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7/10/08

SAÚDE EM PORTUGAL - NOTA NEGATIVA !

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A situação é séria, grave. Mas pouco se fala. Vencem a mídia quase muda ou branda, pelo cansaço, pelo continuismo careta. E despacham a população carente, sem recursos financeiros que a protejam em clinicas ou hospitais privados, para longas filas de emergências distantes do lar, para atendimento frio, impessoal, para longos períodos de espera por um exame clínico que deveria ser imediato, para longas viagens de ambulância num vai e volta que castiga corpos doentes, para o perigo de infecções hospitalares em hospitais lotados, em tratamentos feitos por intuito, quase a correr e à sorte (quem sabe dá certo?...), para um mundo de profissionais de saúde desmotivados, desvalorizados, abarrotados de impotência profissional, onde se é obrigado, a meio do desespero de ver entes queridos definhar a cada hora, a recorrer à constrangedora "cunha", ao clientelismo, ao favor, ao poderoso que é poderoso e renasce porque é chefe disto e daquilo, amigo deste ou daquele, tentando-se assim ultrapassar muros de rocha, impenetráveis, rígidos em regras e burocracias que valorizam mais um requerimento, um título, uma norma, umas férias, um horário, que a vida de um ser humano.
Me perdôem os profissionais de saúde injustiçados por um desabafo gerado na dor de vivência atravessada poucas horas atrás. Reconheço que existe algum trigo benigno, salutar, perdido no meio desse imenso mar de jóio que é o sistema de saúde público em nosso país, arrasado por gerentes-políticos inábeis. Mas é impossível dominar a insurreição que cresce na alma, no coração, quando se vivencia, individual e particularmente, na pessoa de um ente querido, o drama de um povo que um dia acreditou na possibilidade da dignidade humana, da equidade social, da justiça e de direitos para todos sem exceção.
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Transcrevo:
Nota negativa para a saúde em Portugal.
Diz o Observatório Português dos Sistemas de Saúde que há falta de investimento no sector público e que os médicos fogem para o privado. O mesmo Observatório refere que as Unidades de Saúde Familiares (USF) chegaram apenas a 13% da população e que continua a ser longo o tempo de espera por uma cirurgia oncológica. São assim várias as críticas às políticas de saúde do Governo.
O Observatório Português dos Sistemas de Saúde avaliou a evolução do sector em 2007 e considera pesada a herança que a ministra Ana Jorge recebeu de Correia de Campos. O ex-ministro que, diz o relatório, geriu de «forma insensível e pouco competente» os fechos de maternidades e urgências.
O alerta vermelho do documento vai no entanto para a fuga de médicos do sector público para o privado. Um cenário que pode comprometer a qualidade do serviço público de saúde, dentro de poucos anos. O relatório propõe que o sistema fixe os profissionais necessários ao sector público remunerando-os de acordo com a sua produção.
Nota negativa também para o processo de abertura das Unidades de Saúde Familiares, a bandeira da reforma dos cuidados de saúde primários. O coordenador do documento sublinha a falta de consistência e a demora na abertura das USF, salientando que apenas 13% da população sentiu as mudanças nesta área.
O destaque positivo vai para a redução do tempo médio de espera por uma cirurgia. Mas o relatório lembra que muito há ainda a fazer quando um doente com cancro em Portugal tem de esperar três meses e meio por uma operação.
- TVI
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