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10/07/09

Eleições 2009 Moçambique: Últimas Notícias...

:: Boletim publicado pela CIP e AWEPA ::


Na Imprensa Moçambicana:

Canal Moz, Ano 1, n.º 52, Maputo, Quarta-feira, 07 de Outubro de 2009:

  • Prosseguem actos de violência e intimidação por parte do partido no poder -
    Maputo (Canalmoz) - Os actos de intimidação e violência, perpetrados fundamentalmente pelo partido no poder em Moçambique, contra formações políticas da oposição, continuam a manchar a campanha eleitoral em curso. Não obstante o presidente da República, Armando Guebuza, ter recentemente minimizado os incidentes que se repetem amiúde em diversos pontos do país, o facto é que essas graves irregularidade põem em causa a autenticidade do acto eleitoral que, por princípio, deveria ser livre, justo e transparente. Se em eleições anteriores um Sebastião Mabote dizia abertamente que “em Gaza o bandido não tem campo”, hoje, a intimidação por parte de quadros partidários e de funcionários de um Estado que sente dificuldade em se despartidarizar; a repressão exercida por militantes que ostensivamente envergam camisetas do Parti do Frelimo; e o abuso de poder por parte de dirigentes governamentais a nível local, servem para ilustrar a vocação totalitária de uma formação política que, sob a fachada da democracia, está apostada em manter-se no poder com recurso a todo o género de tropelias. Notícias que nos chegam de Tambara dão conta da ocorrência de fluxos populacionais em direcção ao vizinho Malawi como consequência de actos de intimidação desencadeados por elementos afectos ao partido no poder. A violação de domicílios, os espancamentos de civis “suspeitos” de serem membros de partidos da oposição, o rapto e as prisões arbitrárias de pessoas filiadas em partidos como o MDM e a Renamo caracterizam o ambiente que se vive em Machaze. Para além da dramática situação vivida na Província de Manica, na cidade de Tete uma fonte da Renamo afirmou que cerca de três dezenas de militantes desse partido “desapareceram de uma cadeia local, depois de terem sido arbitrariamente presos”. Estão, pois, reunidas as condições para mais um acto eleitoral controverso, que em nada beneficia a imagem de um país arrancado, ainda recentemente, a ferro e fogo das grilhetas da opressão. Para o candidato Armando Guebuza, “os focos de violência que se registam um pouco por todo o país” poderão “não afectar a imagem de Moçambique”, mas para os cidadãos de toda a Nação, crentes numa democracia sã, o que se está a passar tem necessariamente de pôr em risco a legitimidade democrática de um processo que, à partida, está a ser submetido a vicissitudes várias. Para um regime que por tradição se colocou sempre acima da lei, desrespeitando, por índole, os mais elementares direitos dos cidadãos, os actos de intimidação e violência em curso poderão constituir algo de normal. Todavia, para a grande família moçambicana, a situação prevalecente vem confirmar a existência de um esquema de cariz totalitário que acabará, inevitavelmente, por pôr à prova a tolerância e a flexibilidade democráticas das pessoas de bem desta Pátria que deve ser de todos, mas que um punhado teima em tratá-la como feudo à mercê de uma seita política apostada na perpetuação de sistemas caducos. (Redacção)

Correio da Manhã, Ano XIII, n.º 3168, Maputo, Quarta-feira, 07 de Outubro de 2009:

  • CAVALO DE BATALHA DE GUEBUZA “COXO”- Corrupção está em crescendo: Aquele que foi dos mais evidentes “cavalos de batalha” política de Armando Guebuza na sua corrida eleitoral ao mandato na sua fase terminal, a luta contra a corrupção, parece estar “coxo”, a avaliar pelos relatórios dos mais variados organismos de prestígio mundial. Para além dos dados da pesquisa da Fundação Mo Ibrahimo que faz manchete nesta edição, outro dado publicado esta semana dá conta de que o nível de corrupção em Moçambique aumentou nos últimos 12 meses. De acordo com os dados da Transparência Internacional, Moçambique está em 126º lugar, cerca de 15 lugares abaixo da classificação obtida no ano passado.
    Com um total de 180 países avaliados a lista é encabe çada mais uma vez pela Dinamarca, seguida da Nova Zelândia, Suécia e Singapura, num cenário em que dos lusófonos o Cabo Verde foi o único país a melhorar a classificação subindo de 49º para o 47º lugar.
    No relatório anterior Moçambique ocupava o 111º lugar. O mais recente (Set.09, vide Cm 3154, pág. 3) relatório sobre ambiente de negócios à escala mundial revela que Moçambique baixou a sua performance a nível da SADC, quando comparado com o relatório imediatamente anterior. (Redação)

10/01/09

Eleições 2009 Moçambique: Últimas Notícias...

:: Boletim publicado pela CIP e AWEPA ::


Na Imprensa Moçambicana:
Canal Moz, Ano 1, n.º 49, Maputo, Quinta-feira, 01 de Outubro de 2009:
Frases:

  • “Governo exalta e promove canalhas” - afirma Alice Mabote, presidente da Liga dos Direitos Humanos depois da apresentação feita pelo MDM.
  • “Golpe baixo e crime punível”, disse a presidente da LDH sobre a atitude da CNE e do Conselho Constitucional.
  • “Tenho vergonha do presidente da CNE”.
  • “A decisão do Conselho Constitucional não surpreendeu, em nenhum aspecto, pois trata-se de uma rede formada para defender interesses pessoais de alguns”. “Só posso dizer que estou envergonhada com esta e comigo mesma, por pertencer a esta sociedade de mafiosos”.

