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1/26/08

Há vagas para cobradores de chapa em Pemba...ou cenas do cotidiano.

(Imagem original daqui)
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Escreve o Pedro Nacuo no Notícias (Maputo) deste sábado, 26/01/08 - Há vagas para cobradores dos “chapa” que circulam na província de Cabo Delgado, bem como os mini-“bus” que ligam competentemente esta província à de Nampula, duas vezes ao dia, vulgarmente conhecidos por tanzanianos.
Estes meios de transporte semicolectivos pretendem fechar as lacunas deixadas por aqueles que deixaram o emprego por razões que mais tarde havemos de dizer.
Os requisitos passam por ter, em primeiro lugar, residência fixa em Pemba, por o alojamento não fazer parte das regalias que o trabalhador vai ter na empresa. Portanto, é preciso que vivam em Pemba, de preferência nos bairros Cariacó ou na parte costeira de Natite “Inos”, ou ainda no histórico Bairro de Paquitequete. Outro requisito é ter “partido” o lápis muito cedo, assim, na quarta ou quinta classe.
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Traços Psicológicos: indivíduos que pensam que por terem aquele emprego nada mais lhes resta na vida, que com ele atingiram o apogeu de que ouviam falar e na sequência disso capazes de não respeitar os passageiros, por claramente estarem abaixo do seu nível de vida e existencial, como cobradores. Que pensam que o que lhes interessa dos passageiros é apenas dinheiro e a eles só interessa viajar, aliás, chegar, não importando as condições em que viajam nem do tratamento a que são sujeitos.
Devem, entretanto, ter o hábito de chamar a todos os homens, tios, e as mulheres, tias. Mesmo que seja para a seguir insultá-los. Tio ou tia passa a ser uma terminologia que vale para tudo: respeito ou o seu contrário.
Deve ser capaz de mentir a um passageiro numa paragem instantânea de que há lugar no interior do mini-“bus”, apenas para entrar, e lá dentro não encontrar. Tudo visto que, com a viatura em movimento, mais a necessidade de viajar, incluindo a alergia pelas discussões banais, ao passageiro nada mais lhe restará senão sujeitar-se a tudo que encontrar no interior.
Para os candidatos a cobradores dos “tanzanianos” exige-se mais: fazer de contas que é do outro lado do rio Rovuma. Como? Pronunciando mal as palavras na língua de Camões, parecer que está a aprender as línguas nacionais moçambicanas e falar fluentemente Kiswahili. Nunca dizer que é de Mueda, Nangade (de Muidumbe não é possível apanhar nessa) ou de Mocímboa da Praia.
Vestir calças que descem, com uma camisa que não consegue cobrir o traseiro que de propósito deve ser visto pelos passageiros, e noutros casos, também de propósito, mostrar a 40 porcento as cuecas coloridas e consistentes.
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Traços físicos: os cobradores a admitir devem ser pessoas de entre 17 aos 21 anos. Pretende-se o espaço temporal e etário em que, normalmente, se tem pouca coisa a perder em função das relações humanas estabelecidas. Qualquer atitude não aquece nem arrefece ao seu protagonista!
Tem que ser não muito alto, mas não deve ser baixinho. Se for escuro de pele, melhor, mas se não for corpulento, pelo menos forte (de força), com braços não muito flácidos, pernas que inspirem respeito e um pé que se ajuste ao “respeito” que o resto do corpo obriga.
Ter uma mão dura, que seja capaz de bater no carro, até o motorista ouvir, sempre que seja necessário partir ou parar, associado a uma garganta que se abre tanto quanto pretende gritar, vamos ou paragem!
Deixar sempre o cabelo despenteado pode ser uma vantagem, pois traz a verdadeira diferença entre ele e o motorista, bem assim em relação a todos àqueles que vão no carro em que ele é profissional. Fica ele sozinho: cobrador!
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Habilidades: ser capaz de trocar em segundos um insulto com uma veneração, sem muitos se aperceberem. Conseguir ter na boca ao mesmo tempo um pão inteiro e no canto da mesma um “GT”. Demorar-se um poucochinho enquanto o carro arranca, para depois correr ao seu encontro, sob a vigia do condutor e saltar para o seu interior deixando o braço, normalmente esquerdo esticado cá fora, em sinal de que “já vamos”.
Nos postos de controlo tem que saber saltar antes do carro parar com uma mão amarfanhando umas notas, a mesma que vai directo, agora não é discretamente, à outra mão direita do polícia preto e branco. E dali, já há pessoas que sentaram “cinco, cinco”, o mini-“bus” não está superlotado, nem está com deficiências mecânicas a não tolerar.
Outras vezes deve ser capaz de continuar colado na bagageira, deixar o carro fazer considerável distância, para depois descer, em movimento, pedindo que os passageiros abram algum vidro por onde pretende passar para de novo fazer-se ao interior do mini-“bus”. E quem deixou as vagas que agora devem ser preenchidas? Um grupo de jovens que já passou dos 21 anos de idade, que antes andou nos labirintos do crime de roubo de peças num e noutro lado, chegou-lhes a altura em que pensavam que andando em “chapa” o caminho lhes era facilmente aberto para chegarem a motoristas, depois que o não conseguiram, mais tarde, é verdade, descobriram que perderam muito tempo e agora voltaram à escola, onde à noite estão a fazer as classes interrompidas.

