presidente da República quem veio a público afirmar a necessidade de dar combate à corrupção. Esta conjugação de vontades reflete não apenas um ciclo de aparentes virtudes que se descobrem mas, sobretudo, a convicção de que o desenvolvimento dos respectivos países, a criação de riqueza e a inserção na comunidade internacional obrigam à adopção de medidas urgentes que possibilitem iniciar a árdua tarefa de combater a corrupção, em todos os níveis, começando, obviamente, pelos grupos acastelados no poder.
- Alfredo Prado, África 21 Digital, Brasil OnLine, 04/01/2010.

Obs. - Pena que o articulista não se debruce também sobre os escândalosos casos de corrupção no Brasil, que envolvem mensaleiros do PT, ligados ao governo, em passado relativamente recente e de outros partidos no governo do distrito Federal mais atualmente. Assim como não se refere a Portugal onde se denunciam e estão no limiar da lenta justiça casos que repugnam pela afrontosa tentativa de os "abafar" e legitimar pela impunidade com total apoio de quem deveria dar o exemplo de integridade. Isto em ambos os países Portugal e Brasil.

9/19/08

El Chavez de novo no palanque: Agora expulsa o chefe da Human Rights Watch...

(Imagem original daqui e daqui.)
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O 'homem' faz tudo para aparecer e destilar raiva de ditador. E ainda olha para o espelho e discursa: "Espelho, espelho meu, tem alguém mais... ...".
Pois é, transcrevo do "Blog da Santa":
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19.9.08 - Hugo Chávez expulsa chefe da Human Rights Watch.
A Venezuela expulsou o diretor da organização de defesa de direitos humanos Human Rights Watch no país, José Miguel Vivanco, após a divulgação de um relatório que critica as instituições e o governo. O relatório da Human Rights Watch (HRW), divulgado na quinta-feira, apresenta um balanço dos 10 anos de gestão de Hugo Chávez no qual afirma que o governo "debilitou as instituições democráticas e as garantias de direitos humanos" neste período. O Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolas Maduro, disse que Vivanco violou a Constituição do país. O documento foi divulgado uma semana após a expulsão do embaixador dos Estados Unidos na Venezuela.
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'Intolerância política':
No documento, intitulado "Intolerância política e oportunidades perdidas para o progresso dos direitos humanos na Venezuela", a organização, que tem sede em Nova York, afirma que depois do fracassado golpe de Estado contra o presidente venezuelano, em 2002, Chávez teria "tomado" as instituições do Estado. Entre as principais áreas criticadas aparecem "o controle" do governo sobre o poder judiciário", "discriminação política aos opositores", "limitações à liberdade de expressão e ao sindicalismo".

3/08/08

Conflito Colômbia x Equador - Quando tentam confundir o bem com o mal...

Transcrevo, com a devida vénia, do blog do jornalista brasileiro Ricardo Noblat post de Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa:
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PERVERSIDADE - "A Colômbia foi caçar o inimigo a pouco menos que duas praias de Ipanema de sua fronteira. Nossa bela praia tem mil e trezentos metros de comprimento. O acampamento das FARCs em terras equatorianas ficava a dois quilômetros da fronteira com a Colômbia.
Isso causou o maior reboliço. Chegaram a falar em Equador bombardeado! Morreu algum equatoriano? Não. Algum prédio do país foi derrubado? Não. Houve prejuízos de ordem material? Não. Mas a soberania de um país foi violentada, é verdade. Nem o agressor negou. E pediu desculpas.
O que eu não vi, nem li, nem ouvi em parte alguma, é um pedido de desculpas do Equador por dar guarida a um inimigo mortal do país vizinho, inimigo esse que inferniza a vida da Colômbia e dos países da região há mais de quatro décadas."... ...
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Este post faz parte do artigo semanal de Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa para o blog do Noblat. Leia na íntegra aqui !