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11/24/07

BRASIL - A medicina avança: Primeiro remédio contra a aterosclerose.

Brasil e EUA aprovam primeiro remédio contra aterosclerose.
Placas de gordura nas artérias causam infartos e derrames cerebrais. Medicamento já era usado anteriormente contra o colesterol.
Um medicamento já vendido e utilizado no Brasil para combater o colesterol alto foi autorizado pela Anvisa e pelo governo americano para ser prescrito como tratamento da aterosclerose, a principal causa de eventos cardiovasculares, como infartos e derrames. Com isso, a rosuvastatina se torna o primeiro remédio no mercado com essa indicação. Vendida sob o nome Crestor, a rosuvastatina é da classe das estatinas, medicamentos que revolucionaram o tratamento de doenças ligadas ao colesterol alto. As estatisnas agem bloqueando a produção de colesterol no fígado. Agora, a rosuvastatina foi comprovada também como uma boa forma de reduzir a inflamação das placas arteroscleróticas. Com isso, ajuda a evitar infartos do miocárdio e de derrames. “Não tenha dúvida nenhuma, é um grande avanço para os pacientes brasileiros”, afirmou ao G1 Antonio Carlos Chagas, professor de medicina da USP e atual presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O médico explica que a rosuvastatina pode ser usada tanto para prevenção de infartos como para tratamentos pós-evento, para evitar um segundo caso. A aterosclerose é o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos, que pode levar à formação de placas na parede interna das artérias. As placas dificultam a passagem do sangue para os órgãos e pode privar órgãos vitais, como coração e cérebro, de oxigênio e nutrientes. Se as placas romperem o vaso, ocorre um infarto (se for no coração) ou um derrame (ou AVC, no cérebro). Até agora, o único tratamento disponível para retardar a aterosclerose era o controle dos fatores de risco, com medicamentos que reduzem o colesterol, a pressão arterial e a coagulação do sangue. Em casos onde a doença bloqueia o fluxo sanguíneo, é preciso tratamentos invasivos e até cirurgia. A nova indicação para a rosuvastatina, segundo Chagas, veio depois de dois grandes estudos clínicos que comprovaram o impacto do medicamento em todos os estágios da aterosclerose, tanto em pacientes sem sintomas como até em pessoas com casos avançados. Brasil e Estados Unidos se tornaram o quarto e quinto países a autorizar a prescrição da rosuvastatina para esse fim -- Holanda, México e Colômbia já tinham dado essa autorização. Para combater o colesterol, o medicamento já é largamento utilizado em mais de 90 países. “É um remédio excelente e bastante seguro”, afirma Chagas, “mas muito avançado e que, como todos os outros, só pode ser tomado com prescrição e acompanhamento médico”.
In G1 - Globo.com - 23/11/07 18;39