Estão em curso tramitações que deverão culminar com a selecção de um empreiteiro para as obras de reabilitação e expansão das infra-estruturas do Aeródromo de Pemba, capital da província de Cabo Delgado. O exercício só arrancou depois do Conselho Municipal daquela urbe ter aprovado, em Julho último, um pedido de concessão de terreno submetido pela empresa Aeroportos de Moçambique.
No pedido, a empresa solicitava que lhe fosse cedida uma parcela de terra numa das extremidades da pista principal com vista ao seu alargamento, facto proposto após várias e insistentes inquietações apresentadas pelos utentes daquela infra-estrutura aeroportuária.
Para o efeito, a empresa lançou, há dias, um concurso, visando encontrar um construtor para a efectivação da empreitada, que deverá compreender a expansão e melhoramento da pista principal, abertura de caminhos de circulação, montagem de nova placa de estacionamento e construção da estrada de serviço.
As obras irão também abranger a reabilitação da pista secundária, caminho de circulação e placa de estacionamento existente, estabilização de taludes e protecção contra a erosão, rede de drenagem de águas pluviais, bem como vedação do perímetro do aeródromo, de acordo com a nota de concurso divulgada pelos Aeroportos de Moçambique.
Outras componentes do trabalho abrangem a elaboração do projecto executivo e implementação do sistema de iluminação externa das áreas de manobra e de ajuda à navegação aérea, de sinalização luminosa e de meteorologia.
A nota dos Aeroportos de Moçambique indica ainda que se espera projectar e apetrechar uma nova torre de controlo, incluindo sistemas para a prestação do serviço de gestão do tráfego aéreo.
No que diz respeito à pista principal, sabe-se que ela deverá ser alargada, passando dos actuais 1800 para 2800 metros de comprimento por 360 de largura.
Pelo menos a ideia do prolongamento da pista principal de aterragem data desde altura em que se discutiam os planos de desenvolvimento estratégico da província de Cabo Delgado. De sublinhar que naquele tempo, aventavam-se duas possibilidades: a primeira era a construção de um novo aeroporto e a segunda referia-se ao melhoramento do actual. Esta última acabou sendo a opção. Exige-se que as propostas dos empreiteiros, válidas por noventa dias, sejam entregues até 19 de Novembro, devendo fazerem-se acompanhar por uma garantia provisória no valor de um milhão de dólares norte-americanos.
Maputo, Sábado, 15 de Setembro de 2007:: Notícias