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11/12/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...

Em Setembro último citei aqui o lançamento do livro "Lied para Yonnis-Fred e Maelle (Paternidade, Morte e Quotidiano, Construções no Mar, em Terra e no Ar...)", autoria de Rafael da Conceição, um texto sobre (antropologia d)a morte com a participação da designer Andrea Andrade Paes, companheira comum de nossos folguedos de adolescência na então Porto Amélia.
Foi lançado a 18 de Setembro, pelas 10 horas da manhã na Universidade Eduardo Mondlane, campus universitário, anfiteatro 2501 do novo Complexo Pedagógico e apresentado por Carlos Serra e José Teixeira...
Surgem hoje, em Maputo, de autoria respectivamente da brasileira Marilda da Silva e do sociólogo moçambicano Luis Cezerilo os livros "Docência e Investigação: a dor e a delícia de ser o que é" e "Diz o que é: príncipio geral da sociologia".
Até aqui tudo normal...a não ser a polémica que vai cercando o "Docência e Investigação" quanto à criatividade gráfica da capa da obra, em muito e como se pode comprovar na imagem acima, originada na capa do livro de Rafael da Conceição.
Para os Pembistas que conhecem bem a lisura ética de Rafael da Conceição e Andrea Andrade Paes, transcrevo do Diário de um Sociólogo o "diálogo" originado pela revolta justificada de Andrea Paes:
  • Andrea Paes - É com bastante indignacão, que vejo, que a capa do livro de Marilda da Silva, é um DESCARADO PLÁGIO da capa do livro do Professor Doutor Rafael da Conceição, "Lied para Yonnis-Fred e Maëlle (Paternidade,morte e quatidiano. Construcões no mar, em terra e no ar...)" Verifica-se que, nesta atitude, há uma IGNORÂNCIA total do respeito que se deve a um Autor e com ela, uma surpreendente falta de CIVISMO. Lamento profundamente! Andrea Paes-9/11/07 12:54 AM.
  • Carlos Serra - Olá, Andrea! Só agora reentrei no blogue. Ainda não vi a capa do livro da Marilda. De qualquer das formas, achei por bem fazer chegar esta manhã a sua preocupação ao Luís Cezerilo, pois não tenho o contacto telefónico da Marilda.-9/11/07 9:04 AM.
  • Andrea Paes - Dr. Carlos Serra, Surpreende-me que diga que ainda não viu a capa do livro de Marilda, quando a foto do cartaz onde esta se destaca (e sobre a qual eu reagi), foi inserida por si, aqui no seu Blog... Tendo em conta que o Dr. Carlos Serra foi um dos apresentadores do livro do Prof. Rafael da Conceição, aquando do lançamento dessa obra, ser-lhe-á bastante fácil comparar as duas capas e encontrar o DESCARADO PLÁGIO a que me referi na mensagem anterior... Fico-lhe agradecida por ter comunicado a Luís Cezerilo a minha indignação. Andrea Paes-12/11/07 1:11 AM.

Atualizando em 13/11/07 - 12:20:

  • Carlos Serra - Devo confessar que não prestei atenção à capa. Cumprimentos. -12/11/07 10:01 PM
  • Andrea Paes - Dr.Carlos Serra, Se quiser prestar maior atenção, poderá ir ao Forever Pemba ver as duas capas, uma ao lado da outra... Andrea Paes -13/11/07 1:21 PM

Até ao momento Carlos Serra não deixou qualquer outro comentário que traga luz sobre a atitude descortêz, inconveniente, desagradável de Marilda da Silva e Luiz Cezerilo para com Rafael da Conceição e Andrea Paes. Díficil é justificar o injustificável... mas esperemos as causas e razões via Diário de um Sociólogo. E que a legalidade e os direitos de autor de Rafael da Conceição sejam repostos e respeitados.

Leia também "Olhar Sociológico".

12/15/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...VIII

O que se vai dizendo ou comentando na internet:
  • A velha história de sempre. A justiça só interessa aos injustiçados, mesmo quando só indiretamente afetados como eu... um simples leitor e fã da cultura Moçambicana em todos os aspectos. Se calar é consentir, o ministério da cultura moçambicana parece dessa forma ter escolhido o caminho do "lavar as mãos...". E porque assim o fará? Essa é a pergunta para quem procuro a resposta. Proteção de amizades? Tráfico de influências na Editora Universitária? Lamentável que o famoso "toma lá-dá-cá" continue marcando a política moçambicana. Deixo aqui minha solidariedade para com o Rafael da Conceição e a reafirmação do meu eterno "não-conformismo" para regras calcadas no abuso das mais básicas regras de respeito humano, social e político. Antonio Maria G. Lemos - ForEver PEMBA, quarta-feira, 12 de Dez 2007.
  • Batem com desatino no histórico de comportamento dos colonizadores do passado, mas é só assistir ao presente das antigas "provincias ultramarinas" para que se revejam multiplicados os "defeitos" do tal passado, aperfeiçoados no mau sentido e usados com critério por compadres e padrinhos. UMA VERGONHA ! Mamud - ForEver PEMBA, quarta-feira, 12 de Dez 2007.

