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6/02/09

Ecos da Imprensa brasileira: Baía de Pemba entre as baías mais bonitas do mundo.

Pemba, a baía que aprendemos a idolatrar em nossa infância africana e a dimensão de sua beleza ímpar continuam a ser divulgados e falados sem favor e por mérito pelo mundo:

""Baías mais bonitas do mundo - Para estar neste grupo, não basta ser apenas bonita. É preciso ter importância no país, um porto em atividade e um valioso patrimônio histórico. Cumpridos todos esses requisitos, Cartagena de Índias, na Colômbia, Hue, no Vietnã, e Pemba, em Moçambique, conseguiram entrar, no mês passado, para o seleto clube das baías mais bonitas do mundo.

Nunca ouviu falar? Então, conheça agora esse time de enseadas que fazem questão de honrar o título.

A associação The Most Beautiful Bays in the World tem sede em Vannes, na França, e existe há pouco mais de dez anos. A intenção do grupo é eleger os pontos mais bonitos do mundo e, dessa forma, provocar uma reflexão sobre preservação ambiental e promover o turismo sustentável.

Atualmente, são 29 baías eleitas, de 23 países, entre elas a brasileira Praia do Rosa, em Imbituba, Santa Catarina, que recebeu o título em 2003.

AS ESCOLHIDAS - A única representante da América do Sul que se uniu à associação neste ano conta com elementos de sobra para estar na cobiçada lista. Banhada pelo mar turquesa do Caribe, Cartagena de Índias, tem um impecável centro histórico rodeado por muralhas erguidas no século 16. Além de casario antigo e belas pracinhas que serviram de inspiração e de cenário para as fantásticas histórias do Nobel de literatura colombiano Gabriel García Márquez.

Do outro lado do mundo, Hue, que também faz sua estreia na lista, não se parece em nada com o Caribe, mas tem atrativos em quantidade. Rica em história, Hue serviu de lar para 7 dos 13 imperadores da dinastia Nguyen (1802-1945). Até hoje há vestígios desse período, como templos magníficos e tumbas reais.

Em Pemba, mais apelo histórico e muita natureza. Ao norte dessa baía há 200 quilômetros de costa com belas praias e o grandioso arquipélago das Quirimbas, com 32 ilhas.

Para ver a lista completa das 29 baías, visite o site da associação: http://www.world-bays.com/.

Na página, encontre, também, os próximos eventos que ocorrerão nas praias.

  • Já na família das mais belas baías: Os desafios e ambições de Pemba - Não há muita informação dos cidadãos moçambicanos a respeito do que seja o clube das Mais Belas Baías do Mundo, à qual passou formalmente, a partir de 16 de Maio, a pertencer a nossa querida Pemba, no norte de Moçambique, conhecida, dentre muitas razões, sobretudo por ter características que muitas vezes se confundem, fazendo o mesmo em relação a quem não esteja atento. - Maputo, Quarta-Feira, 3 de Junho de 2009, Notícias - Aqui!
  • O que já se vem afirmando hà algum tempo, neste blogue, sobre a magnífica e exclusiva Baía de Pemba - Aqui!
  • A também bela cidade de PEMBA, num portal que revela imagens dos anos 60 e 70, quando Moçambique era colónia de Portugal - Aqui!

5/14/09

Pemba no V Congresso das Mais Belas Baías do Mundo

(Clique na imagem para ampliar - Foto retirada do álbum de "Andre M. Pipa")

A baía de Pemba está representada no V Congresso das Mais Belas Baías do Mundo que amanhã inicia em Setúbal, Portugal, durante a qual vai ser oficial e definitivamente admitida naquele prestigiado clube a nível planetário, com a entrega do respectivo certificado, depois de ter sido aprovada a sua candidatura em Maio do ano passado, em resposta ao pedido feito no decurso do congresso anterior, realizado na Praia da Rosa, Estado de Santa Catarina, Brasil, em Outubro de 2007.

O congresso de Setúbal, segundo o clube e a Câmara Municipal daquela cidade portuguesa, será realizado sob o lema “Oceanos Que Nos Unem”, que na opinião dos organizadores pretende emprestar um contributo decisivo na afirmação do grupo das mais belas baías do mundo enquanto plataforma de conjugação de vontades de todos os continentes e povos na defesa e valorização dos oceanos na sua qualidade de património da humanidade.

“Os oceanos são também a marca mais forte na génese da cidade de Setúbal que por causa do mar aqui se criou e desenvolveu, permitindo o V Congresso do Clube das Mais Belas Baías do Mundo uma abordagem valorizadora das várias matérias de importância global, seja no domínio do conhecimento, das relações internacionais ou transacções económicas”, defendem os organizadores.

As 29 mais belas baías do mundo estarão, com efeito e segundo a organização, reunidas em Setúbal para uma reflexão conjunta e uma chamada de atenção mundial para o património e um futuro que a todos importa.