1/25/08

Moçambique: Mais de 50 mil crianças sem escola...

(Imagem original daqui)
AngolaPress - Maputo, 24/01 - A poucos dias do início do ano lectivo estima-se que mais de cinquenta mil crianças poderão ter de estudar ao relento, como consequências das inundações que provocaram estragos em mais de uma centena de estabelecimentos de ensino.
Actualmente procuram-se soluções temporárias, sobretudo nas áreas de reassentamento onde se encontram mais de setenta e cinco mil deslocados.
Calcula-se que o número de pessoas de uma ou de outra forma afectadas pelas cheias se aproxima das trezentas mil.
É a contabilidade que se começa a fazer numa altura em que há um relativo amainar das chuvas, poucas semanas depois do início do agravamento das inundações.
Das regiões afectadas chega o aviso: muitas crianças correm o risco de ficar sem estudar, muitas outras poderão ser forçadas a fazê-lo ao relento.
António, o filho mais velho do Ismael Levy, cuja história aqui contámos há dias, é uma dessas crianças.
O pai confirma que "Ele estava a estudar lá mas a escola foi destruída pelas inundações" para confessar a seguir que "gostaria que ele continuasse a estudar".
Falando à BBC, Eurico Banze, Director dos Programas Especiais no Ministério da Educação e Cultura confirma os números.
"Temos mais de uma centena de escolas danificadas, não só na região central mas também no norte. O número de crianças afectadas situa-se na casa das cinquenta mil", revelou Eurico Banze.
Estes números obrigam é a busca de soluções, incluindo para as áreas de reassentamento onde já se encontram mais de setenta e cinco mil deslocados.
"A nossa prioridade é assegurar que todas as crianças obrigadas a movimentarem-se devido às cheias sejam matriculadas", afirmou Banze.
As autoridades querem também garantir espaços nas áreas de reassentamento, incluindo a construção de salas e a disponibilização de tendas gigantes se necessário, bem como material como livros, quadros e giz.

1/23/08

Moçambique - Mulheres batem neles...

