Maputo - Moçambique, para além dos já conhecidos problemas sociais e económicos relacionados com a pobreza absoluta, começa a sofrer com mais frequência os efeitos nefastos do aquecimento global.
A época das chuvas reduziu, pois começam mais tarde e terminam mais cedo, afectando a agricultura, base de desenvolvimento e sustentabilidade da maioria da população moçambicana, afirmou Maria da Conceição Faria Chefe da Comissão do Instituto Planeta Verde em Moçambique à margem do lançamento de “o Planeta Verde Moçambique”.
De acordo com Maria da Conceição Faria, o Governo e Assembleia da República, estão preocupados com estas questões ambientais desde 1990 tem se esforçado no sentido de tornar efectivo o direito ao ambiente, através de uma gestão correcta do ambiente e dos seus componentes, cabendo também ao cidadão o dever de o defender.
“Apesar deste enorme esforço, que desde já louvamos, continuamos a assistir a alguns problemas ambientais, que acreditamos serem em parte resultantes da falta de implementação dos referidos dispositivos legais, da falta de consciencialização dos administrados em matéria ambiental, e outros problemas já referidos e que de forma directa são prioritários, como o acesso à saúde, educação e combate à pobreza absoluta”, observou Faria, para acrescentar “apesar de considerarmos os problemas ambientais como um problema transversal, pensamos que a fortificação de um Estado de Direito, democrático, próspero e sustentável só será possível, se todos nós, governantes e governados, nos unirmos para melhor respondermos aos nossos desafios e às políticas governamentais e sectoriais”. “Nesse âmbito, é um desafio lançarmos o Planeta Verde Moçambique, pois estamos certos que será um polo de convergência e de dinamização de nossas futuras acções de formação, pesquisa e relacionamento interstituicional, onde nós poderemos, juntos, contribuir para um planeta melhor, por um futuro melhor”, finalizou.
Daniel Paulo - MediaFAX 03/10/07