O Governo moçambicano estimou em 44 milhões de euros (01 euro equivale a 103,839 kwanzas) o investimento necessário para transformar a Base Área Militar de Nacala em aeroporto civil, cujas obras deverão arrancar este ano e prolongar-se por 20 meses.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, disse que um estudo de viabilidade ditou ser preciso aplicar este nível de investimentos para obras de ampliação daquele aeroporto na província de Nampula (norte).
Após a conclusão das construções, o futuro aeroporto civil de Nacala terá capacidade para movimentar até 600 mil passageiros por ano e receber aeronaves de grandes dimensões.
O novo aeroporto deverá também torna-se num ponto central para a região norte de Moçambique, servindo de passagem para outros aeroportos, nomeadamente o militar de Cuamba, os civis de Nampula, Angoche, Pemba, Lichinga e Lungu.
A ligação entre estes aeroportos poderá aumentar o fluxo de passageiros e carga ao longo da zona norte do país, cujo nível actual é considerado baixo, apesar de nos últimos anos se registar uma tendência crescente.
A transformação da Base Aérea de Nacala em aeroporto civil faz parte de um programa do Governo de Maputo de modernização e ampliação dos aeródromos nacionais para torná-los mais rentáveis e transitáveis até à realização do Mundial de Futebol de 2010, na vizinha África do Sul, embora o projecto tenha um horizonte temporal mais alargado.
A Base Militar de Nacala tem uma pista com cerca de três quilómetros de comprimento e não possui quaisquer infra-estruturas associadas a um aeroporto civil, como edifícios anexos ou terminais, que serão construídas no âmbito da conversão agora anunciada.
Além da Base Militar de Nacala, o Governo moçambicano está a levar a cabo obras de ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Maputo, num projecto orçado em 55 milhões de euros.
O trabalho no aeroporto de Maputo está a cargo da empresa chinesa Anhui Foreign Economic Construction Corporation, que recentemente ganhou o respectivo concurso internacional.
As obras de ampliação e modernização de aeroportos moçambicanos visam responder à Declaração de Yammoussokro (1988), de que Moçambique é signatário, que prevê a abertura do espaço aéreo moçambicano ao tráfego internacional de transporte de passageiros, carga e encomendas postais.
O Governo de Maputo considera que a abertura do espaço aéreo e a modernização dos serviços aeroportuários vão permitir a entrada de novos operadores privados e estrangeiros no mercado nacional, um passo tido como extremamente importante para a melhoria, por via da competitividade, da qualidade dos serviços prestados.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Aviso:
- O comentário precisa ter relação com o assunto;
- Spams serão deletados sumariamente;
- Para deixar sua URL comente com OpenID;
- Backlinks são automáticos.
Obs: os comentários não refletem as opiniões do editor.