8/19/05

Não me canso de ler...

Depoimento... ou a voz da lembrança e do coração !


Cheguei a Porto Amélia com 3 meses, vinda do horror de Portugal, atravessando um Atlântico feroz, com os submarinos alemães e os destroyers ingleses.

Ali, descobri o Paraíso - e ainda hoje, passados mais de 60 anos de ter deixado a minha querida Porto Amélia, com 4 anos, ainda hoje penso muitas vezes em macua!

Para mim o amendoim continua a ser endeixa, a kizumba e o simba são a hiena e o leão, haraka é depressa!

Lembro sempre a praia da Maringanha - os meus pais deixavam-me pendurada numa cadeirinha de lona, abanando ao vento das casuarinas, e iam tomar banho nas águas cálidas do Índico - e depois assim que comecei a poder pôr-me em pé, também eu chapinhava na água, brincava naquela areia branquíssima!

A nossa casa era na ponta de terra, foi depois vendida aos padres do seminário e transformou-se mais tarde em pensão - era uma casa linda, toda em vidro - do terraço, onde havia a cisterna, podíamos ver as trovoadas em todo o seu esplendor, os macacos que vinham à mangas do quintal, ouvir o leão rugir!

Paula d'Oliveira - 26-07-2004 08:04:48

Na vizinha Tanzânia...

Tanzânia: leões devoraram 563 pessoas em 15 anos

Pelo menos 563 tanzanianos morreram e outros 308 ficaram feridos nos últimos 15 anos por leões, anunciaram na revista Nature os autores de um estudo sobre o assunto.
A pesquisa foi realizada para explicar o "aumento dramático" dos ataques de leões contra os humanos desde 1990.
Cerca de 40% deles aconteceram na época de colheitas e, em um a cada quatro casos, nos campos, constataram.
Uma das explicações para o problema está na evolução demográfica da Tanzânia, cujo número de habitantes passou de 23,1 milhões, em 1998, para 34,6 milhões, em 2002, reduzindo, com isto, a alimentação disponível.
Este aumento diminuiu o número de presas para os leões, acreditam os especialistas.
O trabalho foi dirigido por Craig Packer, do Centro de Pesquisa de Leões da Universidade de Minnesota. A Tanzânia possui o maior número de leões de toda a África.
AFP
Leia o original em: Terra - Notícias