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6/02/15

POESIA E SAUDADE - GLÓRIA DE SANT'ANNA PARTIU HÁ SEIS ANOS

No aniversário de falecimento de GLÓRIA DE SANT'ANNA - Escrito há 6 anos no Bar da Tininha - ""Partiu esta madrugada (02/06/2009) nossa Querida Professora, Amiga e Poetisa, Glória de Sant'Anna. 

A notícia veio até mim por simples texto: 

"... É com profunda dor, que te venho anunciar o falecimento da nossa Mãe. 
Morreu às 4 horas da madrugada do dia de hoje..." 

Não é fácil falar ou comentar quando o coração fica amargurado com mais esta passagem da vida que envolve e atinge um ser humano de valor sentimental imensurável para muitos de nós que aprendemos a caminhar na vida amparados pela força e ensinamentos recebidos de suas delicadas mãos, sempre dadas às nossas, desde os tempos da infância. 

Só consigo dizer que jamais esquecerei seu olhar terno, suave, sua voz tranquila, meiga mas firme e de palavras inteligentes, doces, sempre doces, repletas de poesia e sabedoria... 

Jamais deixarei de a considerar minha Querida Professora, quase uma segunda Mãe... 

Jamais deixarei de a considerar a minha Querida e Eterna Poetisa do Mar Azul de Pemba... 

E é com lágrimas nos olhos, com imensa tristeza, com uma tremenda saudade sem fim, que, aqui longe, a revejo no meu imaginário no meu último abraço, no meu último adeus terreno, ciente que a reencontrarei em meus sonhos e na poesia de todos os entardeceres que aprendi a descobrir na beleza de seus versos e na generosidade emanada de seu coração de poetisa, professora e Mãe. 
- J. L. Gabão, 02 de Junho de 2009.
Homenagem à poetisa Glória de Sant’Anna
Jornal JOÃO SEMANA (1/6/2010)
TEXTO: Pinto Soares
""""... ... ... 
Jaime Ferraz Gabão, em homenagem justíssima, escreveu, para a sua rubrica “Postal da Régua”, um artigo sobre a figura e a obra da consagrada poetisa Glória de Sant’Anna – trabalho que veio a lume, nestas páginas, na edição de 23/2/1990.

Nele afirma o estimado colega (trabalhámos, durante anos, no mesmo Jornal) e prezado Amigo (de longa data), que o signatário conheceu, muito bem, em terras de África, mais concretamente em Moçambique, essa extraordinária mulher que era, no Índico, uma das figuras representativas do florescente meio literário: com nome feito e prestígio invejável, conquistado mercê de uma obra que continua a ressumar a qualidade de outrora.

Nunca ninguém pôs em dúvida as qualidades excepcionais, nem a cultura de tão destacada princesa, que se distinguia, sobretudo na poesia – uma poesia fresca, luminosa, com substância e mensagem, recriadora –, também, frequentemente, repertório das suas vivências e daquilo que, atenta, circunvagando o olhar, presenciava e retinha, emprestando-lhe a elegância do seu verbo, não descurando o pormenor nem, tão-pouco, o cromatismo.

Segui, de perto, a trajectória de Glória de Sant’Anna, não pude trazer os seus livros – com pesar – ,li as críticas, sempre favoráveis, que lhe eram tecidas, a colaboração que oferecia a publicações diversas, e, mantive, em Nampula, um afável relacionamento com o seu marido, Andrade Paes, arquitecto, piloto de aviões, sabedor e corajoso, amigo de Carvalho Durão, do Catoja & Saldanha, firma sita na rua fronteira à Delegação do “Diário de Moçambique”, que eu chefiava, em instalações alugadas por Manuel Justino Sargento, “O Napoleão de Macuana”, segundo o juiz Paiva.

Glória de Sant’Anna deslocava-se com frequência de Porto Amélia a Nampula, sendo natural que, volvidos anos de tanto sofrimento para quem amava África e em particular aos habitantes de Pemba tanto se dedicou sem restrições de alma e coração, haja esquecido o cabouqueiro que um dia, afrontando o poder, se apresentou a sufrágio sem outros apoios do que aqueles que nunca lhe faltaram da parte do povo simples, mais tarde envenenado na sua candura e vítima de credulidade congénita, a macerá-lo numa guerra desumana e cruel, cujo termo ainda não se vislumbra.

Agradece, Glória de Sant’Anna, a divulgação, nestas páginas, da sua personalidade e da sua obra, graças ao dedicado empenho de Jaime Ferraz Gabão. Sentindo-nos honrados, auguramos que ela persista, enriquecendo as letras nacionais com o seu talento e forma especialíssima de versejar.

– “Não me recordo do seu nome. Muitos anos passaram…”

De Matosinhos para Válega, com ternura, “aquele abraço, a disponibilidade do JM e do seu Director – para Glória de Sant’Anna, um nome grande, respeitado, com lugar na literatura de Moçambique, nas antologias, no coração das suas gentes, na memória dos seus intelectuais.” """"

  • Sobre GLÓRIA DE SANT'ANNA neste blogue
  • Sobre GLÓRIA DE SANT'ANNA no Google
  • Sobre GLÓRIA DE SANT'ANNA na Wikipédia
  • Sobre GLÓRIA DE SANT'ANNA no FaceBook

10/06/14

A HORA DAS CIGARRAS - GLÓRIA DE SANT'ANNA


VEIO COM A MARÉ DA SAUDADE... POESIA DO MAR AZUL DE PEMBA

A música, as palavras, os ambientes de África.

