Há cerca de três semanas a saúde em Cabo Delgado fez uma incursão pela mais famosa casa de hóspedes da actualidade nacional, o “Beach Hotel” onde foi encontrar esta surpresa: produtos fora do prazo.
Levou amostras de cervejas e água tónica para análises laboratoriais que vieram a provar que, na verdade, não se deveriam consumir no dia em que foram servidos aos clientes do cinco-estrelado hotel.
Uma realidade que não deixa sossegados e que nos aconselha a preferir as nossas barracas, onde os produtos são consumidos no dia que chegam, com pouca probabilidade de ficarem armazenados. Lá o grande problema é a higiene.
Há também quem disse uma vez que Robert Mugabe está fora do prazo por causa da crise do seu país, que na semana passada não conseguiu ver nas proporções em que em Moçambique se fala.
Na companhia de mais três moçambicanos, vimos muitos produtos à venda em toda a nossa trajectória, via terrestre, de Mutare até Harare, passando por regiões do interior, entre montanhas. Ficamos chocados pela diferença entre o que ouvimos e o que vimos no Zimbabwe. Serviços, supermercados, estradas, restaurantes e escolas a funcionarem em pleno.
O povo vai-se “lixando” com o que os políticos acham ser uma crise, vendendo os seus produtos ao longo das estradas e no dia 13 deste mês duas carrinhas de matrículas amarelas, cheias de repolho, transpunham a fronteira de Machipanda, na província central de Manica, para fornecimento às instituições sociais (saúde e educação), no interior do nosso país.
Um homem das Alfândegas disse que se tratava de um contrato de fornecimento firmado com alguns sectores sociais das províncias de Sofala e Manica. É verdade!
Há quanto tempo que a produção escolar desapareceu dos centros internatos do meu país, exemplos de Jécua, Iapala, Boroma, Amatongas, entre outros. No Zimbabwe fomos visitar um colégio missionário no interior de Rusepa e ficamos boquiabertos de tanta produção, sobretudo animal para o consumo e venda para a sustentabilidade do centro educacional.
Ficamos impressionados com a organização e os programas educacionais mais virados para a moralização da sociedade. Mas não gostamos das condições de alojamento que contrastam com a dieta que está reservada aos estudantes.
O outro senão que não escapa a qualquer estrangeiro é, na verdade, a quantidade de dinheiro que é necessário para pagar determinada aquisição, de tal jeito que, para pagar um jantar de quatro pessoas no Restaurante Cascais, na mesma avenida onde se localiza o Portugal Restaurant, foi necessário uma máquina de contar notas. Tantas eram, mas que equivaliam no nosso país, a perto de dois mil meticais, que na actualidade podem ser apenas duas.
Esse aborrecimento pode-se transformar em crise, pois é a verdadeira chatice que provoca um mal-estar em quem não está habituado. Há notas a mais, sendo que, algumas nem os mendigos da rua recebem, por saberem que nada valem.
P.S. Nunca tinha visto um povo tão “louco” pelo futebol como o do Niassa em apoio ao seu Futebol Clube de Lichinga. Grita do princípio até ao fim. Bate-se até que se farta. Polícia ou não, desde que seja para apoiar o clube da casa, as normas e tarefas são esquecidas, nem mesmo para deter quem agride outrém e só se recorda dois dias depois que houve quem foi agredido fisicamente até à exaustão.
Uma realidade que não deixa sossegados e que nos aconselha a preferir as nossas barracas, onde os produtos são consumidos no dia que chegam, com pouca probabilidade de ficarem armazenados. Lá o grande problema é a higiene.
Há também quem disse uma vez que Robert Mugabe está fora do prazo por causa da crise do seu país, que na semana passada não conseguiu ver nas proporções em que em Moçambique se fala.
Na companhia de mais três moçambicanos, vimos muitos produtos à venda em toda a nossa trajectória, via terrestre, de Mutare até Harare, passando por regiões do interior, entre montanhas. Ficamos chocados pela diferença entre o que ouvimos e o que vimos no Zimbabwe. Serviços, supermercados, estradas, restaurantes e escolas a funcionarem em pleno.
O povo vai-se “lixando” com o que os políticos acham ser uma crise, vendendo os seus produtos ao longo das estradas e no dia 13 deste mês duas carrinhas de matrículas amarelas, cheias de repolho, transpunham a fronteira de Machipanda, na província central de Manica, para fornecimento às instituições sociais (saúde e educação), no interior do nosso país.
Um homem das Alfândegas disse que se tratava de um contrato de fornecimento firmado com alguns sectores sociais das províncias de Sofala e Manica. É verdade!
Há quanto tempo que a produção escolar desapareceu dos centros internatos do meu país, exemplos de Jécua, Iapala, Boroma, Amatongas, entre outros. No Zimbabwe fomos visitar um colégio missionário no interior de Rusepa e ficamos boquiabertos de tanta produção, sobretudo animal para o consumo e venda para a sustentabilidade do centro educacional.
Ficamos impressionados com a organização e os programas educacionais mais virados para a moralização da sociedade. Mas não gostamos das condições de alojamento que contrastam com a dieta que está reservada aos estudantes.
O outro senão que não escapa a qualquer estrangeiro é, na verdade, a quantidade de dinheiro que é necessário para pagar determinada aquisição, de tal jeito que, para pagar um jantar de quatro pessoas no Restaurante Cascais, na mesma avenida onde se localiza o Portugal Restaurant, foi necessário uma máquina de contar notas. Tantas eram, mas que equivaliam no nosso país, a perto de dois mil meticais, que na actualidade podem ser apenas duas.
Esse aborrecimento pode-se transformar em crise, pois é a verdadeira chatice que provoca um mal-estar em quem não está habituado. Há notas a mais, sendo que, algumas nem os mendigos da rua recebem, por saberem que nada valem.
P.S. Nunca tinha visto um povo tão “louco” pelo futebol como o do Niassa em apoio ao seu Futebol Clube de Lichinga. Grita do princípio até ao fim. Bate-se até que se farta. Polícia ou não, desde que seja para apoiar o clube da casa, as normas e tarefas são esquecidas, nem mesmo para deter quem agride outrém e só se recorda dois dias depois que houve quem foi agredido fisicamente até à exaustão.
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