O músico Ali Farka Touré morreu terça-feira, aos 66 anos, em Bamako, a capital do seu país natal, o Mali.
Lenda da música africana, Farka Touré lutava havia anos contra a doença, que agora o venceu.
Com o mundo a dar-lhe reconhecimento em 1994, quando ganhou o primeiro dos seus dois «grammies», Ali editou dez discos, que o consagraram como o «'bluesman' de África».
Com o mundo a dar-lhe reconhecimento em 1994, quando ganhou o primeiro dos seus dois «grammies», Ali editou dez discos, que o consagraram como o «'bluesman' de África».
Nas suas composições, além de cantar, tocava guitarra e «gurkel», um instrumento de cordas tradicional do Mali.
O prémio ganho em 1994 deveu-se ao álbum «Talking Timbuktu», para o qual trabalhou com o guitarrista norte-americano Ry Cooder.
Apesar de afirmar sempre que a sua música tinha raízes nos sons tradicionais do Norte do Mali, Farka Touré aparecia muitas vezes em palco com chapéus de «cowboy», uma influência a que não seria alheia a sua simpatia pela obra de músicos do Novo Mundo como Ray Charles, Otis Redding e John Lee Hooker.
Em 2004, ganhou as eleições autárquicas de Niafuke, a aldeia em que vivia, perto de Timbuktu, a cidade que o viu nascer.
«Algumas pessoas dizem que Timbuktu fica no fim de parte nenhuma. Mas não é verdade. Venho de Timbuktu e posso garantir que fica mesmo no cento do mundo», terá dito uma vez.
Será nos arredores dessa cidade que Ali vai ser enterrado logo que as tempestades de areia abrandem.
Carlos M. Gomes - 16:40 8 Março 2006 - Expresso África
O prémio ganho em 1994 deveu-se ao álbum «Talking Timbuktu», para o qual trabalhou com o guitarrista norte-americano Ry Cooder.
Apesar de afirmar sempre que a sua música tinha raízes nos sons tradicionais do Norte do Mali, Farka Touré aparecia muitas vezes em palco com chapéus de «cowboy», uma influência a que não seria alheia a sua simpatia pela obra de músicos do Novo Mundo como Ray Charles, Otis Redding e John Lee Hooker.
Em 2004, ganhou as eleições autárquicas de Niafuke, a aldeia em que vivia, perto de Timbuktu, a cidade que o viu nascer.
«Algumas pessoas dizem que Timbuktu fica no fim de parte nenhuma. Mas não é verdade. Venho de Timbuktu e posso garantir que fica mesmo no cento do mundo», terá dito uma vez.
Será nos arredores dessa cidade que Ali vai ser enterrado logo que as tempestades de areia abrandem.
Carlos M. Gomes - 16:40 8 Março 2006 - Expresso África
Escute-o em "A Mega Fauna"
Sem comentários:
Enviar um comentário
Aviso:
- O comentário precisa ter relação com o assunto;
- Spams serão deletados sumariamente;
- Para deixar sua URL comente com OpenID;
- Backlinks são automáticos.
Obs: os comentários não refletem as opiniões do editor.