 Poesia de Glória de Sant'Anna. Música: Pierre Aderne e Cuca Roseta, Maria Bethânia, Los Super Seven, Vadu, Lila Downs, Jussara Silveira, Touré Kunda, Paulo Flores, Gloria de la Niña Rivera. 
Primeira Emissão: 08 Set 2014
Duração: 43m - Um programa do escritor angolano José Eduardo Agualusa dito por Ana Paula Gomes, baseado em textos e músicas do continente africano.


4/30/14

"Tradução das Manhãs" de Gisela Ramos Rosa é a obra vencedora do Prémio Literário Glória de Sant'Anna 2014.

1/20/14

Relendo Nogueira Borges: OS IGNORADOS

Falo-vos da África dos matos sem fim,
Dos ecos perdidos no capim,
Das picadas vermelhas mas livres,
Tão livres como a liberdade.
Em cada curva uma palmeira,
Em cada lugar uma saudade,
Em cada sorriso uma clareira
De brancura e de amizade.

Falo-vos das noites de encantamento,
Das queimadas para lá do pensamento,
Da lua a beijar a baía de Pemba,
Do batuque e das esteiras na temba
Onde o meu corpo se satisfazia
Em outro corpo que, depois, dizia:
« São cinco quinhentas, patrão! »
E eu, cá dentro, aqui onde bate o coração,
Nem sei o que sentia.
Só sei que, depois, voltava
Com mais quinhentas na mão,
Roído pelo tédio e a solidão.

Falo-vos dos poemas proibidos,
Alguns esquecidos,
Outros lembrados
E agora publicados.

Falo-vos dos loucos a berrarem no entardecer,
Das sentinelas a dispararem para a escuridão
Com o medo aos saltos, na indecisão
Da manhã que não se sabe se vai nascer.

Falo-vos dos rios em que lavei o rosto,
Matei a sede ao sol- posto,
Gritei que não queria a guerra,
Mas não desertaria da minha terra.

Falo-vos da África onde não voltarei
Para matar a fome das minhas recordações,
Abraçar os irmãos que deixei
E lamber as feridas de todas as desilusões.

Falo-vos da África dos nossos soldados,
Dos seus sorrisos e dos seus abraços,
Uns, já mortos, outros, vivos-despedaçados,
Mas, todos eles, ignorados.

- De M. Nogueira Borges* extraído com autorização do autor de sua obra "O Lagar da Memória".

*Manuel Coutinho Nogueira Borges é escritor e poeta do Douro-Portugal. Nasceu no lugar de S. Gonçalo, freguesia de S. João de Lobrigos, concelho de Santa Marta de Penaguião, em 12.10.1943. Frequentou o curso de Direito de Coimbra, cumpriu o serviço militar obrigatório em Moçambique, como oficial mil.º e enveredou pela profissão de bancário. Tem colaboração dispersa por diversos jornais, nomeadamente: Notícias (de Lourenço Marques); Diário de Moçambique (Beira), Voz do Zambeze (Quelimane), Diário de Lisboa, República, Gazeta de Coimbra, Noticias do Douro, Miradouro, Arrais e outros. Em 1971 estreou-se com um livro de contos a que chamou "Não Matem A Esperança". (In 'Dicionário dos mais ilustres Trasmontanos e Alto Durienses', coordenado por Barroso da Fonte. Manuel Coutinho Nogueira Borges está no Google. Manuel Coutinho Nogueira Borges, foi Alferes Milº. do Comando de Agrupamento 1985 - Moçambique (Quelimane e Porto Amélia)de 1967 a 1969 e faleceu no dia 27 de Junho de 2012 na cidade de Vila Nova de Gaia - Portugal.
Também pode ler M. Nogueira Borges no blogue "Escritos do Douro". A imagem ilustratrativa acima representa parte do Parque Tsavo no Quénia/África e foi recolhida no site "Viajologia-Época-Viajando com Haroldo Castro". 

Clique nas imagens para ampliar. Edição de J. L. Gabão para o blogue "ForEver PEMBA" em Janeiro de 2014. Este artigo pertence ao blogue ForEver PEMBA. É permitido copiar, reproduzir e/ou distribuir os artigos/imagens deste blogue desde que mencionados a origem/autores.

12/01/13

PRÉMIO LITERÁRIO GLÓRIA DE SANT’ANNA 2014

REGULAMENTO 

O GRUPO DE ACÇÃO CULTURAL DE VÁLEGA (GAC), Associação de Utilidade Pública de âmbito cultural, nos termos do Decreto-lei n.º 460/77, por despacho publicado em DR II Série n.º 174, de 31 de Julho de 1998, em colaboração com várias entidades patrocinadoras, e a Família de Glória de Sant'Anna, organizam o Prémio de Poesia denominado “PRÉMIO LITERÁRIO GLÓRIA DE SANT’ANNA”, destinado a galardoar o melhor trabalho apresentado no âmbito deste Regulamento.

