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2/23/10

A "linguagem secreta" dos elefantes...

Segundo a BBC-Brasil, os elefantes têm uma "linguagem secreta" que os homens estão tentando decifrar. Será que conseguem?...

- Pesquisadores do zoológico de San Diego, na Califórnia, estão estudando o que chamam de "linguagem secreta" dos elefantes.

Os pesquisadores estão monitorando formas de comunicação entre os animais que não podem ser captadas pelo ouvido humano.

Muitos dos sons emitidos pelos elefantes ocupam frequências inaudíveis para nós.

Na pesquisa que está sendo conduzida no Zoológico de San Diego, microfones sensíveis a essas baixas frequências e aparelhos de localização via satélite foram acoplados a oito elefantes fêmeas.

Assista à reportagem:

In - BBC-Brasil, 22/02/2010.

12/09/09

Praias de Pemba - Erosão e maus tratos... Que futuro ?

A questão ambiental debatida nos mais diversos fóruns internacionais e também, no momento, na conferência em Copenhague faz-nos refletir sobre atitudes e comportamentos quotidianos que não contribuem para um planeta sustentável e que implicam em mudanças de hábitos, em abdicarmos de interesses individuais para, com isso, contribuirmos para o bem e melhoria da sociedade que nos rodeia e para um futuro onde o assustador fantasma do aquecimento global possa ser amenizado e sobressaltar menos. Porto Amélia no passado colonial (hoje Pemba) era exemplo de cidade planejada, ecologicamente equilibrada dentro do que se conhecia a respeito naquele tempo até 1975, de ruas amplas, limpas, arborizadas, edifícios airosos, modernos, perspectivando um futuro prometedor voltado para o turismo. Para isso contribuíram diversas figuras que, direta ou indiretamente a foram desenhando e lapidando como jóia rara encravada nas areias do imenso mar azul que a cerca. Citarei, entre outros, somente os Dr. Cristina e Tito Livio Xavier, como presidentes do município e o saudoso arquiteto Andrade Paes, idealizador e responsável pela construção de inúmeras residências belas e edifícios que ainda hoje fazem e dão ar de graça à atual Pemba. Uma Pemba que em 2009, sentimos estar crescendo desorganizada, super povoada, com esgotos a céu aberto, lixo nas ruas, informalidade desregrada e crescente praticada por um povo que busca sobreviver mas em rumo direto, inevitavel á crescente insalubridade da urbe e à destruição de suas praias... hoje, muitas delas (como as praias do Wimbe, Maringanha ou até Mecufi) transformadas em latrinas públicas, vitimas da erosão, quase redutos murados, fechados por construções aleatórias ou não mas inconvenientes, redutos esses exclusivos e destinados a classes sociais mais “abonadas”.

Ainda bem que a próxima cúpula sobre mudança climática de 2011 será na África do Sul como hoje anunciou a presidente da conferência em Copenhague, a dinamarquesa Connie Hedegaard.

Quem sabe e por proximidade, cheguem mais fortes a Moçambique e a Pemba as necessárias demandas para mudanças radicais de conduta e usos que são imperativas quando se trata da questão ambiental.

E, para “desenhar” um pouco mais nitidamente minha apreensão, transcrevo, de autoria de Edmundo Galiza Matos – 2008, um texto encontrado na net, que faz parte de suas “Impressões após nove anos de ausência” da nossa querida Pemba e arredores:

""Mecufi: Impressões após nove anos de ausência - A erosão, é verdade, é um cancro maligno que dilacera impiedosamente o distrito costeiro de Mecufi. Há anos. Antes mesmo da independência nacional.

O fenómeno abate-se com maior inclemência sobre a praia e as várias tentativas para aplacá-lo de nada serviram. Os estudos científicos para a correcção da acção do oceano e do homem não passam disso mesmo. Muitos mas engavetados.

Desapareceram da praia a prancha para o mergulho. Os parrôs implantados nas frondosas causuarinas nem sequer deixaram marcas. Do balneário só restam o entulho em forma de pedra. As raízes desventradas dos coqueiros são como que a prova de que ali se bebericava whisky com agua de lanho.

O barquito “pilotado” pelo velho Jenguesse já lá não está... para meu desgosto, uma vez que, para além da travessia (paga) para Kambala, com ele “navegavamos” entre os inúmeros canais e mangais até “aportar” em Muária, aldeia construída já depois da independência nacional.

O bar do Herculano Faria está numa lástima à espera que um diferendo qualquer, inexplicável, seja sanado. Ali perto funciona uma cabana feita com macuti.

Reduzido devido à invasão das aguas do mar o terreno que utilizavamos para acampanar com tendas feitas de macuti e bambu, simplesmente já não existe.
- Em 31 de Outubro de 2008 - Edmundo Galiza Matos.

7/22/09

Empresa chinesa quer mais área para explorar madeiras em Inhambane, Moçambique

(Clique na imagem para ampliar)

Simples e "inofensiva", aqui fica a nota:

Inhambane, Moçambique [ABN NEWS/Macauhub] - A empresa chinesa Oriental Overseas Mozambique poderá obter uma concessão para exploração florestal na província meridional de Inhambane, apurou a macauhub junto da direcção provincial de florestas e fauna bravia.

A Oriental Overseas pertence a dois empresários chineses e foi constituída em Abril de 2008.

A empresa opera fundamentalmente no sectores dos recursos florestais, comércio por grosso e actividades pesqueiras e mineiras.

A China tem estado envolvida em muitas áreas de interesse sócio-económico em Moçambique, sendo de destacar o sector madeireiro.
- ABN, 21/07/2009 22:20.

  • Alguns post's anteriores que referem o tema "desmatamento" - Aqui!

7/21/09

Ecos da imprensa Moçambicana - Prejuízos causados por desastres naturais ascendem a USD 370 milhões/ano

(Clique na imagem para ampliar - Imagem original daqui.)