O programa na posse do “Notícias” refere que o congresso será aberto pelo presidente do Clube das Mais Belas Baías do Mundo, o francês Jerôme Bignon, acompanhado pelo Secretário de Estado do Turismo de Portugal, D. Bernardo Trindade e de Maria das Dores Meira, em representação das autoridades da cidade anfitriã.

Serão debatidos vários temas ligados à conservação e preservação dos oceanos, mas o dia 16, sábado, poderá vir a ser o mais importante para a delegação moçambicana ao congresso, se bem que está reservado para a assembleia geral e extraordinária do clube, durante a qual a baía de Pemba poderá ser formalmente admitida no Clube das Mais Belas Baías do Mundo.

Para representar o país em geral e muito particularmente a baía de Pemba já se encontram em Portugal o presidente do Conselho Municipal, Sadique Âssamo Yacub, acompanhado do presidente cessante, Agostinho Ntauale, de cujo mandato terminou com a candidatura daquela baía moçambicana ao Clube das Mais Belas do Mundo, sonho que será definitivamente concretizado no presente congresso.

Também estarão em Setúbal dirigentes associativos do “Cabo Delgado em Movimento” uma organização dos amigos e naturais de Cabo Delgado que tem pela frente o general Alberto Chipande, contando-se ainda a presença de nomes de João Carrilho, entre outros.

Alias, a candidatura de Pemba ao Clube das Mais Belas Baías do Mundo foi iniciativa desta associação, que procurou assessoria de muitos parceiros com o objectivo de colocar a baía naquele grupo cujo prestígio é largamente conhecido e que tem a chancela da Agência das Nações para Educação, Ciência e Cultura.

O congresso termina a 18 de Maio, data em que se saberá o país cuja baía organizará o próximo.
- Maputo, Quinta-Feira, 14 de Maio de 2009:: Notícias

- Alguns post's anteriores sobre a baía de Pemba:

  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 1 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 2 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 3 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 4 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 5 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas II - 18OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas III- Histórias e lendas - 20OUT2007 - Aqui !

11/04/08

Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 3

(Continuação daqui.)

... Em 1857 ocorreu a primeira tentativa importante para ocupar a baía de Pemba com colonos portugueses com a finalidade de criar um núcleo populacional e fixar uma autoridade administrativa forte na região, que foram transportados desde Lisboa na escuna Angra.

No entanto, apesar da presença desta escuna, só a partir de 1861 foi reforçada a repressão do tráfico de escravatura na costa moçambicana com a presença das canhoneiras Barão de Lazarim e Maria Ana, que eram navios modernos e tinham propulsão a vapor.(62)

Embora a atividade operacional destas duas canhoneiras fosse mais acentuada nas áreas para sul da Ilha de Moçambique, navegaram também na baía de Pemba, no porto do Ibo, e na baía de Tungue, correndo a costa até Cabo Delgado, para além de terem visitado Zanzibar em 1861 para apoiar uma visita do governador de Moçambique nas negociações que regularmente mantinha com as autoridades zanzibaristas, para resolver a questão dos limites da fronteira norte de Moçambique. ...

Porém, o negócio da escravatura não acabou com a ação repressiva que foi conduzida pela Marinha e, em príncipios do século XX reacendeu-se, "porque a Marinha Britânica já não vigiava aquelas costas havia muito tempo e a dos portugueses, afligida pelos seus crónicos problemas, só raramente saía dos portos".(63)

Os registos da canhoneira Chaimite revelam que, entre 1901 e 1905, aquele navio ainda andou empenhado na repressão do tráfico da escravatura na região de Angoche, embora não haja referências a esse tipo de actividade na área do arquipélago das Quirimbas.

Em 1931, depois de se referir ao império de terror exercido pelos aprisionamentos dos árabes e pelos massacres dos Manguanguaras que iam reduzindo a população e cortando as comunicações do interior com o Ibo e com o Tungue, escrevia João Coutinho que o tema da escravatura ainda era abordado: "Hoje, porém, as influências alemã e inglesa na costa têm, por um lado, dificultado grandemente o tráfico humano, a ponto de podermos esperar que, apesar de ainda que não de todo extinto, dentro em pouco só existirá dele a memória; e por outro lado, os Maguanguaras têm, de há anos para cá, ido acabando com as suas incursões desde que algumas povoações ajauas nãso só se defenderam com vantagem, como também lhes inflingiram rudes castigos. Acresce que os os árabes vão desaparecendo dali desde que o seu género comercial não tem extracção por falta de mercado, e assim, mercê dos vigilantes occupadores da costa, têem abandonado o seu commercio illicito que, ha annos ainda, levava annualmente mais de 2:000 escravos da riqussima região do Cabo Delgado".(64)

*62 - A canhoneira Barão de Lazarim foi construída no Arsenal da Marinha e foi o primeiro navio a vapor construído em Portugal.
*63 - René Pélissier, História de Moçambique, Vol. I, p. 383.
*64 - João Coutinho, do Nyassa a Pemba, p.8.