Maputo - Correio da Manhã n. 2743 de 21/01/08 - Moçambique - Mais de 1.907 homens espancados pelas esposas em 2007.
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São apenas 1.907 homens – os registos referem-se apenas aos que se queixaram – que foram espancados pelas respectivas esposas no âmbito da hoje tão falada violência doméstica no nosso ambiente.
Estes dados são da responsabilidade do Gabinete de Atendimento da Mulher e Criança no Ministério do Interior (MINT) – que não negligenciam denúncias de homens seviciados pelas respectivas companheiras – ocorridos ao longo de 2007.
Em declarações ao Correio da manhã, Lurdes Mabunda, chefe daquele gabinete, sublinhou que “é cada vez mais crescente o número de homens que se declaram vítimas de agressão física protagonizada pelas suas esposas, o que pode significar que elas estão a se informar mais sobre os seus direitos”.
Embora o número de homens vítimas de agressão seja relativamente expressivo, a maioria dos casos de violência doméstica continua a ser infringida contra mulheres, segundo aquela fonte policial, acrescentando que, no período em apreciação, foram agredidas pelos seus maridos, aproximadamente, oito mil mulheres.
O consumo excessivo de álcool, drogas e infidelidade conjugal são as principais razões apontadas para a ocorrência daquele tipo de crime.
De referir que, só na cidade de Maputo, o número de homens agredidos pelas respectivas companheiras de lar foi de 65, enquanto que perto de 346 outros procuraram as autoridades policiais para se queixar das respectivas mulheres (Cm Nº 2498).
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Violação sexual
Num outro desenvolvimento, aquela responsável revelou que cinco rapazes de idade variando entre os dois e 17 anos foram vítimas de violação sexual, acções protagonizadas por indivíduos adultos do sexo masculino, segundo Mabunda.
Ela acrescentou que aquela prática tem vindo a ganhar grandes proporções nas principais cidades moçambicanas.
“Porém, aquele número não espelha a realidade dado que a maioria das vítimas prefere ocultar o crime por temer eventual discriminação no seio da sociedade”, salientou a chefe do Gabinete de Atendimento à Mulher e Criança no MINT.
Lurdes Mabunda admitiu, entretanto, que a sua instituição tem dificuldades de pôr cobro àquele fenómeno pelo facto da legislação moçambicana não fazer nenhuma referência específica à proibição da prática de pedofilia e de homossexualismo. (J. Ubisse)

1/02/08

Moçambique: Onde se rouba dos mais vulneráveis.

- Save the Children descobre vários casos de roubo de bens por familiares, deixando órfãos de SIDA sem nada.
- 1,6 milhões de jovens moçambicanos com SIDA.
- Explosão de número de órfãos destabiliza estruturas sociais.
Num programa efectuado em 4 distritos moçambicanos, Save the Children descobriu que é comum para familiares roubarem os bens deixados por pais às suas crianças quando morrem.
Com a taxa de mortalidade por SIDA a disparar – 1,6 dos 10 milhões de crianças em Moçambique são seropositivos e 380.000 perderam um ou os dois pais e a taxa de prevalência nacional é de 16,2 por cento – a situação de desprotecção está a causar ruptura social em alguns distritos.
O código civil de Moçambique estipula que os bens passam automaticamente aos filhos e esposo/a.
No entanto, o estudo efectuado por Save the Children demonstrou que cerca de metade dos inquiridos no distrito de Bárue não sabiam dos seus direitos.
Muitas vezes o código entra em conflito com a lei tradicional, que estipula que os bens passam para os homens e por esta razão é frequente para familiares masculinos ficarem com a casa, a maior parte das propriedades, os animais e o dinheiro, enquanto familiares do sexo feminino recebem roupas e utensílios de cozinha.
Além disso, a prática de poligamia leva a uma situação em que a primeira mulher geralmente tem mais poder e influência e só ela sabe quais são os bens do marido e 80 por cento dos inquiridos no estudo declararam que um testamento oral (e não escrito) seria suficiente e que é a prática normal.
Além disso, a burocracia e a dificuldade envolvida em fazer um testamento escrito desencoraja as pessoas, que muitas vezes têm de fazer várias visitas a um tribunal.
Save the Children, uma ONG sem fins lucrativos, revela no estudo que os órfãos de pais com SIDA são frequentemente vítimas de abusos, exploração sexual e laboral.
Várias ONG estão a efectuar campanhas de sensibilização e informação, para que as populações saibam os seus direitos, para não se tornarem vítimas de exploração.
Bento Moreira - Pravda.Ru

12/29/07

PEMBA - O que se fala e diz...ou como terminar bem 2007.

