Depois de dois anos de interregno Mecúfi retoma produção de algas.
O posto administrativo de Murrébuè, distrito de Mecúfi, em Cabo Delgado, acaba de retomar a produção de algumas espécies de algas marinhas, depois de cerca de dois anos de interrupção devido a doenças não identificadas. Em 2004, uma das referidas doenças atacou a espécie “spennos”, que fora introduzida em 1998 por uma empresa filipina que acabou abandonando a actividade, deixando os produtores locais no desemprego.Acreditando nas potencialidades da região, a Fundação Aga Khan volta a interessar os camponeses e pescadores daquela região no sentido de retomarem o cultivo de algas marinhas. Desta vez aquela agremiação pretende introduzir uma nova espécie designada “cothoni”, que acredita poder vir a florescer.
Dados colhidos pela nossa Reportagem indicam que desde Fevereiro que residentes das aldeias pertencentes ao posto administrativo de Murrébuè retomaram a produção, mas em quantidades que ainda não justificam a sua exportação.
Na aldeia Zaulaue, por exemplo, 14 homens e 68 mulheres trabalham num total de 219 “machambas” de algas marinhas. Em Secura, outra aldeia pertencente ao posto de Murrébuè, há 500 potenciais produtores mas estão em actividade apenas 61 mulheres e 10 homens, que trabalham em 173 “machambas”.
Está-se perante um quadro em que todo o posto administrativo tem registados 861 potenciais produtores, sendo à partida, claro, que aquela actividade é abraçada maioritariamente por mulheres, uma vez que os homens dizem estar à espera de avaliar os primeiros resultados.
A produção de algas marinhas, aparentemente simples, como julgam os residentes locais, enfrenta desafios que necessitam de um cada vez maior empenho não só da Fundação Aga Khan, como também do Governo.
Os produtores colocam o problema do mercado para a sua produção, o seu licenciamento, bem como o de instalações para armazenamento das algas já secas. A Aga Khan é a única que funciona como interlocutora e, neste momento, é quem garante haver um vasto mercado para a produção, embora recomende que os produtores juntem a sua produção em quantidades mínimas de 500 toneladas para justificar a opção de exportação.
Os produtores, por sua vez, mostram-se apostados em continuar com a produção, mas afirmam que os próximos passos devem incluir a formação de extensionistas que propaguem as boas práticas de produção e processamento, um aprovisionamento melhorado e o aumento do preço de venda que se situe acima dos actuais cinco meticais por quilo.
A chefe da aldeia Secura-B disse que a produção das populações chegou a contribuir para a redução da pobreza, nos tempos da vigência da extinta empresa Gennu, Lda, pelo que o seu ressurgimento renova as esperanças mas impõem a superação das indefinições que actualmente se colocam.O régulo de Murrébuè, por seu turno, exige uma explicação sobre os contornos que envolvem a produção de algas para poder avançar com uma mobilização das suas comunidades para se entregarem à produção.
O porta-voz da Fundação Aga Khan, Letreton Saah Nyambe, acredita que as populações das aldeias daquele posto administrativo podem tornar-se grandes produtoras de algas, desde que haja uma interiorização dessa possibilidade e que a luta da sua organização seja correspondida pelo esforço dos diversos segmentos da sociedade.
Ele acrescenta que a fundação está a fazer o melhor que pode para interessar os compradores, para o que esforços deverão ser multiplicados com vista a garantir que a produção possa satisfazer a demanda em caso de aumento da procura.Neste momento, a produção de algas situa-se nas 2,5 toneladas desde Fevereiro deste ano.
Dados colhidos pela nossa Reportagem indicam que desde Fevereiro que residentes das aldeias pertencentes ao posto administrativo de Murrébuè retomaram a produção, mas em quantidades que ainda não justificam a sua exportação.
Na aldeia Zaulaue, por exemplo, 14 homens e 68 mulheres trabalham num total de 219 “machambas” de algas marinhas. Em Secura, outra aldeia pertencente ao posto de Murrébuè, há 500 potenciais produtores mas estão em actividade apenas 61 mulheres e 10 homens, que trabalham em 173 “machambas”.
Está-se perante um quadro em que todo o posto administrativo tem registados 861 potenciais produtores, sendo à partida, claro, que aquela actividade é abraçada maioritariamente por mulheres, uma vez que os homens dizem estar à espera de avaliar os primeiros resultados.
A produção de algas marinhas, aparentemente simples, como julgam os residentes locais, enfrenta desafios que necessitam de um cada vez maior empenho não só da Fundação Aga Khan, como também do Governo.
Os produtores colocam o problema do mercado para a sua produção, o seu licenciamento, bem como o de instalações para armazenamento das algas já secas. A Aga Khan é a única que funciona como interlocutora e, neste momento, é quem garante haver um vasto mercado para a produção, embora recomende que os produtores juntem a sua produção em quantidades mínimas de 500 toneladas para justificar a opção de exportação.
Os produtores, por sua vez, mostram-se apostados em continuar com a produção, mas afirmam que os próximos passos devem incluir a formação de extensionistas que propaguem as boas práticas de produção e processamento, um aprovisionamento melhorado e o aumento do preço de venda que se situe acima dos actuais cinco meticais por quilo.
A chefe da aldeia Secura-B disse que a produção das populações chegou a contribuir para a redução da pobreza, nos tempos da vigência da extinta empresa Gennu, Lda, pelo que o seu ressurgimento renova as esperanças mas impõem a superação das indefinições que actualmente se colocam.O régulo de Murrébuè, por seu turno, exige uma explicação sobre os contornos que envolvem a produção de algas para poder avançar com uma mobilização das suas comunidades para se entregarem à produção.
O porta-voz da Fundação Aga Khan, Letreton Saah Nyambe, acredita que as populações das aldeias daquele posto administrativo podem tornar-se grandes produtoras de algas, desde que haja uma interiorização dessa possibilidade e que a luta da sua organização seja correspondida pelo esforço dos diversos segmentos da sociedade.
Ele acrescenta que a fundação está a fazer o melhor que pode para interessar os compradores, para o que esforços deverão ser multiplicados com vista a garantir que a produção possa satisfazer a demanda em caso de aumento da procura.Neste momento, a produção de algas situa-se nas 2,5 toneladas desde Fevereiro deste ano.
Maputo, Sábado, 28 de Julho de 2007:: Notícias
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