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12/04/07

África - Carta aos líderes políticos sem coragem...

(Imagem daqui)
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Merece destaque:
Intelectuais africanos e europeus atacam "covardia" de seus líderes políticos.
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03/12 - 14:36 - EFE - (embargada até as 22h01 de hoje, horário de Brasília) Londres, 3 dez (EFE).- Africanos vencedores do prêmio Nobel e intelectuais deste continente e da Europa publicaram uma carta na qual atacam a "covardia" de seus líderes políticos por não incluírem os casos de Darfur (Sudão) e do Zimbábue entre os principais temas a serem tratados na conferência entre União Européia (UE) e África.
A carta, assinada por escritores como Vaclav Havel, Wole Soyinka, Nadine Gordimer, John M. Coetzee e Günter Grass, critica os políticos dos dois continentes por não enfrentarem "duas das piores crises mundiais" na cúpula de chefes de Estado e de Governo que será realizada nos próximos dias 8 e 9 em Lisboa.
"Esperamos dos líderes que liderem e que o façam com coragem moral. Se falharem, todos saem moralmente enfraquecidos", diz a carta enviada hoje a todos os chefes que irão à cúpula, a primeira deste porte desde 2000.
Elaborada também pelo moçambicano Mia Couto, pelo nigeriano Ben Okri e pelo irlandês Roddy Doyle, a carta defende que é "impossível" inaugurar uma nova era de amizade entre Europa e África enquanto Darfur e Zimbábue continuarem sendo ignorados.
"Por que devemos escutar os poderosos quando eles se fazem de surdos para os gritos dos aflitos? Milhões de africanos e europeus esperavam contar com Zimbábue e Darfur entre os temas principais da agenda. Ainda não é tarde demais".
Segundo o nigeriano Soyinka, Prêmio Nobel de Literatura em 1986, a cúpula África-UE apresenta uma "oportunidade para tratar das grandes questões que afetam" os cidadãos.
"No entanto, antepondo seu desejo de evitar um confronto ao sofrimento de milhões de pessoas, nossos líderes estão desperdiçando esta oportunidade e prejudicando todos", critica o escritor.
EFE lj bba/ma
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Merece também destaque:
Nove dias em Harare
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Notas de uma viagem clandestina de dois repórteres da VISÃO à capital do Zimbabué, uma cidade de medo, tortura e morte. Leia o diário do repórter e veja a galeria de fotos com som por João Dias Miguel - 29 Nov 2007:

11/10/07

A ÁFRICA de Sebastião Salgado.

Sebastião Salgado e a natureza intocada - Em um novo livro sobre três décadas de reportagens na África, o fotógrafo brasileiro revela imagens impactantes da fome, das guerras e a transição de seu olhar dos grandes dramas humanos para a natureza.
Foi plantando árvores na Mata Atlântica que Sebastião Salgado despertou para fotografar a natureza.
Em trinta anos de carreira retratando o sofrimento humano, ele virou embaixador da Unicef, ganhou dez prêmios internacionais e foi consagrado como um dos fotógrafos mais importantes do mundo.
Essa semana, Salgado lançou no Brasil o livro África, com suas primeiras fotos de natureza.
As imagens mostram que ele ainda é capaz de surpreender também pela técnica de fotografar em preto e branco.
De sua fazenda em Minas Gerais, onde coordena um projeto ambiental, ele falou a ÉPOCA sobre sua relação com o continente africano, a questão ambiental e seu último grande projeto: o Gênesis.
Leia a íntegra do texto de Juliana Arini com a entrevista de Sebastião Salgado, aqui .

8/25/07

DARFUR - Até quando o genocídio ?

...ou a África que envergonha e o mundo não enxerga!
(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" a "Rádio Moçambique" no lado direito do menu deste blogue.)
Do "Estado de São Paulo" - sexta-feira, 24 de agosto de 2007, 14:53
Sudão ainda fornece armas para Darfur, diz Anistia
Grupo de defesa dos direitos humanos afirma que governo viola embargo da ONU.
A organização de defesa de direitos humanos Anistia Internacional acusou o governo do Sudão de enviar armas para a região de Darfur, contrariando o embargo imposto pela ONU.
O grupo afirma que fotografias de helicópteros militares de fabricação russa e um avião de transporte em um aeroporto em Darfur, tiradas em julho, comprovam as violações.
A embaixada do Sudão em Londres disse à BBC que as fotografias são suspeitas e acusou a Anistia Internacional de fazer uma "cortina de fumaça".
Pelo menos 200 mil pessoas teriam morrido na região de Darfur desde 2003.
A resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em março de 2005, proíbe o fornecimento de armas a todos os envolvidos no conflito na região. Mais de 2 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas desde que os grupos rebeldes começaram com as ações contra o governo.
Milícias formadas por africanos muçulmanos de origem árabe, denominadas Janjaweed, são acusadas de crimes de guerra, assassinatos, estupros e roubos contra a população negra africana da região.
O governo do Sudão é acusado de apoiar essas milícias. As autoridades sudanesas afirmam que a escala da crise foi exagerada e dizem que, na verdade, 9 mil pessoas morreram no conflito.
Em um comunicado, a Anistia Internacional diz que as fotografias de aeronaves militares sudanesas tiradas por testemunhas em Darfur reforçam provas recolhidas em maio de que o governo do Sudão continua alimentando graves violações dos direitos humanos no país.
Tiradas no aeroporto de El Geneina, uma cidade perto da fronteira entre Sudão e Chade, as fotografias mostram contêineres sendo retirados de um avião de carga Antonov 12 e carregados em veículos militares, além de helicópteros Mi-24 e aviões Mi-17, da Força Aérea sudanesa.
"O governo sudanês ainda está enviando armas para Darfur desafiando o embargo de armas da ONU e os acordos de paz para Darfur", afirmou Brian Wood, gerente de pesquisa em controle de armas da Anistia Internacional.
"Mais uma vez, a Anistia Internacional pede que o Conselho de Segurança da ONU tome medidas decisivas para garantir que o embargo seja aplicado, incluindo a colocação de observadores da ONU em todos os portos de entrada no Sudão e em Darfur", acrescentou. Moradores locais disseram ao grupo que os aviões transportam equipamentos militares para soldados do governo e milícias Janjaweed, que operam em Darfur.
Um Antonov do governo sudanês também fez ataques aéreos depois de um ataque do grupo rebelde Movimento da Justiça e Igualdade em Adila, no dia 2 de agosto, segundo a Anistia Internacional.
Khalid al-Mubarak, diplomata na embaixada sudanesa em Londres, afirma que "existe um padrão de fotografias falsas" e que isso é parte de uma tentativa de desviar a atenção da opinião pública de questões como os conflitos no Iraque, na Faixa de Gaza e na República Democrática do Congo.
"O governo sudanês tem soberania em todo seu território. Se move aviões de um lugar para outro, isso é prova de que existem armas?", questionou o diplomata à BBC.
Mubarak também acusou a Anistia Internacional de se transformar em "parte da indústria de demonização do Sudão".
A Anistia Internacional, por sua vez, afirmou que a recente proliferação de pequenas armas e veículos militarizados em Darfur levou a um aumento em ataques armados contra comboios de ajuda e civis.
BBC Brasil - Estado de São Paulo