”Embora poucos destacados membros do partido tenham apoiado publicamente Makoni alguns analistas acreditam que este tem o apoio tácito de vários membros da hierarquia militar e dos serviços secretos, as pessoas com quem Mugabe tem contado para efectuar fraudes nas eleições. Alguns especulam sobre se os votos falsos serão desta vez divididos”.
Palavras de um artigo de Barry Bearak do NY Times sobre as eleições no Zimbabwe. O correspondente deste diário americano abordou nesse mesmo artigo a situação económica no país fazendo notar que de acordo com o programa alimentar mundial quase meio milhão de pessoas estão sub nutridas, os principais hospitais deixaram de fazer cirurgias por falta de anestesia e a inflação destroi os frutos do trabalho.
Escreveu o correspondente que quando a 18 de Janeiro o banco central do Zimbabwe pôs em circulação uma notar de 10 milhões de dólares isso era suficiente para comprar uma galinha, mas agora já só compra alguns ovos tendo o valor de 40 cêntimos americanos. Acrescentou Bearak:
"A inflação no Zimbabwe é oficialmente um numero acompanhado de muitos zeros algo que poucos indícios fornece dos males que isso causa. O economista John Robertson afirma que a nova nota perde o valor de 70 dólares zimbabwianos por minuto. Dinheiro ganho tem que se rapidamente convertido em dinheiro gasto; só bens que se podem comercializar e dinheiro estrangeiro mantém o seu valor”.
(Imagem original recolhida na net - Garoto com dinheiro suficiente para comprar um pão.)
Palavras de uma reportagem de Barry Bearak do NY sobre a situação no Zimbabwe. A reportagem era datada de Harare e titulada Em crise o Zimbabwe pergunta: pode Mugabe perder?
A analista Francis Kornegay do centro de estudos políticos em JHB na África do sul escreveu uma analise sobre a situação no Quénia em que afirma que a violência que ali eclodiu é símbolo de um mal político africano que segundo afirma afecta o desenvolvimento do continente.
Para Koernegay o continente tem a tendência de seguir a via de ditaduras autoritárias ou monarquias absolutas. Essas hegemonias, acrescentou são reforçadas por cliques de natureza étnica, de clãs ou de natureza regional em que a política é um processo de ou tudo ou nada.
Para Francis Kornegay há uma solução:
"A integração regional na África oriental e no continente é a única esperança para a paz, segurança e estabilidade. Para a política dos Estados Unidos e do ocidente para África ter alguma relevância no fortalecimento da estabilidade, uma maior ênfase deve ser dado ao fortalecimento da integração regional como um corolário de governação efectiva “.
Palavras de um comentário de Francis Kronegay do Centro de Estudos Políticos da África do Sul. O comentário foi publicado no Christian Science Monitor com o titulo de ”Porque é que o Quénia é vital para o futuro de África”. In VOANews - Por João Santa Rita 10/03/2008
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