(Imagem daqui)
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Extras - Sem dívidas! - Crónica de Pedro Nacuo
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Penitenciam-me os habituais leitores dos “Extras” que sábado a sábado ocupam este espaço, simplesmente porque acham que tudo o que acontece em Cabo Delgado deve ser chamado para aqui, tratado à maneira como se tornou tradicional, só própria daqui. Humanamente impossível! E ameaçam que senão... terei transitado com dívidas deste ano para 2008.
Dizem que não lhes falei do “avião” que aterrou em Natite, sobre uma casa de alguém, quando o piloto foi induzido a erro por um VOR de quem está muito preparado para se defender de todos voos nocturnos que vezes sem conta trazem azares, tiram dinheiro dos outros para o seu benefício e dias depois andam aí em carros de que não se sabe a origem. Quer sejam gatos, cães e ratos quer sejam aviões nocturnos e quejandos.
Foi por demais falado. Não há mais espaço para comentários, senão dizer o que os outros disseram: um objecto chamado peneira, munido de dispositivos muito comuns em feitiçaria, entre missangas, objectos marinhos e penas de algumas aves, muitos condimentos para ou agir ou convencer ou ainda meter medo.
O que não foi dito é que o voo vinha sob o “patrocínio” da nossa maior firma de telefonia móvel. Entre os objectos vinha uma recarga, da cor da maioria, amarela, de 20 meticais, usada! Patrocinar tudo, incluindo voos rasantes, à calada da noite. É o que se diz por cá!
Dizem igualmente que não lhes falei bem (aqui o significado de bem...) sobre o que aconteceu com o cidadão que espalhou o nome do administrador de Chiúre como sendo o seu rival no sentido de que o terá apanhado com a “boca na botija”. Afirmam tratar-se da minha segunda dívida. Não quero!
O que aconteceu é que o tal cidadão anda com vontade de ser “corneado” e logo por um administrador! Na verdade aquele dirigente trocou cerca de oito mensagens com uma amiga, xará da esposa do dito cujo, por sinal subordinada do chefe na administração local. A correspondência com a homónima da funcionária foi, conforme li, própria de pessoas que não se estavam a conhecer naquele dia.
Também soube que é verdade que o telefone de excia não traz o número do remetente da mensagem, caso esteja registado o respectivo nome. Foi o que aconteceu e o nosso quadro foi-se espalhando em linguagem de pessoas aproximadas, quando na verdade, na exacta oportunidade estava em contacto directo com um daqueles que, cansado de se desconfiar á si próprio vai ter aos outros e para tal não olha a meios, incluindo vasculhar objectos pessoais, como é um telefone celular.
Agora, o nosso compatriota anda a distribuir por todos os lados uma declaração em que diz que tudo o que o mundo ouviu é mentira, a pedir desculpas. Depois do “burro morto” ninguém dá ouvidos a isso. A sua acção propagandística foi mais forte que a correcção que se pretende fazer. O que fazer com o leite já derramado?
E fá-lo, igualmente, como uma atitude de autodefesa, se bem que há outros ofendidos que não se satisfazem com a declaração em distribuição, que por sinal fala apenas do administrador. Não diz que é mentira que houve esfaqueamento ao director do SISE, nem que houve outros cidadãos agredidos pelo simples facto de terem ido tentar perceber o que se estava a passar.
Há um provérbio na língua que se fala em Chiúre, segundo o qual “olavilavi wunkheliha owani” (a malandrice faz lembrar a origem), que pode não ser o caso em que, a qualquer momento a pessoa está a espera que um seu próximo lhe diga que vem da esquadra aonde fora formalizar a queixa.
Mas ficou um “TPC” para o administrador e o resto da sociedade, incluindo aqueles que mandam naquele. Se a correcção não está a pegar no seio da sociedade em que a novela foi realizada, onde tudo é visto como sendo uma jogada visando limpar a imagem de quem se achava sujo, muitas questões se colocam.
Agora, a mesma sociedade que não quer acreditar na correcção, via dito por não dito, está a inventar outras histórias que pretendem fazer um rosário do quanto o passado terá registado em desabono de quem está investido da autoridade não só moral como político-administrativa.
E mais: ao aceitar que a homónima da sua subordinada com que estava a trocar as mensagens, é igualmente funcionária num sector nevrálgico, ainda em Chiúre, volta-se ao ponto inicial. Também é subordinada! É do mesmo nome, mas não a esposa do cidadão que assanhado “vomitou” para todos os lados o nome do administrador, debilitando a sua integridade moral e de liderança. Depois?!
Dá para ficar descansado pois a ser como me diziam, não tenho dívidas por saldar neste ano, de maneira que entremos para 2008 convictos de que a haver actividade dos homens, o nosso espaço trará estórias relevantes, principalmente as mais anormais e em poucos casos intercaladas por aqueles previsíveis.
P.S. Em 2008, quem vive em Pemba será o primeiro em Moçambique e não só, a ver e sentir os raios solares do primeiro dia do ano. Nada de espectacular! É que Pemba, para além das outras características naturais sem paralelo, é também o pedaço mais a leste, depois do Corno da África, na parte oriental deste continente. É assim todos os dias, o primeiro lugar a ser atingido pelos raios solares. Só que na passagem do ano há muitos que vão a Pemba para serem os primeiros...
Pedro Nacuo - Maputo, Sábado, 29 de Dezembro de 2007:: Notícias.

