11/28/05

Moçambique - Abriu congresso de turismo & outras...


Começando com um caloroso «kanimambo» (obrigado, em changane, língua de Moçambique) à APAVT pela realização do congresso, Luísa Diogo, primeira-ministra moçambicana, enfatizou no sábado que este evento deverá gerar «maiores fluxos de investimentos e de visitantes», além de ajudar Moçambique a posicionar-se para acolher a Taça Africana das Nações de futebol em 2010.
Luísa Diogo adiantou ainda que o governo moçambicano assumiu como prioridade «desenvolver o turismo como instrumento de combate à pobreza», frisando que as portas estão abertas para os empresários portugueses que quiserem investir em Moçambique.
De 1990 a 2005, as entradas de estrangeiros em Moçambique subiram de 250 mil para 711 mil, mas estão ainda muito aquém do potencial do país como destino turístico.
«A Natureza brindou-nos com uma longa costa de águas cristalinas, que se completa com uma riquíssima fauna. E a combinação de selva e mar é um produto turístico único», frisou a chefe do executivo de Moçambique, chamando a atenção para a hospitalidade do povo: «O sorriso é um recurso inesgotável. Até nisso a Natureza esteve atenta em Moçambique.»
As expectativas em relação ao congresso da APAVT estendem-se a Eneias Comiche, presidente do conselho municipal de Maputo, que na inauguração do congresso não resistiu a enaltecer a gastronomia do país - «os nossos camarões deixam sem fôlego qualquer um» - e a deixar o apelo aos agentes de viagens portugueses: «Não têm outro remédio senão fazer de Moçambique um destino privilegiado dos vossos pacotes turísticos.»
Conceição Antunes, em Maputo - 12:30 28 Novembro 2005.
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Hospitais portugueses assustam turistas.
«Só vem a Moçambique quem tem mesmo de vir, porque apanham um susto aterrador nas consultas do viajante em Lisboa», afirmou Florentino Rodrigues, administrador do grupo Pestana em África, durante o congresso da APAVT, que está a decorrer em Maputo.
As consultas do viajante dos hospitais portugueses dirigidas a pessoas que querem deslocar-se aos trópicos estão a representar um forte obstáculo à vinda de mais turistas portugueses a Moçambique, referiu o responsável do grupo Pestana, considerando que esse facto «demonstra alguma ignorância.
Este processo tem de ser trabalhado e temos de trazer cá alguns médicos portugueses para eles verem que as pessoas não andam para aí a morrer pelas ruas».
O administrador do Grupo Pestana deixou, no entanto, expresso ao Governo de Moçambique o apelo no sentido de serem tomadas medidas para a erradicação da malária e da sida, além do reforço na assistência médica naquele país.
Esta posição foi reiterada por Paulo Varela, administrador do Grupo Visabeira: «A imagem de Moçambique está bastante deturpada em Portugal, o que tem muito a ver com as consultas do viajante», salientou.
Até o jornalista António Peres Metello, coordenador de um dos painéis do congresso, chamou a atenção para o tema. «Estas consultas nos hospitais portugueses são de pôr os cabelos em pé, as pessoas saem de lá muito alarmadas, o que está a dissuadir muita gente de vir a Moçambique», sustentou.
Peres Metello interpelou o próprio ministro do Turismo de Moçambique, Fernando Sumbana Júnior, no sentido de intervir junto das autoridades portuguesas para alterar a situação actual. «Este tipo de coisas só se combate com informação actualizada. É preciso que o retrato de Moçambique em Portugal deixe de ser em sépia», concluiu.
Conceição Antunes, em Maputo - 12:33 28 Novembro 2005.
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Grupo Pestana vai duplicar hotéis.
O Grupo Pestana, proprietário de três hotéis em Moçambique totalizando 248 quartos (nas ilhas de Bazaruto e Inhaca, além do Rovuma em Maputo) vai duplicar a capacidade hoteleira neste país até 2007.
Florentino Rodrigues, administrador do Grupo Pestana para os projectos em África, anunciou ainda em Maputo, no congresso da APAVT, que será construído o Hotel pestana Pomene na Ponta da Barra Falsa, em Inhambane.
Na recta final para a compra do Hotel Cardoso, em Maputo, o Grupo Pestana também vai proceder à remodelação do lodge do Bazaruto tendo em vista o seu «up-grade» para cinco estrelas.
«Foi em Moçambique que o Grupo Pestana iniciou a sua internacionalização, há dez anos, e vai continuar a ser o centro das nossas actividades em África», afirma Florentino Rodrigues, lembrando que os hotéis do Grupo Pestana já representam 30 milhões de dólares de facturação e 50 milhões de investimento, tendo também levado aos cofres moçambicanos 8 milhões de dólares em receitas receitas fiscais.
Conceição Antunes, em Maputo - 14:46 28 Novembro 2005.

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