  • É de facto uma vergonha que até à data, as pessoas implicadas no plágio ainda não se tenham pronunciado, nem alterado a capa do livro. Será que alguém nos poderá explicar o que se está a passar naquela Imprensa Universitária? Porque será que os senhores do roubo estão a querer ser "grandes" à custa daqueles que realmente o são? Porque a meu ver, só se roubam idéias, quando se é muito pobre de espírito... João Belo da Costa - ForEver PEMBA, quarta-feira, 12 de Dez 2007.

  • E, afinal, o que o Senhor Rafael da Conceição tem feito junto de quem de direito para recuperar os seus direitos de autor intelectual da capa plagiada? João Matias - ForEver PEMBA, quinta-feira, 13 de Dez 2007.

  • Sr. João Matias, - Já falei com o Director da Imprensa Universitária, Eng. Maqueto Langa, que ficou ao corrente da situacão. Compete agora à I.U. e à Black Sheet, mudar a capa do livro de Marilda da Silva. Rafael da Conceicão - ForEver PEMBA, sexta-feira, 14 de Dez 2007.

  • Venho também, (não perder tempo porque nenhum gesto que se faça a favor da Justiça e da Compreensão que para alguns pode ter passado ao lado e por isso ajuda a esclarecer), dizer que estou a ler este livro tão falado pela capa e algum dia será também pelo conteúdo. Pelo menos no meio académico, já que é um misto de materia de estudo e pessoal, que abrange áreas de carácter ético que é a Morte e a Vida. Estou a gostar Rafael da Conceição. Que a tua luta se não for para abrir o carácter dos que erraram ao menos seja para formar os mais novos em Dignidade e Princípios Morais. Em suma, em Respeito. Inez Andrade Paes - ForEver PEMBA, sexta-feira, 14 de Dez 2007.

O que se disse ou comentou anteriormente:

  • Em 12 de Novembro último foi divulgado aqui o plagio !
  • Em 13 de Novembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
  • Em 14 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • Em 15 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 16 de Novembro de 2007 - Ma-Schamba - aqui !
  • Em 16 de Novembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  • Em 16 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 17 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • Em 18 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 20 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 22 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 12 de Dezembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 12 de Dezembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • Em 13 de Dezembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  • Em 14 de Dezembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !

E o "espetáculo" do silêncio continua...

11/20/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...V

Sobre o plagio da capa do livro "Lied para Yonnis-Fred e Maelle (Paternidade, Morte e Quotidiano, Construções no Mar, em Terra e no Ar...)", diz-nos o autor, Rafael da Conceição, nesta terça-feira, 20 de Novembro de 2007:
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Nos últimos dias tenho sido solicitado para intervir num debate em curso há cerca de duas semanas sobre capas de livros.
Em matéria de factos: A Imprensa Universitária publicou em Setembro de 2007 um livro meu com o título “Lied para Yonnis-Fred e Maëlle (Paternidade, morte e quotidiano, construções no mar em terra e no ar...)”.
Em Novembro deste mesmo ano foi publicado um livro da autoria da Professora Marilda da Silva com o título “Docência e Investigação. A dor e a delícia de ser o que é”.
As capas dos dois livros são idênticas.
Uns dizem que elas possuem alguns elementos comuns, outros que são similares, outros ainda que são iguais.
Na verdade trata-se da mesma capa. O que é inabitual em termos de edição. Estamos por isso perante um caso de plágio.
Não se trata de apenas uma “copiazita”, não se trata também de “caça às bruxas”.
Na realidade estamos diante de um facto dramático, trágico, vergonhoso, triste, mesmo se há sempre dramas maiores do que outros.
Neste caso ninguém matou ninguém. Mas matou-se a capa do meu livro.
Trata-se de encontrar os verdadeiros culpados desta situação.
Sinto-me realmente muito triste porque enquanto professor não gostaria que os meus estudantes fizessem plágio, até nem mesmo copiazitas.
Este facto coloca-nos mais uma vez diante da questão ética da responsabilidade do intelectual.
Eu disse que os factos são claros, por isso a minha editora, a Imprensa Universitária, deve vir a público explicar o que se passou e corrigir a situação, isto é, fazer o necessário para que a capa do segundo livro seja alterada. Porque de outra maneira, a ter que encontrar responsáveis acabaríamos por concluir que o responsável sou eu Rafael da Conceição, uma vez que não há outros.
É uma questão de dignidade. Mesmo sabendo que definitivamente a Imprensa Universitária não foi a editora do segundo livro.
Entre inatenções, esquecimentos, entre tentativas de banalizar, menorizar, desvalorizar, relativizar, minimizar e conformar-se com as “nossas insuficiências” e por outro lado pensar nas trágicas consequências deste plágio, naturalmente que eu me situo nesta última posição. Porque o livro é meu.
Imaginemos então que o segundo livro tivesse sido o primeiro a ser lançado. O que seria de mim?
E agora falemos sobre livros. Sim, há livros bons e livros maus, livros que têm por destino prateleiras e livros que vão para o caixote de lixo.
Tive um velho professor já falecido na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais que me dizia que também se aprende com os maus livros. Nas minhas estantes tenho-os muitos.
Agradeço a todos aqueles que nos chamaram a atenção para a gravidade deste plágio de capas e em especial à pessoa que descobriu em primeiro lugar o plágio em questão.
Definitivamente e para terminar: Acho que só poderemos “fumar”, “beber”, comer, cantar, dançar, pular quando a capa do segundo livro for alterada. E eu espero por esse momento. Rafael da Conceição
Terça-feira, 20 Novembro, 2007
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O que se publicou anteriormente sobre este plagio:

  • 12 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 13 de Novembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
  • 14 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • 15 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - Ma-Schamba - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 17 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • 18 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !

12/12/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...VII

Faz um mês que veio a público o plagio lamentável da capa do livro "Lied para Yonnis-Fred e Maelle (Paternidade, Morte e Quotidiano, Construções no Mar, em Terra e no Ar...)" de autoria de Rafael da Conceição.
  • Em 12 de Novembro último foi divulgado aqui o plagio !
  • Em 13 de Novembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
  • Em 14 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • Em 15 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 16 de Novembro de 2007 - Ma-Schamba - aqui !
  • Em 16 de Novembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  • Em 16 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 17 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • Em 18 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 20 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • Em 22 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !

Cabe indagar:

  • É respeitada a propriedade intelectual em Moçambique ?
  • Quem contratou a editora sul-africana Black Sheet para editar o livro plagiador da capa ?
  • Qual o papel ou responsabilidade da Imprensa Universitária no caso ?
  • Que ações foram tomadas até ao momento para reparar a deplorável atitude e compensar moralmente Rafael da Conceição ?
  • Porquê, mesmo impedida, a Imprensa Universitária, à revelia do Rafael da Conceição, permitiu o plágio ?
  • Porquê, na denúncia do plágio, não foi utilizada a mesma força divulgadora empregada efusivamente aquando do lançamento do "Docência e Investigação"(livro origem do plagio) ?
  • Recebem o demais intelectuais e escritores moçambicanos, por parte da Imprensa Universitária ou de quem a dirige, sem excepção, o mesmo tratamento e prioridade na publicação de suas obras, que receberam Marilda da Silva e Luiz Cezerilo ?

Os responsáveis pelo plagio ou seus mandantes, continuam a abrigar-se na omissão e no silêncio, tentando banalizar , "abafar" o irregular ato. Lastimável, inqualificável e péssimo exemplo para os jovens de um Moçambique que se deseja de futuro justo e ético !

11/22/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...VI

Ainda sobre o plágio da capa do livro "Lied para Yonnis-Fred e Maelle (Paternidade, Morte e Quotidiano, Construções no Mar, em Terra e no Ar...)" de autoria de Rafael da Conceição:
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Dois comentários colocados neste blogue e no Lanterna Acesa, que saliento:
.
"""Rafael,
O silêncio consente ou reprova
O silêncio defende ou acusa
O silêncio agrada ou incomoda
O silêncio conforta ou machuca
O silêncio une ou separa
O silêncio alegra ou entristece
O silêncio constrói ou destrói
O silêncio restaura ou aniquila
O silêncio vivifica ou mata
O silêncio enaltece ou desonra
O silêncio exalta ou humilha
O silêncio liberta ou oprime
O silêncio alivia ou sobrecarrega
O silêncio cativa ou espanta
O silêncio motiva ou desencoraja
O silêncio confirma ou nega
O silêncio fala!
(Encontrado na net - Autor Altair Germano)
Acredite que não está só.
A sua VOZ chegou bem longe, clara e intensa como a injustiça que cometeram consigo.
Tem minha solidariedade.
Mas também deixo aqui a minha repulsa pela atitude dos que, sem qualquer brio ou ética, se omitem de suas responsabilidades.
Saudações.
Lilian Sales - aqui !
Terça-feira, 20 Novembro, 2007 -
"""
.
"""Ainda não é título da mídia internacional mas a verdade é que se "Googlarmos" com os nomes "Professora Marilda da Silva" ou "Rafael da Conceição", o que aparecerá no topo será este caso de plágio numa editora universitária moçambicana. O que é duplamente uma pena e injustiça para com Moçambique e para os autores dos livros envolvidos.
Afinal se por um lado Moçambique como um Estado independente, democrático e membro dos acordos internacionais assinados que combatem a cópia de produtos e direitos de autoria, agrediu dentro das suas estruturas governamentais esses acordos. Por outro lado, mesmo que se realmente foi só um lapso, penso que o Ministério da Cultura, a quem a Universidade está diretamente subjugada, deveria levar a sério este caso e não tratar de banalizar algo muito sério, envolvendo o nome de Moçambique.
Se internamente existem "limitações locais", que se forme então uma comissão independente e neutra para analisar sériamente e tomar as consequências que achar necessárias. Não se trataria de uma perseguição como alguns tentam dramatizar. Simplesmente de um acto sério em favor da cultura moçambicana. Limitações sempre existiram para que delas tiremos a motivação de as diminuir e nos superarmos. Esconder-se eternamente embaixo da nossa própria sombra não nos traz nenhuma melhora ou desenvolvimento. Afinal tais orgãos culturais também recebem subsídios e apoio de organizações internacionais que não terão o mínimo interesse em serem partes indiretas de tal desinteresse local. Sem nos esquecermos que os escritores de ambos livros - que foram vítimas da mesma editora estatal - acabaram entrando de "gaiato no navio" ou simplesmente sendo usurpados de seus direitos, merecendo o devido respeito e pedidos de desculpas.
Antonio Maria G. Lemos
21 de Novembro de 2007 11:30 - Lanterna Acesa - aqui
!"""
.
O que se publicou anteriormente sobre este plágio:
12 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
13 de Novembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
14 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
15 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
16 de Novembro de 2007 - Ma-Schamba - aqui !
16 de Novembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
16 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
17 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
18 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
20 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !

9/20/07

Arte e sociologia de Moçambique - Referênciando Glória de Sant'Anna, Rafael da Conceição, José Pimentel Teixeira, Andrea Paes...

Encontrei na net e no blogue do JPT, onde são citados Rafael da Conceição (ex aluno de Glória de Sant'Anna), as poetisas Glória de Santanna e Andrea Paes:
"Lied Para Yonnis-Fred e Maelle (Paternidade, Morte e Quotidiano, Construções no Mar, em Terra e no Ar...)", novo livro de Rafael da Conceição, um texto sobre (antropologia d)a morte. Será lançado na próxima terça-feira, 18 de Setembro, pelas 10 horas da manhã. Na Universidade Eduardo Mondlane, campus universitário, anfiteatro 2501 do novo Complexo Pedagógico. O livro será apresentado por Carlos Serra e por José Teixeira...
...Di-lo através do poema, aqui feito epígrafe, “A Nossa Morte é a Vida que Vivemos” de Andrea Paes (recentemente estreada na poesia com o livro “O Mar Verde de Mim e as Terras Brancas Sem Açúcar”, assim seguindo as pisadas de sua mãe Glória de Sant’Anna), no qual se realça interacção inultrapassável do nosso ciclo biográfico, essa presença quotidiana e constante do ocaso…

Passeio de mãos dadas
com a morte.

Passeamos no silêncio
da nossa uniformidade
[incorrigível.

Eu, dentro da minha vontade de viver.
Ela, dentro da vontade
de me ter.

E sorrimos, porque sabemos
da força imanente e[inexorável
de que ambos dependemos
(Andrea Paes)

- A "apresentação" de José Teixeira em texto integral no 'Estendal"
- Alguns poemas de Glória de Sant'Anna
- Alguns trabalhos de Inez Andrade Paes
- Contato comercial com a artista plástica natural de Pemba , Inez Andrade Paes - inezapaes@yahoo.com.br

11/18/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...IV

Para quem acompanha o que se noticia e comenta na blogosfera sobre o plagio da capa do livro de Rafael da Conceição "Lied para Yonnis-Fred e Maelle (Paternidade, Morte e Quotidiano, Construções no Mar, em Terra e no Ar...)":

  • 12 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 13 de Novembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
  • 14 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  • 15 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - Ma-Schamba - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  • 16 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  • 17 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !

2/17/08

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...IX - PLÁGIO EM MOÇAMBIQUE - Discussão ou banalização ?...