O autor:
Adelino Rodrigues da Costa entrou para a Escola Naval em 1962 como cadete do "Curso Oliveira e Carmo", passou à reserva da Armada em 1983 no posto de capitão-tenente e posteriormente à situação de reforma. Entre outras missões navais que desempenhou destaca-se uma comissão de embarque realizada no norte de Moçambique entre 1966 e 1968, onde foi imediato da LGD Cimitarra e comandante das LFP Antares e LFG Dragão.Especializou-se em Artilharia, comandou a LFG Sagitário na Guiné, foi imediato da corveta Honório Barreto, técnico do Instituto Hidrográfico, instrutor de Navegação da Escola Naval, professor de Navegação da Escola Náutica e professor de Economia e Finanças do Instituto Superior naval de Guerra. Nos anos mais recentes foi docente universitário, delegado da Fundação Oriente na Índia e seu representante em Timor Leste. É licenciado em Sociologia (ISCSP), em Economia (ISEG), mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação (ISCTE) e membro da Academia de Marinha.

O livro:
Título - As Ilhas Quirimbas - Uma síntese histórico-naval sobre o arquipélago do norte de Moçambique;Edição - Comissão Cultural da Marinha;Transcrição da publicação "As ilhas Quirimbas de Adelino Rodrigues da Costa, edição da Comissão Cultural da Marinha Portuguesa, 2003 - Capítulo 11, que me foi gentilmente ofertado pelo Querido Amigo A. B. Carrilho em Pinhal Novo, 26/06/2006.

- Do mesmo autor neste blogue:

  • Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 1 - Aqui!
  • Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 2 - Aqui!
  • Retalhos da História de Pemba - A Companhia do Niassa e a fundação de Porto Amélia - Parte 3 - Aqui!
  • Retalhos da História de CABO DELGADO - O nascimento de Mocimboa da Praia - Aqui!
  • Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 1 - Aqui!
  • Retalhos da História de CABO DELGADO - Zanzibar e a escravatura nas Quirimbas - Parte 2 - Aqui!

- Em breve neste blogue:

  • A Ilha do Ibo;
  • As Quirimbas em finais do século XIX e a decadência do Ibo.

10/08/08

Ecos da imprensa moçambicana: Baía de Pemba quer USD 5 milhões para turismo.

Banner do jornal moçambicano Diário do País

A restauração do sector de turismo na província de Cabo Delgado poderá consumir pouco mais de 5 milhões de dólares americanos em trabalhos de instalação de cerca de quatro mil quartos pertencentes a três hotéis de três e quatro estrelas que estão a ser reabilitados e a entrarem em funcionamento a partir de 2012, segundo Agostinho Nthawale, presidente do Conselho Municipal da cidade de Pemba.

Ele falou quarta-feira passada em Maputo, numa cerimónia de lançamento das celebrações dos 50 anos da elevação de Pemba à categoria de cidade, a assinalar-se no próximo dia 18 de Outubro de 2008, tendo em seguida considerado que a baía de Pemba acaba de ser classificada como a terceira mais bela do planeta, o que exige do governo moçambicano a fortificação das infra-estruturas por forma a colher um maior fluxo de visitantes possível a escalar a província. Para isso, ele disse ser necessário o desencadeamento de actividades de sensibilização dos residentes no sentido de adoptarem uma postura cívica e de hospitalidade que sempre os caracterizou, tendo aproveitado oportunidade para convidar investidores nacionais e estrangeiros no sentido de visitarem a província para descobrirem novas oportunidades de investimentos, porque segundo Nthawale, Cabo Delgado ainda possui diversas áreas por explorar.

Sobre os 50 anos de Pemba, o presidente do Município de Pemba disse que para marcar a passagem da data as autoridades locais precisam de perto de 3.225 mil meticais para serem gastos em actividades de providenciar gastronomia típica de Cabo Delgado e para cachés aos artistas que irão abrilhantar espectáculos programados para assinalarem a data, bem assim, pagamento de prémios a serem atribuídos as três primeiras vencedoras do concurso miss Pemba, devendo receber a primeira classificada o valor de 75 mil meticais.

Fonte da organização do evento confidenciou ao jornal que se está a fazer todos os possíveis no sentido de garantir presença nas festividades comemorativas dos 50 anos de relevação de Pemba a categoria de cidade os membros da Associação dos Naturais, Amigos e Simpatizantes de Cabo Delgado, (Cabo Delgado em Movimento) naquele evento. De apontar que em Maio de 2008, a baía de Pemba foi considerada pela Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura (UNESCO) como a terceira maior baía do mundo e segunda ao nível do continente africano.
- Fernando Sidumo - Diário do País, Maputo, 2ª feira, 06 de Outubro de 2008.