Maputo (Canalmoz) – A presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), Dra. Alice Mabote, disse esta quarta-feira, em Maputo, comentando a decisão do Conselho Constitucional, que o Governo de Moçambique, liderado por Armando Emílio Guebuza, “está constantemente a promover e exaltar canalhas”, indivíduos que, segundo ela, “cometem atrocidades ao povo em benefício pessoal”.

Alice Mabote fez essas declarações instantes depois da apresentação feita pelo Movimento Democrático de Moçambique, que provou inequivocamente, que houve roubo de documentos do MDM, na Comissão Nacional de Eleições, ao que tudo indica, para beneficiar a Frelimo e Renamo, nas eleições de 28 de Outubro próximo.

Agastada com a situação, a presidente da Liga colocou em causa a seriedade dos órgãos decisores do País, tendo apelidado de “golpe baixo e crime punível”, a atitude da CNE e do Conselho Constitucional.

Dada a apresentação dos documentos comprovativos do suprimento das irregularidades, o que também prova que a CNE desviou documentos, e vendo que até agora não há outras provas contrárias, Alice Mabote disse que não tem nenhuma esperança de que a PGR venha a abrir processo de investigação contra a CNE.

“Não tenho nenhuma esperança, porque tudo é mesma coisa, que aliás tem a mesma génese. Se o CC (Conselho Constitucional decidisse de outra maneira seria uma grande surpresa. Nada se pode esperar da PGR, mesmo sabendo que estamos perante um crime, isto é, um esquema em que tudo começa pela composição da própria CNE e do Conselho constitucional”, afirmou a jurista presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos.

- "Tenho vergonha do presidente da CNE". - Perante as provas apresentadas pelo mandatário do MDM, José Manuel de Sousa, Alice Mabote disse que “este Governo tinha de ter vergonha do que está a fazer, com o seu próprio país”. Disse estar envergonhada com a atitude da Comissão Nacional de Eleições, desde o presidente, João Leopoldo da Costa, a seus subalternos. O mesmo sentimento estende-se ao Conselho Constitucional na pessoa do juiz presidente, Luís Mondlane, e seus companheiros que de forma estranha sublinharam a decisão do CNE.

Aliás, a presidente da LDH disse que “a decisão do Conselho Constitucional não surpreendeu, em nenhum aspecto, pois trata-se de uma rede formada para defender interesses pessoais de alguns”.

Alice Mabote revelou ser difícil, na sua opinião, encontrar explicações para o desaparecimento dos documentos a CNE. “Só posso dizer que estou envergonhada com esta e comigo mesma, por pertencer a esta sociedade de mafiosos”.

- Daviz Simango comove Mabote - Mabote disse à nossa reportagem que “não esperava a humilde e comovente atitude” tomada pelo líder do MDM, Daviz Simango, pois, segundo explicou, “está claramente provado que a CNE em conluio com o Conselho Constitucional prejudicaram o engenheiro, mas este não reagiu como um líder invulgar”. “Sinceramente estou surpresa e bastante comovida com a atitude deste jovem (Daviz Simango), ele mostrou que é uma pessoa de bem, que mesmo perante as injustiças consegue apelar à calma e à decência” disse acrescentando que “Daviz Simango é um líder que marca diferença na sociedade moçambicana”.

Para Mabote, “em Moçambique nunca se viu um líder com o comportamento de Simango”. “Este jovem é um grande líder e sábio. Agora resta ao povo moçambicano analisar os líderes que temos e votar de forma correcta. O pronunciamento daquele jovem tocou o fundo do meu coração “. (MatiasGuente)

- Títulos do dia 1 de Outubro nos principais jornais de Moçambique:

  • 01/10/2009 CanalMoz, Ano 1, n.º 49: Comissão Nacional de Eleições extraviou documentos do MDM;
  • 01/10/2009 CanalMoz, Ano 1, n.º 49: Trinta partidos da oposição reagem-Querem sanções económicas aplicadas pela Comunidade Internacional;
  • 01/10/2009 Diário do País, Ano III, n.º 570: Partidos excluídos tencionam apoiar MDM;
  • 01/10/2009 - 2009 Elections, Number 10 (http://www.elections2009.cip.org.mz/), Mozambique political process bulletin: MDM accuses CNE of stealing documents & lying to Constitutional Council;
  • 01/10/2009 Correio da Manhã, Ano XIII, n.º 3165: NO ÂMBITO DO POLÉMICO PROCESSO ELEITORAL MOÇAMBICANO, Observadores da União Europeia desdobram-se a partir de domingo;
  • 01/10/2009 mediaFAX, n.º 4384: Partido de Daviz Simango prova com A+B o suprimento de irregularidades - Isto cheira mesmo a batota;
  • 01/10/2009 Diário Independente, Ano II, n.º 374: MDM exige intervenção da PGR;