Desde 12 de Novembro de 2007 que está "adormecido" na "praça" literária moçambicana um atrevido plágio, já anunciado aqui detalhadamente e ilustrado mais uma vez acima.
Três meses e cinco dias se passaram e o assunto, pelo que nos dizem, é tabú onde poucos gostam de "tocar" ou falar...
Receios, temores de mexer com interesses de "comadres", compadrios escusos, vaidades ou círculos fechados onde preponderam reizitos anafados circundados por lacaios bajuladores e acovardados a isso levam.
Banaliza-se com o silêncio, impunidade, cínismo, petulância e adequado descaramento a "história".
Afinal, se nem o contemporâneo, nobre e brasileiro Caetano Veloso se importa e desconhece o plágio, porque haverá o Humilde, Simples e Moçambicano Professor Rafael da Conceição de ver reposto integralmente o direito a sua propriedade intelectual ?
Seria querer demais !...
.
E para que o silêncio não predomine, transcrevo do blog Olhar Sociológico de 03/11/2007 alguns cometários ao título "O que é o que é?: Dois títulos (gémeos) promissores!":
  • Bayano Valy - De alguma forma tínhamos que inventar um outro provérbio: "Don't judge a book by iys author". Isto refere-se a Cezerilo - não se pode chamá-lo gigante intelectual. Mas quem sabe nos surpreende. Pelo menos, ele publica.
    03 November, 2007 15:39
  • Patricio Langa - Bayano, “Pelo menos pública”! Não sei até que ponto esse aspecto é o mais revelante. Se bastasse publicar, qualquer um publicava. Espero que desta vez tenham feito justiça aos donos das ideias que nos andam a fazer ler como se fossem suas. Uns plagiam Gaston Bachelar transformando seus enuciados epistemólogicos em poesia e não citam a fonte. Olha o que me foi dito a propósito do título: “Docência e Investigação: a delícia e a dor de ser o que é”. Caetano Veloso vai cobrar direitos autorais. A sua música é" cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". A autora inverteu as palavras, será que fez menção a fonte? Aí em Maputo anda um debate a proposíto de um estudante do ISCTEM que fez plágio a tese de outro estudante de direito da UEM. Este é um assunto que ainda vamos precisar debater com mais seriedade.
    05 November, 2007 14:39
  • Bayano Valy - Patrício, apanhaste-me em cheio. Não queria antes fazer menção dos plágios deste e daquele ou das aulas via telefone, mas já que mencionas teremos que encontrar uma oportunidade para voltarmos a debater esta questão de plágio. Quanto ao pelo menos publica.... queria alertar ao facto de que às tantas na falta do melhor o pior serve, não é? Mais o que me mais intriga é a facilidade com que alguns "autores" publicam, principalmente obras que se pretendem científicas. Afinal, existe ou não um corpo científico ou uma comissão de pares que dá o seu aval sobre a qualidade de uma obra?
    05 November, 2007 16:48
  • Patricio Langa - Bayano, Fiz uma proposta a uma colega para estudarmos as condições e o tipo de publicação “ciêntífica” que se faz em Moçambique. Há toda uma série de questões que é preciso tomar em consideração, entre as quais orgãos colegiais, revisão de pares, editoras etc. Será que nós sabemos em que estado andam essas coisas? O caso do plágio, que não deve ser o único, deve ser apenas o que se tornou público. Não creio que seja apenas uma questão de ausência de legislação para sancionar esse tipo de práticas como alguma imprensa tenta colocar o problema. A legislação é importante, mas neste momento não é o fundamental. O fundamental para mim é que a nossa prática académica quotidiana não é orientada pela confrontação de ideias, e de teses, previamente estabelecidas. Cada um acha que vai inventar a roda. Assim, para quem é original não há necessidade de citar ninguém. Todo mundo, ou um número considerável, se acha pioneiro. Enquanto noutros contextos se ganha reconhecimento demostrando que lemos os outros e por isso sabemos de que falamos aí parace que não é bem assim. O trabalho académico é essencialmente o de acrescentar conhecimento ao que outros já produziram (refutando, rectificando e inovando). Recordo-me de um ex-ministro da saúde que publicou, se a memória não me falha, pelo menos dois livros de metodologia de investigação (ou qualquer coisa parecida). Nesses livros, megalomaniacos, o homem só se cita a si mesmo. Se não me engano deve ter uma ou duas citações de Sócrates e Platão. Deve-se achar na sequência desses grandes filósofos. Não sei se faz ideia de quanto conhecimento se produziu nestes mais de 2000 anos. Existe também o problema da falta de catalogação adequada das nossas bibliótecas. Ninguém sabe o que existe e o que não existe. Aquilo é uma salada russa. É possível ir buscar uma tese defendida em 1980 e voltar a apresentá-la sem que alguém se dê conta disso. A UEM, por exemplo, têm alguns novos, ainda poucos, biblióteconomistas. Espero que tentem por a casa em ordem. Agora, então, com a Internet não imaginas as dificuldades acrescidas para identificar os plágiadores. Enfim, estas são notas soltas Bayano. É preciso pensar em todas as nuances deste problema até, no meu entender, podermos reflectir sobre o tipo de soluções mais a própriadas. Quem sabe aí se pode pensar num modelo de tribunal académico adequado a nossa realidade. Aqui na Universidade do Cabo existe um departamento de ética e um tribunal académico que lida com esse tipo de casos. Com alguma regularidade os jornais da universidade publicam notícias relacionadas com esse tipo de práticas. O caso do estudante do ISCTEM concerteza terminaria com a sua expulsão e invalidação do grau que pretendia alcançar caso ficasse provada sua culpa. Mas aqui é aqui, e aí é aí! Espero que Caetano Veloso não tenha uma letra igual!
    06 November, 2007 10:59
  • Bayano Valy - Hehehe Patrício, De facto é preciso que reflitamos sériamente sobre isso. As sugestões que avanças já me parecem um bom ponto de partida. Gosto da idéia de um tribunal académico e isso é algo que se pode sugerir aos reitores das universidades. Pode não ser tribunal, mas um corpo em que essas questões podiam ser dirimidas. Só para ironizar: ser expulso ? Com tanta falta de "doutores" aínda pede-se que alunos que cometem fraudes académicas sejam expulsos ? Esse é que é o Moçambique real. Falando sério, penso que podes escrever uma carta aberta aos reitores, tomando como ponto de partida essa situação do ISCTM. A tua ex-colega Salmina já me tinha falado de situações em que alguém apresentava um paper que tinha tirado da net. Isso me leva a uma outra reflexão, que aliás tinhas colocado melhor: a proliferação de universidades ou pseudo-universidades. Será que porque as públicas não podem absorver tanto estudante e porque as privadas querem atraír o maior número possível destes, a qualidade deve ser sacrificada ? Me parece que esse é o caso. É que a ISCTM se fosse bem sério já teria tomado medidas. Penso que não se tem tempo tanto é que o reitor anda a brincar a gestor político. PS: existe um outro doutor no ISRI que publicou um livro sobre o Médio Oriente e não chegou a citar fonte alguma. No meu mundo islâmico, existe também um grande (para mim questionável nalguns momentos) líder cujos escritos acabam semanalmente nos jornais da praça. A maior parte dos livros que "escreve" são traduções de livros já escritos em árabe, que nem chega a citar. Enfim... o ser humano quer a glória sem suor. Mesmo uma escória, não acha? Espero que ninguém tenha dito isso antes.
    07 November, 2007 12:21

