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7/08/09

Ecos da imprensa moçambicana: Escolas dos distritos recebem computadores

O ministério da Ciência e Tecnologia vai distribuir até ao final de Julho corrente cerca de 1000 computadores a 44 escolas em igual número de distritos do país.

Hoje, o MCT vai entregar computadores à Escola Secundária de Angoche (no distrito do mesmo nome), Escola Secundária de Mossuril (no distrito de Mossuril), Escola Secundária da Cidade Alta (no distrito de Nacala-Porto) e ao Instituto Agrário de Ribáwè (no distrito de Ribáwè), todos na província de Nampula. Cada escola receberá 20 computadores destinados aos alunos, devendo ser usados como instrumentos de apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Esta iniciativa insere-se nos esforços do Governo com vista à expansão do acesso das populações às Tecnologias de Informação e Comunicação e redução do fosso digital.
- Maputo, Quarta-Feira, 8 de Julho de 2009:: Notícias.

Ecos da imprensa Moçambicana: Exames extraordinários arrancam na segunda-feira.

Arrancam segunda-feira próxima em todo país os exames extraordinários para os alunos externos da 10ª e 12ª classes do Ensino Secundário Geral. O processo vai decorrer durante toda a semana.

Para estas avaliações, estão inscritos 111,587 candidatos, dos quais 76.899 da 12ª classe e os restantes 34,688 da 10ª classe, números que representam um incremento das inscrições na ordem dos 40,6 e 23 por cento, respectivamente, quando comparados com as do ano transacto.

Para estas avaliações, o Ministério da Educação e Cultura criou em todo o país 130 centros dos quais 84 para os exames da 10ª classe e os restantes para 12ª classe.

A província da Zambézia é a que maior número apresenta, com 18 centros seguida de Nampula e Tete com doze cada uma.Brigadas do Ministério da Educação e Cultura(MEC) a nível central começaram já a deixar a cidade de Maputo com destino às provícias, onde vão acompanhar o processo destas avaliações instituídas com propósito de estimular o autodidactismo e oferecer oportunidades aos cidadãos para conclusão de certos níveis de ensino.

Depois das inscrições feitas há sensivelmente dois meses as estruturas da Educação estiveram envolvidas nos preparativos do processo, num esforço visando evitar os problemas que aconteceram nos exames nos exames do ano passado, caracterizados pelo extravio dos enunciados antes da realização das provas.

Na circunstância alguns professores de determinados estabelecimentos de ensino foram afastados acusados de venda das provas. Foram introduzidas novas técnica nomeadamente o sistema do exame de escolha multipla e de correção electrónica e esta técnica vai exigir que os alunos cumpram escrupulosamente com as instruções sobre o preechimento das folhas de exercíci, sobretudo a indicação de identidade.
- 08/Jul/09, in Notícias/Imensis - Aqui!

9/22/07

Em Mecúfi...Vinte anos a atrasar.

(Imagem daqui)
Quem o diz é o professor Camilo Ajuma, da aldeia Napuilimuiti, junto à margem esquerda do rio Megaruma, distrito de Mecúfi, Cabo Delgado. Considera-se semeado naquele distrito, tendo germinado o suficiente e, provavelmente, está à espera de apodrecer, pois tudo indica que ninguém o quer doutro modo, senão no que se encontra há 20 anos.
Foi formado como professor primário no Centro de Montepuez vindo de Mueda, sua terra natal.
Depois de três anos de formação ficou na verdade professor, em 1986, tendo sido colocado no ano seguinte no distrito de Mecúfi donde nunca mais saiu.
Começou pela Escola Primária de Muária.
Foi transferido para Natuco, a seguir Nangassi, depois Zambene, mais adiante, na sede do posto administrativo de Murébuè.
Quando pensava que estava a aproximar-se da cidade de Pemba, aonde sempre quis ir aumentar os seus conhecimentos, eis que é transferido de novo para Zambene, para somar sete anos na mesma escola/aldeia, o tempo mais longo de toda a sua lenga-lenga pelo distrito de Mecúfi.
Há três anos foi transferido para a aldeia onde hoje se encontra, em Napuilimuiti, no vigésimo ano, sem saber mais nada em relação àqueles conhecimentos psico-pedagógicos que trazia de Montepuez, em 1987.
Diz que é azar!
Diz que é porque não é indisciplinado, é o preço da obediência, da disciplina de aceitar trabalhar sob todas as vicissitudes que um ambiente aldeão dá todos os dias.
Se fosse indisciplinado, diz ele, já teria sido transferido como muitos do distrito de Mecúfi.
Camilo Ajuma diz que colegas com quem fez o curso de professor primário hoje estão a fazer cursos superiores e outros concluíram-nos.
Lamenta saber que em 20 anos teria até feito quatro licenciaturas, passo que não lhe é permitido pelas autoridades da Educação, que lhe indiferiram os três requerimentos que lhes dirigiu.
“Dizem que não posso deixar as turmas à mercê”, é ele que fala.
Ele vai construindo escolas graças à mobilização popular que faz com mestria, como aconteceu em Zambene e agora em Napuilimuiti.
Diz às populações para levantarem as paredes de pau-a-pique depois vai ter ao governo a pedir, pelo menos, a cobertura com chapas de zinco.
Foi assim lá como cá.
Em Napuilimuiti até é director da escola, de 193 alunos, assistidos por quatro professores, entre os quais professora.
Uma aldeia, como quase todo distrito, politicamente muito activa onde a livre expressão é bem aproveitada.
É em Mecúfi, na aldeia Sassalane, onde disseram ao governador Lázaro Mathe que pela maneira como o distrito está a ser dirigido, com muitas atitudes e comportamento de exclusão com base na pertença ou não a determinado partido, corre-se um sério risco de os dirigentes estarem a afastar os votos da Frelimo a favor de outros partidos.
Apontaram regiões donde viriam os que votariam, pois os filhos dessas zonas é que tiram proveito do facto de os seus familiares serem quadros nos aparelhos tanto governativo quanto do partido Frelimo a que alguns deles dizem pertencer.
Pedro Nacuo - Maputo, Sábado, 22 de Setembro de 2007:: Notícias