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2/15/08

Algo vai mal no Millenium BIM em Pemba...

Carta publicada no caderno Opinião do Noticias de Maputo publicada nesta manhã de sexta-feira-15/02/08, protestando sobre o mau atendimento bancário da agência do Millenium BIM em Pemba:
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SR. DIRECTOR!
Agradeço a cedência do espaço destinado aos leitores, na certeza de que mais interessados quisessem ocupá-lo. Pedi-o para gritar em voz alta sobre a forma como o balcão de Pemba do Banco Internacional de Moçambique trata os seus clientes.
O que vi no balcão do Millenium BIM, em Pemba, no dia 5 de Fevereiro corrente, deixa muito a desejar. O mau atendimento aos clientes parece-me resultado de uma anarquia que se está a viver naquele banco, depois das mudanças operadas muito recentemente.
No balcão do BIM, em Pemba, não é novidade o abandono do posto de trabalho por parte dos funcionários ali afectos, o que é reforçado pelo facto de só funcionarem duas das quatro caixas, que têm momentos em que, simultaneamente, são abandonadas. As restantes estão permanentemente sem figura humana, como se fosse bom para o banco a existência de muitas pessoas e intermináveis bichas.
A minha indignação baseia-se na realidade que se assiste no banco, de que os funcionários estão a todo o momento a receber expediente de colegas do mesmo banco, que, por sua vez, trazem de amigos seus, dentro das bichas ou ausentes ou ainda que entraram pela porta-de-cavalo.
Não fica bem, nos tempos que correm, haver discriminação de qualquer espécie para o atendimento de um cliente. Não precisamos ser todos parentes, amigos ou da mesma cor dos funcionários, aliás, não foi isso que nos moveu a procurar um banco. Acontece em muitas partes do mundo, vão me dizer, mas aqui em Pemba atinge níveis de abuso aos clientes.
Imaginem, sinceramente, que eu e mais pessoas tenhamos ficado naquela data, só para efectuar um depósito, das 9 às 14 horas, altura em que metemos o nosso “bico” na caixa para o que vínhamos fazer. Mas neste espaço de tempo assistimos a várias práticas ilícitas dos(as) “caixas” que iam atendendo o expediente vindos não da bicha, ante o olhar impávido da própria gerente do balcão.
Não conformados com tais práticas, procurámos junto da gerente manifestar a nossa insatisfação e ficámos arrependidos, com a resposta que dela recebemos: “ esta é a nossa maneira de trabalhar”. Abanou a cabeça e virou-nos as costas logo a seguir!
Das muitas perguntas a fazer, há que destacar as seguintes: até quando a vivermos com esta situação? Nesta altura do campeonato, em que se fala de reformas em quase todas as instituições, incluindo as bancárias, que apostam na capacitação dos seus funcionários, também nos modos de atendimento ao público, eficiência nos trabalhos, de modo a concorrem no mercado global?
Será que o Departamento das Relações Públicas desta instituição não passa de um sector simplesmente emblemático, deixando a sua missão de estar permanentemente sintonizado com os clientes?
É de lamentar profundamente esta maneira de trabalhar do Millenium BIM, em Pemba, e o mais provável é perder gradualmente a clientela e confiança do público em geral, nesta altura em que os bancos BCI-Fomento e Barclay-Moçambique apostam e estudam a possibilidade de expandir e explorar os seus serviços em todos os distritos do país.
Januário Cássimo Sualé

12/29/07

PEMBA - O que se fala e diz...ou como terminar bem 2007.

