BISPO É INTERNADO - Heliana Frazão de Salvador - Terra - 19 de dezembro de 2007 - O bispo d. Luiz Flávio Cappio, 61 anos, que hoje completa 23 dias de greve de fome em protesto contra as obras de transposição das águas do rio São Francisco, foi internado no início da noite desta quarta-feira por recomendação médica e decisão de familiares e assessores. Segundo informações de assessores, o bispo ainda não encerrou o jejum. Mais cedo, o religioso desmaiou enquanto discutia junto com integrantes de movimentos sociais uma nota sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que não determinou a paralisação das obras de transposição. Assim que tiver condições físicas, o bispo deve decidir se vai manter a greve de fome."Ele está semi-consciente e com estado geral comprometido. Ele será internado, por determinação minha, para evitar possíveis danos permanentes", disse o médico Klaus Finkam, em boletim divulgado na tarde de hoje... ... ... (A notícia integral aqui )
Do Blog do Noblat - Papo Rápido - por Diego Amorim - 19.12.2007 11h04
"Exagero é não ouvir o povo", diz Letícia Sabatella
- Por que o apoio a dom Luiz Flávio Cappio?
- Por causa da insensibilidade do governo-, responde a atriz Letícia Sabatella, que abraçou a causa do bispo em greve de fome há 23 dias contra a transposição das águas do rio São Francisco.
- Por que a transposição não é boa para aquela região?
- O custo da obra é muito elevado. Pela metade do preço é possível adotar medidas alternativas. Essa transposição não vai levar água para o povo, e sim para as indústrias. É uma obra que visa o bem das indústrias, não do povo.
- Não é um exagero a decisão tomada por dom Cappio?
- Exagero é o governo tomar as decisões sem ouvir o povo. Não foi para isso que o elegemos.
- Não é chantagem do bispo?
- Chantagem é o que o governo está fazendo com o povo ao impor essa obra. Dom Cappio é uma pessoa séria. Como ele não daria sua vida por uma causa que defende há 30 anos? A profecia dele é essa: estão matando o rio, estão matando o meu povo. É um gesto de desespero.
"Exagero é não ouvir o povo", diz Letícia Sabatella
- Por que o apoio a dom Luiz Flávio Cappio?
- Por causa da insensibilidade do governo-, responde a atriz Letícia Sabatella, que abraçou a causa do bispo em greve de fome há 23 dias contra a transposição das águas do rio São Francisco.
- Por que a transposição não é boa para aquela região?
- O custo da obra é muito elevado. Pela metade do preço é possível adotar medidas alternativas. Essa transposição não vai levar água para o povo, e sim para as indústrias. É uma obra que visa o bem das indústrias, não do povo.
- Não é um exagero a decisão tomada por dom Cappio?
- Exagero é o governo tomar as decisões sem ouvir o povo. Não foi para isso que o elegemos.
- Não é chantagem do bispo?
- Chantagem é o que o governo está fazendo com o povo ao impor essa obra. Dom Cappio é uma pessoa séria. Como ele não daria sua vida por uma causa que defende há 30 anos? A profecia dele é essa: estão matando o rio, estão matando o meu povo. É um gesto de desespero.
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20/12/2007 - 14h22 - Atualizado em 20/12/2007 - 15h43 - G1- O bispo de Barra (BA), Dom Luiz Flávio Cappio, deixará o Hospital Memorial de Petrolina (PE) nesta quinta-feira (20) e voltará a Sobradinho (BA), onde deverá participar de uma missa à noite. Segundo informações da assessoria da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que acompanha o bispo, Cappio insistiu para que tivesse alta, o que só foi autorizado com a condição de que seja acompanhado por médicos, utilize cadeira de rodas e receba soro.
"Ele disse ontem (quarta) e hoje (quinta) que a preocupação maior que devemos ter não é com a saúde dele, é com a saúde da democracia brasileira", informou o assessor da comissão, Rubem Siqueira. A previsão é de que o religioso deixe o hospital em uma ambulância, por volta das 18h (horário local).
"Ele disse ontem (quarta) e hoje (quinta) que a preocupação maior que devemos ter não é com a saúde dele, é com a saúde da democracia brasileira", informou o assessor da comissão, Rubem Siqueira. A previsão é de que o religioso deixe o hospital em uma ambulância, por volta das 18h (horário local).