Prémio - 
Prémio no valor de 3.000.00 euros a ser atribuído ao Autor do melhor livro de Poesia em língua Portuguesa editado desde Janeiro de 2013 até 7 de Março de 2014.

Elegibilidade - 
a) Primeira edição em Portugal e países Lusófonos.
b) Não serão aceites antologias ou colectâneas.
c) O livro não pode ser constituído na totalidade por trabalhos seleccionados noutras publicações.
d) O livro terá de incluir poemas inéditos, num mínimo de 80% do total.
e) Um livro editado postumamente será considerado se for publicado no período de um ano após a morte do Poeta.
f) O livro terá de ter pelo menos 32 páginas.
g) Edições de autor e trabalho apresentado directamente pelos poetas não serão considerados.
h) Livros de poesia para crianças também serão considerados.
i) Não serão permitidas petições de qualquer indivíduo a qualquer membro do júri.
j) A premiação de um Autor não impede que esse seja considerado de novo nos anos seguintes.

Condições - 
Qualquer livro seleccionado para o Prémio só será considerado se a editora se comprometer com o seguinte:
a) Contribuir com €300 para publicidade se o livro for seleccionado na lista final.
b) Garantir que um mínimo de 200 exemplares do livro estejam disponíveis em stock em Portugal, dentro de 20 dias a partir do anúncio da lista final.
c) Fazer todos os possíveis para que os autores dos livros concorrentes estejam disponíveis para a imprensa a partir da data de anúncio da lista final.
d) Fazer todos os possíveis para que o Autor do livro premiado esteja disponível para a cerimónia da entrega do Prémio.
e) O valor do prémio estará sujeito aos respectivos impostos, nos termos contemplados na lei.

Inscrições – 
a) A data limite das inscrições é 7 de Março de 2014.
b) Os trabalhos devem ser enviados pelos editores no formato pdf juntamente com um boletim de inscrição por cada título a concorrer para premio.literario.poesia@gmail.com ou em forma de livro acabado. No entanto seis exemplares do livro impresso/acabado deverão estar na morada indicada, o mais tardar uma semana a partir do limite das inscrições.

Enviar a Obra, para: 
PRÉMIO LITERÁRIO GLÓRIA DE SANT’ANNA 
GRUPO DE ACÇÃO CULTURAL DE VÁLEGA 
Rua Professor Domingos Matos, 187
3880-515 VÁLEGA 
PORTUGAL

c) Nenhum dos exemplares enviados para concurso será devolvido aos editores.
d) Todas as inscrições serão confidenciais.

Lista final - 
a) A lista final dos livros seleccionados será anunciada a 7 de Abril de 2014.
b) Da lista constarão um máximo de 10 livros no total.
c) Livros submetidos em processo de acabamento deverão ser fornecidos prontos, se forem seleccionados na lista final.

Reprodução de Poemas - 
Poemas dos livros seleccionados poderão ser publicados no JORNAL DE VÁLEGA, no site Glória de Sant’Anna, outros órgãos da Imprensa e press-releases com o propósito de divulgar os livros, a sua leitura e o Prémio.

Júri - 
a) O painel de Júri inclui o Presidente mais quatro elementos.
b) Cada membro do Júri terá o direito de exercer um voto.
c) O Prémio não poderá ser dividido. Os fundos doados não podem ser usados para outros fins do que custos directamente associados ao prémio.
d) O Júri reserva-se o direito de não atribuir o Prémio por razões justificáveis.
e) Os casos omissos serão resolvidos pelo Júri, que é soberano e de cujas decisões não haverá recurso.
f) A decisão final do Júri é irrevogável.
g) A atribuição e entrega do prémio será a 25 de Maio 2014 em local a anunciar.
Mais informações por favor contacte através do e-mail: premio.literario.poesia@gmail.com

9/23/12

OS IGNORADOS

Falo-vos da África dos matos sem fim,
Dos ecos perdidos no capim,
Das picadas vermelhas mas livres,
Tão livres como a liberdade.
Em cada curva uma palmeira,
Em cada lugar uma saudade,
Em cada sorriso uma clareira
De brancura e de amizade.

Falo-vos das noites de encantamento,
Das queimadas para lá do pensamento,
Da lua a beijar a baía de Pemba,
Do batuque e das esteiras na temba
Onde o meu corpo se satisfazia
Em outro corpo que, depois, dizia:
« São cinco quinhentas, patrão! »
E eu, cá dentro, aqui onde bate o coração,
Nem sei o que sentia.
Só sei que, depois, voltava
Com mais quinhentas na mão,
Roído pelo tédio e a solidão.

Falo-vos dos poemas proibidos,
Alguns esquecidos,
Outros lembrados
E agora publicados.

Falo-vos dos loucos a berrarem no entardecer,
Das sentinelas a dispararem para a escuridão
Com o medo aos saltos, na indecisão
Da manhã que não se sabe se vai nascer.

Falo-vos dos rios em que lavei o rosto,
Matei a sede ao sol- posto,
Gritei que não queria a guerra,
Mas não desertaria da minha terra.

Falo-vos da África onde não voltarei
Para matar a fome das minhas recordações,
Abraçar os irmãos que deixei
E lamber as feridas de todas as desilusões.

Falo-vos da África dos nossos soldados,
Dos seus sorrisos e dos seus abraços,
Uns, já mortos, outros, vivos-despedaçados,
Mas, todos eles, ignorados.

