7/25/09

Em São Paulo/Brasil: Campanha fotográfica África em Nós

Agradecendo a anuência de Juliana Sardinha, médica e blogueira sábia que tenho a dita de conhecer em meu "recanto bucólico", e "sigo" na net lendo diáriamente seu "Dicas Blogger", transcrevo, tentando ampliar a divulgação desta campanha interessante, que envolve a África de muitos de nós e os laços intensos que a irmanam ao país Brasil:

""Fui procurada pela assessoria de imprensa da campanha fotográfica África em Nós, criada pela secretaria de Estado da cultura de São Paulo, para a publicação deste release.¹

Como se trata de um projeto cultural muito bacana, concordei em apresentá-lo para vocês.

A matéria abaixo, é de autoria da própria assessoria da campanha e foi distribuída a diversos outros meios de comunicação.

A campanha fotográfica África em Nós, criada pela secretaria de Estado da cultura de São Paulo convoca toda população paulista a participar através da fotografia, no que ela vê, sente e compreende sobre a presença e a herança africana no dia a dia.

O tema é a própria África, o continente mãe. Como perceber os sinais africanos? Quais os sinais perceptíveis em nossa cultura? Cada participante deve realizar sua foto mostrando como vê e sente esta África que existe perto de nós.

Visite o site da campanha http://www.africaemnos.com.br/ para ler o regulamento e participar.

Fotógrafos amadores ou não podem mandar suas fotos até dia 15 de Setembro.

O curador responsável é o fotógrafo renomado Walter Firmo.""
- ¹ Release: Informação preparada pela assessoria de imprensa e encaminhada aos veículos.

7/24/09

Para além de fragilizada na sua participação, juventude moçambicana está alienada e atrelada ao governo.

Diário de Notícias, Maputo, quinta-feira, 23 de Julho de 2009 – Edição 1436 - “Juventude está alienada e atrelada ao governo” -advogam analistas, associações juvenis e jovens estudantes, sustentando que os jovens parlamentares não são produtivos.

Numa altura em que se aproxima o período eleitoral, agendado para Outubro que se avizinha, a massa juvenil, que representa amaioria da população moçambicana, é chamada a posicionar-se em relação aos processos políticos, para além dos sistemas de gestão pública do país.

Nesse âmbito, abrem-se muitos campos de debate e análise, entre eles na imprensa, para discutir o modo como os jovens podem influenciar as decisões políticas em Moçambique.

Facto curioso, é que os próprios jovens são manietados pelos “mais velhos” governantes para proferir discursos enganadores contra outros jovens, principalmente quando chegam épocas de campanhas e eleições políticas.

Segundo jovens de diversas sensibilidades, dentre os quais, o Analista, Venâncio Mondlane; o actor e ex-Presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), Gilberto Mendes; o jovem músico, Azagaia, entre outros, a juventude moçambicana está sendo alvo de manipulações ideológicas onde, por causa disso, os que podem decidir tomam como base disciplinas partidárias. Estes afirmaram ainda que “a nossa juventude é alienada e atrelada aos interesses do governo”.

Estas declarações foram avançadas, terça-feira última, em Maputo, durante um programa televisivo da privada STV que pretendia discutir “o papel dos jovens na influência das decisões políticas”, o qual foi marcado por desvios constantes do foco do tema, para além de se dar enfoque à defesas ideológicas sobretudo, partidárias e muitos tumultos.

Para Dalfino Guila, representante do CNJ, os jovens encontram-se fragilizados na sua participação, e, por exemplo, os representantes da juventude na casa do povo não são produtivos nem respondem aos interesses dos jovens.

Ainda sustentando esta ideia, Gilberto Mendes afirmou que o problema é falarem o politicamente correcto e não exigem nada.

Por sua vez, o jovem músico MC Roger, disse que a solução para a problemática que aflige a juventude é o resgate da auto-estima, que muitos jovens não possuem. Disse que os jovens devem procurar trabalhar e parar de reclamar.

Ainda no debate, um jovem fez o que muitos que exibiram capacidade de retórica não foram capazes de o fazer, que é apresentar acções concretas e projectos que podem tirar os jovens do actual cenário de desemprego. O referido jovem apresentou o projecto “Mudjoco” que resgata e insere socialmente ex-meninos de rua, aliás, ele apresentou-se como sendo menino da rua.

Venâncio Mondlane tentou dar uma solução ao debate, afirmando que “para mudarmos o actual cenário devemos erradicar as células partidárias nas instituições públicas”.

De salientar que, os participantes do “Debate da Nação” fugiram radicalmente do tema, mostraram a desorganização juvenil por discutirem eficácia partidária e alguns a proferirem insultos contra outros intervenientes, como o MC Roger, que insistentemente, o chamaram de boçal por almoçar ou jantar com o Presidente da Repúbica
- André Manhice.
.
Acrescento: Não só a juventude moçambicana está em grande parte alienada, "presa" por conveniência e subserviente por obrigação ou "dívida" ao domínio do partido no poder, como tal "vírus" se espalha por todo o Moçambique, "infetando" a maioria da população pobre, política e socialmente inculta além de desinformada e desinteressada em todos os sentidos, sem outra opção melhor que a motive. E, "em terra de cegos, quem tem um olho é rei", sim senhor!