12/02/2008 - As violações e os actos de violência sexual praticados contra crianças e mulheres disseminam-se pelas zonas de conflito de África como uma epidemia, afirmou hoje o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Os casos de violações tornam-se muito mais numerosos em países que enfrentam conflitos armados ou que sofrem desastres naturais, afirmou a vice-directora-executiva da UNICEF, Hilde Johnson, em conferência de imprensa.
Entre as vítimas encontradas na República Democrática do Congo, por exemplo, há desde crianças pequenas a mulheres octogenárias, afirmou Johnson.
Muitas das vítimas sofreram, além da agressão propriamente sexual, mutilação genital, acrescentou a vice-directora-executiva no lançamento de uma campanha da UNICEF para arrecadar 856 milhões de dólares e ajudar este ano, em 39 países, crianças em situação de emergência.
«Percebemos que o número de casos de violação e violência sexual duplicou nos dias seguintes à eclosão do conflito no Quénia», afirmou. A Libéria e a região de Darfur (Sudão) são as outras áreas onde aquele tipo de crime tem sido usado, de maneira cada vez mais frequente, como uma arma.
«Em alguns países, aqueles actos atingiram níveis epidémicos», disse Johnson. A agência descreveu o problema como uma epidemia porque o uso da violação como arma deixou de ser uma prática adoptada apenas por soldados e milícias, para ser adoptada também por civis em situações de conflito e guerra interna.
«Quando uma sociedade entra em colapso, parece que há, em alguns desses países, uma licença para violar. É por isso que vemos neste facto algo de proporções epidémicas, esse fenómeno tem vida própria», afirmou.
O apelo de 2008 feito pela UNICEF inclui 106 milhões de dólares a serem enviados ao Congo. Grande parte daquela verba deve ser gasta com a prestação de ajuda na forma mais tradicional, ou seja alimentos, abrigo e água. Mas parte será utilizada para combater a violação, disse Johnson.
Tal significará trabalhar com o governo, o exército e as milícias em campanhas preventivas, criar áreas de protecção e ajudar as vítimas com tratamento médico e outros tipos de atendimento.
Segundo Johnson, se um acordo de paz assinado no Congo no dia 23 de Janeiro perdurar, as agências de ajuda conseguiriam ingressar novamente em áreas antes inacessíveis e devem encontrar milhares mais de refugiados e outras vítimas que precisam de ajuda.
Diário Digital - 12/02/2008
Os casos de violações tornam-se muito mais numerosos em países que enfrentam conflitos armados ou que sofrem desastres naturais, afirmou a vice-directora-executiva da UNICEF, Hilde Johnson, em conferência de imprensa.
Entre as vítimas encontradas na República Democrática do Congo, por exemplo, há desde crianças pequenas a mulheres octogenárias, afirmou Johnson.
Muitas das vítimas sofreram, além da agressão propriamente sexual, mutilação genital, acrescentou a vice-directora-executiva no lançamento de uma campanha da UNICEF para arrecadar 856 milhões de dólares e ajudar este ano, em 39 países, crianças em situação de emergência.
«Percebemos que o número de casos de violação e violência sexual duplicou nos dias seguintes à eclosão do conflito no Quénia», afirmou. A Libéria e a região de Darfur (Sudão) são as outras áreas onde aquele tipo de crime tem sido usado, de maneira cada vez mais frequente, como uma arma.
«Em alguns países, aqueles actos atingiram níveis epidémicos», disse Johnson. A agência descreveu o problema como uma epidemia porque o uso da violação como arma deixou de ser uma prática adoptada apenas por soldados e milícias, para ser adoptada também por civis em situações de conflito e guerra interna.
«Quando uma sociedade entra em colapso, parece que há, em alguns desses países, uma licença para violar. É por isso que vemos neste facto algo de proporções epidémicas, esse fenómeno tem vida própria», afirmou.
O apelo de 2008 feito pela UNICEF inclui 106 milhões de dólares a serem enviados ao Congo. Grande parte daquela verba deve ser gasta com a prestação de ajuda na forma mais tradicional, ou seja alimentos, abrigo e água. Mas parte será utilizada para combater a violação, disse Johnson.
Tal significará trabalhar com o governo, o exército e as milícias em campanhas preventivas, criar áreas de protecção e ajudar as vítimas com tratamento médico e outros tipos de atendimento.
Segundo Johnson, se um acordo de paz assinado no Congo no dia 23 de Janeiro perdurar, as agências de ajuda conseguiriam ingressar novamente em áreas antes inacessíveis e devem encontrar milhares mais de refugiados e outras vítimas que precisam de ajuda.
Diário Digital - 12/02/2008
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