- De M. Nogueira Borges* extraído com autorização do autor de sua obra "O Lagar da Memória".
  • Também pode ler M. Nogueira Borges no blogue "Escritos do Douro". *Manuel Coutinho Nogueira Borges é escritor nascido no Douro - Peso da Régua. A imagem ilustratrativa acima representa parte do Parque Tsavo no Quénia/África e foi recolhida no site "Viajologia-Época-Viajando com Haroldo Castro". Composta/editada em PhotoScape, poderá ser ampliada clicando com o mouse/rato.

6/07/12

PRÉMIO LITERÁRIO GLÓRIA DE SANT’ANNA 2013

REGULAMENTO

O GRUPO DE ACÇÃO CULTURAL DE VÁLEGA (GAC), Associação de Utilidade Pública de âmbito cultural, nos termos do Decreto-lei n.º 460/77, por despacho publicado em DR II Série n.º 174, de 31 de Julho de 1998, em colaboração com várias entidades patrocinadoras, e a Família de Glória de Sant'Anna, organizam o Prémio de Poesia denominado “PRÉMIO LITERÁRIO GLÓRIA DE SANT’ANNA”, destinado a galardoar o melhor trabalho apresentado no âmbito deste Regulamento.

Prémio -
Prémio no valor de  3.000.00 a ser atribuído ao Autor do melhor livro de Poesia em língua Portuguesa editada no ano corrente.

Elegibilidade -
a) Primeira edição em Portugal e países Lusófonos.
b) Não serão aceites antologias, colectâneas ou trabalhos seleccionados noutras publicações.
c) O livro não pode ser constituído na totalidade por trabalhos seleccionados noutras publicações.
d) O livro terá de incluir poemas inéditos, num mínimo de 80% do total.
e) Um livro editado postumamente será considerado se for publicado no período de um ano após a morte do Poeta.
f) O livro terá de ter pelo menos 32 páginas.
g) Edições de autor e trabalho apresentado directamente pelos poetas não serão considerados.
h) Livros de poesia para crianças também serão considerados.
i) Não serão permitidas petições de qualquer indivíduo ou editor a qualquer membro do júri.
j) A premiação de um Autor não impede que esse seja considerado de novo nos anos seguintes.

Condições -
Qualquer livro seleccionado para o Prémio só será considerado se a editora se comprometer com o seguinte:
a) Contribuir com € 300.00 para publicidade se o livro for seleccionado na lista final.
b) Garantir que um mínimo de 200 cópias desse livro estejam disponíveis em stock, dentro de 20 dias a partir do anúncio da lista final.
c) Sem qualquer obrigatoriedade, fazer todos os possíveis para que os autores dos livros concorrentes estejam disponíveis para a imprensa a partir da data de anúncio da lista final.
d) O valor do prémio estará sujeito aos respectivos impostos, nos termos contemplados na lei.

Inscrições -
a) Os trabalhos podem ser enviados pelos editores no formato pdf, fotocópias ou provas, dactilografadas, ou em forma de livro acabado, já publicado no ano corrente. Seis exemplares, juntamente com um boletim de inscrição por cada título a concorrer.

Enviar a Obra para:
GRUPO DE ACÇÃO CULTURAL DE VÁLEGA
Rua Professor Domingos Matos, 187
3880-515 VÁLEGA

b) Todas as inscrições serão confidenciais.
c) A data limite das inscrições é 15 de Março de 2013.
d) Nenhum dos exemplares enviados para concurso será devolvido aos editores.

Lista final -
a) A lista final dos livros seleccionados será anunciada a 15 de Abril de 2013.
b) Da lista constarão um máximo de 10 livros no total.
c) Poemas dos livros seleccionados serão publicados no JORNAL DE VÁLEGA e outros órgãos da Imprensa Nacional.
d) Livros submetidos em processo de acabamento deverão ser fornecidos prontos, se forem seleccionados na lista final.

Reprodução de Poemas -
Um máximo de 5 poemas de cada autor constante da lista final poderá ser reproduzido nas press-releases; no site de Glória de Sant'Anna e mensagens distribuídas por email com o propósito de divulgar os livros, a sua leitura ou o Prémio.

Júri -
a) O painel de Júri inclui o Presidente mais quatro elementos.
b) Cada membro do Júri terá o direito de exercer um voto.
c) O Prémio não poderá ser dividido. Os fundos doados não podem ser usados para outros fins do que custos directamente associados ao prémio.
d) O Júri reserva-se o direito de não atribuir o Prémio por razões justificáveis.
e) Os casos omissos serão resolvidos pelo Júri, que é soberano e de cujas decisões não haverá recurso.
f) A decisão final do Júri é irrevogável.
g) A atribuição e entrega do prémio será a 26 de Maio de 2013 em local a anunciar.

(Clique nas imagens para ampliar)
(Dúvidas ou questões adicionais poderão ser esclarecidas por Inez Andrade Paes - inezapaes@gmail.com)

6/02/12

GLÓRIA DE SANT'ANNA - A eterna poetisa do mar azul de Pemba

No aniversário de falecimento de GLÓRIA DE SANT'ANNA - Escrito há 3 anos no Bar da Tininha""Partiu esta madrugada (02/06/2009) nossa Querida Professora, Amiga e Poetisa, Glória de Sant'Anna. 

