O governador de Cabo Delgado, Lázaro Mathe, confirma a ocorrência de mortes estranhas de pessoas no distrito de Mocímboa da Praia, as quais são posteriormente mutiladas ou extraídos órgãos genitais, aparentemente para fins supersticiosos. A Polícia naquela província já deteve três indivíduos suspeitos de envolvimento em tais práticas. Segundo Mathe, que falava terça-feira numa conferência de Imprensa em Pemba, pelo menos seis mulheres e uma criança foram mortas por desconhecidos, nas aldeias de Unidade e Nantelemule, no distrito de Mocímboa, não havendo, para já, quaisquer indicações que confirmem os rumores segundo os quais o mesmo tipo de crimes é cometido também nos distritos de Nangade, Mueda, Muidumbe e Palma.
“Não se trata de um assunto do distrito, mas sim das aldeias Unidade e Nantelemule, onde depois de termos feito um trabalho com a população e os órgãos locais começaram a aparecer cidadãos indiciados, detidos em Palma e em Mueda, com os quais a Polícia está a trabalhar com vista a apurar detalhes sobre o que, de facto, está a acontecer”, disse Mathe. O governador tranquilizou as comunidades afirmando que a situação está sob controlo, que não há motivo de alarme, embora reconheça que se trata de uma atitude estranha à cultura dos moçambicanos.
“Pelas características que nos são descritas, dá para concluir que não se trata de uma acção genuinamente moçambicana, porque se for para objectivos obscurantistas ou supersticiosos, nós, moçambicanos, não temos tais práticas. Se se trata de casos de transplante, sabemos que há condições técnicas para essas operações, que entretanto não existem no país”, disse.
A onda de assassinatos nos moldes acima descritos foi denunciada pela primeira vez pela Renamo, na voz de Cornélio Quivela, delegado político provincial e deputado da AR por aquela formação política. Na ocasião, o Governo, através da administração de Mocímboa da Praia, desmentiu a informação, alegando tratar-se de propaganda política.
Há dias, o nosso Jornal contactou aquele parlamentar, que além de confirmar os dados avançados pelo governador provincial, acrescentou que o fenómeno atingiu o distrito de Palma, “com alguma severidade”, desde Dezembro de 2006.
Segundo aquele deputado, em Dezembro de 2006 nove pessoas da aldeia Monjane, no distrito de Palma, foram assassinadas, na sequência do que dois indivíduos foram detidos e conduzidos à Polícia por suspeita de responsabilidade nos crimes. “Ficaram detidos e uma semana depois um deles foi restituído à liberdade. Furiosa, a população linchou o indivíduo. O que tinha ficado na cela desapareceu da circulação. É por isso que pensamos que se trata de um assunto preocupante e estamos a lutar por descobrir a origem e explicações do fenómeno”, disse.
Na sua mais recente visita a Cabo Delgado, a Primeira-Ministra, Luísa Diogo, foi confrontada, nos comícios populares que orientou, com queixas populares relacionadas com o fenómeno, tendo apelado à calma uma vez que o assunto está sob o controlo das autoridades.
“Pelas características que nos são descritas, dá para concluir que não se trata de uma acção genuinamente moçambicana, porque se for para objectivos obscurantistas ou supersticiosos, nós, moçambicanos, não temos tais práticas. Se se trata de casos de transplante, sabemos que há condições técnicas para essas operações, que entretanto não existem no país”, disse.
A onda de assassinatos nos moldes acima descritos foi denunciada pela primeira vez pela Renamo, na voz de Cornélio Quivela, delegado político provincial e deputado da AR por aquela formação política. Na ocasião, o Governo, através da administração de Mocímboa da Praia, desmentiu a informação, alegando tratar-se de propaganda política.
Há dias, o nosso Jornal contactou aquele parlamentar, que além de confirmar os dados avançados pelo governador provincial, acrescentou que o fenómeno atingiu o distrito de Palma, “com alguma severidade”, desde Dezembro de 2006.
Segundo aquele deputado, em Dezembro de 2006 nove pessoas da aldeia Monjane, no distrito de Palma, foram assassinadas, na sequência do que dois indivíduos foram detidos e conduzidos à Polícia por suspeita de responsabilidade nos crimes. “Ficaram detidos e uma semana depois um deles foi restituído à liberdade. Furiosa, a população linchou o indivíduo. O que tinha ficado na cela desapareceu da circulação. É por isso que pensamos que se trata de um assunto preocupante e estamos a lutar por descobrir a origem e explicações do fenómeno”, disse.
Na sua mais recente visita a Cabo Delgado, a Primeira-Ministra, Luísa Diogo, foi confrontada, nos comícios populares que orientou, com queixas populares relacionadas com o fenómeno, tendo apelado à calma uma vez que o assunto está sob o controlo das autoridades.
Maputo, Quinta-Feira, 2 de Agosto de 2007:: Notícias
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