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7/21/09

Buscando no tempo lá pelo Douro: Memórias dos bombeiros em Poiares com os Salesianos

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Em atenção aos "vareiros" que nos lêm e visitam por esse mundo virtual afora, alguns post's irei trazendo de um outro blogue ("Escritos do Douro") onde se fala do Douro em Portugal, da cidade de Peso da Régua, de sua história e cultura, de personagens que marcam e dão exemplo e de outras coisas mais que não só da "vinha e do vinho do Porto", de Pemba e Moçambique...:

O que mais conta na memória do presente retrato, com este grupo de garbosos bombeiros da Régua, impecavelmente fardados a rigor, constituído pelo Chefe Joaquim Laranja, José Melo, Joaquim Espírito Santo - o grande Trovão - e o António Monteiro, é o seu acto de generosidade em benefício da Congregação dos Salesianos: um peditório, realizado em Poiares, em 10 de Novembro de 1963, destinado a angariar fundos para a construção de um moderno Seminário.

Assim, relembra-nos ainda o ambiente do princípio dos trabalhos, com as máquinas por perto, o olhar das crianças no desfile, numa jornada de caridade e solidariedade organizada para ajudar na obra da grande família salesiana, que tem como seu patrono o São João Bosco.

Os bombeiros da Régua, entendo o seu dever cívico, fizeram-se representar na sua força, enviando os seus melhores homens do Corpo Activo e as suas viaturas mais antigas, como o carro de fogo Buick, onde foram afixados dois cartazes com estes simples apelos: “Pedimos, Construímos e Repartimos” e “ O Vosso Pouco Representa Muito”.

Os generosos bombeiros que aqui recordamos, com nostalgia, contribuíram de forma exemplar nessa recolha de donativos necessários para se começasse a edificar o novo Seminário. Este destinava-se a substituir o velho e antiquado, sem condições que, desde 1924, funcionava na casa paterna do Arcebispo Primaz de Braga, o reguense D. Manuel Vieira de Matos, que generosamente tinha doado à instituição.

A construção do novo Seminário de Poiares iniciou-se em 21 de Outubro de 1962. Nesse dia, foi solenemente benzida e lançada a primeira pedra. Dizem os escritos desse tempo que foi um dia festa para a população da freguesia. Estiveram presentes o Vigário Geral da Diocese, Monsenhor Libânio Borges, em representação do Bispo da Diocese de Vila Real que se encontrava no Concílio Vaticano II, o Dr. Manuel dos Santos Carvalho, governador civil do distrito, o Dr. Rui Machado, Presidente da Câmara da Régua e o Padre Armando da Costa Monteiro, Provincial dos Salesianos. Havia na assistência muito povo da freguesia e das freguesias vizinhas que não deixou de participar e apoiar a iniciativa. A banda de música do Colégio de Izeda animou as ruas de alegria, enquanto se ouviram muitos foguetes, para assinalar a importância da data.

Em 1975, depois de um longo interregno nas obras, os salesianos haviam abrir as portas aos alunos do novo Seminário, designado do Sagrado Coração de Jesus, que em 1982 se passaria a chamar de Colégio Salesiano de Poiares. Mas tarde, o antigo seminário foi restaurado e transformado numa obra social, sob a gerência dos salesianos, dedicada à memória do arcebispo e em benefício do povo da freguesia: Centro Social D. Manuel Vieira de Matos.

Os bombeiros da Régua sempre colaboraram nas causas sociais organizadas por outras instituições de solidariedade social, desportivas, culturais e educativas da sua cidade.

Em certos momentos da sua história, foram até os primeiros a ajudar os pobres e os mais desfavorecidos da sociedade reguense. Com frequência, era habitual organizarem à sua conta espectáculos musicais e recreativos, nas suas instalações, com o objectivo de reunirem alimentos e roupas para entregarem aos mais desvalidos, ao que sabemos foram sempre muitos, como aconteceu no “Sarau Infantil”, realizado na noite de 22 de Abril de 1950, em “benefício dos pobres”.

No mundo em que vivemos, cada vez mais desumanizado, o papel dos bombeiros volta a ganhar mais sentido ético e uma maior dimensão social na nova ordem.

Se neste nosso mundo se encontrassem mais Reinos Maravilhosos - que sempre houve e haverá como nos revela o poeta Miguel Torga - a vida poderia ser mais generosa para com quem precisa de ajuda para apenas viver condignamente.

Acreditem que, só mesmo nesse lugar é que existem os verdadeiros homens e as mulheres de bem, de uma generosidade e doação que é levada ao sacrifício da sua própria vida, disponíveis para acudir e ansiosos por socorrer apenas sob o lema humanitário: Vida por Vida.