Correio da Manhã, Ano XIII, Nº 3115, Maputo, terça-feira, 21/Julho/2009 - Prejuízos causados por desastres naturais ascendem a USD 370 milhões/ano, O CORRESPONDENTE A 6,1% DA PRODUÇÃO GLOBAL DE MOÇAMBIQUE - A degradação do meio ambiente causada por cheias, secas e ciclones tem provocado prejuízos estimados em cerca de 370 milhões de dólares norte americanos, em média anual. O valor corresponde a 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo dados divulgados pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), realçando, entretanto, que, apesar de a pressão sobre os recursos naturais ser baixa, “o país é fortemente vulnerável a mudanças climáticas, reflectindo-se no seu crescimento económico”.

Os actuais indicadores de crescimento económico usados por Moçambique, como as poupanças nacionais brutas, “negligenciam os efeitos económicos da degradação dos recursos naturais”, alerta a mesma agência, ajuntando que a abordagem da trajectória de desenvolvimento de Moçambique não é sustentável “pois as poupanças líquidas ajustadas revelam uma maior destruição da riqueza do que a sua acumulação, pondo em perigo o futuro crescimento e bem-estar da população”, no entender igualmente da AFD.

Para inverter o cenário, a Agência Francesa de Desenvolvimento aponta que vai desembolsar, até 2010, cerca de 16 milhões de euros, para apoiar programas governamentais relacionados com a conservação de áreas protegidas, de forma a “salvar” várias espécies ameaçadas devido ao impacto negativo das mudanças climáticas.

Os parques nacionais do Limpopo, em Gaza, e das Quirimbas, na província de Cabo Delgado, são algumas das áreas protegidas que deverão merecer a intervenção daquela agência do Governo da França.
- J. Ubisse.

  • Visite Pemba também aqui!

4/21/09

Moçambique - Purificação das águas através de semente de uma planta.

16 projectos de desenvolvimento na área da ciência e tecnologia em Moçambique.

O governo moçambicano atribuiu hoje 16 milhões de meticais (431 mil euros) a 16 projectos locais de desenvolvimento na área da ciência e tecnologia, um deles de purificação das águas através da semente de uma planta. Os projectos foram atribuídos através de um Fundo Nacional de Investigação, criado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia em 2005 e que já atribuiu verbas a projectos como o da investigação em búfalos de doenças de animais transmissíveis aos homens.

Hoje receberam apoios projectos como o desenvolvimento da cultura intensa na planície de Xai-Xai (província de Gaza), para apoiar 150 crianças órfãs, o regadio de Moidumbe (Cabo Delgado) ou as energias renováveis em Panda (Inhambane).

O Ministério apoiou também um projecto de desenvolvimento da cultura da Moringa oleífera em Mabalane, província de Gaza, que para já vai dar emprego a 30 pessoas, pretendendo-se sensibilizar 32 mil pessoas para a importância do cultivo da planta. Segundo o administrador de Mabalane, Manuel Macamo, a cólera e a diarreia matam 600 pessoas por mês no distrito, na maior parte dos casos por falta de água potável. No distrito, adiantou, só 25 por cento da população conhece a cultura da Moringa, uma planta que se adapta bem a ambientes secos, como é a província de Gaza. A Moringa, uma planta originária do norte da Índia e com alto teor de vitaminas A, C e Cálcio, pode ser utilizada como purificador natural através das sementes trituradas, substituindo os purificantes químicos, caros e nem sempre disponíveis, salientou Manuel Macamo.

Mortes por água não potável.
O responsável frisou que o uso da Moringa como purificador de água pode reduzir substancialmente o número de mortes atribuídas à ingestão de água não potável, além de que a planta pode comer-se e pode ser utilizada, folhas e polpa, como adubo. Os frutos, as folhas e as sementes torradas podem ser consumidos e o óleo obtido das sementes para preparar alimentos e ainda para fazer sabonetes e combustível para candeeiros. A cerimónia de hoje foi presidida pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Venâncio Massingue, que lembrou o compromisso do governo de até 2010 disponibilizar um por cento do PIB para a área da Ciência e Tecnologia. A Ciência e Tecnologia recebia há quatro anos 0,23 por cento do PIB, percentagem que passou para 0,8 por cento no ano passado, disse o ministro.
- 20/04/2009 - "Ciência Hoje"

3/25/09

Diversificando: Documentário: "Cortiça: A floresta numa garrafa..."

(Imagem original daqui)

Sugerido por e.mail de amigo, do site "Cortiça: A escolha (Eco)Lógica" transcrevo, não só com finalidade educativa mas também pelo interesse e relação com a preservação do meio ambiente, que é mais necessária que nunca:

""No dia 22-2-2009 a SIC transmitiu um documentário interessante... O programa da cadeia britânica BBC - Natural World - veio a Portugal descobrir o montado descrevendo-o como um ecossistema fascinante, "um dos últimos locais da Europa onde a economia local convive harmoniosamente com a natureza". Depois de transmitido inicialmente pela BBC no dia 9/12/2008, o canal SIC transmitiu agora para o território nacional.
Veja aqui(abaixo) a versão transmitida em Portugal"":

11/03/08

Moçambique: Exploração de petróleo também no "offshore" de Sofala...

Diz o Macauhub - Joanesburgo, África do Sul, 3 Nov - A petrolífera sul-africana Sasol anunciou sexta-feira ter iniciado em Outubro a exploração de petróleo no "offshore" de Sofala, centro de Moçambique, em parceria com a congénere malaia Petronas.

Operadora do projecto, a Sasol é também responsável pela operação dos campos gasíferos de Pande e Temane, na zona "onshore" defronte aos blocos onde foi agora iniciada a exploração (16 e 19).

O acordo com a empresa malaia, salienta a Sasol em comunicado, respeita "os perfis operacionais internacionalmente aceites na indústria de petróleo e gás 'upstream' (desde a exploração ao transporte, passando pela produção)".

A Sasol detém 50 por cento da sociedade, cabendo 35 por cento à Petronas Carigali Mozambique E&P, e outros 15 por cento à Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique.

Os dois blocos abrangem uma área de 11 mil quilómetros quadrados.No norte de Moçambique, na chamada Bacia do Rovuma (Cabo Delgado), estão já em curso trabalhos de pesquisa a cargo de cinco petrolíferas.
  • Post's anteriores sobre prospecção de petróleo em Cabo Delgado (bacia do Rovuma) - Aqui e Aqui!

