12/02/05

O estado da Nação é bom ??????

No seu primeiro informe Geral à Nação, Armando Guebuza foi igual ao seu antecessor em seu último acto.
Em Abril de 2004, Chissano disse que a Nação `está bem´, na última terça-feira Guebuza só variou para dizer que `o Estado da Nação é bom´.
Num discurso interrompido sete vezes por ruidosos aplausos da bancada da Frelimo, o Presidente da República minimizou a asfixiante subida dos preços de combustíveis, a seca prolongada e o comportamento `atípico´ da divisa moçambicana, o Metical.
Pior: ignorou o Crime Organizado.
Curiosamente, deputados da Renamo-UE ficaram de pé quando Guebuza entrou na sala magna da AR, mas, para variar, não aplaudiram.
`Respeitamos a figura de Chefe de Estado e não o indivíduo´, comentou Eduardo Namburete, porta-voz da RUE, quando abordado pela reportagem do SAVANA.
O discurso de Guebuza aconteceu num ambiente ordeiro e carregado de civismo, longe de apitadelas e batucadas que a bancada da perdiz já proporcionou em cerimónias idênticas, no mandato de Joaquim Chissano.
Num discurso que, como já era previsível, dividiu opiniões, Guebuza exortou os órgãos da administração da justiça para que a tornem acessível a todos os cidadãos.
`Não basta que (...) os juízes e procuradores sejam competentes, céleres e incorruptíveis.
É preciso que também pareçam como tal aos olhos do nosso povo´, frisou Guebuza, lembrando o célebre Nicolau Maquiavel quando pregou que a mulher de César não basta que seja fiel, mas, também, deve parecê-lo.
Dedicou igualmente espaço á área da construção, reabilitação e manutenção de infra-estruturas, no qual considerou que está a registar avanços significativos.
Disse que o seu governo está a cumprir com a promessa de levar o desenvolvimento para as zonas rurais.
Numa comunicação de 22 páginas lida em uma hora, Guebuza dedicou dois parágrafos a lamentar os recentes acontecimentos sangrentos registados no pacato município da Mocímboa da Praia.
Guebuza disse que aqueles actos constituem um atentado á unidade nacional, frisando que, dentre outras armas, foi utilizado o tribalismo.
As confrontações entre activistas da Frelimo, polícia e simpatizantes da Renamo ocorreram após as eleições intercalares e ceifaram a vida a mais de uma dezena de pessoas...
fonte: SAVANA
Via: "Imensis"

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