3/27/07

QUALQUER UMA.


Que belas são as Árvores, qualquer uma. Quando entramos no mato, na floresta ou no bosque a energia que as Árvores nos dão é tão especial que nos faz escrever histórias de gnomos de feiticeiros e de magos. Quando entrei na floresta escandinava eram os Gnomos que corriam atrás de mim, ouvia-lhes os passos nas folhas mas não os via. As folhas crepitavam feitas brasas quase arrefecidas quando seus pézinhos tocavam nelas.
Subiam nas minhas calças largas e chegavam a pendurar-se no meu cabelo para se balouçar com seus risos e gritos alegres e afinados. Tão coloridos estavam vestidos que pareciam flores a abrir no tecido.
Gostei sempre de ir apanhar cogumelos nas florestas escandinavas, sei que albergam a Vida mais pura e bela naquele Norte frio. É ali que as Árvores nos falam e nos segredam aos ouvidos os mistérios da Vida.
Estes segredos quem os alberga são as Árvores, quantos terão para contar a quem nestas florestas entrar.
Inez Andrade Paes
27 de Março de 2007
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Inez Andrade Paes, natural de Pemba - Moçambique e residente em Portugal, é também, além de poetisa de sensibilidade invulgar, artista plástica e escritora. Alguns de seus trabalhos podem ser apreciados na net, aqui:

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