O administrador do distrito de Montepuez, Fernando Natal, esteve durante a passagem do ano em prisão domiciliária, sob ordens do Procurador da República afecto àquele distrito, Dr. Crispins Judio, que o acusa, num processo em curso, de alegado desvio de bens do Estado, confirmou ontem o "Notícias" naquele ponto da província de Cabo Delgado.
A prisão foi comunicada ao próprio pelo procurador, que, entretanto, havia passado um mandado de captura e condução à cadeia, entregue à Polícia que não chegou a cumprir.
"Não cumprimos, porque tratando-se de uma personalidade com o estatuto que tem, primeiro consultámos aos nossos superiores em Pemba, que desaconselharam a condução à cadeia, mas tendo sido uma decisão da procuradoria devia estar sem movimentos, mas no palácio, portanto uma prisão domiciliária", afirmou o comandante da PRM, em Montepuez, Júlio Cassino Agrafo, mais conhecido por Jabiru.
Júlio Agrafo classificou a atitude da corporação não uma recusa de cumprir com a ordem, mas sim "cumprimos parcialmente, depois de vermos que precisávamos de uma consulta. É o que aconteceu".
O administrador, que se diz surpreendido, afirma que "o senhor procurador disse-me que a partir daquele dia, 30 de Dezembro, um sábado, eu estava privado de liberdade até à terça-feira seguinte, portanto 2 de Janeiro do ano que acaba de começar".
O procurador da República, confrontado pelo nosso Jornal, recusou-se a falar, alegando ser matéria processual de que não está autorizado por lei a falar publicamente e aconselhou ao Jornal que, querendo publicar a notícia, o fizesse recorrendo a outras fontes.
Segundo Fernando Natal, quando foi notificado a fazer declarações, não se apresentou imediatamente à Procuradoria da República, porque, pretensamente, precisava de obter a autorização do governador da província.
"Eu não posso prestar declarações num processo, neste caso que está a ser conduzido pela Procuradoria, sem o conhecimento e autorização de Sua Excia o governador da província e, na espera da autorização fui considerado desobediente e por isso preso. Não cheguei a perceber nada, falando sinceramente", lamenta o administrador de Montepuez.
Ao que o "Notícias" pôde apurar de fontes fora da Procuradoria da República, autora do processo, no cerne da questão estarão alguns bens, nomeadamente uma niveladora, um tanque de água e um tractor, doados à administração do distrito, destinados à reparação de estradas secundárias e terciárias, que se encontram, aparentemente em mãos alheias.
A niveladora e o tanque de água estão, antes mesmo de Fernando Natal receber o distrito das mãos do seu antecessor, Magido Ali, ora no distrito de Cahora Bassa, em Tete, com a "Globo Construções" e o tractor trabalha para uma empresa de madeiras de Alexandre Loureiro.
Para este ultimo caso, o administrador confirma que há um contrato assinado entre a administração e Alexandre Loureiro, mas no caso da niveladora e o tanque de água não sabe bem como foi o entendimento.
"Não cumprimos, porque tratando-se de uma personalidade com o estatuto que tem, primeiro consultámos aos nossos superiores em Pemba, que desaconselharam a condução à cadeia, mas tendo sido uma decisão da procuradoria devia estar sem movimentos, mas no palácio, portanto uma prisão domiciliária", afirmou o comandante da PRM, em Montepuez, Júlio Cassino Agrafo, mais conhecido por Jabiru.
Júlio Agrafo classificou a atitude da corporação não uma recusa de cumprir com a ordem, mas sim "cumprimos parcialmente, depois de vermos que precisávamos de uma consulta. É o que aconteceu".
O administrador, que se diz surpreendido, afirma que "o senhor procurador disse-me que a partir daquele dia, 30 de Dezembro, um sábado, eu estava privado de liberdade até à terça-feira seguinte, portanto 2 de Janeiro do ano que acaba de começar".
O procurador da República, confrontado pelo nosso Jornal, recusou-se a falar, alegando ser matéria processual de que não está autorizado por lei a falar publicamente e aconselhou ao Jornal que, querendo publicar a notícia, o fizesse recorrendo a outras fontes.
Segundo Fernando Natal, quando foi notificado a fazer declarações, não se apresentou imediatamente à Procuradoria da República, porque, pretensamente, precisava de obter a autorização do governador da província.
"Eu não posso prestar declarações num processo, neste caso que está a ser conduzido pela Procuradoria, sem o conhecimento e autorização de Sua Excia o governador da província e, na espera da autorização fui considerado desobediente e por isso preso. Não cheguei a perceber nada, falando sinceramente", lamenta o administrador de Montepuez.
Ao que o "Notícias" pôde apurar de fontes fora da Procuradoria da República, autora do processo, no cerne da questão estarão alguns bens, nomeadamente uma niveladora, um tanque de água e um tractor, doados à administração do distrito, destinados à reparação de estradas secundárias e terciárias, que se encontram, aparentemente em mãos alheias.
A niveladora e o tanque de água estão, antes mesmo de Fernando Natal receber o distrito das mãos do seu antecessor, Magido Ali, ora no distrito de Cahora Bassa, em Tete, com a "Globo Construções" e o tractor trabalha para uma empresa de madeiras de Alexandre Loureiro.
Para este ultimo caso, o administrador confirma que há um contrato assinado entre a administração e Alexandre Loureiro, mas no caso da niveladora e o tanque de água não sabe bem como foi o entendimento.
PEDRO NACUO - Maputo, Sexta-Feira, 5 de Janeiro de 2007:: Notícias