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4/02/08

MUEDA passa a ter estatuto de município !

43 novos municípios em Moçambique, entre os quais Mueda em Cabo Delgado.
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Maputo, 01 Abr (Lusa) - O Governo moçambicano aprovou hoje(01/Abril) em Maputo a criação de 10 novas autarquias no país, devendo a medida ser ratificada pela Assembleia da República, para que o país passe a ter 43 municípios.
Reunido hoje na sua VIII Sessão Ordinária, o Conselho de Ministros de Moçambique decidiu elevar ao estatuto de município as seguintes vilas: Namaacha, Macia e Massinga, no sul do país, Gorongosa, Gondola, Alto Molócué, e Ulóngué, no centro do país, e Ribaué, Mueda e Marrupa, no norte do país.
O ministro moçambicano da Administração Estatal, Lucas Chomera, disse aos jornalistas no final da sessão, que na mira desta decisão, estão as eleições autárquicas previstas para o ano em curso, cuja data ainda não foi indicada pelo chefe de Estado, como impõe a legislação eleitoral moçambicana.
  • Leia a íntegra da notícia aqui!

8/16/07

Montepuez - Inspecção multa 18 empresas.

Dezoito empresas acabam de ser multadas na cidade e distrito de Montepuez, em Cabo Delgado, depois de se terem constatado atropelos às regras estabelecidas pela lei laboral.
Namuno aparece na posição seguinte, com nove empresas multadas, seguindo-se-lhe Balama, com cinco, Mocímboa da Praia, com quatro, e Mueda, com duas. Regra geral as infracções relacionam-se com com os capítulos de higiene e segurança no trabalho (falta de equipamento de protecção dos trabalhadores e prevenção de doenças profissionais), pagamento de salários abaixo do estabelecido por lei, falta de seguros e contratos de trabalho colectivos, entre outras irregularidades. No total, as empresas dos distritos supracitados foram multadas em cerca de 300 mil meticais.
Maputo, Quinta-Feira, 16 de Agosto de 2007:: Notícias

8/11/07

A água que falta no Planalto dos Macondes...

Água: uma solução sempre adiada.
Estamos na aldeia Mpeme, terra natal de Raimundo Pachinuapa, onde à primeira-Ministra ia ser apresentada uma represa acabada de construir numa nascente na baixa, a exactamente cinco quilómetros. É o único local onde as populações daquela aldeia buscam água para todas as necessidades que agora se acha minimizado o problema, que era a ausência total do líquido em determinados períodos do ano. A água vai ser armazenada.
Pensa-se numa electrobomba que possa elevar a água até à aldeia de Mpeme. Mas só se pensa, como há 32 anos.
No sistema de Ntamba, no distrito de Nangade, as populações de novo voltaram a percorrer entre 20 e 40 quilómetros para ir à nascente, onde uma vez a outra se diz que o sistema está reparado. Está a acontecer assim há 32 anos.
O desfile de bicicletas carregadas de bidons de água, a partir de Ntamba, para abastecer as aldeias mais distantes como Ntoli e outras do posto adminsitrativo de Itanda, é ao mesmo tempo horroroso e impressionante.
Na vila de Mueda, a água é mesmo preciosa, tem-se o real sentido do que tal representa.
Nas pensões, para cada hóspede se lhe dá o equivalente a cinco litros para todas as necessidades e são poucos os que se decidem pelo banho para tão pouca quantidade.
Tem-se a impressão de que é mais fácil ter água mineral do que aquela que devia ser acessível a todos. O líquido precioso leva a importância real que nos outros pontos do país não damos o valor que tem.
É um problema que tem a idade da independência nacional que de cada vez que se anuncia uma visita de alto nível se ensaia a sua solução e nada mais que isso.
É o problema da água, não da água potável que é a linguaguem que o resto do país fala. No planalto não se pode falar de água potável, porque isso pode afugentar a pouca não potável, que, mesmo assim, se pode encontrar. Mas é assim há 32 anos.
Pedro Nacuo - Maputo, Sábado, 11 de Agosto de 2007:: Notícias
Direitos da Água
A presente Declaração Universal dos Direitos da Água foi proclamada tendo como objetivo atingir todos os indivíduos, todos os povos e todas as nações, para que todos os homens, tendo esta Declaração constantemente no espírito, se esforcem, através da educação e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e obrigações anunciados e assumam, com medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação efetiva.
1. A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, povo, nação, região, cidade, é plenamente responsável aos olhos de todos.
2. A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.
3. Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
4. O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
5. A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
6. A água não é uma doação gratuita da natureza, ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode escassear em qualquer região do mundo.
7. A água não deve ser desperdiçada, poluída ou envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se esgote ou deteriore a qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8. A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou sociedade que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
9. A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10. O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

8/02/07

Mocimboa da Praia: Assassinatos estranhos...

