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12/29/07

PEMBA - O que se fala e diz...ou como terminar bem 2007.

(Imagem daqui)
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Extras - Sem dívidas! - Crónica de Pedro Nacuo
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Penitenciam-me os habituais leitores dos “Extras” que sábado a sábado ocupam este espaço, simplesmente porque acham que tudo o que acontece em Cabo Delgado deve ser chamado para aqui, tratado à maneira como se tornou tradicional, só própria daqui. Humanamente impossível! E ameaçam que senão... terei transitado com dívidas deste ano para 2008.
Dizem que não lhes falei do “avião” que aterrou em Natite, sobre uma casa de alguém, quando o piloto foi induzido a erro por um VOR de quem está muito preparado para se defender de todos voos nocturnos que vezes sem conta trazem azares, tiram dinheiro dos outros para o seu benefício e dias depois andam aí em carros de que não se sabe a origem. Quer sejam gatos, cães e ratos quer sejam aviões nocturnos e quejandos.
Foi por demais falado. Não há mais espaço para comentários, senão dizer o que os outros disseram: um objecto chamado peneira, munido de dispositivos muito comuns em feitiçaria, entre missangas, objectos marinhos e penas de algumas aves, muitos condimentos para ou agir ou convencer ou ainda meter medo.
O que não foi dito é que o voo vinha sob o “patrocínio” da nossa maior firma de telefonia móvel. Entre os objectos vinha uma recarga, da cor da maioria, amarela, de 20 meticais, usada! Patrocinar tudo, incluindo voos rasantes, à calada da noite. É o que se diz por cá!
Dizem igualmente que não lhes falei bem (aqui o significado de bem...) sobre o que aconteceu com o cidadão que espalhou o nome do administrador de Chiúre como sendo o seu rival no sentido de que o terá apanhado com a “boca na botija”. Afirmam tratar-se da minha segunda dívida. Não quero!
O que aconteceu é que o tal cidadão anda com vontade de ser “corneado” e logo por um administrador! Na verdade aquele dirigente trocou cerca de oito mensagens com uma amiga, xará da esposa do dito cujo, por sinal subordinada do chefe na administração local. A correspondência com a homónima da funcionária foi, conforme li, própria de pessoas que não se estavam a conhecer naquele dia.
Também soube que é verdade que o telefone de excia não traz o número do remetente da mensagem, caso esteja registado o respectivo nome. Foi o que aconteceu e o nosso quadro foi-se espalhando em linguagem de pessoas aproximadas, quando na verdade, na exacta oportunidade estava em contacto directo com um daqueles que, cansado de se desconfiar á si próprio vai ter aos outros e para tal não olha a meios, incluindo vasculhar objectos pessoais, como é um telefone celular.
Agora, o nosso compatriota anda a distribuir por todos os lados uma declaração em que diz que tudo o que o mundo ouviu é mentira, a pedir desculpas. Depois do “burro morto” ninguém dá ouvidos a isso. A sua acção propagandística foi mais forte que a correcção que se pretende fazer. O que fazer com o leite já derramado?
E fá-lo, igualmente, como uma atitude de autodefesa, se bem que há outros ofendidos que não se satisfazem com a declaração em distribuição, que por sinal fala apenas do administrador. Não diz que é mentira que houve esfaqueamento ao director do SISE, nem que houve outros cidadãos agredidos pelo simples facto de terem ido tentar perceber o que se estava a passar.
Há um provérbio na língua que se fala em Chiúre, segundo o qual “olavilavi wunkheliha owani” (a malandrice faz lembrar a origem), que pode não ser o caso em que, a qualquer momento a pessoa está a espera que um seu próximo lhe diga que vem da esquadra aonde fora formalizar a queixa.
Mas ficou um “TPC” para o administrador e o resto da sociedade, incluindo aqueles que mandam naquele. Se a correcção não está a pegar no seio da sociedade em que a novela foi realizada, onde tudo é visto como sendo uma jogada visando limpar a imagem de quem se achava sujo, muitas questões se colocam.
Agora, a mesma sociedade que não quer acreditar na correcção, via dito por não dito, está a inventar outras histórias que pretendem fazer um rosário do quanto o passado terá registado em desabono de quem está investido da autoridade não só moral como político-administrativa.
E mais: ao aceitar que a homónima da sua subordinada com que estava a trocar as mensagens, é igualmente funcionária num sector nevrálgico, ainda em Chiúre, volta-se ao ponto inicial. Também é subordinada! É do mesmo nome, mas não a esposa do cidadão que assanhado “vomitou” para todos os lados o nome do administrador, debilitando a sua integridade moral e de liderança. Depois?!
Dá para ficar descansado pois a ser como me diziam, não tenho dívidas por saldar neste ano, de maneira que entremos para 2008 convictos de que a haver actividade dos homens, o nosso espaço trará estórias relevantes, principalmente as mais anormais e em poucos casos intercaladas por aqueles previsíveis.
P.S. Em 2008, quem vive em Pemba será o primeiro em Moçambique e não só, a ver e sentir os raios solares do primeiro dia do ano. Nada de espectacular! É que Pemba, para além das outras características naturais sem paralelo, é também o pedaço mais a leste, depois do Corno da África, na parte oriental deste continente. É assim todos os dias, o primeiro lugar a ser atingido pelos raios solares. Só que na passagem do ano há muitos que vão a Pemba para serem os primeiros...
Pedro Nacuo - Maputo, Sábado, 29 de Dezembro de 2007:: Notícias.