7/24/07

Gastronomia de Moçambique - Sabores do IBO...

FEIJOADA À MODA DO IBO
A culinária moçambicana, devido à colonização ao longo dos séculos, é uma rica fusão de sabores, história e diferentes culturas de África, Oriente e Europa e que se diversifica de região para região, sendo a do norte rica em pratos confeccionados à base de coco, mandioca e temperos típicos daquela região. O Ibo, inserido geográficamente no norte de Moçambique, foi a ilha principal do sultanato do arquipélago das Quirimbas. Um dos seu pratos mais populares e caracteristicos é a "feijoada à moda do Ibo" que hoje aqui trazemos. Como a população da Ilha era quase 100% mulçumana, esta feijoada não leva carne de porco. A base, é galinha, camarão e as quantidades são ao gosto e conforme o número de pessoas. De preferência o feijão e a galinha, devem ser do tipo cafreal, isto é pequenos e saborosos. No sul de Moçambique, este feijão chama-se "Timbauene".
Como fazer:
O feijão coze-se primeiro, de preferencia com um chouriço de carne de vaca ou carneiro para dar o gosto. Entretanto, prepara-se o refogado com os temperos: A cebola não deve ser muito picada, o alho só pisado e tudo isto se frita em muito pouco oleo, com tempero de pó de caril (mistura de açafrão indiano, colorau, coentro e cominho). Podem colocar-se outros temperos, ao gosto. Depois do refogado estar bem cheiroso, deita-se a galinha aos pedaços, mexe-se bem para fritar por fora sem deixar cozinhar e depois tapa-se o tacho que fica no fogo cozinhando. Se precisar de liquido, só cerveja ou vinho branco. Nunca água. Quando a galinha estiver quase cozida, coloca-se o camarão descascado (há quem deixe ficar as cabeças) junto com o feijao e deixa-se ferver por 5 minutos. Então, mistura-se com uma lata de leite de coco e deixa-se levantar fervura, mexendo sempre mas não mais que cinco minutos depois que ferveu.
E está pronta a feijoada à moda do Ibo. É melhor quando feita de véspera. Serve-se com arroz branco simples ou de coco, banana frita e ananáz grelhado, querendo.
Receita oferecida pela moçambicana Maria da Conceição Alves.

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