O governador de Cabo Delgado, Lázaro Mathe, confirma a ocorrência de mortes estranhas de pessoas no distrito de Mocímboa da Praia, as quais são posteriormente mutiladas ou extraídos órgãos genitais, aparentemente para fins supersticiosos. A Polícia naquela província já deteve três indivíduos suspeitos de envolvimento em tais práticas. Segundo Mathe, que falava terça-feira numa conferência de Imprensa em Pemba, pelo menos seis mulheres e uma criança foram mortas por desconhecidos, nas aldeias de Unidade e Nantelemule, no distrito de Mocímboa, não havendo, para já, quaisquer indicações que confirmem os rumores segundo os quais o mesmo tipo de crimes é cometido também nos distritos de Nangade, Mueda, Muidumbe e Palma.
“Não se trata de um assunto do distrito, mas sim das aldeias Unidade e Nantelemule, onde depois de termos feito um trabalho com a população e os órgãos locais começaram a aparecer cidadãos indiciados, detidos em Palma e em Mueda, com os quais a Polícia está a trabalhar com vista a apurar detalhes sobre o que, de facto, está a acontecer”, disse Mathe. O governador tranquilizou as comunidades afirmando que a situação está sob controlo, que não há motivo de alarme, embora reconheça que se trata de uma atitude estranha à cultura dos moçambicanos.
“Pelas características que nos são descritas, dá para concluir que não se trata de uma acção genuinamente moçambicana, porque se for para objectivos obscurantistas ou supersticiosos, nós, moçambicanos, não temos tais práticas. Se se trata de casos de transplante, sabemos que há condições técnicas para essas operações, que entretanto não existem no país”, disse.
A onda de assassinatos nos moldes acima descritos foi denunciada pela primeira vez pela Renamo, na voz de Cornélio Quivela, delegado político provincial e deputado da AR por aquela formação política. Na ocasião, o Governo, através da administração de Mocímboa da Praia, desmentiu a informação, alegando tratar-se de propaganda política.
Há dias, o nosso Jornal contactou aquele parlamentar, que além de confirmar os dados avançados pelo governador provincial, acrescentou que o fenómeno atingiu o distrito de Palma, “com alguma severidade”, desde Dezembro de 2006.
Segundo aquele deputado, em Dezembro de 2006 nove pessoas da aldeia Monjane, no distrito de Palma, foram assassinadas, na sequência do que dois indivíduos foram detidos e conduzidos à Polícia por suspeita de responsabilidade nos crimes. “Ficaram detidos e uma semana depois um deles foi restituído à liberdade. Furiosa, a população linchou o indivíduo. O que tinha ficado na cela desapareceu da circulação. É por isso que pensamos que se trata de um assunto preocupante e estamos a lutar por descobrir a origem e explicações do fenómeno”, disse.
Na sua mais recente visita a Cabo Delgado, a Primeira-Ministra, Luísa Diogo, foi confrontada, nos comícios populares que orientou, com queixas populares relacionadas com o fenómeno, tendo apelado à calma uma vez que o assunto está sob o controlo das autoridades.
Maputo, Quinta-Feira, 2 de Agosto de 2007:: Notícias

7/01/07

Exposição ARTE MAKONDE NO SÉC. XXI: DESAFIOS/COLÓQUIO.

CONVITE
Inauguração
Exposição ARTE MAKONDE NO SÉC. XXI: DESAFIOS/COLÓQUIO
NTALUMA,
escultor
REINATA SADIMBA, ceramista
__________________________
DIA 6 DE JULHO às 18H30
Biblioteca Museu da República e Resistência
Rua Alberto de Sousa, nº 10 A - Lisboa
metro: ENTRECAMPOS
Nome - Fank Arroni Ntaluma
Data de nascimento - 25/08/1969
Naturalidade - Nanhagaia / Cabo Delgado
País -
Moçambique
Morada - Portugal
Formação - 1990/92 - Curso de Escultura no Museu de Etnologia de Nampula.
1997/2002 - Co-fundador e dirigente da Escolinha de Escultura Ntaluma em Maputo.
2003 - Monitor de escultura na Escola de Escultura Maconde / Associação Lusófona para o Desenvolvimento, Cultura e Integração em Lisboa.
Técnicas - Escultura em madeira.
Vive em Portugal desde 2002.

Nome - Reinata Sadimba
Data de nascimento - 1945
Naturalidade - Nemu / Mueda
País -
Moçambique
Morada - Maputo
Formação - Filha de camponeses recebeu a educação tradicional da etnia maconde, que inclui o fabrico de objectos utilitários em barro.
1993/95 - Participou em workshops em Maputo e Londres.
Técnicas - Cerâmica
Em 1972 durante a luta armada ingressa na Frelimo. Em 1980 emigra para a Tanzânia onde permanece até 1992, voltando então para Maputo.
Mais sobre arte makonde e sobre estes artistas de Cabo Delgado-Moçambique aqui