Mostrar mensagens com a etiqueta saneamento em Moçambique. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta saneamento em Moçambique. Mostrar todas as mensagens

11/13/07

Epidemia em Cabo Delgado ? - Cólera mata mais 15 pessoas.

Quinze pessoas morreram nas últimas duas semanas vítimas de um surto de cólera na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, e centenas encontram-se internadas devido à epidemia na região, informaram fontes hospitalares.
O médico-chefe da província de Cabo Delgado, Quinhas Fernandes, disse ainda que pelo menos 400 novos casos de cólera foram diagnosticados nas últimas duas semanas naquele ponto do país.
«A cólera é sempre uma situação de emergência. Está ainda sob controlo, mas temos que reforçar as campanhas de prevenção, para evitar que a epidemia se alastre rapidamente».
Desde Janeiro deste ano, foram registados em Cabo Delgado mais de 39 mil casos, contra 44 mil detectados em todo o ano passado, indica um balanço da Saúde em Cabo Delgado.
As más condições de saneamento e a falta de água potável são as principais causas do surto de cólera naquele ponto de Moçambique.
De acordo com Quinhas Fernandes, muitas pessoas em Cabo Delgado tem bebido água dos rios e poços localizados perto de casas de banho.
Teme-se que a situação se deteriore à medida que se aproximar a época das chuvas no país.
Diário Digital / Lusa-13-11-2007 15:24:00

9/26/07

Moçambique - Norte - Governo tenciona às pressas desenvolver infra-estruturas de saneamento...

Maputo 26/09/07 – O Governo moçambicano promete potenciar o desenvolvimento de infraestruturas de saneamento e águas na região norte do país, nomeadamente nas províncias da Zambézia, Nampula, Cabo-Delgado e Niassa, até 2008, como forma de proporcionar um melhor enquadramento desta parcela do país, na competição da zona do livre comércio, a vigorar a partir do próximo ano, em todos os Estados da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), com a excepção da República Democrática do Congo, que ainda não ratificou o referido protocolo.
Segundo anunciou na semana passada em Maputo, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Alcinda de Abreu, “nós (Governo) vamos até 2008 dar um salto no desenvolvimento de infra-estruturas de saneamento e águas na região nas províncias da zona norte e algumas do centro”, sem contudo apontar os montantes envolvidos neste projecto e se bem que tenha informado na circunstancia em que fez tais promossas que neste momento o Governo ainda aguarda pelo desembolso dos fundos necessários para a execução do projecto.
Embora reconheça a falta de infra-estruturas e a precariedade das poucas já existentes, o Executivo dirigido por Armando Guebuza e Luísa Diogo defendem que Moçambique sómente estará em condições de integrar a referida zona de mercado livre da SADC, a partir da segunda metade de 2008.
De acordo com Alcinda de Abreu, o plano para o desenvolvimento e construção de infra estruturas, nas regiões Centro-e Norte do País, já foi aprovado pelo Governo, mas há ainda um senão, neste momento ainda aguarda pelo desembolso dos fundos necessários para a execução dos projectos.
As regiões Norte e Centro do país, enfrentam enormes dificuldades em termos de infra estruturas, e se bem que desde há anos haja apelos constantes das comunidades locais para o governo inverter tal situação o esforço tem sido considerado diminuto. Desde há décadas que os partido da oposição vêm a considerar que os sucessivos governos promovem as desigualdades e os desequilíbrios notórios entre o Norte e o Centro beneficiando apenas o extremo sul do País. Hoje até alguns responsáveis de Governos locais admitem que a situação que prevalece pode vir a comprometer seriamente a sua integração na competição comercial ao nível regional da SADC e o Governo central aparece à pressa a afirmar que vai inverter a situação mas simultaneamente reconhece que não tem ainda na mão verbas para concretizar as promessas.
Sobre a entrada em vigor do protocolo que estabelece o Mercado Livre entre Países da SADC, alguns agentes económicos tem vindo a revelarse cépticos quando às reais capacidades do mercado nacional, sobretudo por falta de infra-estruturas e outros recursos, que segundo eles seriam a única forma de propiciar um melhor ambiente de negócios e rentabilidade, dado que o propalado projecto «Made In Mozambique», já a ser recusado por algumas empresas nacionais, pressupõe um desafio de produzir produtos com qualidade certificada, que passa necessariamente por melhor qualidade de recursos e mais apoio do governo que reclamam mas continua a não existir.
Na verdade, os operadores nacionais de negócios, sobretudo os de pequena e média escala, actuam sobretudo no sector informal onde as condições gerais, infra-estruturas e outras, são precárias precisamente porque a oferta que fazem ao mercado não tem ainda qualidade para competir com outros produtos semelhantes importados.
A falta de infra-estruturas, faz-se sentir também nas zonas rurais, evidenciando que os constrangimentos afectam essas zonas de significativa concentração de consumidores.
O Banco Central, divulgou recentemente resultados de um estudo, em que afirma a dado passo que 402 milhões de meticais foram creditados aos agentes económicos do sector privado aplicar em áreas de Construção e Turismo, mas a dívida contraída não tem estado a ter retorno, isto é, os beneficiários dos créditos dizem estar a ter muita dificuldade em amortizar.
Sabe-se entretanto que a falta de infra-estruturas e outros meios, coloca Moçambique na 7.ª posição (com 2 por cento) de capacidade de produção ao nível dos países da SADC, estando igualmente na 9.ª posição dos países membros deste bloco, em termos de oportunidades e facilidades de negócios, segundo apontou um recente estudo, levado a cabo, no âmbito deste projecto regional.
Outro aspecto negativo que Moçambique tem, e que as autoridades têm prometido estancar, é a pobreza absoluta. Constitui hoje a bandeira do Poder Executivo que durante anos também prometeu o Futuro Melhor mas de que hoje se podem aferir os resultados ou muito contestados ou praticamente nulos embora estatisticamente possam parecer diferentes do que a população realmente sente.
A entrada em vigor do sistema de mercado livre da SADC poderá no entanto vir a beneficiar muito Moçambique, de acordo com certos analistas. Esses defendem que o protocolo seja usado para aqui se incorporar algumas mais valias em produtos importados que possam posteriormente ser competitivos na região.
Bernardo Álvaro-Canal de Moçambique-26/09/07