(caricatura daqui)
Se Mugabe não ganhar (as eleições), militares recorrem às armas e derrubam o futuro governo. A ameaça é das chefias do exército do Zimbabué.
O brigadeiro-general David Sigauke, do exército do Zimbabué, ameaçou que a instituição militar derrubará pelas armas qualquer futuro governo que não seja liderado pelo presidente Robert Mugabe ou pelo seu partido, a Zanu-PF.
Discursando no fim-de-semana durante uma cerimónia de graduação de novos recrutas nos arredores da capital, Harare, aquele oficial superior exortou os cidadãos do seu país a «exercer os seus direitos eleitorais com sensatez nas eleições de 2008», recordando que o Zimbabué «não voltará a ser uma colónia».
Segundo o jornal «ZimOnline», o brigadeiro-general Sigauke afirmou aos novos graduados que a instituição militar tem a obrigação de defender a herança histórica e nacional do país bem como a soberania nacional.
«Como soldados temos o privilégio de sermos capazes de defender estes direitos em duas frentes: a primeira através da urna de votos e a segunda através do cano das espingardas se as coisas forem de mal a pior», disse o oficial citado pelo «ZimOnline».
Já em 2002, em vésperas de mais um controverso acto eleitoral ganho pela Zanu-PF de Robert Mugabe, o então comandante-em-chefe do exército (agora reformado), general Vitalis Zvinavashe, ameaçara numa conferência de Imprensa que o exército nunca seria leal a um presidente que não tivesse participado na luta pela independência.
Segundo analistas locais, ambas as ameaças são dirigidas directamente ao Movimento para a Mudança Democrática (MDC, a maior força da oposição), que é liderado por um antigo líder sindical, Morgan Tsvangirai.
Tsvangirai foi derrotado em todos os actos eleitorais desde 2000, embora tenha tido o apoio de inúmeras organizações internacionais e grupos de observadores na denúncia de graves irregularidades executadas pelo regime na preparação e execução das eleições bem como na contagem dos votos desde então.
Mugabe, que tem sistematicamente acusado a oposição de ser «um fantoche do Ocidente», em particular da Grã-Bretanha, tem contado desde a sua ascensão ao poder, em 1980, com a lealdade cega do aparelho militar.
Entre muitas recompensas dadas aos oficiais superiores dos três ramos das forças armadas, o presidente distribuiu pelos seus mais fiéis defensores milhares de hectares das terras que o seu governo expropriou aos agricultores brancos, situação que contribuiu grandemente para o colapso da economia do seu país.
Militares no activo ou na reforma têm sido nomeados em anos recentes para cargos governamentais, para as administrações de empresas públicas e até mesmo para os órgãos que gerem as eleições no país. Por exemplo, o presidente da Comissão Eleitoral, George Chiweshe, é um antigo juíz e general do exército, que foi nomeado para o Supremo em 2001 depois de Mugabe ter levado a cabo uma purga de todos os juízes que não pertenciam ao aparelho do seu partido.
Terça-feira os militares voltaram a ocupar pela força das armas mais uma propriedade agrícola de um zimbabueano branco, apesar de na véspera o vice-presidente Joseph Msika ter anunciado que mais nenhuma exploração agrícola seria expropriada pelo seu governo.
O brigadeiro-general David Sigauke, do exército do Zimbabué, ameaçou que a instituição militar derrubará pelas armas qualquer futuro governo que não seja liderado pelo presidente Robert Mugabe ou pelo seu partido, a Zanu-PF.
Discursando no fim-de-semana durante uma cerimónia de graduação de novos recrutas nos arredores da capital, Harare, aquele oficial superior exortou os cidadãos do seu país a «exercer os seus direitos eleitorais com sensatez nas eleições de 2008», recordando que o Zimbabué «não voltará a ser uma colónia».
Segundo o jornal «ZimOnline», o brigadeiro-general Sigauke afirmou aos novos graduados que a instituição militar tem a obrigação de defender a herança histórica e nacional do país bem como a soberania nacional.
«Como soldados temos o privilégio de sermos capazes de defender estes direitos em duas frentes: a primeira através da urna de votos e a segunda através do cano das espingardas se as coisas forem de mal a pior», disse o oficial citado pelo «ZimOnline».
Já em 2002, em vésperas de mais um controverso acto eleitoral ganho pela Zanu-PF de Robert Mugabe, o então comandante-em-chefe do exército (agora reformado), general Vitalis Zvinavashe, ameaçara numa conferência de Imprensa que o exército nunca seria leal a um presidente que não tivesse participado na luta pela independência.
Segundo analistas locais, ambas as ameaças são dirigidas directamente ao Movimento para a Mudança Democrática (MDC, a maior força da oposição), que é liderado por um antigo líder sindical, Morgan Tsvangirai.
Tsvangirai foi derrotado em todos os actos eleitorais desde 2000, embora tenha tido o apoio de inúmeras organizações internacionais e grupos de observadores na denúncia de graves irregularidades executadas pelo regime na preparação e execução das eleições bem como na contagem dos votos desde então.
Mugabe, que tem sistematicamente acusado a oposição de ser «um fantoche do Ocidente», em particular da Grã-Bretanha, tem contado desde a sua ascensão ao poder, em 1980, com a lealdade cega do aparelho militar.
Entre muitas recompensas dadas aos oficiais superiores dos três ramos das forças armadas, o presidente distribuiu pelos seus mais fiéis defensores milhares de hectares das terras que o seu governo expropriou aos agricultores brancos, situação que contribuiu grandemente para o colapso da economia do seu país.
Militares no activo ou na reforma têm sido nomeados em anos recentes para cargos governamentais, para as administrações de empresas públicas e até mesmo para os órgãos que gerem as eleições no país. Por exemplo, o presidente da Comissão Eleitoral, George Chiweshe, é um antigo juíz e general do exército, que foi nomeado para o Supremo em 2001 depois de Mugabe ter levado a cabo uma purga de todos os juízes que não pertenciam ao aparelho do seu partido.
Terça-feira os militares voltaram a ocupar pela força das armas mais uma propriedade agrícola de um zimbabueano branco, apesar de na véspera o vice-presidente Joseph Msika ter anunciado que mais nenhuma exploração agrícola seria expropriada pelo seu governo.
In Portugal Diário - 26/09/200710:38