9/29/08

Ecos da imprensa do Brasil - Área desmatada da Amazônia dobrou em Agosto...

Lamentável e para que conste: O desmatamento irresponsável e criminoso da Amazônia continua, segundo "O Estadão" (Jornal diário de São Paulo-Brasil) de hoje:

Área desmatada da Amazônia mais que dobrou em agosto.
Desmatamento somou 756 quilômetros quadrados, uma área maior que o território de Cingapura.

REUTERS - SÃO PAULO, 29/Set/08 - O desmatamento da Amazônia mais que dobrou em agosto na comparação com o mês anterior, somando 756 quilômetros quadrados, área maior que o território de Cingapura, por exemplo, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta segunda-feira, 29. No acumulado de 2008, a área de floresta perdida soma 5.681 quilômetros quadrados, de acordo com o instituto. Cingapura tem área total de 641 quilômetros quadrados.

Em agosto, o Pará foi mais uma vez o Estado com maior índice de desmatamento da Amazônia, destruindo 435,3 quilômetros quadrados de floresta, seguido pelo Mato Grosso, com 229,2 quilômetros quadrados devastados. O Inpe informou que 74% da Amazônia pôde ser vista por satélite, porém o Estado do Amapá ficou praticamente todo encoberto por nuvens (99 por cento), e em Roraima 77% do território não pode ser visto. Quando comparado ao desmatamento registrado em agosto de 2007, o aumento da destruição da floresta foi de 230 quilômetros quadrados. Nos 12 meses de agosto de 2007 até o mês passado, a Amazônia perdeu 8.673 quilômetros quadrados, informou o Inpe. Só em abril de 2008, 1.124 quilômetros quadrados de floresta foram desmatados. Recentemente, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, comemorou a queda do desmatamento em julho, quando o desmate atingiu 324 quilômetros quadrados. Na época, o ministro atribuiu a queda ao aumento da fiscalização e a acordos fechados entre o ministério e setores do agronegócio. Na semana passada Minc anunciou que vai divulgar os nomes dos 100 maiores devastadores da floresta.
- Reportagem de Eduardo Simões, O Estado de São Paulo, 29/Set/2008.

Leia também do Jornal "O Estado de São Paulo":

Leia neste blogue:

  • Amazônia brasileira: Em dois meses desmatamento igual a duas cidades do Rio de Janeiro - Aqui!
  • Brasil: O desmatamento da Amazônia assusta! - Aqui!
  • A Amazônia, os biocombustíveis e o meio ambiente. - Aqui!
  • Diversificando: Aquecimento global e a irresponsabilidade do ser humano. - Aqui!
  • Planeta Terra... - Aqui!
  • Diversificando: Amazônia para sempre... - Aqui!

9/25/08

Ronda pela net: WWF - Don’t buy exotic animal souvenirs.

(Clique na imagem para ampliar)

Segundo o Nova Mídia-Novo Marketing de Rodrigo Alexandre Coelho, "Para campanhas deste tipo não há espaço para as meias palavras, é preciso ser impactante e, por vezes, até chocar. Mais uma excelente campanha da WWF."

E acrescento, contribua para a preservação da vida das florestas não comprando "souvenir" (lembranças) de animais exóticos ou das florestas!
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“Don’t buy exotic animal souvenirs.”
Advertising Agency:
LOWE GGK, Warsaw, Poland
Creative Directors: Kinga Grzelewska, Marcin Nowak
Art Directors: Giedymin J., Maciek Trybek
Copywriter: Patryk Michon
Photographer: Igor Omulecki

9/17/08

Meio Ambiente - Reciclar é preciso - O exemplo brasileiro !







Sabia que a latinha de cerveja, que vc. despreza quando vazia claro, é 100% reciclável?
Pois é, dos materiais comuns utilizados no dia a dia e que descartamos, apenas o alumínio é totalmente reciclável e pode ser aproveitado para se tornar alumínio de novo. No caso do Brasil, que considero modelo a seguir neste campo, a reciclagem do alumínio (e não só) gera empregos e renda para milhares de irmãos brasileiros dedicados diáriamente à recolha das tais latinhas pelas ruas, praias e cidades, atingindo índices superiores a 85% e contribuindo em parcela importante para a economia do País. O que, ao demonstrar cuidado para com o planeta é exemplar principalmente para os jovens dos jovens países de expressão portuguesa como Moçambique e, porque não também para a Pátria Lusa lá pelo "Velho Continente", que ainda tem muito para caminhar e aperfeiçoar nesse campo, ora pois!
A propósito, saliento da mídia impressa brasileira:
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"""As mudanças climáticas do planeta têm assustado a população mundial. Prova disso é que parte da sociedade já se conscientizou dos problemas presentes no meio ambiente e, como não poderia deixar de ser, as embalagens fazem parte desse cenário. Estudo realizado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Embalagens (Cetea) revelou o tempo de degradação e o impacto de alguns tipos de embalagem no meio ambiente. Em todos os campos experimentais em que as embalagens foram avaliadas (solo, leito de rio, ambientes industrial e marítimo), a lata de aço foi a embalagem que apresentou maior evolução no processo de degradação. Segundo dados do professor Sabetai Calderoni, da USP, a lata de aço leva em média cinco anos para se degradar totalmente, enquanto o alumínio e o PET, por exemplo, levam mais de 100 anos... ...
... ...A lata de aço é sustentável porque é 100% reciclável e degradável, reutilizável, trabalha constantemente a redução nos níveis de no processo de fabricação e a maximização do índice de reciclagem, limita o uso de combustíveis fósseis e ainda avança tecnologicamente na redução do peso da lata para que se gere menos resíduos pós-consumo. O Brasil tornou-se sinônimo de reciclagem de latas de alumínio para bebidas fortemente influenciado pelas condições econômicas e sociais do país, porém reciclar somente um tipo de material não resolverá os problemas ambientais do planeta. Em 2007, no Brasil, 49% das latas de aço foram recicladas, o que representa mais de 290 mil toneladas de aço pós-consumo retornando ao processo de fabricação do material. Países como a Alemanha, Holanda e Áustria chegam a reciclar quase 80% do total de embalagens de aço pós-consumo. Na Europa, cerca de 2,5 milhões de embalagens de alimentos e bebidas foram reaproveitadas no último ano, o que previne a emissão de 4,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono no meio ambiente, equivalente a 2 milhões de carros fora das ruas. Projetos nacionais são criados para que se incrementem esses índices de reciclagem e para que se minimizem efeitos futuros indesejáveis, tais como o aquecimento global. Em 2001, foi criado um projeto de recuperação de embalagens de aço na região Nordeste denominado Reciclaço. A ação tem como objetivo trabalhar na recuperação de latas de aço de duas peças para bebidas pós-consumo. Quando o programa foi criado o índice de reciclagem era de 27%, hoje esse número saltou para 85%, devido ao incentivo financeiro para a coleta do material e a educação ambiental realizada junto às cooperativas e sucateiros.
Em 2007, foi criado pela Abeaço o projeto "Aprendendo com o Lataço", para educação ambiental para crianças em idade de formação, de 6 a 12 anos, o qual já atingiu quase 10 mil alunos com informações sobre consumo consciente. O projeto engloba conceitos desde a concepção da embalagem até o descarte final da mesma, aplicando definições de reciclagem, reutilização e redução, todas elas de forma lúdica. Se todos os responsáveis pela cadeia de embalagens, desde a concepção do design até o descarte final, aliados ao governo iniciassem projetos firmes de reciclagem e de conscientização do consumidor, a maioria da população sentir-se-ia responsável pelo futuro sustentável das próximas gerações. """ """
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O texto é extenso e poderá ser lido na íntegra aqui - "Gazeta Mercantil"!
E há muito que aproveitar e aprendar sobre como cuidar do nosso maltratado planeta no portal também com origem no Brasil "Planeta Sustentável".

