A situação alcançou níveis descritos pelas autoridades administrativas do parque como sendo bastante alarmantes, informa neste sábado (26) o jornal Notícias.
Maputo - A explosão da população animal no Parque Nacional da Gorongosa (PNG), na província de Sofala, em Moçambique, está a ser manchada pela caça furtiva praticada em grande escala pela comunidade que vive dentro e fora desta reserva do Estado, com recurso a laços, armas de fogo de fabrico caseiro e armadilhas à venda nos estabelecimentos comerciais.
A situação alcançou níveis descritos pelas autoridades administrativas do parque como sendo bastante alarmantes, informa neste sábado (26) o jornal Notícias.
O Parque ocupa uma área de aproximadamente 3770 quilómetros quadrados, com um universo de cinco mil pessoas vivendo no interior do parque e outras 120 mil na zona-tampão, exactamente nos distritos de Cheringoma, Muanza, Nhamatanda e Gorongosa, cuja principal fonte de rendimento está directamente ligada à prática da actividade clandestina.
Segundo Mateus Muthemba, Director de Relações Comunitárias daquela área de conservação, trata-se de um problema complexo e antigo, que se relaciona com factores sócio-culturais e históricos de difícil solução considerando que o mesmo remonta dos primórdios da criação do parque, na década de 60.
As estatísticas indicam que pelo menos 3 500 animais são abatidos todos os anos, como porcos selvagens, vulgo fucoceros, changos e pivas, cuja carne é transportada à cabeça e em bicicletas para consumo e venda.
A caça furtiva é praticada em grande escala entre Setembro e Dezembro nas regiões de Gorongosa, Pedreira e Massapassua, no distrito de Muanza, Dingue-Dingue, em Nhamatanda.
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