Apenas metade das 600 mil pessoas afectadas pela fome em Moçambique está a receber comida, devido à insuficiente ajuda alimentar, anunciou hoje o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).
Segundo o director do INGC, Silvano Langa, o envio entre 15 a 20 camiões com comida no sul e centro do país permitiu que o número de beneficiários do auxílio alimentar subisse de 30 por cento para 49 por cento.
"Os recurso disponíveis não cobrem o universo das pessoas afectadas pela fome, à medida que as promessas feitas pelos nossos parceiros se forem concretizando, vamos alargar o número de beneficiários", sublinhou Langa.
A título de exemplo, o director do INGC referiu que os apoios até agora fornecidos permitiram que aumentasse de 40 para 70 por cento a população beneficiada pela ajuda alimentar na província de Gaza, sul do país, das 145 mil pessoas atingidas pela fome naquela área.
O chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, lançou no fim- de-semana na Matola, sul de Moçambique, um apelo para a "intensificação de acções de apoio às pessoas afectadas pela seca no país".
Falando num culto religioso da Igreja Velha Apostólica de Moçambique, Guebuza apontou a falta de infra-estruturas de retenção de água como uma das causas da seca que se verifica em alguns pontos do país, sublinhando que algumas áreas registaram precipitação, mas que não foi aproveitada.
"Os moçambicanos devem saber escolher os locais para a prática de cada tipo de actividade de acordo com as condições que cada zona oferece, pois existem zonas propícias para cada actividade", ressalvou o Presidente moçambicano.
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