9/08/08

Transgénicos - A Europa diz não!

(Imagem original daqui)
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A discussão vai longe.
A "chamada-de-atenção" para países como Moçambique, empolgados com as novas-tecnologias vendidas como "milagreiras" também aqui fica.
A biotecnologia e seus perigos acendem polémica num mundo onde se buscam a cada dia alimentos baratos que escasseiam. E a necessidade aliada a interesses económicos de empresas gigantes do ramo da biotecnologia, que fazem dos países emergentes pobres, com fossos sociais evidentes e crescimento demográfico sem mando, laboratório e campo de testes, quando se busca nos tão apregoados "transgênicos" a solução, o milagre para colmatar a fome do povo-cobaia.
O argumento daqueles que defendem o uso de transgênicos, as poderosas multinacionais agroquímicas, é que o seu cultivo eliminará a fome no mundo, aumentará a produtividade e será mais rentável para os pequenos agricultores, enaltecendo em simultâneo as vantagens de que são resistentes a insetos e pragas, se adaptam à diferentes climas, são mais produtivos e incorporam substâncias que auxiliam no combate à obesidade, ao colesterol alto e outros. Entretanto, vêm patenteado os seus produtos e as sementes só estarão disponíveis mediante o pagamento de royaltes. Assim, o produtor torna-se cliente-cativo ou escravo, pois delas terá que comprar a semente e o herbicida que produzem em simultâneo.
Mas os benefícios apregoados não são suficientes para convencerem a população esclarecida que já vem protestando em crescente tom contra estes alimentos, quando suspeita por notícias divulgadas, de que esses produtos podem causar doenças como o câncer, alergias, além de aumentar a resistência contra agrotóxicos e antibióticos. E já se evidencia que, na natureza, os transgênicos empobrecem a biodiversidade, eliminam insetos como abelhas, minhocas e outros animais, além de espécies de plantas. E contribuem para o desenvolvimento de ervas daninhas resistentes.
Entretanto, os ditos transgénicos ou organismos biologicamente alterados por engenharia genética vêm gerando no mundo dito "civilizado" forte polêmica acerca do seu cultivo e consumo. Na maioria dos casos essa polêmica tem origem também em interesses económicos e os países da Europa são os que rejeitam mais veementemente tais alimentos.
De notar que o Brasil é o terceiro maior produtor de transgênicos do mundo, ficando atrás sómente dos Estados Unidos e da Argentina.
Segundo o portal luso GAIA - Grupo de Ação e Intervenção Ambiental, "...os transgénicos podem estar com os dias contados na Europa. Cresce entre a população européia o movimento contra os transgênicos, já proibidos em vários países. França, Hungria e Polônia, principais produtores europeus de cereais, proibiram o cultivo de milho transgênico em seus territórios e a Alemanha está no caminho de fazer o mesmo...
...As pressões da presidência da Comissão Européia não conseguiram dar um impulso nos transgênicos. Apesar do poder do órgão executivo do bloco, os países da União Européia vão gradualmente desistindo destes cultivos. Isto se deve em grande parte às dificuldades para convencer os agricultores europeus deste modelo impulsionado por grandes multinacionais da indústria agroalimentar, mas também pelos crescentes protestos da sociedade civil, que reclamam dos governos um papel ativo, segundo uma especialista entrevistada pela IPS...
...Na Espanha e em Portugal, dois redutos da produção de milho transgênicos com as maiores áreas plantadas na União Européia, se começa a questionar os benefícios de plantar e colher essas variedades do cultivo originário da América, onde foi alimento básico de várias culturas aborígines....
...Em outubro de 2007, o comissário europeu de Meio Ambiente, Stavros Dimas propôs aos demais membros do Executivo do bloco de 27 países proibir o cultivo das variedades transgênicas Bt-11 e 1507, devido a evidências científicas sobre seu impacto ambiental negativo. "Mas, o senso majoritário na Comissão é a favor dos OGMs, e a decisão final foi adiada duas vezes por falta de consenso", explicou à IPS a bióloga portuguesa Margarida Silva, coordenadora nacional da Plataforma Transgênicos Fora, integrada por 12 organizações não-governamentais de Portugal da áreas de meio ambiente e agricultura, associada ao seus congêneres do bloco...
...Os críticos como Margarida Silva lembram que já foi provado que a abundante quantidade de herbicidas usados em plantações transgênicas contamina os solos, e a diversidade de espécies também está em risco. Os críticos também dizem que os grãos geneticamente modificados desenvolvem imunidade, exigindo doses mais fortes de agroquímicos, prejudicando o meio ambiente e levando a uma uniformização das sementes, que terão cada vez mais as mesmas características. Também rebatem o argumento de que as plantações transgênicas, por sua grande produtividade, podem colaborar para elevar a produção de comida e acabar com a fome no mundo. "O interesse não é esse, mas os grandes agronegócios de exportação, atualmente voltados à indústria transgênica", disse a especialista..."".
Para não alongar o post, poderão ler o texto integral redigido Por Mario de Queiroz, para a agência IPS e publicado pelo portal GAIA em 05/09/2008 aqui!