  • Baía de Pemba - A mais bela entre as belas - Aqui!

4/29/08

Ecos da imprensa moçambicana - Nunca é demais repetir: Baía de PEMBA...a mais bela entre as belas !

Baia de Pemba- Maior beleza natural do mundo !
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Maputo - A baia de Pemba, Província de Cabo Delgado, é considerado pela UNESCO como uma das maiores atracções turísticas do mundo o reconhecimento surge na sequência da candidatura desta baia ao titulo de património da humanidade ao clube das melhores baias do mundo, património da UNESCO, na qual sagrou se uma das maiores belezas naturais do mundo, o que lhe conferiu ingresso àquele organismo mundial.
A candidatura da baia de Pemba foi apresentada no passado mês de Outubro no Brasil, concretamente na praia da rosa, agora património da UNESCO, por uma equipa constituída pelo presidente do Município de Pemba, Agostinho N’tauli e representantes da Associação dos Naturais e Amigos de Cabo delgado, um evento que participaram representantes de 25 países interessados na promoção de turismo e das belezas naturais das baias.
De acordo com o Presidente do Município de Pemba o ingresso da baia no clube das mais belas baias do mundo afigura se uma entrada triunfal na medida em que, não só traz vantagens para a baia, mas sim para todo o País, sobretudo na promoção do turismo.
Apontou serem algumas vantagens que o clube pode trazer para a baia e coincidem com os desafios que o Conselho Municipal de Pemba apostou no Plano de Desenvolvimento da daquela cidade que são, nomeadamente, a promoção do turismo mundial, preservação do ambiente, promoção e conservação da cultura local, conservação e manutenção do estado natural das baias, defesa dos corais - espécies marinhas em via de extinção no mundo.
Refira se que aquela baia ja vinha lutando para o seu ingresso neste clube desde o ano 2002 junto da Associação dos Naturais e Amigos da Província de Cabo Delgado, actualmente conhecida por Cabo Delgado em Movimento.
Daniel Paulo
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Alguns post's anteriores sobre a bela Baía de Pemba:
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 1 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 2 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 3 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 4 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas...5 - 11OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas II - 18OUT2007 - Aqui !
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas III- Histórias e lendas - 20OUT2007 - Aqui !
  • Ecos da Imprensa Moçambicana - Pemba e o turismo... - 28ABR2008 - Aqui !

4/28/08

Ecos da imprensa moçambicana - Pemba e o turismo...

Construção em Pemba de hotéis de luxo.
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A baía de Pemba, na cidade de mesmo nome na província nortenha de Cabo Delgado foi convidada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) para participar num concurso internacional para eleição das melhores baías do mundo.
O convite fica a dever-se pelo facto da mesma constar como uma das mais belas baías do mundo, uma vez que, para além da beleza em sí, apresenta uma diversidade cultural invejável e tem-se batido pela conservação dos espaços virgens e por manter a sua originalidade, segundo disse a jornalistas, sexta-feira passada, o presidente do município de Pemba, Agostinho Ntawala.
Ntawala disse que, Pemba esteve representada, em Outubro de 2007, no Brasil, num encontro durante o qual, uma vez mais, foi vincada a sua eleição para figurar na classe das baías mais belas do mundo, passando assim a ser a quarta no continente africano depois da Àfrica do Sul, Senegal e Cabo Verde que se vêm juntar a outras 26 dos restantes continentes.
É ainda no quadro da sua elevação que este mês de Maio de 2008, uma delegação de peritos da UNESCO irá deslocar-se a baía de Pemba para avaliar as condições apresentadas pelas autoridades moçambicanas e proceder à entrega do respectivo título de Património da Humanidade que lhe dá o direito de ser integrada no clube das baías mais belas do mundo, segundo ainda a fonte.
Uma das actividades de reconhecimento pela distinguição a serem desenvolvidas pela edilidade refere-se a construção de dois hotéis de cinco estrelas, com obras a arrancar em 2009 e várias outras infra-estruturas visando acolher o crescente número de turístas que têm-se deslocado a Pemba.
Presentemente, a baía recebe em média por ano cerca de 98 mil turistas entre nacionais e estrangeiros que contribuem para uma parte significativa das receitas do munícipio, segundo ainda Agostinho Ntawala, que, entretanto, não precisou o montante colectado.
Fernando Sidumo
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Alguns post's anteriores sobre a bela Baía de Pemba:
  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas... 1 - 11OUT2007 - Aqui !
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  • BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas III- Histórias e lendas - 20OUT2007 - Aqui !

10/20/07

BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas...III História e Lendas.