(Imagem daqui)
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Extras - Sem dívidas! - Crónica de Pedro Nacuo
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Penitenciam-me os habituais leitores dos “Extras” que sábado a sábado ocupam este espaço, simplesmente porque acham que tudo o que acontece em Cabo Delgado deve ser chamado para aqui, tratado à maneira como se tornou tradicional, só própria daqui. Humanamente impossível! E ameaçam que senão... terei transitado com dívidas deste ano para 2008.
Dizem que não lhes falei do “avião” que aterrou em Natite, sobre uma casa de alguém, quando o piloto foi induzido a erro por um VOR de quem está muito preparado para se defender de todos voos nocturnos que vezes sem conta trazem azares, tiram dinheiro dos outros para o seu benefício e dias depois andam aí em carros de que não se sabe a origem. Quer sejam gatos, cães e ratos quer sejam aviões nocturnos e quejandos.
Foi por demais falado. Não há mais espaço para comentários, senão dizer o que os outros disseram: um objecto chamado peneira, munido de dispositivos muito comuns em feitiçaria, entre missangas, objectos marinhos e penas de algumas aves, muitos condimentos para ou agir ou convencer ou ainda meter medo.
O que não foi dito é que o voo vinha sob o “patrocínio” da nossa maior firma de telefonia móvel. Entre os objectos vinha uma recarga, da cor da maioria, amarela, de 20 meticais, usada! Patrocinar tudo, incluindo voos rasantes, à calada da noite. É o que se diz por cá!
Dizem igualmente que não lhes falei bem (aqui o significado de bem...) sobre o que aconteceu com o cidadão que espalhou o nome do administrador de Chiúre como sendo o seu rival no sentido de que o terá apanhado com a “boca na botija”. Afirmam tratar-se da minha segunda dívida. Não quero!
O que aconteceu é que o tal cidadão anda com vontade de ser “corneado” e logo por um administrador! Na verdade aquele dirigente trocou cerca de oito mensagens com uma amiga, xará da esposa do dito cujo, por sinal subordinada do chefe na administração local. A correspondência com a homónima da funcionária foi, conforme li, própria de pessoas que não se estavam a conhecer naquele dia.
Também soube que é verdade que o telefone de excia não traz o número do remetente da mensagem, caso esteja registado o respectivo nome. Foi o que aconteceu e o nosso quadro foi-se espalhando em linguagem de pessoas aproximadas, quando na verdade, na exacta oportunidade estava em contacto directo com um daqueles que, cansado de se desconfiar á si próprio vai ter aos outros e para tal não olha a meios, incluindo vasculhar objectos pessoais, como é um telefone celular.
Agora, o nosso compatriota anda a distribuir por todos os lados uma declaração em que diz que tudo o que o mundo ouviu é mentira, a pedir desculpas. Depois do “burro morto” ninguém dá ouvidos a isso. A sua acção propagandística foi mais forte que a correcção que se pretende fazer. O que fazer com o leite já derramado?
E fá-lo, igualmente, como uma atitude de autodefesa, se bem que há outros ofendidos que não se satisfazem com a declaração em distribuição, que por sinal fala apenas do administrador. Não diz que é mentira que houve esfaqueamento ao director do SISE, nem que houve outros cidadãos agredidos pelo simples facto de terem ido tentar perceber o que se estava a passar.
Há um provérbio na língua que se fala em Chiúre, segundo o qual “olavilavi wunkheliha owani” (a malandrice faz lembrar a origem), que pode não ser o caso em que, a qualquer momento a pessoa está a espera que um seu próximo lhe diga que vem da esquadra aonde fora formalizar a queixa.
Mas ficou um “TPC” para o administrador e o resto da sociedade, incluindo aqueles que mandam naquele. Se a correcção não está a pegar no seio da sociedade em que a novela foi realizada, onde tudo é visto como sendo uma jogada visando limpar a imagem de quem se achava sujo, muitas questões se colocam.
Agora, a mesma sociedade que não quer acreditar na correcção, via dito por não dito, está a inventar outras histórias que pretendem fazer um rosário do quanto o passado terá registado em desabono de quem está investido da autoridade não só moral como político-administrativa.
E mais: ao aceitar que a homónima da sua subordinada com que estava a trocar as mensagens, é igualmente funcionária num sector nevrálgico, ainda em Chiúre, volta-se ao ponto inicial. Também é subordinada! É do mesmo nome, mas não a esposa do cidadão que assanhado “vomitou” para todos os lados o nome do administrador, debilitando a sua integridade moral e de liderança. Depois?!
Dá para ficar descansado pois a ser como me diziam, não tenho dívidas por saldar neste ano, de maneira que entremos para 2008 convictos de que a haver actividade dos homens, o nosso espaço trará estórias relevantes, principalmente as mais anormais e em poucos casos intercaladas por aqueles previsíveis.
P.S. Em 2008, quem vive em Pemba será o primeiro em Moçambique e não só, a ver e sentir os raios solares do primeiro dia do ano. Nada de espectacular! É que Pemba, para além das outras características naturais sem paralelo, é também o pedaço mais a leste, depois do Corno da África, na parte oriental deste continente. É assim todos os dias, o primeiro lugar a ser atingido pelos raios solares. Só que na passagem do ano há muitos que vão a Pemba para serem os primeiros...
Pedro Nacuo - Maputo, Sábado, 29 de Dezembro de 2007:: Notícias.