Mostrar mensagens com a etiqueta saúde em Pemba. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta saúde em Pemba. Mostrar todas as mensagens

7/08/09

Ronda pela blogosfera: Salama de Pemba!

Pemba. Wow.

A mere three days after arrival, I feel like I have quickly fallen into step with life here.

After a luxurious first night out at Russell’s, an open air restaurant/bar, eating and watching Wimbledon, the real work began on Monday.

With steady persistence we were finally able to secure all the official Mozambican rubber stamps that we needed to gain governmental blessing to begin our work in Maringanha on the water wells. Walking around town that first day I quickly learned that Pemba is a small beautiful place but fairly impoverished. The red dirt roads along the white sandy beaches are littered with dozens of children in various levels of school clothing with bright inquiring eyes. They curiously stare as I follow Kathleen and Shyam who comfortably navigate the streets and the locals in Portuguese and Macua as they point out everything from the local market, to the hospital, to the police station meeting all the friends they’ve made along the way.

It was unclear to me just how the majority of the people that I saw around town lived until my first trip to the village that afternoon. There the dirt and rock huts that line the sand roads are peppered with goats and chickens. They freely roam the grounds as children play with makeshift plastic bag and rubber band soccer balls.

Our presence as the band of Kunyas (white people – yes, I am now white), goes more or less undisturbed. The major exception is when we walk by a group of local women, who all ask to be my friend, in particular. To us it is unclear why, while Abdul our translator, seems to think my stature makes them think I could be a child, I remain unconvinced of their desire to adopt a Kunya child.Shyam and I took the evening to test the water samples we had on the Petrifilm to try and quantify E-Coli and Coliform levels – I must say incubating cardboard agar strips on your back while sleeping is just as little fun as the description would indicate.

Nonetheless, today dressed in traditional skirts we arrived in the village to get more water samples and interview as many people as we could find at the wells. Divided into groups we tackled the two wells that showed E-Coli and Coliform contamination to try and understand local water habits.

Using the women’s attraction to both myself and Kathleen we were able to get some clear answers. Women come to collect water 2-5 times a day, 2-3 buckets at a time for the entire family and use it for everything from eating to cooking to washing. Carrying their buckets on their heads they make the trip, which in general for the 1300 or so population of Maringanha is no more than a five minute walk.

Few women make the connection between bouts of ill health and contaminated well water which will be an inherent challenge in promoting our product and the local population’s uptake of the pasteurized water. At home in our “Real World-esque” house over dinner at the kitchen table, we continue to toss around ideas about how to implement an effective case-control study of the pasteurizers to evaluate health – randomly selecting a test group, giving them clean, new and different coloured water buckets and having a local person man the pasteurizer, which would be set up as close to the well as possible, seems like the most feasible idea to date.

Finishing the day with my first dip in the Indian Ocean, I am painfully aware that we have much work to do.

We will return to Maranganha tomorrow and find more women to talk with geared specifically towards diarrhea and health and hopefully start building the pasteurizer on Monday.

Spreading knowledge of the public health risks of dirty water, mixing water used for hygiene and consumption, and creating the appropriate infrastructure to remedy the problem is a lofty challenge but the summer is young still. Also, Drew has mutton chops - please email him and make him shave. Obrigada.
- Alisha (By Shyam, on July 7th, 2009).

1/22/09

Cólera & cólera em Pemba... Desta vez em Mecúfi!

O que o "Notícias-Maputo" nos conta hoje sobre a "cólera" em Cabo Delgado/Pemba:

""Cabo Delgado: Brigada anti-cólera espancada no distrito costeiro de Mecúfi: Mais uma acção popular contra medidas anti-cólera teve lugar em Cabo Delgado, com o espancamento, há quatro dias, de um enfermeiro do Programa Alargado de Vacinação, um motorista e seis activistas, na região de Ngoma, distrito costeiro de Mecúfi, acusados de estarem a dissiminar a doença, numa altura em que, na capital provincial, Pemba, o número de doentes existentes no Centro de Tratamento da Cólera se elevou para 41, muito embora o de óbitos continue o mesmo (três) desde a eclosão da epidemia a 5 de Janeiro corrente.

