(Imagem original daqui)
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Recebi a indicação por e.mail de um Amigo. E transcrevo pela oportunidade e "coincidência" com a realidade político-social atual em muitos "feudos" próximos e por esse mundo afora:
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Fábula - “O sonho dos ratos”
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Era uma vez um bando de ratos que vivia no buraco do assoalho de uma Casa velha.
Era uma vez um bando de ratos que vivia no buraco do assoalho de uma Casa velha.
Havia ratos de todos os tipos: grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e jovens, fortes e fracos, do campo e da cidade.
Mas ninguém ligava para as diferenças, porque todos estavam irmanados em torno de um sonho comum: um queijo enorme, amarelo, cheiroso, bem pertinho dos seus narizes. Comer o queijo seria a suprema felicidade...
Bem pertinho é modo de dizer. Na verdade, o queijo estava imensamente longe, porque entre ele e os ratos estava um gato...
Bem pertinho é modo de dizer. Na verdade, o queijo estava imensamente longe, porque entre ele e os ratos estava um gato...
O gato era malvado, tinha dentes afiados e não dormia nunca.
Por vezes fingia dormir. Mas bastava que um ratinho mais corajoso se aventurasse para fora do buraco para que o gato desse um pulo e, era uma vez um ratinho...
Os ratos odiavam o gato. Quanto mais o odiavam mais irmãos se sentiam. O ódio a um inimigo comum os tornava cúmplices de um mesmo desejo: queriam que o gato morresse ou sonhavam com um cachorro...
Como nada pudessem fazer, reuniram-se para conversar. Faziam discursos, denunciavam o comportamento do gato (não se sabe bem para quem), e chegaram mesmo a escrever livros com a crítica filosófica dos gatos. Diziam que um dia chegaria em que os gatos seriam abolidos e todos seriam iguais.
"Quando se estabelecer a ditadura dos ratos", diziam os camundongos, "então todos serão felizes"...
"O queijo é grande o bastante para todos", dizia um. - "Socializaremos o queijo, dizia outro".
Todos batiam palmas e cantavam as mesmas canções. Era comovente ver tanta fraternidade.
"Como seria bonito quando o gato morresse"! Sonhavam.
Nos seus sonhos comiam o queijo. E quanto mais o comiam, mais ele crescia. Porque esta é uma das propriedades dos queijos sonhados: não diminuem: crescem sempre. E marchavam juntos, rabos entrelaçados, gritando: " o queijo, já!"...
Sem que ninguém pudesse explicar como, o fato é que, ao acordarem, numa bela manhã, o gato tinha sumido.
O queijo continuava lá, mais belo do que nunca. Bastaria dar uns poucos passos para fora do buraco. Olharam cuidadosamente ao redor. Aquilo poderia ser um truque do gato. Mas não era. O gato havia desaparecido mesmo.
Chegara o dia glorioso, e dos ratos surgiu um brado retumbante de alegria.
Todos se lançaram ao queijo, irmanados numa fome comum.
E foi então que a transformação aconteceu.
Bastou a primeira mordida.
Compreenderam, repentinamente, que os queijos de verdade são diferentes dos queijos sonhados.
Quando comidos, em vez de crescer, diminuem.
Assim, quanto maior o número dos ratos a comer o queijo, menor o naco para cada um.
Os ratos começaram a olhar uns para os outros como se fossem inimigos. Olharam, cada um para a boca dos outros, para ver quanto do queijo haviam comido. E os olhares se enfureceram. Arreganharam os dentes. Esqueceram- se do gato. Eram seus próprios inimigos. A briga começou.
Os mais fortes expulsaram os mais fracos a dentadas. E, acto contínuo, começaram a brigar entre si. Alguns ameaçaram a chamar o gato, alegando que só assim se restabeleceria a ordem. Finalmente, o projeto de socialização do queijo foi aprovado nos seguintes termos:
"Qualquer pedaço de queijo poderá ser tomado dos seus proprietários para ser dado aos ratos magros, desde que este pedaço tenha sido abandonado pelo dono".
