(imagem daqui)
Apreendidas mais de seis toneladas de marfim resultante de abate ilegal.
Maputo - Moçambique possui mais de seis toneladas de marfim guardados em vários armazéns a escala nacional.
Estas quantidades resultam da apreensão de marfim em Maputo, no sul do pais, Manica e Tete, no centro, bem como em Niassa e Cabo Delgado, províncias nortenhas.
O marfim em destaque foi armazenado na sequência da caça furtiva ao elefante.
De acordo com a autoridade administrativa da Convenção Internacional de Comercio de Espécies em Extinção (CITES) em Moçambique estas quantidades vão se acumulando porque o país não pode vender o marfim porque a sua comercialização é proibida.
Antes do banimento do comércio de marfim no mundo, em 1989, Moçambique vendia um quilograma deste produto a 116 dólares norteamericanos (ao cambio daquela altura).
O maior comprador era o Japão.
Sanções Mahanjane, da autoridade administrativa da Convenção Internacional de Comercio de Espécies em Extinção (CITES), disse que as mais de seis toneladas de marfim deviam ser colocadas num depósito nacional, uma vez que se trata de um produto que requer cuidados para não perder qualidade.
No ano passado foram roubadas quantidades não especificadas de marfim num armazém localizado em Cabo Delgado. A fonte revelou que os custos de transporte da mercadoria é que fracassaram a iniciativa de agrupar o marfim num único armazém.
A AIM apurou que, em 2005, o Governo conseguiu transportar marfim num armazém de Tete, Centro do pais, para Maputo, via aérea, operação que custou 180 mil dólares para 2.5 toneladas.
Outra iniciativa foi de transportar, por via terrestre, de Manica para Maputo.
“Estas quantidades resultam da confiscação da caça furtiva, morte natural do elefante, abate por este ser problemático, ou por conflito com o homem.
O marfim devia estar concentrado num único sitio mas por falta de meios para transportar ainda esta muito disperso”, disse a fonte da AIM.
Bonito Mahanjane contou que algumas pessoas interessadas apresentaram proposta de compra do marfim a nível do pais, reiterando a posição de que não deve haver abate ilegal de marfim e nem o seu comércio.
Mas tal proposta não foi aceite pelo Governo, que não concordou com as condições impostas pelos interessados, principalmente de destruir o marfim no país, tendo em conta o valor que representa para os moçambicanos.
A situação da acumulação de marfim se verifica também noutros países da região, com destaque para África do Sul, Namíbia, Botswana e Zimbabwe, uma vez que estes possuem uma população muito elevada de elefantes.
Estes quatro países da região decidiram, em 1989, continuar a comercializar o marfim, tendo exportado este produto depois do seu banimento.
Este banimento surgiu do facto de se ter verificado que o abate ilegal de elefantes estava a crescer e que punha em risco a extinção desta espécie.
Fátima Mimbire-AIM-Diário de Notícias, 22/11/07-n. 1027.
Fátima Mimbire-AIM-Diário de Notícias, 22/11/07-n. 1027.
Alguns link´s com referências a marfim e elefantes:
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