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9/21/08

Ecos da imprensa lusa: Asfalto unirá Moçambique de norte a sul até ao final de 2009.

Segundo o português "Diário de Notícias" de hoje:
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Moçambique - No final de 2009, já será possível percorrer, por estrada, os cerca de 2500 quilómetros do rio Rovuma ao rio Maputo.
A Estrada Nacional 1 vai ficar completa - Empreendimento é fundamental para relançar turismo no país
É um serpenteado suave no mapa, o desenho da Estrada Nacional 1, a principal via terrestre moçambicana, que une Cabo Delgado, no extremo norte, a Maputo, no extremo sul, numa travessia que segue por mais meia dúzia de províncias: Nampula, Zambézia, Sofala, Manica, Inhambane e Gaza.
No terreno, as consequências da guerra e do abandono, ao longo de três décadas, foram tornando a viagem totalmente impossível ou, na melhor das hipóteses, uma aventura de longas e perigosas horas.
Agora, terminada há muito a guerra civil que assolou o país, desminadas porções importantes da estrada, recuperados, ou em via disso, troços mais ou menos extensos, construídas ou reconstruídas pontes, quase a concluir-se a travessia do mítico Zambeze, a Estrada Nacional 1 de Moçambique prepara-se para aproximar os extremos do país, transformando-se numa vital linha de circulação de pessoas e bens. E constituindo também uma fundamental linha de desenvolvimento do turismo.
A conclusão da ponte sobre o Zambeze, no Caia, cujo projecto se baseia num trabalho do engenheiro português Edgar Cardoso, envolvendo as obras trabalho de empresas portuguesas, está prevista para o final de 2009 e projecta-se já para este Novembro o início dos trabalhos de reabilitação dos troços Xai-Xai/Chissibuca e Massinga/Inhassengue, devendo tudo estar pronto no final do próximo ano.
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- Cem milhões de dólares.
Neste fôlego moçambicano, que envolve mais de cem milhões de dólares, envolve-se, também, o projecto de criação de comités de estrada, formados por pessoal capacitado pelo Centro de Formação de Estradas moçambicano, para dar sustentabilidade ao esforço que agora se desenvolve, nomeadamente no plano da manutenção da via, que sofre, e há-de sofrer, os efeitos não apenas de condições climatéricas às vezes muito agrestes mas também da sobrecarga de milhares de veículos que nela circulam ou virão a circular.
Pronta a obra, abre-se uma via única, em Moçambique, para o desenvolvimento do país e para conhecer profundamente o território - da histórica Mueda, que se tornou um símbolo importante da guerra colonial, até ao paraíso de mar da Ponta do Ouro, havendo pelo caminho sinais únicos de um país de beleza e de história, sempre com a costa por perto.
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- Exemplos?
Basta mencionar alguns: Pemba e o arquipélago das Quirimbas, Nampula e a ilha de Moçambique, Quelimane e o seu gigantesco palmar, Inhambane e Bazaruto, a Inhaca perto de Maputo. Todos são autênticos santuários de belezas naturais que em nada ficam a dever às melhores paisagens que podemos avistar noutros continentes.
Há ainda zonas interiores de descoberta obrigatória, como Mocuba, onde todos os caminhos se cruzam e Moçambique se abraça. E a travessia do Zambeze. E a Gorongosa, o reabilitado parque de preciosa vida selvagem que volta a atrair as atenções internacionais dos apreciadores da fauna africana.
Para além de vital na ligação de todas as zonas do país, a Estrada Nacional 1 vai ser seguramente um itinerário de excelência na aposta turística moçambicana, um dos sectores em maior expansão no país, que vai vendo as trágicas marcas da guerra cada vez mais longe e os sulcos da paz passarem de miragem a uma realidade pronta a desenhar-se no horizonte.
- Diário de Notícias, 21/09/08.

9/25/07

Cabo Delgado potencia desenvolvimento local.

A província de Cabo Delgado tenciona criar dentro dos próximos tempos uma Agência de Desenvolvimento Local (ADEL), com a principal missão de potenciar as comunidades e outros agentes de desenvolvimento económico local para promover a produção e auto-emprego. Para o efeito, realizou-se há dias, naquela província um encontro que pretendia entre outras questões, estabelecer uma visão comum sobre o que é o desenvolvimento económico local, propiciar a reflexão e o debate a nível da província e delinear as linhas de acção que conduzam à constituição da referida Agência de Desenvolvimento de Cabo Delgado.
Para além de representantes do Governo, o encontro também contou com a participação de representantes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), um dos principais parceiros do Governo de Cabo Delgado, representantes de outras organizações não-governamentais, entre outros membros da sociedade civil.
Com o estabelecimento do ADEL pretende-se, segundo os promotores, contribuir para o desenvolvimento socioeconómico sustentável da província, com base no processo participativo das comunidades e outros agentes de desenvolvimento local.
O governador de Cabo Delgado, Lázaro Mathe recordou durante o encontro, que o Governo de Moçambique definiu o distrito como pólo de desenvolvimento socioeconómico e base de planificação a partir do qual devem ser concentrados todos os esforços com vista ao combate à pobreza rumo ao desenvolvimento económico e social sustentável.
É com base neste desiderato que o Governo provincial tem vindo a criar instrumentos para a implementação da sua agenda como é o caso do Plano de Acção de Combate à Pobreza, Fome e do Programa de Capacitação Distrital (PROCADIS).
“Queremos aqui, destacar o funcionamento dos Conselhos Consultivos Locais como fóruns privilegiados de consulta participativa, inclusiva, descentralizada e democrática”, frisou Lázaro Mathe.
É que segundo ele, a abordagem do desenvolvimento local constitui uma ferramenta para promover o uso apropriado dos recursos locais do território, formando-se assim as iniciativas produtivas que obedeçam e privilegiam a interligação em cadeia, a coordenação inter-institucional entre o Governo e outros actores e agentes de desenvolvimento, nomeadamente, o sector privado e a sociedade civil e o empreendedorismo a nível local.
Para o governador de Cabo Delgado, o desenvolvimento económico local é um desafio que se coloca a todos intervenientes, nomeadamente a sociedade civil, o Governo, o sector privado, bem como a população em geral da província, a tomarem um papel activo e concertado para o aumento da produção e produtividade, criação de emprego e geração da riqueza pelos agregados familiares.
Durante o encontro, também foram apresentadas experiências das províncias de Nampula e Manica onde as Agências de Desenvolvimento Local já vêm sendo implementadas com algum sucesso.
Maputo, Terça-Feira, 25 de Setembro de 2007:: Notícias