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Primeiro notebook (laptop) português poderá ser exportado para África, América Latina e outros países da Europa.
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Lisboa, 30 jul (Lusa) - O computador portátil "Magalhães", que será fabricado em Portugal pelo consórcio JP Sá Couto/Prológica, em parceria com a multinacional Intel, poderá ser exportado para África, América Latina e outros países da Europa.
"Temos desenvolvido iniciativas comerciais e contatos com vários países tendo em vista a exportação do novo computador", afirmou Luís Cabrita, da Prológica, em declarações na cerimônia de apresentação do novo laptop.
O computador tem como público-alvo crianças de seis a dez anos e, em setembro, começará a ser distribuído aos alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental de Portugal a um custo máximo de 50 euros (R$ 122,50).
Na primeira fase da produção, o "Magalhães" será produzido em espaço que pertence à atual fábrica da JP Sá Couto, em Matosinhos, no Grande Porto, mas está prevista a construção de uma nova unidade.
"A capacidade de produção atual da fábrica é de 40 mil unidades por mês, mas vamos construir uma nova fábrica para poder corresponder às encomendas que sejam solicitadas", explicou João Paulo Sá Couto, sócio de uma das fabricantes do "Magalhães".
Sá Couto afirmou que "já existem algumas encomendas", mas se negou a adiantar quantidades e os nomes de possíveis clientes. O executivo também não quis revelar o valor do investimento nesta nova fábrica, alegando que "as negociações ainda estão em curso".
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O "Magalhães".
Primeiro computador portátil com acesso à internet fabricado em Portugal, o "Magalhães" teve seu nome inspirado no navegador Fernão de Magalhães, que fez a primeira circunavegação do mundo.
O novo computador é baseado na segunda versão do "Classmate" da Intel, um laptop desenvolvido especificamente para o mercado da educação pela multinacional norte-americana.
"É um computador de última geração tecnológica, pensado para as crianças, para resistir melhor ao choque e aos líquidos", afirmou o primeiro-ministro português, José Sócrates, na cerimônia de apresentação do "Magalhães", que tem autonomia de seis horas e trabalha com qualquer sistema operacional.
Sócrates disse que o laptop luso tem "tudo o que de mais moderno existe", como o último microprocessador da Intel - a única peça que não será de tecnologia portuguesa quando o projeto entrar em sua segunda fase de produção, ainda este ano.
"No fundo, é um computador para as crianças e para todos, é para ser utilizado dos sete aos 77 anos", declarou o primeiro-ministro.
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"e.escolinhas".
José Sócrates anunciou nesta quarta-feira a distribuição de 500 mil computadores portáteis aos alunos do primeiro ciclo do ensino fundamental no âmbito do novo programa "e.escolinha".
"Queremos que o computador faça parte do material escolar de todas as escolas", afirmou o premiê português durante a cerimônia de apresentação do "Magalhães".
O "Magalhães" será gratuito para os estudantes mais pobres de Portugal e custará 20 ou 50 euros para os demais, dependendo do rendimento das famílias.
A partir de setembro, as escolas portuguesas vão identificar os alunos interessados em aderir ao programa "e.escolinhas" e ficarão responsáveis pela distribuição das unidades encomendadas.
O programa "e.escolinha" é parte do plano tecnológico lançado pelo governo português em 2005 e é baseado nos princípios do programa "e.escola", que permite a estudantes, professores e trabalhadores em cursos de formação adquirirem um laptop pelo valor máximo de 150 euros, pagando até 17,50 euros mensais pelo acesso à banda larga.
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Portugal conectado.
No primeiro trimestre deste ano, as vendas de computadores portáteis mais do que duplicaram em Portugal na comparação com o mesmo período de 2007, passando de 109.379 para 230.044, segundo dados da consultora IDC.
Entre janeiro e março, o número de usuários da rede wi-fi em Portugal ultrapassou, pela primeira vez, o número de utilizadores da banda larga fixa, segundo dados estatísticos publicados pelo órgão regulador Anacom.
De acordo com a Anacom, no final dos primeiros três meses deste ano, 1,71 milhão de portugueses tinham acesso à banda larga móvel e 1,58 milhão usavam a rede fixa. Destes, 1,52 milhão tinham internet banda larga.
Em termos de taxa de penetração da banda larga, o número de clientes das redes móveis equivale a 16,2% dos habitantes de Portugal, contra 14,4% que usam a fixa.
- In UOL Economia, 30/08/08.
- In UOL Economia, 30/08/08.
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