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Comércio justo/Moçambique: 400 artesãos vendem em Portugal.
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Produtos de cerca de 400 artesãos moçambicanos começaram hoje a ser vendidos nas seis lojas do comércio justo do Norte de Portugal, disse à agência Lusa Miguel Pinto, da cooperativa Equação.
Miguel Pinto referiu que a integração dos produtos de artesãos moçambicanos no circuito do comércio justo começou «há dois ou três anos», através da importadora italiana CTM-Altromercato.
O artesanato colocado hoje à venda em Portugal resulta de uma importação conjunta (Portugal e Itália) de batiks (tecidos tingidos), mobiliário e arte maconde (de artesãos de Maputo), de prata e bijutaria (de Pemba e ilha do Ibo) e de cestaria (de Mekufi, Cabo Delgado).
A maior parte desta importação, que custou 250 mil dólares (cerca de 170 mil euros), destina-se ao mercado italiano, onde já existem «quase 500 lojas», mas a Equação espera que muitos produtos sejam vendidos em Portugal, especialmente neste época natalícia.
Miguel Pinto salientou que a venda de produtos é a face visível de um vasto projecto, que envolveu a recolha de fundos e a identificação de produtos e de necessidades dos artesãos moçambicanos.
O Projecto Moçambique, que está a ser desenvolvido pela Equação, em parceria com a organização não-governamental italiana Raggio Verde, envolve também apoio à educação e formação profissional dos artesãos.
«É uma formação claramente virada para a qualidade dos produtos», afirmou Miguel Pinto, acrescentando que será apoiado também o acesso à educação dos filhos dos artesãos, todos oriundos de «zonas bastante pobres de Moçambique».
O responsável da cooperativa destacou que este projecto visa também aumentar a presença de países de língua portuguesa no circuito do comércio justo.
«Há um défice claro de produtos oriundos de países de língua portuguesa», afirmou, realçando que o comércio justo envolve já «mais de 45 países».
Miguel Pinto referiu que, em vez dos habituais cabazes de Natal com produtos fixos, as seis lojas do Norte de Portugal vão propor aos clientes a construção de um cabaz a partir de um cesto feito em Moçambique, cujo preço inclui dois euros para o projecto.
O comércio justo visa facilitar a integração, no circuito internacional de comércio, de produtos oriundos de países em desenvolvimento, através do pagamento ao produtor de um valor justo.
A Equação, sediada em Amarante, é a primeira importadora e distribuidora portuguesa de produtos de comércio justo, e foi fundada pelas associações Reviravolta (que gere as duas lojas do Porto), Alternativa (Braga e Barcelos), Aventura Marão Clube (Amarante) e Cor de Tangerina (Guimarães) e pela CTM-Altromercato.
Miguel Pinto referiu que, ao todo, há 10 lojas de comércio justo em Portugal (as outras são em Coimbra, Almada, Pragal e Faro), estando marcada para sábado a inauguração de mais uma, em Tondela, a que se seguirão outras em Aveiro e Lisboa.
Diário Digital / Lusa , 22-11-2007-0:54:00
Diário Digital / Lusa , 22-11-2007-0:54:00
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