O facto foi denunciado na segunda reunião que o Governo provincial convocou na quarta-feira para a avaliação do actual ponto de situação da doença, que neste momento, e segundo as estatísticas actualizadas, teve 177 entradas, sete das quais voltaram ao CTC, 141 altas, para uma taxa de letalidade avaliada em 1,7, havendo até às 7.00 horas daquele dia 41 internados por causa da cólera.

A pedido do médico-chefe provincial, Cesário Augusto, o secretário permanente, que dirigiu a reunião do Governo com todos os intervenientes no combate à colera, entre agentes da Saúde, líderes comunitários e presidentes dos bairros residenciais, para além de confissões religiosas e ONG’s, orientou a Polícia, em Mecúfi, para que esclareça o caso o mais rapidamente possível.

Enquanto isso, de acordo com o médico-chefe provincial, a enfermaria de cólera, constituída por três tendas, queimada por populares no bairro Eduardo Mondlane, na cidade de Pemba, está a ser reconstruída para voltar a funcionar, numa altura em que se suspeita que a qualquer momento o CTC que funciona no Hospital Provincial pode revelar-se exíguo caso a velocidade das entradas não venha a abrandar. Já foram montadas as três tendas e decorre a vedação do local por meio de capim, mas ainda se pensa na sua electrificação.

CRITICADA A APATIA DO CONSELHO MUNCIPAL.
No encontro, os participantes criticaram as reiteradas ausências de representantes do Conselho Municipal nas reuniões que visam debater a cólera, nas quais se avançam medidas de luta contra a doença, mesmo tendo em conta que ela não dá sinais de estar a diminuir.

De acordo com o médico-chefe provincial, apesar de o número de óbitos manter-se, o de entradas deve continuar a preocupar, se bem que há situações em que famiíias inteiras encontram-se hospitalizadas, sendo de concluir que as causas da doença estão longe de ser debeladas.

Intervenientes na ocasião estranharam que tanto na primeira como nesta reunião o Conselho Municipal pautasse pela ausência, estando em causa, por sinal, problemas de saneamento do meio, e pediram que quem de direito obrigasse os titulares do município a nelas participarem.

“Este Conselho Municipal parece que não sabe que estamos a tratar da vida dos municípes que controla. Isso, para além da incompetência que já nos habituou, está outra vez a nos mandar passear numa situação de tamanha aflição”, disse um interveniente.

O secretário-permanente, João Ribáuè, em resposta disse que o Governo provincial também se encontrava agastado com o funcionamento e neste caso com a não colaboração do executivo municipal chefiado por Agostinho Ntauale.

“Se o Conselho Municipal fosse um órgão que se demitisse há muito que teríamos feito isso em relação a este da cidade de Pemba”, disse aquele governante, antes de prometer que em dois dias far-se-á uma reunião em que obrigatoriamente o Conselho Municipal deve estar presente, ao lado da Saúde e o Governo provincial para explicar o que tem vindo a fazer nestes dias.

Da última vez, Agostinho Ntauale foi largamente criticado por ter pautado pela auseência, embora tivesse sido pedida a sua presença. Por extensão, boa parte dos seus presidentes dos bairros igualmente gazetou a reunião, o que intrigou os presentes. Na semana passada o nosso Jornal quis saber do edil o que se passava, ao que nos respondeu que a sua direcção estava representada pelos responsáveis dos bairros presentes.

Na oportunidade, Agostinho Ntauale dissera que a edilidade inclusive havia adoptado um novo horário de recolha de lixo, que terminava às 18.00 horas, justamente por causa da cólera.

Na reunião de quarta-feira, para além da ausência do seu presidente, o número de chefes dos bairros diminuiu ainda mais, mas a cólera continua a actuar, principalmente, nos bairros de Cariacó, Natite e Paquitequete.
- PEDRO NACUO, Maputo, Quinta-Feira, 22 de Janeiro de 2009:: Notícias.

  • Alguns post's deste blogue sobre o tema saúde pública e a epidemia de cólera em Cabo Delgado/Moçambique - Aqui!