8/30/08

Benefícios ambientais do biodiesel são questionados por cientista brasileiro.

(Imagem original daqui)
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Ainda é precipitado afirmar que o biodiesel é um combustível mais limpo que o petrodiesel (diesel combustível).
"Nas condições brasileiras, o biodiesel é considerado menos poluente em alguns aspectos, e em outros mais. O metanol utilizado como reagente para sua produção pode ser um problema, pois utiliza o gás natural como matéria-prima, que é um combustível não-renovável", revela o engenheiro químico André Moreira de Camargo. Na Escola Politécnica da USP, o engenheiro fez um inventário do ciclo de vida do metanol, álcool usado como reagente no processo de produção do biodiesel.
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Avaliação do ciclo de vida do biodiesel.
A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma ferramenta de gestão ambiental utilizada para determinar o impacto de determinado produto ou processo. A metodologia permite mapear o produto "do berço até o túmulo", calculando todo gasto de energia e poluição gerada desde a extração e processamento, passando pelo seu transporte, uso e destino final.
O estudo de Camargo é o primeiro a fazer esta análise sobre o ciclo de vida do metanol considerando as condições brasileiras. "Para realizar a ACV é necessário se ater às condições específicas do local onde o produto é feito, transportado e utilizado. No Brasil, por exemplo, a malha de transporte é basicamente rodoviária, então isto tem de ser levado em consideração nos cálculos de energia gasta e na poluição gerada quando utilizamos este meio de transporte", esclarece o pesquisador.
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Metanol versus etanol.
O inventário feito pelo pesquisador representa um primeiro passo para esclarecer esses pontos, mas ele ressalta que ainda é preciso fazer uma comparação do metanol com o mesmo tipo de estudo sobre o ciclo de vida do etanol nas condições apresentadas no Brasil, já que estudos feitos em outros países não traduzem corretamente a carga ambiental do combustível: matriz energética, condições de extração e transporte e a própria matéria-prima do etanol podem variar.
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Aprimoramento dos estudos.
Além disso, mesmo o ACV do metanol pode ser aperfeiçoado, modificando-se e ampliando-se o escopo contemplado nos cálculos. "O escopo corresponde aos fatores levados em consideração nos cálculos. Ele varia conforme o objetivo do estudo e as hipóteses consideradas pelo pesquisador, que deve utilizar seu bom senso. Devo avaliar se é importante incluir o impacto ambiental da produção do parafuso usado no equipamento de extração do gás, por exemplo, sempre lembrando que quanto mais extenso for este escopo, mais complexa ficará a ACV, e mais tempo levará para ser feita", explica.
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Gestão ambiental.
Avaliação do Ciclo de Vida é regulamentada por uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN) com o número NBR14040, derivada do ISO 1400, que especifica normas e metodologias de gestão ambiental. Apesar de a base de dados de ACV no Brasil ainda ser pequena, a tendência é que iniciativa privada e governo adotem cada vez mais esta metodologia, como têm feito algumas empresas. No âmbito da universidade, equipes como o Grupo de Prevenção da Poluição (GP2) da Poli estão se propondo a expandir esta base.
"A ACV é uma ferramenta que permite comparar produtos e serviços do ponto de vista ambiental, e estes estudos sempre podem ser ampliados e aperfeiçoados. Além disso, ela permite que se identifiquem os chamados 'gargalos de processos', indicando o que é preciso mudar para diminuir o impacto ambiental, seja com investimento em novas tecnologias ou mudanças na fonte energética usada", destaca o engenheiro.
- Luiza Caires, 28/08/2008, In Inovação Tecnológica.
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Sobre Biocombustiveis:

8/27/08

Jóia da Coroa de Moçambique: Parque Nacional da Gorongosa

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui.)
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Li no Bar da Tininha-MSN de hà pouco, afirmado pelo luso de nascimento e moçambicano de coração Celestino Gonçalves (Marrabenta), "arca" valiosa, vasta, felizmente saudável e viva, contemporânea em conhecimentos, dados e histórias do Moçambique colonial que, o Parque Nacional da Gorongosa - santuário da fauna bravia moçambicana, regista progressos que confirmam sua recuperação após anos de abandono desastroso que o devastou, pós saída do governo português de Moçambique em 1975. E indica um site (Sofala OnLine-Gorongosa) de onde transcrevo:
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Sobre o nascimento, a história, as agruras e as desgraças por onde passou o Parque Nacional da Gorongosa, há muito que tudo isso está relatado. A partir do momento em que a actual equipa tomou a inciativa de chamar a si o futuro do Parque, as coisas mudaram, para melhor, como da noite para o dia. É verdade que ainda há muito caminho a percorrer e um imenso trabalho a levar a cabo para que o PNG venha a experimentar algumas semelhanças com o Parque Nacional da Gorongoza existente em África e mesmo em todo o mundo, até aos anos 80. Desde que assumiu a liderança da gestão do PNG, a Fundação Carr e a sua vasta equipa tem dado o seu melhor, tendo em vista a efectiva recuperação do Parque, em todas as vertentes. A recuperação do acampamento do Chitengo, a reintrodução de algumas espécies praticamente extintas, a deslocação das populações residentes no interior do Parque para a sua periferia, são apenas alguns exemplos do trabalho levado a cabo. Faltava, no entanto, uma ferramenta essencial à prossecução do fim em vista. Esse indispensável utensílio de trabalho só no mês passado (Julho de 2008) foi assinado. O Governo Moçambicano, através do Ministério do Turismo, e Greg Carr, presidente da Fundação com o seu nome, deram corpo ao, então celebrado, ACORDO DE GESTÃO CONJUNTA.
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O Parque Nacional da Gorongosa fica situado na zona limite sul do Grande Vale do Rift Africano, no coração da zona centro de Moçambique. A sua diversidade de ecossistemas – da exuberante floresta tropical às vastas planícies aluviais acolheu, em tempos, algumas das mais densas populações de animais selvagens em toda a África. Nos anos 50 e 60, turistas de todo o mundo afluíam à “Jóia da Coroa de Moçambique”.
Seguiram-se quase 30 anos de guerra e nos anos 80, o parque transformou-se num campo de batalha, tendo de ser deixado ao abandono.
Durante a guerra, soldados e civis caçaram grande maioria dos mamíferos existentes no parque.
Mesmo depois da paz ter sido acordada, em 1992, a caça furtiva continuou incontrolável.
Em 1996, com a ajuda de várias agências internacionais, o governo Moçambicano conseguiu reduzir substancialmente a caça furtiva. Aquando da reabertura do parque, verificou-se a extinção de alguns dos mamíferos do parque mas os pássaros – cerca de 400 espécies sobreviveram à guerra, relativamente ilesos.
Desde então, muitas das fortemente afectadas populações de mamíferos começaram a crescer lentamente. As poucas espécies extintas podem eventualmente ser reintroduzidas a partir de outras regiões da zona sul do continente africano. Ainda que seriamente ameaçado pela perda temporária de espécies-chave e pela desflorestação na Serra da Gorongosa, o ecossistema da Gorongosa permanece basicamente intacto e saudável.
O estado moçambicano reconheceu que o parque representa uma grande oportunidade no desenvolvimento da economia da zona central de Moçambique, uma das regiões mais pobres do mundo. O governo Moçambicano empreende, de momento, uma parceria com uma organização não governamental com sede nos Estados Unidos, no intuito de desenvolver uma aposta no ecoturismo. Esta destina-se a criar postos de trabalho e outras oportunidades para os locais, enquanto se procede a um investimento na protecção e reabilitação dos magníficos recursos naturais da Gorongosa. O projecto de reabilitação começou em 2004 e está a progredir a olhos vistos:
A equipa de conservação está a trabalhar arduamente para parar com a desflorestação da Serra da Gorongosa e reconstituir as populações animais do parque.
A equipa de investigação está a levar a cabo pesquisa científica alargada e a fazer planos a longo prazo para assegurar que, uma vez restaurado, o equilíbrio ecológico delicado do parque não seja perturbado.
A equipa das relações comunitárias está a trabalhar conjuntamente com diferentes parceiros na melhoria das condições de vida das pessoas que vivem na zona intermédia que rodeia o parque, ao criar emprego, financiar escolas e clínicas e ao dar formação em agricultura sustentável aos agricultores locais.
  • Link's que o levam a conhecer o Parque Nacional da Gorongosa em Moçambique: Aqui; Aqui e Aqui

Acrescento: Se deseja conhecer África-Moçambique, seu litoral sem igual, seus santuários naturais, as emoções (não predatórias) da vida da selva, não esqueça de incluir no roteiro, além da bela Pemba e ilhas/paraíso próximas, o Parque Nacional da Gorongoza. Jamais se arrependerá!

7/30/08

Video erótico na floresta...Mande o seu!

RECADO PARA OS "DESTRUIDORES" DE FLORESTAS:
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Video 'erótico' do Greenpeace para 'espalhar amor pela floresta' - O Greenpeace colocou em seu canal no YouTube um video 'erótico' que mostra árvores, galhos e folhas se acariciando como numa relação sexual. O clipe tem o objetivo de chamar atenção sobre o adiamento por parte da Comissão Europeia de uma votação importante sobre proteção às florestas. A iniciativa da ONG pretende manter o assunto na cabeça dos politicos durante as férias do verão europeu. Usa o video para convidar as pessoas a mandarem para o site da campanha fotos e videos em que elas e amigos estejam "espalhando amor na floresta".
Clique na imagem abaixo para ver o video.
Dica do TrendHunter para o Blue Bus em 29/07/08.



(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" a rádio "ForEver PEMBA.FM". O player localiza-se no menu deste blogue, lado direito. )

  • Greenpeace International - Aqui!
  • Greenpeace Portugal - Aqui!
  • Greenpeace Brasil - Aqui!
  • The Greenpeace WebLogs - Aqui!
  • Greenpeace - Wikipedia, the free encyclopedia - Aqui!

7/17/08

Amazônia brasileira - Em 2 meses, desmatamento igual a 2 cidades do Rio.

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui.)
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Preocupante:
Josias de Souza, 45, é colunista da Folha de S.Paulo e redige o blogue "Nos bastidores do Poder".
Publicou hà pouco:
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O Inpe divulgou nesta terça (15) os números do desmatamento referentes ao mês de maio. Foi abaixo mais 1.096 km2 de floresta amazônica.
Trata-se de área ligeiramente menor do que a registrada no mês de abril: 1.123 Km2. Ainda assim, equivale a um território semelhante ao da cidade do Rio de Janeiro.
Ou seja, em escassos dois meses, a Amazônia perdeu em cobertura florestal o equivalente a duas cidades do Rio. Um acinte.
O Estado de Mato Grosso continua sendo o campeão do desmatamento: 646 km2. A seguir vem, como de hábito, o Pará: 262 km2.
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PS.: ilustração via blog do Guto Cassiano.
- "Nos Bastidores do Poder", 15/07/08 18h44

7/07/08

Mais um relatório afirma que a causa do aumento do preço dos alimentos está nos biocombustíveis:

Relatório confidencial do Banco Mundial afirma que biocombustíveis provocaram escalada do preço dos alimentos.
Londres - Um relatório confidencial do Banco Mundial divulgado pelo jornal britânico «Guardian» refere que os biocombustíveis forçaram os preços dos alimentos a aumentar 75 por cento desde 2002, responsabilizando-os pela crise alimentar.
O relatório, da autoria de Don Mitchell, economista sénior do Banco Mundial foi concluído em Abril mas ainda não foi publicado, diz que o aumento dos preços da energia e dos fertilizantes foi responsável por um acréscimo de apenas 15 por cento nos preços dos alimentos.
«Sem o aumento dos biocombustíveis, os stocks mundiais de trigo e milho não teriam registado um declínio tão acentuado e o aumento dos preços devido a outros factores teria sido moderado», refere o relatório.
«O rápido crescimento dos rendimentos nos países desenvolvidos não originou grandes aumentos no consumo mundial de cereais e não foi um factor responsável pela grande subida dos preços», explica o estudo, contrariando a tese da administração Bush que aponta o aumento da procura na Índia e China como causas do aumento dos preços.
Segundo o relatório a produção de biocombustíveis distorceu o mercado: os cereais destinados à alimentação passaram a ser usados para produzir combustível - mais de um terço do milho norte-americano é agora usado na produção de etanol - e os agricultores têm sido incentivados a dedicar solo agrícola para a produção de biocombustíveis. Além disso geraram especulação financeira no sector dos cereais. Segundo o Banco Mundial, o aumento dos preços dos alimentos colocou 100 milhões de pessoas em todo o mundo abaixo do limiar de pobreza. Vários analistas acreditam que o texto, pronto desde Abril, ainda não foi divulgado para evitar embaraçar a administração Bush.
  • Alguns post's anteriores sobre "biocombustíveis" - Aqui; Aqui e Aqui!

6/30/08

Ronda pela imprensa moçambicana: Burocracia oficial apodrece madeira apreendida em situação ilegal...



Apreendida em situação ilegal, madeira apodrece - Reconhece Raimundo Cossa director Nacional de Terras e Florestas avançando que Isso deve-se a lentidão na tomada de decisão por parte das instituições encarregues a este trabalho.


(Maputo) O director nacional de Terras e Florestas, Raimundo Cossa, reconhece que grandes quantidades de madeira apreendida em situação ilegal no pais acaba apodrecendo devido a demora na tomade de decisão por pertedas instituições encarregues por este trabalho, facto aliado as deploráveis condições de armazenamento.

Estima-se que a madeira produzida ilegalmente no Pais representa entre 10 a 15 por cento daquela que é explorada em situação legal.

Este fenómeno origina a perca de grandes somas monetárias, segundo Cossa e explicando que a lei estabeleceo prazo de 15 dias, contados a partir da data da apreensão, para o acusado apresentar justificativos. Expirado este tempo, o produto reverte a favor do Estado e consequentemente accionado o mecanismo para sua venda em hasta pública. Depois da reversão, o processo é remetido as finanças, orgão encarregue pela gestão das vendas em hasta pública dos bens apreendidos em situação ilegal a favor do Estado, sendo nestas instituições que existem problemas de demora.

A nivel de todo o territorio nacional, “onde temos madeira apreendida, o processo de venda é lento” e com as condições deploráveis de armazenamento o produto acaba perdendo a qualidade e apodrece.

Entretato, a reclassificação das espécies de madeira, com destaque para as de primeira classe, para promover o processamento local e a exportação de produtos com maior valor acrescentado, aliada ao surgimento e/ou reactivação de algumas industrias de transformação, contribuiu para o crescimento do sector madeireiro em 2007.

As exportações de produtos florestais em 2007 situaram-se em pouco mais de 87 mil metros cúbicos, com a madeira em toros a liderar a lista ao exportar 56 mil metros cúbicos, seguida de madeira serrada (31 mil metros cubicos), parquet (234 metros quadrados), folheado (27.064 metros quadrados) e travessas (100 metros cúbicos). Esta evolução deveu-se a reclassificação das espécies Mondzo, Pau Ferro, Muaga e Chanato, que ascenderam a primeira classe, cujas espécies estão interditas a exportação em toros. As espécies em referência, segundo fonte da Direcção Nacional de Terras e Florestas, em 2006 forma bastante procuradas pelo mercado chinês.

Mercê desta medida, em 2007, as exportações de madeira em toros reduziram cerca de metade em relação a igual periodo anterior e, em contrapartida, a madeira serrada e travessas incrementaram suas exportações em dois e doze por cento, respectivamente. Dos cerca de 57 mil metros cúbicos de madeira em toros exportados, as espécies Pau Ferro, Mondzo e Muaga foram as que registaram maior contribuição, representando cerca de 27, 24 e 15 por cento do volume total, respectivamente.

Segundo a Direcção Nacional de Terras e Florestas, a produção total de madeira em toros registada em 2007 foi de128 mil metros cúbicos, de um total de 197 mil metros cúbicos licenciados.

As Provincias de Sofala (35 por cento), Cabo Delgado (19 por cento) e Zambézia (12 por cento) foram as que se destacaram.

O volume de madeira em toros explorado e transportado representou cerca de 65 por cento do licenciado e os restante 35 por cento corresponderam ao volume inscrito que não foi explorado ou não transportado pelos operadores devido a dificuldade diversas.

Contribuiram para isso as chuvas e/ou inundações, problemas de organização e a fraca capacidade de exploração por parte dos operadores.

Na área industrial, foram processados cerca de 50 mil metros cúbicos de madeira serrada, 2.300 de parquet, 1200 de travessas e 28 mil metros quadrados de folheado. Neste processo, as provincias de Manica e Cabo Delgado, ambas com cerca de 12 metros cubicos cada e Maputo com 10 ocuparam as posicões cimeiras.

Estes indices representam um crescimento de 38 por cento em relação à produção alcançada em igual periodo anterior (2006).

Maputo, Diário de Notícias, Sexta-feira 27 de Junho de 2008 – Edição nº1169

6/27/08

No esquecido mundo do Niassa, Feliciano dos Santos e os Massukos oferecem música, saúde e alegria ao povo.