Para melhor se entender os gestos desses seres especiais, recordamos um belo texto escrito em 2006 pelo Dr. Manuel Prazeres, antigo Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Vila Real e da Associação Humanitária Cruz Verde, que sublimemente exprime as ideias seguintes:

“Contrariamente ao Reino Maravilhoso que Torga, de forma tão sublimada nos descreve, o Reino Maravilhoso que eu pretendo exaltar não fica no alto de Portugal, nem, como os ninhos nem no mais alto das árvores. Este, de que vos falo, dissemina-se por todo este nosso país, do lugar mais recôndito à urbe mais moderna, e encontra-se por aí, mesmo à mão de semear, por forma a tornar-se sempre mais acessível e a que a lonjura não o torne absolutamente nada impossível a quem dele, a cada passo, necessita.

O reino Maravilhoso de que vos falo é feito de homens e mulheres de bem, de uma generosidade e doação por vezes levada ao sacrifício da própria vida, que, nas suas horas vagas, vestem a sua farda de trabalho e se apresentam na sua outra casa: prontos para aprender, disponíveis para acudir, ansiosos por socorrer.

A sua família maior é o seu semelhante e a sua obstinação é a vida e os bens de todo um Povo que, há séculos, nele confia a sua salvaguarda.

Este mar de pedra que primeiro vislumbramos – a sociedade egoísta em que vivemos – faz parte do seu mundo, mas não é, definitivamente, o seu mundo. O seu mundo é, tão simplesmente, um coração aberto, humano, generoso, solidário.

E de nada vale interrogar esse grande oceano megalítico, porque o nome invisível ordena: Vai. Salva. Socorre, Ajuda.

Tal como no Reino Maravilhoso de Torga se ordena, entre, sem qualquer preocupação de saber quem é, também neste reino de que vos falo alguém o pergunta. Não interessa…é o que menos interessa…

Ouve-se apenas o som estridente da sirene. Sente-se um calafrio. Que chamamento, oculto e silencioso, desperta aquele impulso pronto e contido?

É, como se uma qualquer força misteriosa e divina, naquele momento, injectasse nas entranhas daqueles corpos força desmedidas que humanamente jamais poderiam conter. Fiéis à sua própria vontade, e em obediência estrita ao juramento feito, honrado sempre a divisa que a bandeira deste Reino Maravilhoso obstinadamente ostenta: Vida por Vida.

Embora haja muita gente que diga que não, sempre houve e haverá Reinos Maravilhosos neste Mundo. O que é preciso, para os ver e merecer, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade e, depois, o coração e razão não hesitem."

Entrem agora, sem pressas algumas, no reino maravilhoso de Poiares. Caminhem devagar pela aldeia vinhateira que fica no cimo de uma esplendorosa montanha duriense, envolvida numa harmoniosa paisagem de socalcos de vinhas, a descerem pelas suas íngremes encostas até à foz do rio Corgo ou até as margens do rio Douro, mas sem antes passarem à porta do novo Colégio dos Salesianos, visitarem a singela Capela da Senhora da Graça, contemplarem as velhas ruínas de um casarão que já foi o Convento da Ordem dos Templários, junto à Igreja Matriz, mandado construir antes de 1225, onde se pode olhar à entrada da Casa da Comenda uma cruz em granito, com 900 anos de história.

Nada melhor do que fazerem uma paragem obrigatória…em Poiares.

Deixem-se envolver na magia dos seus amanheceres e na poesia dos encantos que se avistam desse lugar: “O Douro...bem lá em cima, ele encosta-se com força à base das montanhas, para as segurar. Depois esfrangalha-se nos bicos das rochas franzinas para cair num novo sono e deixar-se envolver nos lençóis da sua antiga pousada”.

Vão ver que não se arrependem…!
- Peso da Régua, Julho de 2009, José Alfredo Almeida.

- Outros textos publicados neste blogue sobre os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua e sua História:

  • As vidas que não se esquecem nos Bombeiros - Aqui!
  • Os bombeiros de escritório - Aqui!
  • Bombeiros Semi-Deuses - Aqui!
  • As "madrinhas" dos Bombeiros - Aqui!
  • A benção da Bandeira - Aqui!
  • Comandante Lourenço de Almeida Pinto Medeiros: Fidalgo e Cavaleiro dos Bombeiros da Régua - Aqui!
  • A força do voluntariado nos Bombeiros - Aqui!
  • A visita do Presidente da Républica Américo Tomás - Aqui!
  • Uma formatura dos Bombeiros de 1965 - Aqui!
  • O grande incêndio dos Paços do Concelho da Régua - Aqui!
  • 1º. de Maio de 1911 - Aqui!
  • Homens que caminham para a História dos bombeiros - Aqui!
  • Desfile dos veículos dos bombeiros portugueses - Aqui!
  • Os bombeiros no velho Cais Fluvial - Aqui!
  • O Padre Manuel Lacerda, Capelão dos Bombeiros do Peso da Régua - Aqui!
  • A Ordem Militar de Cristo - Uma grande condecoração para os Bombeiros de Peso da Régua - Aqui!
  • Os Bombeiros no Largo da Estação - Aqui!
  • A Tragédia de Riobom - Aqui!
  • Manuel Maria de Magalhães: O Primeiro Comandante... - Aqui!
  • A Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A cheia do rio Douro de 1962 - Aqui!
  • O Baptismo do Marçal - Aqui!
  • Um discurso do Dr. Camilo de Araújo Correia - Aqui!
  • Um momento alto da vida do comandante Carlos dos Santos (1959-1990) - Aqui!
  • Os Bombeiros do Peso da Régua e... o seu menino - Aqui!
  • Os Bombeiros da Régua em Coimbra, 1940-50 - Aqui!
  • Os Bombeiros da Velha Guarda do Peso da Régua - Aqui