(Clique na imagem para ampliar - Foto retirada do álbum de "Andre M. Pipa")
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A Baía de Pemba
A baía de Pemba, a 13o 00’ Sul e 40o 30’ Este da costa de África, é vulgarmente considerada a terceira maior do mundo, sendo a primeira a de Guanabara no Brasil seguida da de Sidney na Austrália.
As suas águas ondeando tons, ora azuis ora verdes, apresentam-se mansas em dias de bom sol e agradável tempo mas também escarpadas, rugindo de encontro aos rochedos ou regalando pela areia quando os ventos sopram furiosos do Sul.
Este ventos mais conhecidos na região por “kussi” originam, não raras vezes centros depressionários bastante fortes do tipo tropical que arrasam quase por completo a cidade.
O mais antigo temporal que a documentação disponível nos pôde recordar data de 18 de Dezembro de 1904 que causou vários danos assim como levou ao afundamento um pequeno vapor e um iate.
É feita referência nessa altura à falta de faróis ao largo da baía, sendo o único o da ponta Said Ali que, para além de ter somente 6 milhas de alcance e não 9 como indicavam as cartas de então, não era aconselhável aos navios que passassem no alto mar.
Outro grande temporal devasta Pemba em 1914, destruindo pratica­mente todas as habitações e provocando grandes embaraços aos serviços da Companhia.
Estes ciclones assolam de tempos a tempos a região de Pemba, tendo o mais recente ocorrido em 1987.
Em sua extensão a baía de Pemba atinge os valores de 9 milhas de Norte a Sul e 6 de Leste a Oeste, perfazendo um perímetro de 28 a 30 milhas.
Mas não só por isso ela goza de tal fama como também pela pro­fundidade do canal de acesso e do porto, com sondas que variam entre 60-70 metros na entrada e 10-40 na parte média, para atingir os 25 metros no fundeadouro junto ao cais diminuindo em direcção á costa.
A sua entrada é, pois, franca a qualquer tempo e hora, podendo nela penetrar à vontade navios até cerca de 6 metros de calado.
No entanto, devido a alguns perigos isolados formados por rochas e bancos de coral, é necessária a pilotagem para os navios de alto mar.
A boca de entrada a partir da qual é feita a pilotagem é delimitada a Norte pela ponta Said Ali e a Sul pela ponta Romero, havendo actualmente farolins em ambos os lados.
Desaguam na baía alguns pequenos rios sendo o maior o Meridi cuja foz desemboca nas proximidades do baixo Mueve.
A baía de Pemba constitui, sem dúvida, um porto natural bastante seguro e, apesar de tudo, abrigado dos temporais regionais, tendo sido qualificado por Elton - Cônsul britânico em Moçambique a finais de 1890 - como "O melhor desde Lourenço Marques a Zanzibar”.
Alguns autores supõem que a baía de Pemba possa ter tido uma origem vulcânica, baseando-se no facto de ali se encontrar com abundância a "pedra pomes" própria de rocha vulcanizada.
Mas a sua constituição calcária e não basáltica vem a contradizer tal suposição.
Das origens do nome pouco mais se sabe do que as escassas informações recolhidas da tradição oral, algumas das quais baseadas em lendas, e deve tomar-se em consideração que a designação de Pemba para nome da região não foi a única ao longo dos tempos.
Em anos muito recuados da nossa história a baía de Pemba era frequentada apenas por alguns pescadores malgaches e swahilis que em suas pequenas lanchas e pangaios arrecadavam o alimento sem nunca ali se fixarem.
Conta então uma antiga lenda que por essa altura uma de tais embarcações apanhadas por um temporal naufragou tendo como sobrevivente uma mulher que se viu obrigada a procurar algum refúgio nas proximidades da baía.
A mulher importante (“nuno” em língua local ) conseguiu sobreviver e montar ali a sua guarita.
Naturalmente conotada a "Nuno" pelos pescadores como "mensageira divina" demonstrando que a zona poderia ser perfeitamente habitada, ela fê-los seguir o seu exemplo.
Nasce a zona de Nuno pelo qual foi conhecido por longos anos o actual bairro do Paquitequete.
Mais tarde viria a anexar-se a esta designação a expressão “pampira” (no sitio da borracha) em virtude da grande quantidade da árvore da borracha que no local nascia espontaneamente.
A região servida pela baía de Pemba foi também já conhecida por Mambe expressão que pode simultaneamente significar quantidade e longitude.
Embora certos autores relacionem “mambe” à baía de Pemba, a região a que a administração colonial designa por esse nome se situa mais a norte, no distrito de Macomia.
Uma outra tradição oral refere que um europeu, em data também não precisa, proveniente de Zanzibar faz desembarcar na baía os indígenas que o acompanhavam e, estes, vendo-se assaltados por grandes enxames de moscas gritavam dizendo “pembe” que em swahhili significa mosca.
Teria sido mambe, pembe ou outra a origem da expressão "Pemba" no território moçambicano, certo é que ela figura nas primeiras cartas inglesas como "Pembe Bay”.