A notícia veio até mim por simples texto: 

"... É com profunda dor, que te venho anunciar o falecimento da nossa Mãe. 
Morreu às 4 horas da madrugada do dia de hoje..." 

Não é fácil falar ou comentar quando o coração fica amargurado com mais esta passagem da vida que envolve e atinge um ser humano de valor sentimental imensurável para muitos de nós que aprendemos a caminhar na vida amparados pela força e ensinamentos recebidos de suas delicadas mãos, sempre dadas às nossas, desde os tempos da infância. 

Só consigo dizer que jamais esquecerei seu olhar terno, suave, sua voz tranquila, meiga mas firme e de palavras inteligentes, doces, sempre doces, repletas de poesia e sabedoria... 

Jamais deixarei de a considerar minha Querida Professora, quase uma segunda Mãe... 

Jamais deixarei de a considerar a minha Querida e Eterna Poetisa do Mar Azul de Pemba... 

E é com lágrimas nos olhos, com imensa tristeza, com uma tremenda saudade sem fim, que, aqui longe, a revejo no meu imaginário no meu último abraço, no meu último adeus terreno, ciente que a reencontrarei em meus sonhos e na poesia de todos os entardeceres que aprendi a descobrir na beleza de seus versos e na generosidade emanada de seu coração de poetisa, professora e Mãe. 
- J. L. Gabão, 02 de Junho de 2009.
Homenagem à poetisa Glória de Sant’Anna
Jornal JOÃO SEMANA (1/6/2010)
TEXTO: Pinto Soares
""""... ... ... 
Jaime Ferraz Gabão, em homenagem justíssima, escreveu, para a sua rubrica “Postal da Régua”, um artigo sobre a figura e a obra da consagrada poetisa Glória de Sant’Anna – trabalho que veio a lume, nestas páginas, na edição de 23/2/1990.

Nele afirma o estimado colega (trabalhámos, durante anos, no mesmo Jornal) e prezado Amigo (de longa data), que o signatário conheceu, muito bem, em terras de África, mais concretamente em Moçambique, essa extraordinária mulher que era, no Índico, uma das figuras representativas do florescente meio literário: com nome feito e prestígio invejável, conquistado mercê de uma obra que continua a ressumar a qualidade de outrora.

Nunca ninguém pôs em dúvida as qualidades excepcionais, nem a cultura de tão destacada princesa, que se distinguia, sobretudo na poesia – uma poesia fresca, luminosa, com substância e mensagem, recriadora –, também, frequentemente, repertório das suas vivências e daquilo que, atenta, circunvagando o olhar, presenciava e retinha, emprestando-lhe a elegância do seu verbo, não descurando o pormenor nem, tão-pouco, o cromatismo.

Segui, de perto, a trajectória de Glória de Sant’Anna, não pude trazer os seus livros – com pesar – ,li as críticas, sempre favoráveis, que lhe eram tecidas, a colaboração que oferecia a publicações diversas, e, mantive, em Nampula, um afável relacionamento com o seu marido, Andrade Paes, arquitecto, piloto de aviões, sabedor e corajoso, amigo de Carvalho Durão, do Catoja & Saldanha, firma sita na rua fronteira à Delegação do “Diário de Moçambique”, que eu chefiava, em instalações alugadas por Manuel Justino Sargento, “O Napoleão de Macuana”, segundo o juiz Paiva.

Glória de Sant’Anna deslocava-se com frequência de Porto Amélia a Nampula, sendo natural que, volvidos anos de tanto sofrimento para quem amava África e em particular aos habitantes de Pemba tanto se dedicou sem restrições de alma e coração, haja esquecido o cabouqueiro que um dia, afrontando o poder, se apresentou a sufrágio sem outros apoios do que aqueles que nunca lhe faltaram da parte do povo simples, mais tarde envenenado na sua candura e vítima de credulidade congénita, a macerá-lo numa guerra desumana e cruel, cujo termo ainda não se vislumbra.

Agradece, Glória de Sant’Anna, a divulgação, nestas páginas, da sua personalidade e da sua obra, graças ao dedicado empenho de Jaime Ferraz Gabão. Sentindo-nos honrados, auguramos que ela persista, enriquecendo as letras nacionais com o seu talento e forma especialíssima de versejar.

– “Não me recordo do seu nome. Muitos anos passaram…”

De Matosinhos para Válega, com ternura, “aquele abraço, a disponibilidade do JM e do seu Director – para Glória de Sant’Anna, um nome grande, respeitado, com lugar na literatura de Moçambique, nas antologias, no coração das suas gentes, na memória dos seus intelectuais.” """"

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5/26/12

Glória de Sant'Anna - POEMA DE BARRO



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12/27/11

Em memória de D. Naílde

O mar de PEMBA - Imagem de Inez Andrade Paes

ao Jaime e ao Júlio


mar quebras macio
nos areais do Índico
e manso e morno


leva a tua mão a dar
quem te aguarda


é o Senhor


Inez Andrade Paes - "Contos de Fadas Não de Reis", 6 de Dezembro de 2011
Em homenagem à querida e eternamente lembrada Mãe Nair Vieira Soutelinho Ferraz Gabão, nascida em Pereiro de Agrações - Vidago/Chaves em 07/NOV/1925 e que nos deixou neste dia de 06/DEZ/2011, em Aveiro-Portugal. Edição de J. L. Gabão para o blogue "ForEver PEMBA" em  Dezembro de 2011.