Link's:

  • Portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua (no Sapo) - Aqui!
  • Novo portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • Exposição virtual dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A Peso da Régua de nossas raízes - Aqui!

4/30/09

Buscando no tempo lá pelo Douro: Homens que caminham para a história dos bombeiros.

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Em atenção aos "vareiros" que nos lêm e visitam por esse mundo virtual afora, alguns post's irei trazendo de um outro blogue ("Escritos do Douro") onde se fala do Douro em Portugal, da cidade de Peso da Régua, de sua história e cultura, de personagens que marcam e dão exemplo e de outras coisas mais que não só da "vinha e do vinho do Porto", de Pemba e Moçambique...

Uma imagem de Setembro de 1980 com três protagonistas do 24ª Congresso Nacional dos Bombeiros Portugueses, realizado no Peso da Régua, a caminharem pelas ruas da cidade, à frente do desfile dos estandartes dos Corpos Bombeiros das associações humanitárias do país, que teve uma forte adesão da população, num sinal incondicional de apoio a todos os “soldados da paz” presentes.

São eles, o General Ramalho Eanes, Presidente da República, que presidiu as cerimónias do encerramento do congresso, o Padre Vítor Melícias, que exercia as recentes funções de presidente do Conselho Coordenador do Serviço Nacional de Bombeiros e o anfitrião Renato Aguiar, presidente da Câmara Municipal (1976-89), o primeiro autarca reguense eleito após o 25 de Abril de 1974.

Destas três notáveis figuras, recordamos Renato Aguiar que, durante os seus mandatos de autarca, desempenhou na Associação o cargo de Presidente da Assembleia-geral. Natural da freguesia de Barcos, no concelho de Tabuaço, Renato Aguiar era professor do 1º ciclo, mas a sua acção salientou-se mais como um dos mais dinâmicos agentes políticos do poder local, destacando o seu trabalho como Presidente de Câmara do Peso da Régua. Com muito ainda para dar na vida, faleceu brutalmente num acidente de viação em 1998. Considerado, por muitos, um dos políticos mais determinantes, na afirmação a nível nacional deste concelho duriense, fortemente ligado ao turismo e aos negócios vinho e da vinha, foi agraciado com o grau de Comenda da Ordem do Infante, pelo General Ramalho Eanes, em 1979.

No exercício do poder local marcou a história do concelho do Peso da Régua que, no início do regime democrático do país, apresentava índices elevados de carências sociais e de falta de infra-estruturas de vários níveis. A ele se devem a realização das primeiras grandes obras para satisfação das necessidades básicas dos cidadãos reguenses.

Pelo seu espírito solidário e fraterno, o autarca Renato Aguiar nunca deixou de apoiar os bombeiros do Peso da Régua, destacando-se a sua cooperação na construção de 30 fogos de um bairro de habitação social, como se comprova na mensagem que escreveu na revista comemorativa do 100º aniversário da Associação (1980), da qual recordamos estas suas interessantes ideias:

“Desde longa data que as populações se organizaram para se defenderem contra inimigos e males, como fizeram para resolver os seus problemas e satisfazer suas necessidades locais, longe que estavam os poderes constituídos.
E deste modo que por iniciativa municipal surge a primeira organização de Bombeiros (1646) o que prova bem como eles estão ligados ao poder local.
Se o poder local for forte, organizado, constituído e democrático é certo que as populações serão mais facilmente realizado o que mais desejam, sendo que os Bombeiros Voluntários, neste caso, como organizações espontâneas e de serviço comunitário, se podem considerar a extensão humanitária do Município, já prestam serviços nas maior parte dos países àqueles são cometidas.
Têm em Portugal os Bombeiros e em especial os Voluntários, sido um verdadeiro exemplo de organização popular, dando no dia a dia provas de alto valor humanitário, de bravura e altruísmo que nos podem deixar orgulhosos de com eles algum dia termos colaborado.

Não pode qualquer Município alhear-se desta realidade, deve sim ter em mente os valores reais e os serviços prestados pelos Bombeiros, Soldados da Paz, da Amizade, da Fraternidade e clara e firmemente apoiar as suas iniciativas, criando condições para que eles possam desempenhar a sua missão.
Nesta hora e da nossa parte vai para todos os bombeiros a gratidão, mas também a nossa palavra de confiança e alento a todos os que queiram continuar esta obra que só é digna dos grandes Homens
Aos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, com os quais nos identificamos, queremos deixar aqui expresso o nosso profundo reconhecimento e a certeza do nosso incondicional apoio.”

Na história da Associação, o nome do Comendador Renato Aguiar (em 1999 foi-lhe prestada uma singela homenagem ao atribuir-se o seu nome ao veículo desencacerador) tem de estar o seu, como um dos grandes Homens, que muito ajudou a “continuar” a obra dos Bombeiros do Peso da Régua.
- Peso da Régua, Abril de 2009, José Alfredo Almeida.

- Outros textos publicados neste blogue sobre os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua e sua História:

  • Desfile dos veículos dos bombeiros portugueses - Aqui!
  • Uma instrução dos bombeiros no cais fluvial da Régua - Aqui!
  • O Padre Manuel Lacerda, Capelão dos Bombeiros do Peso da Régua - Aqui!
  • A Ordem Militar de Cristo - Uma grande condecoração para os Bombeiros de Peso da Régua - Aqui!
  • Os Bombeiros no Largo da Estação - Aqui!
  • A Tragédia de Riobom - Aqui!
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  • A cheia do rio Douro de 1962 - Aqui!
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  • Um momento alto da vida do comandante Carlos dos Santos (1959-1990) - Aqui!
  • Os Bombeiros do Peso da Régua e... o seu menino - Aqui!
  • Os Bombeiros da Régua em Coimbra, 1940-50 - Aqui!
  • Os Bombeiros da Velha Guarda do Peso da Régua - Aqui!

- Link's:

  • Portal dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua (no Sapo) - Aqui!
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4/24/09

Buscando no tempo, lá pelo Douro: Os bombeiros no Cais Fluvial da Régua.

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Em atenção aos "vareiros" que nos lêm e visitam por esse mundo virtual afora, alguns post's irei trazendo de um outro blogue ("Escritos do Douro") onde se fala do Douro em Portugal, da cidade de Peso da Régua, de sua história e cultura, de personagens que marcam e dão exemplo e de outras coisas mais que não só da "vinha e do vinho do Porto", de Pemba e Moçambique...

Nesta excelente imagem, de meados de 1980, vê-se uma instrução de alguns elementos do Corpo de bombeiros do Peso da Régua, junto à margem do rio Douro, no cais fluvial (sem a actual recuperação feita pelo ainda Instituto de Navegabilidade do Douro, presidido pelo saudoso Eng. Mário Ferreira) em exercícios de manobras, com as bombas e as mangueiras, ligadas a dois veículos de combate aos fogos urbanos.

“Voluntários por opção, mas profissionais na acção” é o que se pede a todos os bombeiros. Entre os bombeiros, é comum dizer-se que só “salva quem sabe”.

Em sociedades, cada vez com maiores riscos e perigos, os bombeiros precisam de ter melhores conhecimentos técnicos, mais formação, cursos de matérias específicas, completados com frequentes exercícios de instrução.

Os bombeiros voluntários estão actualmente sujeitos à avaliação do desempenho das actividades que prestam nesta área da protecção civil e do socorro, com as estruturas operacionais cada vez mais qualificadas, competentes e responsáveis, orientadas por objectivos de qualidade.

Destaca-se nesta foto, o emblemático Chevrolet, modelo Viking 60, com um motor de 4637 cm³, de 8 cilindros, baptizado na Associação com o nome de S. Faustino, sendo mais conhecido por o “Nevoeiro” (assim designado pela razão de a bomba ao lançar a água fazer uma espécie de nuvem).Este veículo de origem americana transporta no seu interior dez bombeiros e está equipado com depósito de água de 1.800 litro, material de incêndios e uma potente bomba Darley. Adquirido à General Motors de Portugal, Lda., em Novembro de 1960, pela avultada quantia de 397 contos, com comparticipação do Estado, era considerado, como então se dizia, “um carro que não encontra hoje similar no país.”

Ainda hoje, se a completar os seus 50 anos de actividade nos bombeiros, esse pronto-socorro tem todas as condições para prestar qualquer serviço de combate ao fogos urbanos, (precisamos da ajuda de um benemérito para a sua reparação de chapa e nova pintura, será que alguém nos pode ajudar?) como nos seus velhos tempos, o das memórias da nossa infância, quando o contemplávamos ao vê-lo passar em alta velocidade, com a sirene a tocar e luzes a assinalar sua urgência.

Para se valorizar a importância da formação dos bombeiros reproduzimos um artigo (ligeiramente adaptado) da autoria do nosso amigo Eng. Álvaro Ribeiro, Comandante dos Bombeiros Voluntários da Cruz Branca, de Vila Real, onde aponta estas ideias:

“Ao longo dos tempos os Corpos de Bombeiros procuram dar respostas às necessidades das populações. Primeiro, com exclusiva participação no combate aos incêndios urbanos e industriais, socorros a náufragos, depois na área da saúde na vertente de transporte de doentes e na emergência pré-hospitalar e, no inicio da década de 80, como responsáveis directos pelo combates aos fogos florestais.
A mobilização dos efectivos operacionais era feitas pelas badaladas dos sinos das igrejas, posteriormente passou-se aos silvos das sirenes e hoje já se utiliza os meios de SMS e outros.
A velha figura do quarteleiro deu lugar a operadores de central de comunicações e aos motoristas que garantem o serviço de saúde e/ou incêndios.
A tecnologia entra facilmente na área da protecção e socorro. São por isso necessários conhecimentos profundos e treinos para manusear equipamentos, alguns com elevada sofisticação.
A sociedade exige um serviço profissional, independentemente de quem o faz, se é sapador ou voluntário. Para dar resposta a uma sociedade que vive com a informação a todos os instantes, é preciso dispôs de tempo para a formação, treino regular e participar nas actividades operacionais e de representação.”
- Peso da Régua, Abril de 2009, José Alfredo Almeida.

- Outros textos publicados neste blogue sobre os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua e sua História:
  • O Padre Manuel Lacerda, capelão do Bombeiros do Peso da Régua - Aqui!
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4/16/09

Buscando no tempo, lá pelo Douro: O Padre Manuel Lacerda - Capelão dos Bombeiros do Peso da Régua.

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Em atenção aos "vareiros" que nos lêm e visitam por esse mundo virtual afora, alguns post's irei trazendo de um outro blogue ("Escritos do Douro") onde se fala do Douro em Portugal, da cidade de Peso da Régua, de sua história e cultura, de personagens que marcam e dão exemplo e de outras coisas mais que não só da "vinha e do vinho do Porto", de Pemba e Moçambique...

Este retrato de Dezembro de 1956 conta várias histórias. Conta, em primeiro lugar, um momento muito significativo dos Bombeiros do Peso da Régua: a sua devoção ao seu santo padroeiro S. Marçal, cujo imagem se encontra em destaque ao fundo do Quartel Delfim Ferreira.

Ele mostra-se uma procissão vinda da Igreja Matriz, onde se tinha realizado a bênção da imagem deste santo, com a mesma a ser transportada em cima de um dos mais emblemáticos carros da Associação, o Buick, adquirido por volta de 1926.

Destaca-se ainda a guarda de honra composta por garbosos bombeiros, acompanhados pelo reverendo padre Miranda Guedes, no momento em que a procissão seguia pela Rua Dr. Maximiano de Lemos, próximo da chegada à entrada principal do majestoso quartel.

Conta e documenta as memórias e as identidades da cidade que, nos últimos 50 anos, cresceu muito urbanisticamente, gerando a descaracterização na silhueta da sua paisagem envolvente, revelada na fraca qualidade arquitectónica das actuais edificações.

As alterações da “fisionomia” da cidade que, a essa data, ainda espelhava beleza nas antigas casas de habitação, com terraços e quintais floridos e cheios de frescura das árvores que, nos tempos actuais, cederam lugar a grandes e volumosas edificações de habitação colectiva, as quais progressivamente cortaram o contacto visual com a bacia do rio Douro.

Quanto aos bombeiros do Peso da Régua, estes tiveram sempre uma ligação à religião católica. Desde os primeiros anos da fundação da Associação que a vertente espiritual foi fortificada nos “sócios-activos”, ou seja, nos primeiros bombeiros do Corpo Activo, por influência do bom Padre Manuel Lacerda Oliveira Borges que, para além de exercer as funções de director, foi seu capelão durante anos, até à hora da sua morte.

Desde a morte deste insigne sacerdote, o lugar de capelão no Corpo de Bombeiros do Peso da Régua nunca mais esse lugar foi ocupado. E, foi pena…! A sua existência foi logo prevista no art. 3 do primeiro “Regulamento para os sócios activos” juntamente com a de um engenheiro ou arquitecto e a de um farmacêutico.

Recordamos, pois, com saudade a sua pessoa, recorrendo para o efeito às palavras do escritor João de Araújo Correia, que numa crónica publicada no jornal “Vida por Vida”, de Novembro de 1957, sob o título "Recordações de Barro", descreve desta forma magistral, o dia do seu funeral:

“Perdi a ocasião de ver os bombeiros formados quando morreu o Padre Manuel Lacerda. Passou à minha porta o acompanhamento, a caminho do Cruzeiro, mas não o vi. Se passou de manhã, estaria eu ainda na cama ou andaria para o quintal, onde era vivo e morto nas horas forras das primeiras letras - tinha eu sete anos.

Quem me descreveu o enterro foi minha irmã mais velha, imediata de minha mãe na minha iniciação em espectáculos novos. Disse-me como tinha sido, mas só o fixei, de mo dizer muitas vezes, que o Borrajo levava a bandeira e ia a chorar.

O Padre Manuel Lacerda foi, de todos, o mais benquisto dos reguenses. Morreu de repente, enlutando num pronto a Régua toda. Lembro-me do o ver conversar com pai. Que fisionomia! Era uma espécie de coração visto por fora para melhor se adorar. Meu pai, que não era homem de muitas lágrimas, nunca o recordou, pela vida fora, com os olhos absolutamente secos.

Não se pode dizer que o Padre Manuel Lacerda, como padre, tenha sido talhado pelo figurino que os cânones exigem. Mas, como homem, foi um santo homem, um homem alegre, que não podia ver pessoas mal dispostas nem arrenegadas umas com as outras. Onde soubesse que havia desavindos, fazia uma festa, promovia um banquete, fosse lá o que fosse, para os congregar. Deixou, na Régua, essa tradição benigna.

O Padre Manuel Lacerda foi capelão dos bombeiros. Por isso o acompanharam, de bandeira enlutada, no último passeio. O Borrajo, porta-estandarte, ia a chorar…”

Não chorou só por ele o bombeiro Borrajo.

Choramos todos nós, pela alma do nosso bom capelão, o padre Manuel Lacerda, acreditando que lá na imensa eternidade, onde andará a espalhar mensagens celestiais de concórdia, nos espera a sorrir, para um grande e festivo banquete.
- Peso da Régua, Abril de 2009, José Alfredo Almeida.

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4/13/09

Buscando no tempo lá pelo Douro - A ORDEM MILITAR DE CRISTO - Uma grande condecoração para os Bombeiros de Peso da Régua.

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Em atenção aos "vareiros" que nos lêm e visitam por esse mundo virtual afora, alguns post's irei trazendo de um outro blogue ("Escritos do Douro") onde se fala do Douro em Portugal, da cidade de Peso da Régua, de sua história e cultura, de personagens que marcam e dão exemplo e de outras coisas mais que não só da "vinha e do vinho do Porto", de Pemba e Moçambique...

Esta imagem tirada em Junho de 1931, em Vila Real, no bonito Jardim da Carreira, vale pelo significado do reconhecimento feito à Associação e ao Corpo de Bombeiros de Peso da Régua pelo Presidente da República General Óscar Carmona que, como admirador da demonstração de patriotismo dos bombeiros portugueses, contribuiu para o afastamento da ideia de militarização do sector.

Apesar da cerimónia ter decorrido na capital do nosso distrito, onde o nosso Corpo de bombeiros se teve de deslocar, para que um Presidente da República condecorasse o estandarte da Associação com a distinção do grau Oficial da Ordem Militar de Cristo. Ficaram, assim, ainda mais prestigiados os nossos bombeiros (no tempo era o Comandante Camilo Guedes Castelo Branco), já que essa distinção é apenas concedida por “destacados serviços” prestados no exercício de funções públicas que mereçam ser “especialmente distinguidos”.

Em 1965, o jornal da Associação “Vida por Vida”, num artigo intitulado “Recordando uma data” refere-se a esta cerimónia, nos termos seguintes:

“Já lá vão trinta e quatro anos. Foi em Junho de 1931 que a nossa Associação teve um momento alto quando o saudoso Presidente República General Óscar Carmona condecorou, em Vila Real, a nosso estandarte com a Ordem Militar de Cristo. Nunca esqueceram os nossos bombeiros tão honrosa distinção que só agora pode ser ultrapassada, pois se há trinta e quatro foi preciso deslocar-nos à capital do distrito para termos juntos de nós o mais alto magistrado da nação, neste ano de 1965, foi o Chefe de Estado (Almirante Américo Tomás) que veio ao nosso Quartel e quis encontrar-se junto destes rapazes que tudo merecem, como tão a propósito foi dito a sua Excelência por pessoa amiga e com responsabilidades no nosso concelho”.

Depois destas duas datas, só em 1980, é que os bombeiros de Peso da Régua voltam a ter outro “momento alto”, com a visita, no Quartel Delfim Ferreira, do Presidente da República General, Ramalho Eanes, o qual atribuiu a esta Associação o título de Membro Honorário da Ordem do Infante D. Henrique (Alvará de 6 de Fevereiro de 1984).
- Peso da Régua, Abril de 2009, José Alfredo Almeida.

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4/06/09

Buscando no tempo lá pelo Douro: Os Bombeiros no Largo da Estação.

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Em atenção aos "vareiros" que nos lêm e visitam por esse mundo virtual afora, alguns post's irei trazendo de um outro blogue ("Escritos do Douro") onde se fala do Douro em Portugal, da cidade de Peso da Régua, de sua história e cultura, de personagens que marcam e dão exemplo e de outras coisas mais que não só da "vinha e do vinho do Porto", de Pemba e Moçambique...

Magnifica imagem de um dia de festivo para os “soldados da paz” da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, que comemorava o seu 75º aniversário, no dia 28 de Novembro de 1955.

Esta imagem é o rosto de uma cidade num tempo da sua história, que aqui mostra o Largo da Estação, um espaço de grandes referência para a vida da cidade do Peso da Régua, o verdadeiro e ainda actual “interface” de comunicações, o lugar das partidas e chegadas das pessoas e mercadorias ligadas ao vinho e à vinha, donde os passageiros partiam em camionetas para outros destinos das Beiras, Trás-os-Montes e Alto-Douro.

Do olhar sobre a imagem ficamos com a beleza do edifício da estação de caminho de ferro e o seu imponente cais de mercadorias, uma rara peça de arquitectura, a ser hoje utilizada para espaços de lazer e restauração, onde o comboio da linha do Douro (1873-1887) chegou em 1879, sendo considerado uma revolução social, económica e humana (se todas fossem assim…) para a região a duriense. Ainda ficamos atentos com a nostalgia dos comboios parados na bela linha do Corgo, um soberbo troço de 25 km, entre montanhas e socalcos do Douro património da humanidade, até Vila Real, inaugurada em 1906 e encerrada em 25 de Março de 2009 (!!!) para se realizarem obras de segurança. Ao fundo da rua, um olhar para a grande casa comercial “Viúva Lopes” com o telhado e paredes consumidas pelo grande incêndio que a atingiu em 1953.

Mas, o nosso olhar na imagem fica preso no grandioso desfile do Corpo de Bombeiros de Peso da Régua, onde estão incorporados bombeiros de associações amigas convidadas, com uma numerosa assistência a ver e apoiá-los, e ainda os carros de fogos que se usavam no tempo, que hoje pela sua fantástica beleza nos fazem sonhar e gostar ainda mais dos nossos soldados da paz. Algumas dessas relíquias, esses carros que povoaram memórias e brincadeiras de infância, os quais podemos ver guardados nos museus dos bombeiros.

Este aniversário de “Bodas de Diamante” da Associação teve um vasto programa de festejos, destacando-se a publicação de uma revista comemorativa, com a colaboração especial do escritor João de Araújo Correia, que escreveu um soneto em memória do bombeiro João dos Óculos, assinalava uma nova fase de crescimento e de modernidade quer em infra-estruturas quer em equipamentos, tudo conseguido por uma Direcção sabiamente dirigida pelo ilustre e prestigiado advogado, Dr. Júlio Vilela e um Corpo de Bombeiros sob a orientação do grande comandante Lourenço Pinto Medeiros (1949-1959).

Para melhor conhecermos esta fase da vida da associação, os seus primeiros setenta e cinco anos de existência, os momentos de sacrifícios e anseios, em que venceu a determinação de todos, transcrevemos um interessante texto assinado pelo Dr. Júlio Vilela, em nome da Direcção, onde diz o seguinte:

“Agradecemos, profundamente sensibilizados, o carinho e o amparo dispensados à velhinha e prestigiosa instituição que temos a honra de representar.

Completa ela agora setenta e cinco anos de existência.

Despida de recursos, a sua vida, tão longa quão prestimosa, é uma soma infindável de dedicações, esforços e sacrifícios.

No entanto, desde o punhado de homens generosos que a fundou e constituiu o seu primeiro Corpo Activo até àqueles que hoje a servem, um pensamento e uma preocupação tomaram o espírito de todos: torná-la cada vez maior e mais eficiente.

Depois de beneficiada com o apetrechamento essencial correspondente à sua importância e às modernas exigências dos serviços de incêndios, inaugura ela, neste momento, o Novo Quartel, primeira e mais premente fase de acabamento do seu edifício-sede, ainda há bem pouco reduzido a um esqueleto que, embora se avizinhasse como projecto de obra grandiosa, era por muitos considerado como a forma definitiva de um sonho.

O sonho, porém, tornou-se dia a dia em realidade, se bem que penosamente.

É outra soma de novas dedicações, novos esforços e sacrifícios irão completar.

A AHBV do Peso Régua sabe, entretanto, e porque julgar continuar a merecer o auxílio de todos, que tal soma vai, mais uma vez, verificar-se”.

Assim, fica-se a saber que a mais bela casa dos bombeiros portugueses, “obra grandiosa” que hoje admiramos, desenhada em 1930, pelo arquitecto portuense Oliveira Ferreira, demorou mais de 20 anos a sair do seu inicial “esqueleto”, caso não fosse essa “soma infindável” de dedicações e sacrifícios de homens bons e generosos, cujos nomes esta Associação terá de escrever em letras de ouro na sua já longa história.

E um deles será sempre, o do Dr. Júlio Vilela.
- Peso da Régua, Março de 2009, José Alfredo Almeida.

- Outros textos publicados sobre os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua e sua História:

  • A Tragédia de Riobom - Aqui!
  • Manuel Maria de Magalhães: O Primeiro Comandante... - Aqui!
  • A Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
  • A cheia do rio Douro de 1962 - Aqui!
  • O Baptismo do Marçal - Aqui!
  • Um discurso do Dr. Camilo de Araújo Correia - Aqui!
  • Um momento alto da vida do comandante Carlos dos Santos (1959-1990) - Aqui!
  • Os Bombeiros do Peso da Régua e... o seu menino - Aqui!
  • Os Bombeiros da Régua em Coimbra, 1940-50 - Aqui!
  • Os Bombeiros da Velha Guarda do Peso da Régua - Aqui!

- Link's:

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3/29/09

A FANFARRA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE PESO DA RÉGUA.

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Em atenção aos "vareiros" que nos lêm e visitam por esse mundo virtual afora, alguns post's irei trazendo de um outro blogue ("Escritos do Douro") onde se fala do Douro em Portugal, da cidade de Peso da Régua, de sua história e cultura, de personagens que marcam e dão exemplo e de outras coisas mais que não só da "vinha e do vinho do Porto", de Pemba e Moçambique...

Peso da Régua, 28 de Novembro 2008. - A FANFARRA DOS BOMBEIROS DE PESO DA RÉGUA.

Integrada na Associação está a magnifica Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua, da qual fazem parte cerca de 55 elementos do sexo masculino e feminino com idades compreendidas entre os 6 e os 55 anos.

A Fanfarra dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua foi fundada em 15 de Agosto de 1976 e, durante estes 32 anos de existência, marcados com muitos pontos altos, tem dado inúmeros espectáculos de rua, em cerimónias de bombeiros, desfiles de festas de cidades, vilas e aldeias, mostrando toda a sua animação, cores, sons e coreografias variadas, as quais o público muito admira e aplaude.

Esta Fanfarra foi criada e mantida, durante muitos anos, graças ao trabalho e à determinação do saudoso director António Jacinto Dias, mais conhecido por senhor Dias (como carinhosamente lhe chamam elementos dessa época), isto sem esquecer muitos outros directores e bombeiros que ao longo dos anos lhe deram vida.

A Fanfarra começou apenas com os elementos masculinos, numa primeira fase, para aprenderem a manusear os instrumentos e, numa segunda fase, integraram-se já os elementos de sexo feminino, para lhes ensinarem os passos e coordenação geral de todos. O fardamento masculino foi pago pelos próprios elementos, mas o feminino foi feito pelas costureiras de Peso da Régua. Quando estava tudo pronto e afinado, decidiu­-se que a Fanfarra sairia no dia 15 de Agosto de 1976, a acompanhar a procissão solene em honra de Nossa Senhora do Socorro, com saia vermelha, botas vermelhas e camisa azul para as raparigas e calças azuis e camisa branca para os homens. E a partir daí iniciou as suas actuações por todo o país. Mas, uma dela nunca se vão esquecer, foi a actuação em Castro Daire, no ano de 1976, onde foram participar num concurso de fanfarras, tendo conseguido arrecadar o primeiro lugar.

Os anos foram passando e o fardamento teria que ser mudado e para tal a Direcção dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, passados anos decidiu oferecer o fardamento a todos os elementos, sendo composto por camisa branca e calças azuis para os homens e camisa branca, saia às pregas azul e botas brancas para as mulheres.

Com a entrada de uma nova direcção e de um novo responsável pela Fanfarra mudou-se radicalmente o fardamento, passando as raparigas a ter minissaia travada azul, camisa azul clara com manga a três quartos e botas brancas e os homens com calças, botas e camisa de estilo bombeiro, visual que se manteve até ao ano de 2008.

No ano de 2008, as novas responsáveis pela Fanfarra (Sónia Coutinho e Mónica Silva), decidiram valoriza-la ainda mais e mudaram o fardamento, não em estilo, visto que só as camisas de manga curta das raparigas é que deixou de ser à três quartos, mas a cor modificou e o tipo de chapéus quer de uns quer de outros e os cordões que levam ao peito ficaram menos pesados e mais pequenos.

Com a Fanfarra dos Bombeiros de Peso da Régua, a quem é reconhecido grande valor na área recreativa, leva-se a qualquer parte o bom nome da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Peso da Régua, como aconteceu no passado dia 5 de Janeiro de 2009, na cidade galega de Santiago de Compostela, onde esteve presente, a abrir o importante desfile da “Festas dos Reis Magos”.
E, quem viu disse:“brilhantemente”.
- Peso da Régua, Março de 2009, José Alfredo Almeida e Sónia Coutinho.

  • A Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua no Hi5 - Aqui!
  • O blogue da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua - Aqui!
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  • Carros Históricos dos Bombeiros da Europa (na galeria encontrará viaturas antigas e históricas da nossa valorosa Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Régua) - Aqui!

Outros textos publicados sobre os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua e sua História:

  • A cheia do rio Douro de 1962 - Aqui!
  • O Baptismo do Marçal - Aqui!
  • Um discurso do Dr. Camilo de Araújo Correia - Aqui!
  • Um momento alto da vida do comandante Carlos dos Santos (1959-1990) - Aqui!
  • Os Bombeiros do Peso da Régua e... o seu menino - Aqui!
  • Os Bombeiros da Régua em Coimbra, 1940-50 - Aqui!
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