10/18/07

BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas...II

(Imagem original daqui)
A mais bela do mundo?
Jerôme Bignon é o francês que está à frente da robusta, mas menos conhecida organização que agrupa as baías mais belas do mundo, uma espécie de magnatas que ao mesmo tempo que defendem o usufruto das condiçoes naturais e turísticas que a natureza oferece nas costas marítimas, fazem-no igualmente para que tal não resulte na destruição do ambiente e por aí vão, de ano a ano, descobrindo mais locais do mundo que reúnam os requistos que o clube defende.
O Clube das Mais Belas Baías do Mundo é uma agremiação que vai para lá da beleza genuína das baías. Comporta outros requisitos muito rigorosos, sobretudo em relação àquilo que os homens fazem da natureza, o ecossistema marinho ou terrestre e a candidatura de qualquer baía ao clube, é sempre seguida de muitos “lobies” que noutros casos são dirigidos pelos governos e até utilizando vias diplomáticas.
A baía de Pemba, candidata a partir do dia 6 deste Outubro, não precisou de se apresentar pela mão do Governo, mas sim, via sociedade civil, a partir de um trabalho que já vinha sendo feito, há cerca de ano e meio, que encontrou acolhimento no “Cabo Delgado em Movimento”, uma organização dos naturais e amigos daquela provincia setentrional do nosso país.
Quando chegámos a Imbituda, na madrugada do dia 6, precisamente na Praia do Rosa, os moçambicanos que haviam ido preparar o terreno encontravam-se a reler os documentos que traziam e que à tarde do mesmo dia seriam apresentados ao Quarto Congresso do Clube das Mais Belas Baías do Mundo, em forma de candidatura.
Era preciso usar todos os meios disponíveis e ao alcance para convencer os seus constituintes.
Ia ser apresentada ao clube a baía de Pemba, uma das maiores do país, provavelmente uma das mais profundas e amplas do mundo, que chega a atingir cerca de 52 metros de profundidade, com uma área aproximada de 150 quilómetros quadrados, com uma diversidade de ecossistemas, como estuários, mangais, tapetes de ervas marinhas, praias arenosas e rochosas, recifes de corais e terras húmidas.
Moçambique levou para o Brasil a população de Pemba, heterogénea, como é, através de pequenas obras de arte e cultura dos macua, maconde e muani, junto às suas religiões, a sua gastronomia e disse aos congressistas que 30 porcento dos habitantes de Pemba são dependentes de recursos costeiros.
Foi necessário dizer ao mundo, através do Clube das Mais Belas Baías que a de Pemba, há muito que é admirada, tal como há muitos anos Coutinho escreveu dizendo tratar-se duma espléndida baía que está entre aqueles dois empórios comerciais (Zanzibar e Moçambique) em excepcionais condições geográficas e em circunstâncias tais que aproveitadas convenientemente, terão o exclusivo tráfico do Tanganhica-Niassalândia.
A delegação moçambicana ao Congresso das Mais Belas Baías do Mundo foi dizer tudo sobre Pemba.
Que estando em Moçambique o seu clima é obviamente tropical e que a temperatura anual do ar é de cerca de 25 graus centígrados, um clima que sofre a influência da zona de baixas pressões equatoriais, com prevalência de ventos monsónicos de Nordeste durante o Verão no sul e norte e ventos de Sudoeste durante o Inverno, no sul.
A equipa técnica da apresentação da candidatura ficava durante largas horas incomunicável, com o Dr. Kwasi Agbley, sempre a ensaiar e do outro lado o general Alberto Chipande, presidente da Associação dos Naturais e Amigos de Cabo Delgado, usando o tacto diplomático de que não se lhe conhecia, desdobrava-se em contactos com as delegações de países que já têm as suas praias no Clube das Mais Belas do Mundo.
“Havemos de conseguir, todos estão do nosso lado” dizia amiúde Alberto Chipande, sempre que o “Notícias” se aproximava dele para lhe “medir a temperatura”, cada vez que o tempo se aproximava do acto esperado.
Agostinho Ntauale, presidente do Município de Pemba, que trazia da sua cidade uma mala enorme de objectos de arte e diversa documentação sobre a baía candidata, foi quem abriu a apresentação, pedindo que se distribuissem aos congressistas as pastas que continham a informação relevante sobre a baía.
Afinal, eram pastas forradas de capulanas de diferentes cores, com esferográficas guarnecidas de pau-preto e outros tipos de madeira.
Foi a primeira sensação de que se estava perante um país diferente!
Ntauale solicitou aos presentes para não perderem a oportunidade de chegar à baía de Pemba para se certificarem do que os documentos diziam, nomeadamente que se tratava duma porção de terra que é bela desde a sua existência, mas que não se encontrava no clube, simplesmente porque situações adversas fizeram com que Moçambique só mais tarde se apercebesse da sua existência.
Muito lacónico, apresentou a delegação moçambicana, tendo salientado o nome do general Chipande, a quem pediu para que se dirigisse aos presentes.
Igualmente de poucas palavras, este não escondeu o facto de ter sido, por muito tempo guerrilheiro, durante a luta e libetação de Moçambique e aproveita esse facto para aliá-lo à necessidade de fazer um turismo sustentável, não destruidor, que respeite a natureza, um dos ditames mais presentes no Clube das Mais Belas Baías do Mundo.
