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1/25/08

Moçambique: Mais de 50 mil crianças sem escola...

(Imagem original daqui)
AngolaPress - Maputo, 24/01 - A poucos dias do início do ano lectivo estima-se que mais de cinquenta mil crianças poderão ter de estudar ao relento, como consequências das inundações que provocaram estragos em mais de uma centena de estabelecimentos de ensino.
Actualmente procuram-se soluções temporárias, sobretudo nas áreas de reassentamento onde se encontram mais de setenta e cinco mil deslocados.
Calcula-se que o número de pessoas de uma ou de outra forma afectadas pelas cheias se aproxima das trezentas mil.
É a contabilidade que se começa a fazer numa altura em que há um relativo amainar das chuvas, poucas semanas depois do início do agravamento das inundações.
Das regiões afectadas chega o aviso: muitas crianças correm o risco de ficar sem estudar, muitas outras poderão ser forçadas a fazê-lo ao relento.
António, o filho mais velho do Ismael Levy, cuja história aqui contámos há dias, é uma dessas crianças.
O pai confirma que "Ele estava a estudar lá mas a escola foi destruída pelas inundações" para confessar a seguir que "gostaria que ele continuasse a estudar".
Falando à BBC, Eurico Banze, Director dos Programas Especiais no Ministério da Educação e Cultura confirma os números.
"Temos mais de uma centena de escolas danificadas, não só na região central mas também no norte. O número de crianças afectadas situa-se na casa das cinquenta mil", revelou Eurico Banze.
Estes números obrigam é a busca de soluções, incluindo para as áreas de reassentamento onde já se encontram mais de setenta e cinco mil deslocados.
"A nossa prioridade é assegurar que todas as crianças obrigadas a movimentarem-se devido às cheias sejam matriculadas", afirmou Banze.
As autoridades querem também garantir espaços nas áreas de reassentamento, incluindo a construção de salas e a disponibilização de tendas gigantes se necessário, bem como material como livros, quadros e giz.

8/25/07

DARFUR - Até quando o genocídio ?

...ou a África que envergonha e o mundo não enxerga!
(Para evitar sobreposição de sons, não esqueça de "desligar" a "Rádio Moçambique" no lado direito do menu deste blogue.)
Do "Estado de São Paulo" - sexta-feira, 24 de agosto de 2007, 14:53
Sudão ainda fornece armas para Darfur, diz Anistia
Grupo de defesa dos direitos humanos afirma que governo viola embargo da ONU.
A organização de defesa de direitos humanos Anistia Internacional acusou o governo do Sudão de enviar armas para a região de Darfur, contrariando o embargo imposto pela ONU.
O grupo afirma que fotografias de helicópteros militares de fabricação russa e um avião de transporte em um aeroporto em Darfur, tiradas em julho, comprovam as violações.
A embaixada do Sudão em Londres disse à BBC que as fotografias são suspeitas e acusou a Anistia Internacional de fazer uma "cortina de fumaça".
Pelo menos 200 mil pessoas teriam morrido na região de Darfur desde 2003.
A resolução do Conselho de Segurança da ONU, aprovada em março de 2005, proíbe o fornecimento de armas a todos os envolvidos no conflito na região. Mais de 2 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar suas casas desde que os grupos rebeldes começaram com as ações contra o governo.
Milícias formadas por africanos muçulmanos de origem árabe, denominadas Janjaweed, são acusadas de crimes de guerra, assassinatos, estupros e roubos contra a população negra africana da região.
O governo do Sudão é acusado de apoiar essas milícias. As autoridades sudanesas afirmam que a escala da crise foi exagerada e dizem que, na verdade, 9 mil pessoas morreram no conflito.
Em um comunicado, a Anistia Internacional diz que as fotografias de aeronaves militares sudanesas tiradas por testemunhas em Darfur reforçam provas recolhidas em maio de que o governo do Sudão continua alimentando graves violações dos direitos humanos no país.
Tiradas no aeroporto de El Geneina, uma cidade perto da fronteira entre Sudão e Chade, as fotografias mostram contêineres sendo retirados de um avião de carga Antonov 12 e carregados em veículos militares, além de helicópteros Mi-24 e aviões Mi-17, da Força Aérea sudanesa.
"O governo sudanês ainda está enviando armas para Darfur desafiando o embargo de armas da ONU e os acordos de paz para Darfur", afirmou Brian Wood, gerente de pesquisa em controle de armas da Anistia Internacional.
"Mais uma vez, a Anistia Internacional pede que o Conselho de Segurança da ONU tome medidas decisivas para garantir que o embargo seja aplicado, incluindo a colocação de observadores da ONU em todos os portos de entrada no Sudão e em Darfur", acrescentou. Moradores locais disseram ao grupo que os aviões transportam equipamentos militares para soldados do governo e milícias Janjaweed, que operam em Darfur.
Um Antonov do governo sudanês também fez ataques aéreos depois de um ataque do grupo rebelde Movimento da Justiça e Igualdade em Adila, no dia 2 de agosto, segundo a Anistia Internacional.
Khalid al-Mubarak, diplomata na embaixada sudanesa em Londres, afirma que "existe um padrão de fotografias falsas" e que isso é parte de uma tentativa de desviar a atenção da opinião pública de questões como os conflitos no Iraque, na Faixa de Gaza e na República Democrática do Congo.
"O governo sudanês tem soberania em todo seu território. Se move aviões de um lugar para outro, isso é prova de que existem armas?", questionou o diplomata à BBC.
Mubarak também acusou a Anistia Internacional de se transformar em "parte da indústria de demonização do Sudão".
A Anistia Internacional, por sua vez, afirmou que a recente proliferação de pequenas armas e veículos militarizados em Darfur levou a um aumento em ataques armados contra comboios de ajuda e civis.
BBC Brasil - Estado de São Paulo