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui.)
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No Bar da Tininha (comunidade MSN ligada à cidade de Pemba, antiga Porto Amélia no tempo colonial) encontrei uma intervenção sugerindo link para música moçambicana (aqui). E fui descobrindo em texto de Marjorie McAfee da FrontLine como, longe do mundo moderno, no norte de Moçambique, reside e atua em uma vasta extensão de terra esquecida da civilização e conhecida por Niassa, o afro-pop Feliciano dos Santos e sua banda Massukos.
Marjorie vai a uma pobre aldeia remota onde encontra uma multidão escutando Feliciano dos Santos e os Massukos com suas guitarras eléctricas. As pessoas vêm de todos os lugares à volta para ver e ouvir Feliciano Dos Santos, sua banda e suas guitarras elétricas. E por esse povo é considerado como uma das maiores estrelas afro-pop de Moçambique.
Quando sua banda, Massukos, começa a atuar os miúdos dançam e, melhor, sorriem.
Santos canta algumas letras inesperadas, na língua tribal local:
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Vamos lavar nossas mãos
Vamos lavar nossas mãos
Para as crianças permanecerem saudáveis
Para os tios permanecerem saudáveis
Para as mães permanecerem saudáveis
Nós vamos construir latrinas
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A maioria das estrelas do rock em Moçambique não cantam sobre higiene e saneamento básico. Nem há estrelas famosas da música a viver e trabalhar no Niassa, um dos lugares mais pobres do planeta, onde as pessoas sobrevivem e subsistem com enormes carências. Nascido e criado no Niassa, Santos escreve e executa músicas que literalmente salvam vidas. Seu grande sucesso, "lavar as mãos", é parte de uma campanha de saúde pública organizada por seu grupo sem fins lucrativos "ESTAMOS", com sede em Lichinga, Província do Niassa, que promove a instalação de bombas para fornecer água potável e de "EcoSan" que distribui banheiros para melhorar o saneamento básico... Feliciano dos Santos, por esse seu trabalho social foi contemplado com o prémio "Goldman Prize" considerado por muitos como o prémio Nobel dos defensores do meio-ambiente.
  • Leia a reportagem que desvenda quem é Feliciano dos Santos e seu magnífico trabalho social no interior do Niassa, na íntegra aqui!
  • E o vídeo "Mozambique Guitar Hero" aqui!
  • Ganhador do Prémio Goldman de Meio Ambiente de 2008 para a África, aqui!
  • Feliciano dos Santos - Mozambique Sustainable Development, aqui!
  • Site oficial dos "Massukos", aqui!

6/25/08

Biocombustíveis levam 30 milhões à pobreza, diz ong Oxfam.

(Clique na imagem para ampliar. Imagem original daqui.)
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Os biocombustíveis são responsáveis por um aumento de 30 por cento nos preços dos alimentos em todo o mundo, levando 30 milhões de pessoas à pobreza, disse em um relatório a agência humanitária Oxfam.
O uso de biocombustíveis está disparando conforme os países ricos tentam reduzir sua dependência do petróleo importado e reduzir emissões de dióxido de carbono, mas os críticos dizem que isso levou à falta de grãos, o que impulsiona os preços das commodities.
As exigências dos países industrializados por mais biocombustíveis nos seus combustíveis para transporte estão causando a espiral na produção e a inflação dos alimentos", disse o assessor de política de biocombustível da Oxfam, Rob Bailey, que escreveu o relatório. "As reservas de grãos estão agora em uma mínima histórica."
A Oxfam convocou os países ricos a retirar os subsídios para os biocombustíveis e reduzir as tarifas de importação.
"Os países ricos gastaram até 15 bilhões de dólares no ano passado dando apoio aos biocombustíveis enquanto bloqueiam o etanol brasileiro, mais barato e que é muito menos prejudicial para a segurança alimentar global", afirma o texto.
A agência também pediu aos países industrializados que acabem com as metas de biocombustíveis, incluindo os planos da União Européia para obter 10 por cento do seu combustível de transportes em fontes renováveis como os biocombustíveis até 2020.
A UE planeja critérios rígidos para garantir que os biocombustíveis não afetem mais do que ajudem. Alguns países membros querem metas condicionais por conta da disponibilidade comercial de combustíveis de segunda geração.
Por Pete Harrison, Bruxelas - Reuters, terça-feira, 24 de junho de 2008 22:53
  • Alguns post's anteriores sobre "biocombustíveis" - Aqui e Aqui!

6/05/08

Crueldade contra os animais, cantora Alaska, touradas, elefantes e o dia mundial do meio ambiente...

(Imagem original daqui.)
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Segundo o Blue Bus de hà instantes, "O grupo PETA, People for the Ethical Treatment of Animals, lançou mais uma de suas campanhas contra a crueldade com os animais - e é mais uma a recorrer à nudez. Desta vez, condena as touradas, tradição espanhola, e mostra a cantora Alaska, sucesso no país. Nua, tem nas costas as 'banderillas' que os toureiros espetam nas costas dos touros para enfraquecer o animal por conta da perda de sangue. O anúncio coincide com uma ação dos toureiros espanhois no Parlamento Europeu, em Bruxelas - um esforço para influenciar positivamente os politicos."...
Práticas "tradicionais" como essa que maltratam e matam animais são infelizmente comuns não só em Espanha, como em Portugal e no México perante o deleite de muito "boa-gente" e justificadas como essenciais para conservar folclóricos, arcaicos e desumanos costumes. Devem ser condenadas, denunciadas e combatidas como algo pernicioso que alimenta e leva a um mundo emocionalmente violento, protesto que, desta feita, conta também com a participação polémica mas útil da bela Alaska.
Mas o tema faz recordar e repensar, a propósito, outras crueldades em outros animais pelo mundo adiante (luta de galos, etç.) e em recantos como África do Sul ou Moçambique, onde, por exemplo e com justificativas(?) ambíguas, se matam elefantes acuados em seu meio ambiente invadido pelo crescimento desorganizado de populações e prejudicado pelo desmatamento inconsequente, irresponsável, criminoso que aproveito para realçar já que hoje é também "Dia Mundial do Meio Ambiente".
  • Leia também, porque, entre outras coisas, 'fala' do respeito que deveremos ter como seres pensantes, presumidamente inteligentes, pelos animais - Nicolle Zilli em Adorável Mundo Animal !