“Nós que estivemos durante muito tempo no mato, como gurrilheiros, na luta pela nossa independência nacional, sabemos quanta importância tem a natureza, que não pode ser destruída em nome do turismo ou do desenvolvimento” disse, aplaudido.
Entrementes, Alberto Chipande acabou sendo invadido por abraços dos congressistas, que se estenderam à toda delegação moçambicana, a quem depois se lhe distribuiu os certificados de participação no quarto congresso.
“Já recebemos e dentro de algum tempo havemos de seguir os trâmites normais para a apreciação da candidatura de Moçambique” garantia Jêrome Bignon, presidente do Clube Mundial das Mais Belas Baias.
José Roberto Martins (Beto), presidente do município (prefeito) de Imbituda, onde se localiza a Praia do Rosa, que acolheu o congresso, disse falando ao “notícias” que “faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que Moçambique, através da baía de Pemba, se junte a este clube”.
Portugal, que já tem a baía de Setúbal no clube, falou através do seu chefe da delegação manifestando a sua predisposição em apoiar Moçambique, e falando à nossa Reportagem disse: acho que Moçambique tem belas praias, melhores do que esta onde estamos reunidos, por isso não vejo qual vai ser a dificuldade de aceitar a sua candidatura e eventual aprovação.
Quando quisemos saber do chefe da delegação portuguesa a razão da candidatura de Setúbal em detrimento da mais famosa baia do Algarve, respondeu: Algarve está completamente ocupada, está toda construída, não temos hipóteses de juntar a sua beleza à necessidade de defender o ambiente.
TAREFA SEGUINTE É DOS RESIDENTES DE PEMBA
Era o momento em que tudo de bom devia ser dito.
Que oferece aos turistas um leque de opções que vão desde as danças tradicionais música contemporânea, passando pelo teatro, prática de desporto e mesmo um animado carnaval.
Que o porto de Pemba começa a ser um ponto de referência para cruzeiros internacionais.
No cais são recebidos por qualificados guias turísticos que lhes proporcionam uma agradável visita à cidade.
Por seu turno, o Aeroporto Internacional de Pemba recebe turistas vindos dos quatro cantos do mundo.
Actualmente, tem ligações directas com o aeroporto de Nairobi, Quénia, Dar-Es-Salaam, na Tanzania e Joanesburgo, África do Sul, esperando-se que brevemente seja ampliado para aumentar as opções dos visitantes.
Estes factos podem, entretanto, não ser suficentes se a metalidade das populações locais não mudar quanto ao seu posicionamento em relação à natureza e uma das importantes formas de conservação da diversidade marinha e costeira é a criação de áreas de protecção.
Os consultores avançam em estratégias mais efectivas de protecção da saúde da baía de Pemba e o incremento da consciência, percepção e uso adequado dos recursos, para o que propõem o desenvolvimento de campanhas de protecção da baía para além da advertência aos turistas sobre artigos a comprar aos vendedores.
Aqui pretende-se chamar à atenção dos turistas a não adquirirem produtos de venda ilegal, como seja artigos produzidos na base de carapaças de tartarugas ou corais, entre outros.
O presidente do Conselho Municipal de Pemba, abordado para se pronunciar à volta da aceitação da candidatura da baía do seu município disse que o passo seguinte é sensibilizar o país em geral e os residentes de Pemba, em particular, sobre quanta responsabilidade recai sobre si, imediatamente a seguir, com vista a fazer com que definitivamente a baía conste da lista das mais belas do mundo.
“Temos que fazer muito nos próximos tempos vamos ser visitados pelo presidente do Clube das Mais Belas Baías do Mundo. Ele vem confirmar o que dissemos na nossa apresentação. Teremos que tornar a presença dele em momento de festa. A população de Pemba, terá que voltar a manifestar a sua hospitalidade e carinho com os seus hóspedes. Estamos a entrar para uma fase de prova da nossa própria seriedade”.
Agostinho Ntauale acredita que o seu mandato vai encerrar com a vitória que vai significar a colocação de Pemba naquele grupo de baías mais belas do mundo.
Há muitos interesses em jogo, desde o facto de o clube ser reconhecido internacionalmente como robusto do ponto de vista económico, como pelo prestígio que goza, como fundamentalmente o facto de as baias mais belas poderem ser consideradas pela UNESCO locais a conservar e, em face disso, serem futuramente declaradas Património da Humanidade.
Alberto Chipande disse que os moçambicanos, particularmente os naturais de Cabo Delgado e, sobretudo os residentes da cidade de Pemba, são chamados a vencer mais esta batalha, numa nova frente, de luta pelo desenvolvimento.
“Esta é outra frente que temos que vencer. A tal independência económica que a politica sempre pretendeu trazer também passa por estas iniciativas. A “CD em Movimento” vai se empenhar para que isso dê certo. Temos que ter a importância que temos, que representamos, mas com coisas concretas”.
PEDRO NACUO - Maputo, Quinta-Feira, 18 de Outubro de 2007:: Notícias

