8/15/07

Cabo Delgado - Eletrificação dos postos administrativos de Murrébuè e Mucojo...

Entre 2001 e 2007: Roubo de cabos eléctricos já custou seis milhões USD.
O roubo de cabos eléctricos da EDM está a causar enormes prejuízos financeiros não só à empresa como ao Estado, para além de afectar o programa de expansão da electrificação e de expansão da rede já existente, desenhado no quadro do plano quinquenal do Governo. Esta situação foi reiterada ontem pelo Ministério da Energia, que se encontra reunido em Conselho Coordenador na vila de Mecúfi, em Cabo Delgado, sob o lema “Páre Com o Roubo de Cabos Eléctricos, Não Retire O Direito dos Outros à Energia”.
A situação obriga a uma mobilização de mais recursos financeiros para reposições da rede vandalizada, o que contribui negativamente para o exercício económico da empresa. Calcula-se que de 2001 a 2007, aquela empresa distribuidora de electricidade tenha sofrido prejuízos directos no valor de 6.543.000 dólares (170.118.000,00) meticais em consequência daquelas acções.
Hoje será apresentado o quadro geral resultante da situação. Não obstante, de acordo com o ministro do pelouro, Salvador Namburete, a electrificação com base na extensão da rede nacional de transporte de energia eléctrica já pôde elevar-se para 60 distritos, do total dos 128 do país, com a conclusão do projecto de construção da linha Guruè-Cuamba-Lichinga, que beneficiou o distrito do Ile, na província da Zambézia, no quadro do cumprimento do previsto no Plano Económico e Social do ano passado.
Nas áreas administrativas inferiores, destaca-se a electrificação das localidades de Namitatari, em Nampula, Matulume, Mijalane, Recamba e Maeunda, na Zambézia, província onde igualmente o posto administrativo de Gonhane foi beneficiado, para além dos bairros 2 e 3 da aldeia Julius Nyerere e Micamwine, no distrito de Xai-Xai, na província de Gaza, e o posto administrativo de Murrébuè, em Cabo Delgado.
Segundo o Ministério de Energia, a electrificação dos distritos elevou o número de consumidores de energia eléctrica, tendo permitido até ao primeiro semestre deste ano a ligação para cerca de 43164 novos consumidores, totalizando 458860 ligados à rede nacional de transporte de energia, dos quais 402000 são domésticos. Foram igualmente electificados, na base de geradores, os postos administrativos de Mucojo, distrito de Macomia, e de Namaponda, distrito de Angoche.
“Com a realização destas ligações, torna-se possível alcançar um nível de acesso à energia eléctrica no país de cerca de 10 porcento, resultado que augura a superação da meta de 9.4 porcento para 2009”, disse Namburete.
PEDRO NACUO - Maputo, Quarta-Feira, 15 de Agosto de 2007:: Notícias

8/14/07

Moçambique - Pesquisas de petróleo !

Resultados de pesquisas de petróleo são encorajadores, afirma governo de Moçambique.
Maputo, Moçambique, 13 Ago - O governo moçambicano anunciou sexta-feira “resultados encorajadores e de confiança” nas pesquisas de petróleo, que reforçam a intenção de assinar mais acordos de prospecção até finais deste ano. O optimismo de Maputo em relação às operações de pesquisa de petróleo já em curso foi manifestado aos jornalistas pelo presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo de Moçambique, Arsénio Mabote, à margem de um encontro com representantes da indústria petrolífera em Moçambique. “Os dados até ao momento recolhidos pelas pesquisas em curso são encorajadores e dão-nos confiança. Precisamos de tempo, paciência e persistência”, sublinhou Mabote. Dez empresas, na maioria, transnacionais, estão actualmente envolvidas na prospecção de petróleo na Bacia de Moçambique, que compreende uma parte do Rio Rovuma, norte de Moçambique, até à fronteira, a sul, com a África do Sul, e na Bacia do Rovuma, que inclui as províncias de Cabo Delgado e Nampula, norte, bem como Sofala, centro. Na base dessa forte expectativa, está a existência de grandes reservas de gás e de outros hidrocarbonetos no país, que são indícios importantes da ocorrência de petróleo, sustentou o presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo de Moçambique. Mas as empresas envolvidas na prospecção de petróleo consideram que os dados sísmicos disponíveis até à data não são suficientes para sustentar a decisão onerosa de abrir poços nas áreas concedidas. No caso concreto da Bacia do Rovuma, sabe-se que os dados sísmicos disponíveis permitem fazer analogias com outras regiões do mundo onde há ocorrência de petróleo, para inferir que, naquela zona também se pode explorar aquele hidrocarboneto. “Na verdade, há indicações de que o sistema petrolífero do Rovuma funciona. Por exemplo, na zona próxima do Pemba Beach Hotel nota-se que há asfalto, o que é um indicador muito forte. O ponto, agora, é saber onde é que ele ocorre e em que quantidades" disse um dos oradores, em representação das companhias presentes no encontro, onde foram ouvidas intervenções da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, Petronas, Norsk Hydro e Anadarko.