O que se disse ou comentou anteriormente:

  1. Em 12 de Novembro último foi divulgado aqui o plagio !
  2. Em 13 de Novembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
  3. Em 14 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  4. Em 15 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  5. Em 16 de Novembro de 2007 - Ma-Schamba - aqui !
  6. Em 16 de Novembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  7. Em 16 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  8. Em 17 de Novembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  9. Em 18 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  10. Em 20 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  11. Em 22 de Novembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  12. Em 12 de Dezembro de 2007 - ForEver PEMBA - aqui !
  13. Em 12 de Dezembro de 2007 - Lanterna Acesa - aqui !
  14. Em 13 de Dezembro de 2007 - Vouguinha - aqui !
  15. Em 14 de Dezembro de 2007 - Moçambique Para Todos - aqui !
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8/01/07

MOÇAMBIQUE/Cabo Delgado: Separar-se do prepúcio é elemento central da masculinidade.

Pemba, 23 Julho 2007 (PlusNews) - Silvestre João tem lembranças boas e outras menos boas de sua circuncisão. “Vamos comer mel no mato”, lhe disse seu pai quando ele tinha nove anos. Tinha muito mel, e mais: kumbi, o ritual de iniciação dos makhuwa, grupo étnico da costa norte do Moçambique. O menino passou seis meses no mato com um grupo de outras crianças e adultos, todos homens. Ele se desfez de seu prepúcio e aprendeu sobre sua cultura. As más lembranças são “a dor horrível durante o primeiro dia; e uma infecção que levou dois meses para sanar”. As boas são “brincar nus nos arbustos, catar côcos, nadar na lagoa, aprender canções e lendas com os mais velhos.” Seu padrinho – um parente homem que não volta para casa nem faz sexo até que o menino tenha sanado – ficou com ele o tempo todo, espantando as moscas da ferida. Quando Silvestre voltou para casa, a família e os vizinhos comemoraram e lhe compraram livros e canetas para a escola. Agora ele fazia parte da comunidade: como um makhuwa – o maior grupo étnico do Moçambique – um muçulmano, e um homem. Isto foi em 1972. O rapaz cresceu e se tornou enfermeiro. Hoje, Silvestre, com 44 anos, mora em Pemba, capital da província de Cabo Delgado. De Outubro a Fevereiro, meses tradicionais do kumbi, ele é muito solicitado para fazer circuncisões, mas de maneira mais segura do que foi feita a sua.“Os valores da circuncisão ainda persistem”, disse ele ao PlusNews. Hoje, os iniciados passam menos tempo no mato ou têm um médico para cortar o prepúcio, mas o triplo significado – etnicidade, religião e masculinidade – ainda faz com que a circuncisão seja muito importante aqui.
Camadas de significados
Rafael da Conceição, antropólogo da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, capital do Moçambique, e autor de um livro sobre as identidades culturais no norte do país, disse que a circuncisão é essencial para a masculinidade. Um homem não circuncidado é proibido de participar das atividades culturais importantes reservadas aos homens, tais como enterros e rituais ancestrais. “Isto significa que ele será vulnerável à agressão dos espíritos maléficos ou de ancestrais irados”, disse Conceição. “Ele não será completamente integrado no mundo masculino.” As mulheres do norte do Moçambique gostam de homens circuncidados. “Um pênis não circuncidado não é bom. O prepúcio cheira mal, mesmo que o homem se lave muitas vezes, e as mulheres não querem fazer sexo com estes homens”, disse Marta Januário Licuco, ativista pelos direitos da mulher e muçulmana. Se uma jovem do norte namora um homem do sul, sua avó vai alertá-la sobre a possibilidade de o rapaz não ser circuncidado. Segue uma campanha para persuadi-lo a se circuncidar. Pode levar anos, mesmo após o casamento, mas a pressão continuará, sutilmente, incessantemente. “O homem não circuncidado tem vergonha de tirar a roupa, ele vai apagar a luz antes de ir para a cama, ele se sente anormal”, disse Licuco. Licuco usa um véu azul turquesa e um vestido até os tornozelos. Marisia Jacinto, 20 anos, usa um jeans apertado e uma blusa de alcinhas, mas as duas partilham a mesma opinião sobre os homens não circuncidados. “Eu não aceitaria um homem assim – eu o levaria ao médico”, disse Jacinto. Em Cabo Delgado a maioria da população é muçulmana, e o Islã exige a circuncisão masculina, então o ritual do kumbi se sobrepõe à religião. Para o Sheik Muhamade Abdulai Cheba, diretor provincial das madrassas, ou escolas islâmicas, a circuncisão apresenta muitas vantagens: “Ela previne infecções e lesões; ela melhora a qualidade do casamento porque os dois parceiros sentem mais, e o sexo é sadio.”
