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4/15/09

Moçambique, a Portuguesa Santista, o jornalista Gouvêa Lemos e os tempos do abominável apartheid...

(Imagem original daqui)

Não podia deixar de citar neste blogue. Afinal vale como documento histórico pois refere a estimada e briosa Portuguesa Santista de tantas emoções e alegrias, o Moçambique que é razão deste espaço e ensejo de muitos leitores que aqui vêm, o jornalista luso-moçambicano, com raízes lá no meu Douro Gouvêa Lemos e um acontecimento que relembra belos momentos de uma visita de irmãos de idioma e de esporte ao Moçambique colonial do ano já distante de 1959, mas também um incidente lamentável originado numa África do Sul racista, à época!

Do blogue Lanterna Acesa transcrevo, se me permite o "jovem" e ilustre José Paulo Moreira de Carvalho Gouvêa Lemos:

""Tempos de apartheid - Tenho esta fotografia como uma das recordações do meu Pai como jornalista (repórter, cronista, diretor de redacção).

Foi quando da visita a Lourenço Marques, Moçambique, em 1959, do clube de futebol brasileiro Portuguesa Santista.

O que eu não sabia é que nessa excursão da Portuguesa por África, em especial pelas colônias portuguesas, também haviam passado pela África do Sul, onde iriam jogar na cidade do Cabo, e que acabaria por haver um incidente diplomático entre o Brasil e a então África do Sul, porque estes últimos não aceitaram que três dos jogadores da Portuguesa, por serem negros, participassem da partida.

Os jogadores da Portuguesa, com o apoio do governo brasileiro, já no vestiários, depois de já terem passado por humilhações no porto por terem negado inicialmente o desembarque a estes três jogadores, e ao ficarem sabendo que estes estariam proibidos de participar, negaram-se a jogar e retiram-se do estádio e do país.

Com esta decisão passou a ser o Brasil um dos primeiros países, tendo na época o Juscelino Kubitschek como Presidente da República, a tomar uma posição internacional contra o regime do apartheid.

Assista à reportagem exibida no “Esporte Espetacular”, da TV Globo:

1/09/08

Ronda pela net - O assunto é Mulher Negra nas novelas que o Brasil exporta !

Denise Arcoverde, de 43 anos que, depois de muita insistência, Ted, o marido, "sequestrou" e levou para viver com ele em Estocolmo, na Suécia mas depois, o destino levou pra Washington, DC, nos EUA, onde muito feliz, tem por habito considerar seu blog "Síndrome de Estocolmo" a "pracinha" onde troca idéias, discute assuntos polêmicos ou fala abobrinhas.
O assunto polémico que li hoje fala da mulher negra e racismo no mundo das novelas e não só:
.
MULHER NEGRA NA MÍDIA: PREDADORA SEXUAL OU MÃE DE SANTO.
Vocês viram uma matéria no Fantástico sobre modelos negros no mercado brasileiro de moda?... ...
Estava mesmo pensando nessa exploração da sexualidade negra, ao ver alguns capítulos da PA-VO-RO-SA novela Duas Caras (olha que sou noveleira, assisto quase tudo, mas essa está na lista das absolutamente insuportáveis).
A tal novelinha, entre muitos outros preconceitos de arrepiar (professores, universitários e qualquer pessoa que tenha lutado contra a ditadura militar são mostrados como canalhas, oportunistas ou figuras ridículas) acaba sendo um bom exemplo do que é o imaginário brasileiro em relação às mulheres negras, segundo o qual, só existem duas opções na vida para elas.
Elas são jovens, gostosas, predadoras sexuais: a empregada que quer ser madrinha de bateria; a empregada que vive levando cantada do filho do patrão (foto e video ao lado... o sonho do Barretinho) ou duas amigas que só pensam em arrumar um namorado nos condomínios da barra.
E se envelhecem, elas viram mães de santo (que já se encarregaram de matar, pra ser substituída pela jovem gostosona,...) e empregadas "de confiança" da mocinha branca e desamparada.
Se quase toda mulher de meia idade, no Brasil, já é descartada dos meios de comunicação, imagine as negras, são completamente invisíveis. Enquanto elas são over-sexualizadas na juventude, depois de uma certa idade, são tratadas como seres assexuais e desaparecem das novelas e filmes. Até voltar, como velhas sábias ou empregadas de confiança.
Atrizes brancas têm sempre um papel garantido, independente da idade, tem lugar pra Renata Sorrah, Suzana Vieira, Marilia Pera, Beth Faria e até Maríiia Gabriela. Pobres ou ricas, são personagens que têm um mínimo de complexidade ou alguma história.
O post ilustrado com videos aqui !