1/06/11

SER !

Não me alarmam revoltados nem desgastados
Não me assustam criminosos de alma podre
Não recuo ao surgirem espíritos cegos e errantes
vagueando no tempo escurecido da frustação...

Não me importam os sem sentido do que são
Não me espantam jovens que ignoram que o são
Não me tocam ofensas que desprezo
Não me abisma a ignorância que falece...

Só me comove a simples, a pura natureza
Só me enternece a infantil geografia do azul celeste
Só me inspiram a quimera, o sonho
Só me impressionam o pranto, o sorriso da inocência
Só me abespinha a desgraça dos que não podem
Só me impacienta a indigência das almas que me cercam,
que estorvam minha indignação, meu desprezo pela presunção
do que não sabem ou alcançam ser!
- J. L. G., 6 de Janeiro de 2011.  A imagem ilustrativa acima, recolhida da net livre e editada em PhotoScape, poderá ser ampliada clicando com o mouse/rato.

10/15/10

EMBOSCADA

(Clique na imagem para ampliar - Imagem composta de itens recolhidos na net)

Chove cacimbo
Na terra do fim do mundo,
Uma lua sorrindo
Na floresta sem fundo.

O dia há-de nascer do seu útero fecundo
Envolto numa humidade de vapor,
Num grito de dor,
Carne inocente a arder.

Ninguém pode dormir para esquecer,
Só há tempo para morrer
Ou viver.

Os soldados,
Enlameados,
Como vermes enrolados
Numa espera fatal,
Só pedem um sinal,
Um barulho de metal,
Para libertarem o medo,
Estoirarem o sossego.

No ventre da selva há gritos
E tiros,
Correrias e rebentar de granadas,
Dois corpos de pernas decepadas.

Uma estrela apareceu,
Mas breve desapareceu.
Foi a vida que nasceu
E logo morreu.

Lá longe, na beira rio das arcadas,
Na Praça das Medalhas,
Dos Dez de Junho Imperiais,
Ditadores imortais
Não querem saber
Que a geração sacrificada
Esteja a morrer
Para nada.

- Poema de M. Nogueira Borges* extraído o livro "Lagar da Memória".

  • Também pode ler M. Nogueira Borges no blogue "Escritos do Douro". *Manuel Coutinho Nogueira Borges é escritor nascido no Douro - Peso da Régua.

9/25/10

Lampejos de poesia - AMOR INCONDICIONAL

 (Clique na imagem para ampliar)

Quisera ter palavras que não escondessem os meus pensamentos...
Quisera que os meus sentimentos fustigassem mais fortes que o vento...
Quisera borrar o silêncio que não faz mais que mentir todo tempo...
Quisera abraçar-te sem necessidade de ter-te nos meus braços...
Escutar-te sem o aveludado acariciar da tua voz...
Quisera ser tudo aquilo que anseias que eu fosse...
Sonho, mentira, fantasia, magia, utopia...
Camarada, amigo, irmão, companheiro, amante, heroi, mestre...
Ou, simplesmente, voltar a ser um menino inocente...
Disposto a seguir-te cegamente todo o tempo...

- Herculino Loureiro, Setembro de 2010.

5/28/10

OS IGNORADOS

 
(Clique na imagem para ampliar)

Falo-vos da África dos matos sem fim,
Dos ecos perdidos no capim,
Das picadas vermelhas mas livres,
Tão livres como a liberdade.
Em cada curva uma palmeira,
Em cada lugar uma saudade,
Em cada sorriso uma clareira
De brancura e de amizade.

Falo-vos das noites de encantamento,
Das queimadas para lá do pensamento,
Da lua a beijar a baía de Pemba,
Do batuque e das esteiras na temba
Onde o meu corpo se satisfazia
Em outro corpo que, depois, dizia:
« São cinco quinhentas, patrão! »
E eu, cá dentro, aqui onde bate o coração,
Nem sei o que sentia.
Só sei que, depois, voltava
Com mais quinhentas na mão,
Roído pelo tédio e a solidão.

Falo-vos dos poemas proibidos,
Alguns esquecidos,
Outros lembrados
E agora publicados.

Falo-vos dos loucos a berrarem no entardecer,
Das sentinelas a dispararem para a escuridão
Com o medo aos saltos, na indecisão
Da manhã que não se sabe se vai nascer.

Falo-vos dos rios em que lavei o rosto,
Matei a sede ao sol- posto,
Gritei que não queria a guerra,
Mas não desertaria da minha terra.

Falo-vos da África onde não voltarei
Para matar a fome das minhas recordações,
Abraçar os irmãos que deixei
E lamber as feridas de todas as desilusões.

Falo-vos da África dos nossos soldados,
Dos seus sorrisos e dos seus abraços,
Uns, já mortos, outros, vivos-despedaçados,
Mas, todos eles, ignorados.

- Por M. Nogueira Borges in Lagar da Memória.
  • Outros textos de Manuel Coutinho Nogueira Borges neste blogue!