Kumbi seguro
Kumbi tem vantagens – e perigos. Os nekangas (mestres da circuncisão) às vezes usam a mesma lâmina para vários rapazes sem esterilizá-la. Se há complicações, eles usam remédios tradicionais. “As ervas às vezes funcionam, e às vezes pioram as coisas”, disse Egídio Langa, diretor do Hospital Central de Pemba, cidade de 100 mil habitantes. As complicações pós-circuncisão aparecem mais nos centros de saúde dos distritos ou da periferia do que nos centros urbanos. Em 2006, Langa era o diretor do distrito de Montepuez, a 170 quilômetros de Pemba, quando líderes da comunidade, preocupados com a segurança do kumbi, vieram procurá-lo. “Eles falaram de hemorragias, febre e até morte”, contou. Ele enviou equipes de enfermeiros a todo o distrito. Durante os dois meses seguintes, eles treinaram os nekangas sobre higiene, forneceram material médico, pediram as listas dos rapazes prontos para a cerimônia e solicitaram que fossem trazidos ao posto de saúde mais próximo, onde enfermeiros treinados operaram diariamente de 50 a 60 meninos de sete a 13 anos. “A experiência foi bem aceita”, disse Langa. “Com um pequeno orçamento conseguimos reduzir um grande risco, aumentamos a proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e tornamos a circuncisão segura.” Graças ao sucesso desta experiência, o Núcleo Provincial de Combate à Sida tem a intenção de treinar nekangas sobre a prevenção do HIV entre Julho e Setembro. “Kumbi é um período de transmissão cultural intensa, mas, até agora, as nossas mensagens de prevenção não utilizaram este canal”, disse o responsável pelo Núcleo, Toles Manuel Jemuce.
Correlação?
Segundo dados do governo, 56 por cento dos homens do país são circuncidados. Em Nampula, Cabo Delgado e Niassa, principais províncias muçulmanas onde vivem os Makhuwa, ela é quase universal. Em Inhambane, província majoritariamente cristã, os grupos étnicos Chope e Bitonga também a praticam. Langa, que vem de Inhambane e foi circuncidado quando era criança, disse que a prática da circuncisão estava sendo difundida através dos casamentos mistos. Estudos recentes efetuados na Uganda e na África do Sul indicam que a circuncisão masculina pode oferecer uma proteção de até 60 por cento contra o HIV. Especialistas notaram que as províncias moçambicanas com as menores seroprevalências são aquelas onde a circuncisão masculina é largamente praticada. No entanto, o baixo consumo de álcool e o controle social e sexual mais estrito entre os muçulmanos possam ser um outro fator.
Prós e contras
Elias Cossa, assessor de imprensa do Conselho Nacional de Combate ao HIV/Sida (CNCS), disse que Moçambique definiria sua política nacional sobre a circuncisão masculina antes do final do ano, e que esta medida seria seguida de uma avaliação de viabilidade. Certos ativistas argumentam que um programa de circuncisão desviaria recursos financeiros e humanos já escassos de um sistema de saúde pública sobrecarregado com a Sida, em um país que conta com menos de dez cirurgiões e ainda menos urologistas para uma população de quase 20 milhões. “O tratamento antiretroviral é prioritário. Tratar o paciente é mais importante que circuncidá-lo, porque uma pessoa saudável será capaz de sustentar sua família e protegê-la do HIV”, disse Julio Ramos Mujojo, secretário executivo da Rede Nacional de Associações de Pessoas Vivendo com HIV/Sida (Rensida). Outros ativistas preocupam-se com as implicações culturais e étnicas de um programa de circuncisão. “Poderia ser interpretado como uma maneira de forçar as pessoas a mudarem de religião”, disse Antoninho Cheia Inglês, coordenador do Fórum das ONGs de Cabo Delgado (FOCADE).
Mantendo a tradição
Trinta anos depois do kumbi de João, foi a vez de Buane Chande, 11 anos. Ele também tem boas e não tão boas lembranças dos três meses que passou no mato em 2001. As más lembranças são “a dor, até que passou, ficar longe de minha mãe, e os mosquitos”; as boas, são “brincar, nadar no rio, ouvir as canções e as histórias dos mais velhos.” Quando Chande voltou para casa, “todo mundo estava feliz”, as mulheres ululavam; mataram uma galinha e fizeram uma festa. “Sem o kumbi, os homens não sabem como enfrentar a vida”, disse ele ao PlusNews. “Um colega de escola que não passou pelo kumbi não é bem aceito. Ele continua sendo uma criança, mesmo que tenha 18 anos.” Chande agora tem 17 anos e está acabando o liceu em Pemba. Ser pai ainda está longe, mas ele não tem nenhuma dúvida de que seus filhos vão passar pelo kumbi.
% da circuncisão masculina por província em Moçambique:
TETE
8%
MAPUTO PROVÍNCIA
58%
MANICA
13%
NIASSA
88%
SOFALA
16%
INHAMBANE
89%
GAZA
21%
CABO DELGADO
93%
ZAMBÉZIA
49%
NAMPULA
95%
MAPUTO CIDADE
55%
Fonte: CNCS

8/16/06

Entre o Mar e a Terra: Situação identitária do norte de Moçambique.