11/23/07

Ronda pela net - Mulheres de Moçambique.

Moçambique: Retrato fiel das mulheres
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Maputo, 23 de novembro de 2007 (PlusNews) - Estrela Felizarda é uma viúva de 30 anos do distrito de Magaja da Costa, no Norte da província da Zambézia, em Moçambique.
Durante os dez anos de casamento, Felizarda sofreu abusos do marido.
Ele não lhe dava dinheiro para manter a casa ou os filhos.
Batia nela quando ela reclamava de suas amantes.
Depois da morte do marido, os abusos continuaram, dessa vez por parte da família do falecido.
Parentes tentaram violentá-la.
Ela foi proibida de visitar a campa do marido.
Perdeu sua casa e teve que se mudar com seus filhos para a capital provincial, Quelimane.
Histórias como essa ganham destaque nos "16 Dias de Activismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres", que começam em 25 de Novembro*.
Para a jornalista moçambicana Rosa Langa, falar sobre a violência contra as mulheres foi por muito tempo um trabalho em período integral.
Em viagens pelo país, Langa colheu depoimentos de mulheres dos mais diferentes contextos e lugares.
O resultado foi "Moçambique, Mulheres e Vida"
(Foto de autoria - Paola Rolleta/Plus News - aqui)
"Moçambique, Mulheres e Vida", um livro que traz retratos, por vezes sofridos, das mulheres moçambicanas e que está no contexto dos "16 Dias de Activismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres".
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Quem é a "atrevida" Rosa Langa, autora do livro ?
  • Atrevida. É assim que muitos se referem à jornalista e escritora moçambicana Rosa Langa.
  • Afinal como, senão com atrevimento, alguém perguntaria à primeira-ministra Luísa Diogo se ela havia casado virgem?
  • O escritor Daniel da Costa a definiu como uma jornalista “na contra mão dos costumes”.
  • Natural do Chibuto, na província de Gaza, Langa mudou-se para Maputo no final dos anos 80. Ficou grávida aos 20 anos e foi abandonada pelo namorado. Seu pai, ao saber da notícia, também correu com ela.
  • Langa assumiu a criança sozinha. Hoje com 18 anos, Pedro está para entrar na faculdade.
  • A jornalista passou por vários empregos até chegar à Rádio Moçambique, em 1996.
  • A primeira viagem à procura de reportagens do Maputo ao Rovuma aconteceu em 1999 – 50 dias de aventuras. E nunca mais parou. Viajar, conhecer pessoas, recolher histórias, virou uma necessidade quase maniacal.
  • Para a veterana e popular jornalista de TV Anabela Adrianopoulos, Langa faz do jornalismo uma militância.
  • “Já não vês o que ela faz aqui: viajar de mochila e machibombo do norte ao sul. Ela tem um espírito de jornalismo que é difícil de encontrar”, elogia.

A reportagem de Paola Roletta em IRIN Plus NEWS.

*25 de novembroDia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres - Homenagem às irmãs Mirabal, opositoras da ditadura de Rafael Leônidas Trujillo, na República Dominicana. Minerva, Pátria e Maria Tereza, conhecidas como "Las Mariposas", foram brutalmente assassinadas no dia 25 de novembro de 1960.