Mas como rato algum jamais abandonou um queijo, os ratos magros foram condenados a ficar esperando...
Os ratinhos magros, de dentro do buraco escuro, não podiam compreender o que havia acontecido.
O mais inexplicável era a transformação que se operara no focinho dos ratos fortes, agora donos do queijo. Tinham todo o jeito do gato, o olhar malvado, os dentes à mostra.
Os ratos magros nem mais conseguiam perceber a diferença entre o gato de antes e os ratos de agora. E compreenderam, então, que não havia diferença alguma. Pois todo rato que fica dono do queijo vira gato.
Eles comem tudo...Eles comem tudo e não deixam nada !
ResponderEliminarComem mesmo! O pior é que a "fome zero" é uma compra segura de votos à longo prazo...
ResponderEliminarOs ratos (que nesse caso são ruminantes) continuam no poder.
Adorei o texto.
Mayra
...o que, conjugado com a divulgação massiva, "espetaculosa" em fatos e realizações sequer consumados, de "endeusamento" individualista e populista de ídolos de barro, altamente onerosa e custeada por recursos públicos que deveriam ser utilizados para minimizar as dificuldades da Nação em geral, realmente o voto vai sendo "comprado" entre os mais humildes e nada esclarecidos, "embebedados" com toda essa "euforia-marketeira".
ResponderEliminarMas a conta de todas essas "extravagâncias" que incham a nação virá certamente e mais para a frente. O tempo falará por si. É só aguardar o desenrolar da crise económica mundial que está bem próxima.
Interessante,mt mt interessante mesmo! Pode dizer-se,_espantosa fabula esta, pela fidelidade com ke retrata as ate agora repetidas e frustadas tentativas do homem em eregir uma sociedade mais justa e ekilibrada, na kal o maximocratismo dos ex-antioficiais
ResponderEliminarnao derrape numa orgia desenfreada e cruel contra as massas ignorantes e oscilantes.
Na verdade, o pb da humanidade, e ke ate hj praticamente todas as lutas(chamemos de revolucoes)iniciadas pelos injusticados, pelos revolucionarios(ke eu designo por anti-oficiais)tem recriado sociedades injustas em ke os novos Oficiais devido a um maximocratismo desproporcional rapidamente reerguem sociedades nao raras vezes, sistemas mais ferozes e injustos ainda. O interessante 'e ke no comeco as massas (os oscilantes)concordam e poiam a violencia ke os novos chefes vao impodo aos insubirdinados. Nao tarda porem, ke as massas se deem conta ke, pouco a pouco, a tal violencia ratazanal digorevolucionaria depressa passe a ser aplicada arbitrariamente contra todos os ke criticamente se manifestem contra os abusos do poder e a comilaca desenfreada, ke se estende por toda a nova sociedade.
Creio nem eu, nem msm o autor da fabula e kase todos ke acham esta fabula interessante, o fazemos nao pk nao keremos ke se facam mais tentativas de construir sociedades mais justas. Por mim, essa deve-se ser objectivo ultimo do homem,_aperfeicoar-se permanentemente, como individuo e como ser social!Contudo esse esforco nao deve ser feito ignorando esta terrificante realidade, ke o combate contra os ferozes, egoistas omnipresentes e gatoes e toda a sorte de animais de rapina desta vida, tem gerado invariavelmente, outros nao menos ferozes e egoistas ratos ke tomam tudo pra eles e pra as outras criaturas ke ajudem a perenizar sua recente dominacao.
EM Portalegre, no FORUM SOCIAL MUNDIAL "UM OUTRO MUNDO 'E POSSIVEL", apresentamos um novo paradigma e ate msm um manifesto, ke a acreditamos,podera ajudar a criar sociedades mais justas onde os injusticados apos uma luta triunfante, nao reedifikem, uma outra sociedade igual/ injusta e cruel.
Se estiverem interessados visitem o site www.globaltriunity.net , onde poderao encontrar textos sobre este paradigma da proporcio-nalidade.
Carlos Macoo