O académico Rafael da Conceição publica amanhã, no Centro de Estudos Brasileiros (CEB) o livro “ Entre o Mar e a Terra: Situação identitária do norte de Moçambique”, uma obra da colecção identidades com a chancela da «Promédia».
O livro tem um prefácio do sociólogo Carlos Serra e será apresentado pelo historiador e escritor João Paulo Borges, que este ano foi galardoado com o “Prémio José Craveirinha”.
Sobre a obra “Entre o Mar e a Terra: Situação identitária do norte de Moçambique”, João Nobre escreveu: “combinando diversas abordagens da Antropologia e da História, o livro mostra a difícil, mas bem conseguida, apreensão de processos identitários das sociedades costeiras de Cabo Delgado, num contexto histórico de construção de um Estado-Nação e de uma identidade nacional.
Identidade nacional.
Situa-se aqui uma das problemáticas levantadas no livro: comunidades costeiras singulares e a construção de uma identidade nacional.
A relação é de conflito com o Estado que, segundo o autor, tendia a marginalizar as comunidades costeiras islâmicas”.
(Celso Manguana) - CANAL DE MOÇAMBIQUE - 16.08.2006
Via "Moçambique para Todos"

11/16/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...III

Para que, o "conveniente" silêncio não permita o esquecimento, transcrevo do Ma-Schamba:
.
"Sexta-feira, 16 de Novembro de 2007
Um caso, que não será de fazer cair o prédio Pott, mas que é desagradável. A Imprensa Universitária que vem trabalhando pior do que o que seria desejável (e o menor dos defeitos não será o de não distribuir os livros que edita) deu em auto-plagiar-se. Podemos encolher os ombros e dizer que não é muito grave que o departamento gráfico de uma editora reutilize ideias gráficas que lhe são dadas por um autor publicado? Talvez. Reduzimos tudo a descuido e pronto. Mas sendo uma imprensa universitária, aqui mesmo ao lado, com que cara é que amanhã nós professores vamos dizer aos alunos para não mergulharem na internet em busca de trabalhos para plagiar? Não, não é descuido. É atitude. Condenável, em particular por ser cá em casa.
posted by JPT at 1:47 AM"
.
Sobre o mesmo tema:

11/15/07

Referênciando novamente o pembista e professor RAFAEL DA CONCEIÇÃO...II

"O que me preocupa não é o grito dos maus e sim o silêncio dos bons"
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Para que, o "conveniente" silêncio não permita o esquecimento, saliento:

9/07/09

Nova África - Nova série da TV Brasil

"Nova África" é a nova série jornalística da TV Brasil que estréia dia 25/09/2009 às 22 hs (Brasil):
A série tem como objetivo retratar o continente africano da perspectiva dos africanos.

Como escreveu o autor Mia Couto, a África vive uma tripla condição restritiva: prisioneira de um passado inventado por outros, amarrada a um presente imposto pelo exterior e, ainda, refém de metas que lhe foram construídas por instituições internacionais que comandam a economia.

Nesta série os africanos narram seus problemas e soluções: trabalhadores, políticos, assim como intelectuais, artistas e ativistas sociais africanos, cujas vozes e idéias estão quase ausentes no cotidiano dos brasileiros são nossos entrevistados.

Vários países africanos foram e estão sendo visitados e priorizamos os países com os quais o Brasil - pelas relações históricas estabelecidas ao longo de séculos - tem maiores afinidades culturais e econômicas, além dos acordos de cooperação firmados na atualidade.

Ficha Técnica:
  • Direção Geral: Henry Daniel Ajl e Luiz Carlos Azenha
    Direção de Fotografia: Markus Bruno
    Projeto editorial: Luiz Carlos Azenha e
    Conceição Oliveira
    Coordenação de Produção: Tatiana Barbosa
    Reportagem: Aline Midlej
    Produção: Paulo Eduardo Palmério
    Assistentes de produção: Erica Teodoro, Yuri Gonzaga
    Montagem: Marco Korodi, Augusto Simões
    Roteiro programa estréia: Eduardo Prestes Diefenbach
    Roteiro: Angela Canguçu
    Consultoria Histórica: Conceição Oliveira
    Finalização Gráfica: Fernando Clauzet
    Trilha Original e Mixagem: Rafael Gallo
    Coordenação de Pós-produção: Eduardo Prestes Diefenbach
    Narração: Phil Miler
    Narração "Os Lusíadas" de Luiz Vaz de Camões: Gero Camilo
    Agradecimentos a: Carlos Serrano, Rita Chaves e Adelto Gonçalves.
    Aline veste: Kailash e Neon
    Produtora: BaboonFilmes:
    http://www.baboon.com.br/
- In YouTube-Nova África.