Mostrar mensagens com a etiqueta ditadura no Irã. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta ditadura no Irã. Mostrar todas as mensagens

12/11/09

MULHER !


9/30/09

Ronda pela Imprensa brasileira: Onde se fala de ditadores, Honduras, Irã, Brasil e determinadas simpatias políticas.

Jornal Folha de São Paulo - Editorial - via blog do Noblat:

O Brasil se intromete mais do que deve em Honduras e toma atitude estranha de negar-se ao diálogo com governo de fato.

O envolvimento do Brasil na crise hondurenha foi além do razoável, e provavelmente o Itamaraty já perdeu a capacidade de mediar o impasse. É preciso dar um passo atrás e recuperar a equidistância em relação seja à intransigência de um governo ilegítimo, seja a uma plataforma, dita bolivariana, descompromissada com a democracia.

O Brasil perdeu o mando sobre sua embaixada em Tegucigalpa. A casa está ocupada por cerca de 60 militantes, que acompanham o presidente deposto, Manuel Zelaya. Devido à omissão do governo brasileiro, Zelaya e seu séquito transformaram uma representação diplomática estrangeira numa tribuna e num escritório político privilegiados.

O salvo-conduto para o proselitismo chegou ao ápice no sábado. De dentro da embaixada brasileira, Zelaya conclamou a população do país à revolta. Se o Brasil considera o presidente deposto seu "hóspede", deve impor-lhe a regra fundamental da hospitalidade diplomática: calar-se sobre temas políticos internos. Do contrário, caracteriza-se intromissão de um país estrangeiro em assuntos domésticos hondurenhos.

A propósito, terá o Itamaraty controle sobre todos os cidadãos alojados em sua representação? Sabe, de cada um, a nacionalidade e o motivo de estar ali? O abrigo deveria restringir-se a Zelaya e seus familiares próximos; todos os demais precisam ser retirados da embaixada. Não cabe ao Brasil hospedar a guarda pretoriana do presidente deposto.

Outra posição cada vez mais estranha do Brasil é a recusa absoluta de negociar com o governo interino de Roberto Micheletti. Tal intransigência contraria a tradição diplomática do Itamaraty, não contribui para a dissolução do impasse e cai como uma luva para o objetivo do chavismo -interessado em prolongar a desestabilização política em Honduras.

O presidente Lula negocia com a ditadura cubana e a favor dela interveio na Assembleia Geral da ONU. Em Nova York, afagou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que acabava de reiterar a negação do Holocausto e ser flagrado em nova trapaça nuclear.

Logo depois, na Venezuela, Lula se reuniu com golpistas africanos e ditadores homicidas do continente, como Robert Mugabe (Zimbábue) e Muammar Gaddafi (Líbia) -o líder sanguinário do Sudão não pôde comparecer porque poderia ser preso numa conexão aérea.

O regime chefiado por Roberto Micheletti em Honduras ocupa categoria bem mais tênue de ilegitimidade democrática. Violou a Constituição ao expulsar do país um presidente eleito, quando a ordem da Corte Suprema era de prender Zelaya, por afronta a essa mesma Carta.

O governo interino, contudo, respeitou a linha sucessória constitucional, assegurou o poder em mãos civis e manteve o calendário das eleições presidenciais, marcadas para 29 de novembro.

O Brasil precisa recobrar a lucidez diplomática - e, com ela, a sua capacidade de mediação.

Ajudar a dissolver o impasse é a melhor contribuição que o Itamaraty tem a oferecer no caso de Honduras.

7/30/09

Pelo mundo não democrático: Ditadura do Irã continua destruindo a liberdade. Mas o povo resiste!

(Imagem original daqui)

Diz o Estado de São Paulo de hoje: ""Polícia faz Mousavi deixar ato e prende manifestantes no Irã.

Cerimônia nesta quinta-feira em homenagem aos mortos durante os protestos de junho é considerada ilegal.

Teerã - A polícia iraniana impediu nesta quinta-feira, 30, que o líder da oposição Mir Hossein Mousavi participasse de uma cerimônia em homenagem aos mortos em atos violentos ocorridos em protestos contra os resultados da eleição presidencial no mês passado. Segundo testemunhas, policiais obrigaram Mousavi a voltar para seu carro e deixar o cemitério Behesht-e Zahra, onde participantes do ato foram detidos.

As autoridades não deram permissão para realização da cerimônia. Atos em homenagem aos mortos são chamados de Arbayeen no Irã e geralmente ocorrem 40 dias após o falecimento. Entre os mortos que serão homenageados nesta quinta está Neda Agha Soltan, uma jovem iraniana cuja morte foi filmada por uma câmera celular. O vídeo circulou por todo o mundo através da Internet e Neda tornou-se símbolo dos protestos iranianos. Ela foi morta com um tiro quando assistia aos protestos.

De acordo com os relatos, Mousavi conseguiu deixar seu carro e ir até o túmulo de Neda. "Mousavi não pôde, no entanto, recitar os versos do Corão tradicionalmente proferidos em tais ocasiões e foi imediatamente cercado pela tropa de choque e levado de volta a seu carro", disse uma testemunha. "Ao mesmo tempo, quem estava ali cercou o carro e não permitiu que ele fosse embora. A polícia então começou a empurrar os manifestantes", prosseguiu a testemunha. Depois disso, Mousavi deixou o cemitério.

Ainda segundo as testemunhas, dezenas de pessoas foram detidas durante a homenagem.

"Centenas estavam reunidos ao redor do túmulo de Neda Agha Soltan para lembrar a sua morte e de outras vítimas quando a polícia os prendeu. Centenas de policiais antidistúrbio chegaram no local e tentaram dispersar a multidão", afirmou uma testemunha para a agência Reuters. Mais cedo, os líderes da oposição confirmaram que participariam da cerimônia, desafiando o governo e a Guarda Revolucionária iraniana.

O general de brigada Abdollah Araghi, comandante da Guarda Revolucionária em Teerã, alertou para o risco de confrontos caso os reformistas insistam em realizar qualquer concentração. "Não estamos brincando. Vamos confrontar os que quiserem lutar contra a instituição clerical", disse Araghi na quarta-feira, segundo a agência semioficial de notícias Fars.

Segundo a BBC, as autoridades do Irã deram sinais de que podem ceder um pouco às pressões da oposição. Alguns integrantes da oposição que estão presos serão liberados, depois de acusações de maus-tratos a alguns dos detentos - e até mortes. Além da libertação dos detidos o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, ordenou o fechamento de um centro de detenção em Teerã no qual manifestantes oposicionistas eram mantidos. A razão para o fechamento do centro, segundo o governo, teria sido a violação dos direitos dos detidos por parte da administração.

Para o líder supremo as medidas equivalem a uma nova humilhação. A ordenação do fechamento de uma prisão é uma tarefa geralmente executada pelo presidente ou pelo ministro do Interior.

Com a cerimônia de posse do presidente Ahmadinejad prestes a acontecer nos próximos dias, a pressão sobre o governo deve apenas aumentar.""
- Estado de São Paulo, quinta-feira, 30 de julho de 2009.

Teerã hoje:

  • Vídeo com a morte da jovem Neda no YouTube (cenas fortes) - Aqui!