Do blogue do pembista Branquinho sobre o feriado da Restauração em Portugal:
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ONTEM: Escreveu-se e falou-se de futebol, do Benfica-Porto, das melenas do Nuno Gomes, das sapatadas do Bruno Alves, dos palpites do Jesualdo, dos desígnios do Camacho.
Escreveu-se e falou-se da vinda do ditador Mugabe, das indecisões da nossa diplomacia à rabujice teimosa do Primeiro Ministro Inglês.
Escreveu-se e falou-se da Greve Geral de Sexta, dos magros números do Governo, dos números gordos dos sindicatos.
Escreveu-se e falou-se das eleições na Ordem dos Advogados e, também, da Merche, da Maya, do Castelo Branco, da Floribela, dos Morangos... E, até, se escreveu e falou do aniversário do Saramago, o homem da União Ibérica, da presença do Ministro da Cultura de Espanha à ausência da portuguesa.
Pouco ou nada se escreveu ou falou das razões do feriado*, da efeméride que o sustenta no calendário nacional!
Para além de uma centena de rapazes do PNR, que apenas se representam a eles próprios, que outras celebrações nos foram dadas a conhecer?
Portugal perdeu a memória e vai perdendo a identidade.
Embandeira em arco com Tratados Europeus, enquanto a consciência nacional se esboroa em menoridade dependente e estende, para fora, para longe, os braços cansados de corpos à mingua, esquecendo, na atroz voragem duma asfixia global, as próprias raízes que o sustentam enquanto Nação de séculos!
Glosando o poeta:
- Pátria minha, gentil, que te partiste tão cedo desta vida, descontente...
Postado por Zinho às 7:32 de 02/12/07 em "Vouguinha"
Postado por Zinho às 7:32 de 02/12/07 em "Vouguinha"
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