5/25/09

ESTAS SÃO SOBREVIVENTES !

[Clique na imagem para ampliar. Imagem daqui (Delichon urbica)]

No ano passado num jornal do metro de Estocolmo vinha a notícia do aparecimento de milhares de Andorinhas mortas no Vale do Limpopo. Não consegui saber a razão depois de tentativas várias.
Este ano só chegaram duas Andorinhas-dos-beirais.

- não fiques tanto tempo lá fora

- há tantas árvores... ... elas guardam-me

- não fiques tanto tempo que te cansas

- as andorinhas levam-me com elas
dançamos subimos tão alto que vejo as flores em manchas largas
parecem tapetes no verde claro
as lágrimas do vento escorrem-me dos cantos dos olhos
e caem nas suas asas negras azuladas

- leva-me contigo

Por Inez Andrade Paes- escrito em 26 March 2009, 18:24

Acrescento: Na imagem e nas palavras ternas de Inez Andrade Paes, procuro estar perto e abraçar a minha forte e estimada poetisa do mar azul de Pemba, Glória de Sant'Anna. - J. L. G.

  • 7 registos de Glória de Sant'Anna (Fundação Calouste Gulbenkian) - Aqui!
  • Batuque ao longe - Aqui!
  • Egoísmo - Aqui!
  • Glória de Sant'Anna - Aqui!
  • Glória de Sant'Anna - uma mulher sensível - Aqui!

De Inez Andrade Paes:

  • Gente e Olhares - Aqui!
  • O Que Os Meus Olhos Vêm - Aqui!
  • Quadros - Aqui!
  • Pássaros - Aqui!
  • Pintura, Palavras, Fotografia - Aqui!

7/14/08

Andrea Paes - Mãe !

(Clique na imagem para ampliar)
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Mãe
.
Teu perfil quieto
de voz azul.
.
Tuas mãos antigas
de expressão concreta
e leve,
dão corpo às palavras
exactas
do teu olhar,
agora no longe
e 'denso azul silêncio'
da depuração da alma
acolhida
pelo sossego do mar...
.
Andrea Paes.
.
Andrea Paes é o produto de três culturas.
O seu modo de pensar é criolo e a sua alma Moçambicana.
Nascida em Portugal, Andrea Paes cresceu em Moçambique e vive na Suécia desde 1978.
O mais, sobre a Autora, pode ser encontrado na luz das palavras de Fernando Pessoa quando diz:
"Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, não há nada mais simples.
Tem só duas datas - a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra coisa todos os dias são meus."
Texto extraído de "O mar verde de mim e as terras brancas sem açucar".
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Publicação - "O mar verde de mim e as terras brancas sem açúcar";
Autor - Andrea Paes, 2007;
Impressão e acabamento - Holmbergs i Malmö AB
Primeira Edição - Março de 2007
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Andrea Paes referida neste blogue - Aqui e Aqui!

6/13/08

No final desta sexta-feira...

Pouco mais hà para dizer...Só escutar:

Metade - Oswaldo Montenegro (criação de André no YouTube).
Post inspirado em mensagem da simpática luso-moçambicana "Mi", a quem agradeço.
(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" a rádio "ForEver PEMBA.FM". O player localiza-se no menu deste blogue, lado direito.)

11/22/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...VI

Ainda sobre o plágio da capa do livro "Lied para Yonnis-Fred e Maelle (Paternidade, Morte e Quotidiano, Construções no Mar, em Terra e no Ar...)" de autoria de Rafael da Conceição:
.
Dois comentários colocados neste blogue e no Lanterna Acesa, que saliento:
.
"""Rafael,
O silêncio consente ou reprova
O silêncio defende ou acusa
O silêncio agrada ou incomoda
O silêncio conforta ou machuca
O silêncio une ou separa
O silêncio alegra ou entristece
O silêncio constrói ou destrói
O silêncio restaura ou aniquila
O silêncio vivifica ou mata
O silêncio enaltece ou desonra
O silêncio exalta ou humilha
O silêncio liberta ou oprime
O silêncio alivia ou sobrecarrega
O silêncio cativa ou espanta
O silêncio motiva ou desencoraja
O silêncio confirma ou nega
O silêncio fala!
(Encontrado na net - Autor Altair Germano)
Acredite que não está só.
A sua VOZ chegou bem longe, clara e intensa como a injustiça que cometeram consigo.
Tem minha solidariedade.
Mas também deixo aqui a minha repulsa pela atitude dos que, sem qualquer brio ou ética, se omitem de suas responsabilidades.
Saudações.
Lilian Sales - aqui !
Terça-feira, 20 Novembro, 2007 -
"""
.
"""Ainda não é título da mídia internacional mas a verdade é que se "Googlarmos" com os nomes "Professora Marilda da Silva" ou "Rafael da Conceição", o que aparecerá no topo será este caso de plágio numa editora universitária moçambicana. O que é duplamente uma pena e injustiça para com Moçambique e para os autores dos livros envolvidos.
Afinal se por um lado Moçambique como um Estado independente, democrático e membro dos acordos internacionais assinados que combatem a cópia de produtos e direitos de autoria, agrediu dentro das suas estruturas governamentais esses acordos. Por outro lado, mesmo que se realmente foi só um lapso, penso que o Ministério da Cultura, a quem a Universidade está diretamente subjugada, deveria levar a sério este caso e não tratar de banalizar algo muito sério, envolvendo o nome de Moçambique.
Se internamente existem "limitações locais", que se forme então uma comissão independente e neutra para analisar sériamente e tomar as consequências que achar necessárias. Não se trataria de uma perseguição como alguns tentam dramatizar. Simplesmente de um acto sério em favor da cultura moçambicana. Limitações sempre existiram para que delas tiremos a motivação de as diminuir e nos superarmos. Esconder-se eternamente embaixo da nossa própria sombra não nos traz nenhuma melhora ou desenvolvimento. Afinal tais orgãos culturais também recebem subsídios e apoio de organizações internacionais que não terão o mínimo interesse em serem partes indiretas de tal desinteresse local. Sem nos esquecermos que os escritores de ambos livros - que foram vítimas da mesma editora estatal - acabaram entrando de "gaiato no navio" ou simplesmente sendo usurpados de seus direitos, merecendo o devido respeito e pedidos de desculpas.
Antonio Maria G. Lemos
21 de Novembro de 2007 11:30 - Lanterna Acesa - aqui
!"""
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O que se publicou anteriormente sobre este plágio:
12 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
13 de Novembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
14 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
15 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
16 de Novembro de 2007 - Ma-Schamba - aqui !
16 de Novembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
16 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
17 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
18 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
20 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !

11/20/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...V

Sobre o plagio da capa do livro "Lied para Yonnis-Fred e Maelle (Paternidade, Morte e Quotidiano, Construções no Mar, em Terra e no Ar...)", diz-nos o autor, Rafael da Conceição, nesta terça-feira, 20 de Novembro de 2007:
.
Nos últimos dias tenho sido solicitado para intervir num debate em curso há cerca de duas semanas sobre capas de livros.
Em matéria de factos: A Imprensa Universitária publicou em Setembro de 2007 um livro meu com o título “Lied para Yonnis-Fred e Maëlle (Paternidade, morte e quotidiano, construções no mar em terra e no ar...)”.
Em Novembro deste mesmo ano foi publicado um livro da autoria da Professora Marilda da Silva com o título “Docência e Investigação. A dor e a delícia de ser o que é”.
As capas dos dois livros são idênticas.
Uns dizem que elas possuem alguns elementos comuns, outros que são similares, outros ainda que são iguais.
Na verdade trata-se da mesma capa. O que é inabitual em termos de edição. Estamos por isso perante um caso de plágio.
Não se trata de apenas uma “copiazita”, não se trata também de “caça às bruxas”.
Na realidade estamos diante de um facto dramático, trágico, vergonhoso, triste, mesmo se há sempre dramas maiores do que outros.
Neste caso ninguém matou ninguém. Mas matou-se a capa do meu livro.
Trata-se de encontrar os verdadeiros culpados desta situação.
Sinto-me realmente muito triste porque enquanto professor não gostaria que os meus estudantes fizessem plágio, até nem mesmo copiazitas.
Este facto coloca-nos mais uma vez diante da questão ética da responsabilidade do intelectual.
Eu disse que os factos são claros, por isso a minha editora, a Imprensa Universitária, deve vir a público explicar o que se passou e corrigir a situação, isto é, fazer o necessário para que a capa do segundo livro seja alterada. Porque de outra maneira, a ter que encontrar responsáveis acabaríamos por concluir que o responsável sou eu Rafael da Conceição, uma vez que não há outros.
É uma questão de dignidade. Mesmo sabendo que definitivamente a Imprensa Universitária não foi a editora do segundo livro.
Entre inatenções, esquecimentos, entre tentativas de banalizar, menorizar, desvalorizar, relativizar, minimizar e conformar-se com as “nossas insuficiências” e por outro lado pensar nas trágicas consequências deste plágio, naturalmente que eu me situo nesta última posição. Porque o livro é meu.
Imaginemos então que o segundo livro tivesse sido o primeiro a ser lançado. O que seria de mim?
E agora falemos sobre livros. Sim, há livros bons e livros maus, livros que têm por destino prateleiras e livros que vão para o caixote de lixo.
Tive um velho professor já falecido na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais que me dizia que também se aprende com os maus livros. Nas minhas estantes tenho-os muitos.
Agradeço a todos aqueles que nos chamaram a atenção para a gravidade deste plágio de capas e em especial à pessoa que descobriu em primeiro lugar o plágio em questão.
Definitivamente e para terminar: Acho que só poderemos “fumar”, “beber”, comer, cantar, dançar, pular quando a capa do segundo livro for alterada. E eu espero por esse momento. Rafael da Conceição
Terça-feira, 20 Novembro, 2007
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O que se publicou anteriormente sobre este plagio:

  • 12 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 13 de Novembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
  • 14 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • 15 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - Ma-Schamba - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 17 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • 18 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !

11/18/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...IV

Para quem acompanha o que se noticia e comenta na blogosfera sobre o plagio da capa do livro de Rafael da Conceição "Lied para Yonnis-Fred e Maelle (Paternidade, Morte e Quotidiano, Construções no Mar, em Terra e no Ar...)":

  • 12 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 13 de Novembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
  • 14 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • 15 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - Ma-Schamba - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 17 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !