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6/30/05

O vento do tempo...

Um mistério por decifrar - Um segredo bem guardado: O que se passou no Angoche? A 26 de Abril de 1971 o navio Angoche é encontrado à deriva na costa de Moçambique, sem vestígios dos seus 22 tripulantes e do seu único e não identificado passageiro, um mistério que persiste até aos dias de hoje. Segundo um relatório preliminar, de um agente da PIDE: «O navio Angoche levava material para a nossa Força Aérea, material sofisticado, essencialmente material explosivo, bombas para os aviões, etc, e creio que ia para Porto Amélia. Soubemos que o Angoche foi abordado em 23 de Abril de 1971 por um submarino da União Soviética e que os seus tripulantes foram levados para a Tanzânia, para a base central da Frelimo, Nachingwea e, mais tarde, executados... havia manchas de sangue em vários pontos do navio... fala-se que houve oficiais da Marinha Portuguesa, hoje oficiais generais, que estariam envolvidos nisso». Para adensar o mistério, o relatório oficial, detalhado e secreto, conservado na DGS-PIDE em Lisboa, desapareceu após o golpe militar Lisboeta de 25 de Abril de 1974. Do http://joaogil.planetaclix.pt/lou1.htm
Navio Angoche
Tipo - Navio de carga
Construtor - C.U.F. - Companhia União Fabril
Local construção - Estaleiro Naval da A. G. P. L. - Lisboa
Ano de construção - 1958
Registo - Capitania do porto de Lisboa, em 11 de Junho de 1958, com o número H 456
Sinal de código - C S A H
Comprimento fora a fora - 81,67 m
Boca máxima - 11,82 m
Calado à proa - 3,75 m
Calado à popa - 4,33 m
Arqueação bruta - 1.689,32 Toneladas
Arqueação Líquida - 884,10 Toneladas
Capacidade - 2.834 m3
Porte bruto - 1.543 Toneladas
Aparelho propulsor - Um motor diesel, de 6 cilindros, construído em 1957 por Klockner-Humboldt-Deutz A. G., em Colónia - Alemanha.
Potência - 915 cavalos
Velocidade máxima - 11,5 nós
Tripulantes - 39
Armador - Companhia Nacional de Navegação - Lisboa
DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 21 de Maio de 1971
Conferência de Imprensa na S.E.I.T.
O DRAMA DO “ANGOCHE” – nem abordagem nem rapto
O caso do cargueiro “Angoche”: não houve abordagem nem rapto
O caso do navio costeiro “Angoche” foi alvo das atenções de um diário da capital e de uma emissora de Moçambique. As perguntas formuladas tiveram as respostas concretas que se se seguem:
- Confirma-se o último comunicado da Repartição do Gabinete do Governador-Geral de Moçambique dado a público em 13 do corrente.
Foi colocada a bordo uma forte carga explosiva que destruiu os órgãos vitais do navio e os meios principais de salvamento (baleeiras e jangadas).
Admite-se, como se diz no referido comunicado, que alguns tripulantes tenham sido vítimas da explosão. Ignora-se a sorte dos restantes, mas o exame pericial feito a bordo fez supor que tenham tentado salvar-se utilizando bóias e cintos de salvamento. Continuam a efectuar-se buscas quer em terra, quer no mar, com vista a detectar quaisquer vestígios de elementos da tripulação, até agora sem resultado.
As autoridades competentes tomaram as providências necessárias para, na medida do possível, se evitar, de futuro, outro caso semelhante.
O Comandante-chefe de Moçambique informou que vai estudar-se e pôr-se em vigor a protecção aos principais navios que operam na costa de Moçambique. Com efeito, foram reforçadas as medidas de vigilância e segurança já existentes na parte que é da jurisdição da Marinha.
Acerca das diligências diplomáticas efectuadas no sentido de se averiguar ao certo se a tripulação do “Angoche” foi levada para a Tanzânia, confirmou-se que têm sido feitas todas as possíveis, designadamente através da Cruz Vermelha Internacional, infelizmente sem qualquer resultado.
Até agora não há indícios de que os tripulantes do “Angoche” tenham sido transportados para qualquer país.”
Não houve, portanto, nem abordagem nem rapto. Quando o navio largou de Nacala, já levava a carga explosiva – uma bomba de plástico com mecanismo de relógio. - Fonte "ANGOCHE"