10/11/07

BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas...

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Site oficial do Clube das mais Belas Baias do Mundo
Moçambique, através da Baía de Pemba, acaba de candidatar-se ao clube das mais belas baías do mundo, facto ocorrido no sábado passado, no decurso do quarto congresso mundial que reúne as actuais mais belas baías à escala planetária, que teve lugar na Praia do Rosa, município de Imbituba, Estado de Santa Catarina, no Brasil.
A Baía de Pemba foi levada a candidatar-se por via da Associação dos Naturais e Amigos de Cabo Delgado, mais conhecida pela sigla “CD em Movimento” que o “Notícias” acompanhou para o evento mundial ao Brasil, tendo à cabeça o general Alberto Chipande e que incluía o Presidente do Conselho Municipal, Agostinho Ntauale.
A apresentação detalhada, através de um “power point”, esteve a cargo de um grupo de dois consultores, chefiado por Kwasi A. Agbley, que no fim acolheu dos presentes uma ovação em função dos propósitos subjacentes às potencialidades da Baía de Pemba, bem como da sua conexão com o meio ambiente, visando conseguir estratégias mais efectivas de protecção da saúde da baía, incrementando a consciência, percepção e uso dos recursos naturais, tanto marinhos como terrestres da região.
A apreciação da candidatura de Pemba aconteceu dois dias depois da sua apresentação e, por unanimidade, os mais de 100 delegados ao congresso das mais belas baías do mundo acolheram a iniciativa moçambicana, restando apenas que o presidente do clube, o francês Jérôme Bignon, escale a Baía numa missão de colheita de mais detalhes que abonem a intenção dos proponentes.
Seguir-se-á um processo interno entre os membros do clube, que vai culminar com a declaração ou não de Pemba como uma das mais belas baías do mundo, para o que ainda são necessários mais “lobys” por parte de Moçambique, visando esse objectivo.
O presidente da “CD em Movimento”, Alberto Chipande, disse ao nosso Jornal que as portas estão abertas para que o país tenha lugar naquele prestigiado grupo de países com praias belas.
Disse ser necessário trabalhar em mais esta frente, mas manifestou o seu optimismo quanto à irreversibilidade da admissão de Pemba.
A fonte, ainda em Santa Catarina, disse ao “Notícias” que antes e imediatamente a seguir à apresentação em plenário da candidatura, apareceram países, individualmente, a apoiar Moçambique, como são os casos do Brasil, através do Prefeito (Presidente do Conselho Municipal) de Imbituba, José Roberto Martins (Beto), região que acolheu o congresso, na Praia do Rosa, a única do Brasil membro do clube e conhecida pela sua forte influência na agremiação.
Por outro lado, a delegação moçambicana no primeiro dia do congresso almoçou com o vice-governador do Estado de Santa Catarina, Leonel Pavan, que simpatizou com a iniciativa do nosso país.
As vantagens de a Baía de Pemba passar a pertencer ao grupo das 25 mais belas baías do mundo abre a possibilidade de vir a ser futuramente declarada património da humanidade pela UNESCO, o que, na opinião da delegação moçambicana, significaria não só ser o país a falar de si, mas também, por via desta agência das Nações Unidas, desfrutar dos beneficios que disso resultarem.
O Senegal, o Vietname, França e Portugal são países cujas delegações manifestaram o seu total apoio à candidatura de Pemba ao clube, mesmo antes do processo purificador que se vai seguir.
Alías, Portugal também esteve no Congresso para apresentar a candidatura da Baía de Setúbal, assim como a Colômbia vai tentar a mesma sorte em relação à baía de Cartagena.
A República da China, por seu turno, viu aprovada neste congresso a candidatura apresentada há alguns anos da Baía de Qingdao.
Pedro Nacuo - Maputo, Quinta-Feira, 11 de Outubro de 2007:: Notícias

BAÍA DE PEMBA - A mais bela entre as belas...

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-Imagem do Álbum "Mozambique 2006/2007" de WJPBennett-

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